Por Almir M Quites
A democracia não é e nunca foi o “governo do povo”, mas é a melhor aproximação deste propósito. Não podemos deixar que o Brasil se afaste deste objetivo! No momento, o país está na contramão!
Atualmente, no Brasil, nem no momento do voto, o povo tem protagonismo, porque o sistema eleitoral é um jogo de cartas marcadas. Até as redes sociais são instrumentos de manipulação da opinião pública, a qual é metralhada por "fake news", disparadas por robôs e "cyborgs". O período eleitoral virou uma guerra de porcarias alucinógenas. Chamam a isso de campanha política, o que falso. Na verdade, trata-se de uma guerra imunda e demente. Por exemplo, na última eleição, o povo brasileiro foi conduzido a acreditar que poderia colocar qualquer um na presidência da república, porque o importanta era só afastar o PT!
No Brasil, o presidente pode ser um bobo qualquer, porque, quem governa de fato — no sentido de tomar as decisões que se impõem a todos — é sempre uma minoria que não foi eleita, constituída por grupos minoritários em concorrência entre si. As minorias mais organizadas e mais resolutas acabam controlando o poder e suas decisões. Este é o mecanismo pelo qual, na falta de renovação política, formam-se as organizações criminosas que, associadas, capturam o Estado e formam a Organização Criminosa Mor (OrCriM). Foi o que aconteceu no Brasil.
Há um ou dois anos, eu não imaginava que Bolsonaro pudesse chegar à Presidência do Brasil, porque eu entendia que ele não seria útil à OrCriM, até mesmo porque a crise econômica era muito grande e a OrCriM precisava salvar sua "Galinha de Ovos de Ouro", ou seja, o Estado.
Para entender melhor as mazelas da democracia brasileira, recomendo a leitura do seguinte artigo, escrito há um ano, em março de 2018, quando ainda não se sabia que Bolsonaro seria eleito. É bom ler o que foi escrito e comparar com o que de fato aconteceu. Leia:
O fato é que Jair Bolsonaro chegou à Presidência. Como isto aconteceu? Algo saiu do controle da OrCriM? Parece que houve erro de estratégia por subestimarem a rejeição popular ao PT (Partido dos Trabalhadores). Para entender esta afirmação, leia aqui:
Leu? Pois é, assim Bolsonaro foi eleito.
O presidente Bolsonaro não é um líder, nem tem condições de entender os movimentos políticos que são jogados à sua volta. Seu ministério também é de baixíssimo nível intelectual, com exceção de Sérgio Moro e Paulo Guedes, mas estes são especialistas em suas respectivas áreas e não capacitados a entender e atuar nos bastidores da política como protagonistas. Então, as minorias ativistas já estão se digladiando e começam a se organizar por si mesmas, inclusive a se compor com a velha OrCriM.
Os governistas com alta influência militar, não estão acostumados à crítica e a oposição política aberta. Eles precisam “Já_ir se acostumando” com isso! O governo precisa entender que a "guerra eleitoral" (de vale tudo), tal como eles interpretaram as eleições, acabou! Agora, precisam desmobilizar as tropas de assalto — na linguagem militar — e tratar da "ocupação do território" com mais competência, ou seja, devem tratar da ocupação do poder, porque as demandas da sociedade são sérias e objetivas, como saúde, educação, segurança, transporte, moradia, emprego etc.. Diante destas urgências, a visão messiânica e ilusionista é atropelada pelos fatos.
O governo Bolsonaro enfrenta problemas que não têm nada a ver com a oposição. A principal delas é a disputa intestina entre as “tropas de assalto”, que venceram as eleições, as “tropas de ocupação”, que são os grupos que deveriam governar e os grupos organizados, tantos os religiosos como os leais à OrCriM, estes tratam de se infiltrar e retomar o poder politico. A incapacidade de administrar estas lutas intestinas resulta na incapacidade de organizar uma base de apoio robusta no Congresso, para aprovar as propostas do governo, como a Reforma Previdenciária.
Quanto maior for a disputa interna, menos eficácia o governo terá para dar organicidade em sua relação com o Congresso e o Judiciário e com a própria sociedade em geral. Esta está confusa e dividida entre os interesses das oligarquias políticas, os estamentos estatais e as corporações profissionais. É a incompreensão destes fatos que amiúde leva ao fracasso dos governos e não os jornais e as emissoras de televisão.
A última semana foi riquíssima em trapalhadas promovidas pelo próprio Presidente. Integrantes da equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro, os mais lúcidos, quase se desesperam. Bolsonaro faz declarações como Presidente do Brasil sem perceber que afetam a economia do país.
No entanto, o fato mais significativo vem da desordem administrativa no Ministério da Educação. Depois de muitas polêmicas e confusões, Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação, foi desautorizado a nomear integrantes da sua equipe. Imaginem! O Ministro foi desautorizado a nomear seus assessores diretos. É caso de afastar o ministro ou de afastar o presidente que mantém no cargo um ministro em quem não confia? O fato é que a pastora Iolene Lima, defensora da Educação por "cosmovisão bíblica", foi demitida oito dias após ter sido indicada pelo ministro Ricardo Vélez Rodríguez como secretária-executiva do Ministério da Educação, cargo de grande importância na pasta. Ela foi a terceira pessoa anunciada para a função, sucedendo Luiz Antônio Tozi e Rubens Barreto da Silva. O anúncio da demissão foi feito pela própria Iolene, na sexta-feira (22/03), em conta pessoal no Twitter.
Para mais detalhes sobre a confusão interna no Ministério da Educação, leia aqui:
CONFUSÃO MENTAL NA EDUCAÇÃO
https://almirquites.blogspot.com/2019/03/confusao-mental-na-educacao.html
Nos dois dias que Bolsonaro passou no Chile disse tantas bobagens que o próprio Presidente Chileno o contestou.presidente do Chile, Sebastián Piñera, criticou o presidente Jair Bolsonaro num programa de televisão, em que discorreu por mais de uma hora sobre diversos assuntos logo após a visita do brasileiro. Ele citou especificamente a frase “Quem procura osso é cachorro”, que figurava num cartaz pendurado na porta do gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado federal pelo PP, em referência à busca de restos mortais de desaparecidos na guerrilha do Araguaia durante a ditadura militar. Para o mandatário chileno, as palavras eram “extremamente infelizes”.
Brasil na contramão |
A democracia não é e nunca foi o “governo do povo”, mas é a melhor aproximação deste propósito. Não podemos deixar que o Brasil se afaste deste objetivo! No momento, o país está na contramão!
Atualmente, no Brasil, nem no momento do voto, o povo tem protagonismo, porque o sistema eleitoral é um jogo de cartas marcadas. Até as redes sociais são instrumentos de manipulação da opinião pública, a qual é metralhada por "fake news", disparadas por robôs e "cyborgs". O período eleitoral virou uma guerra de porcarias alucinógenas. Chamam a isso de campanha política, o que falso. Na verdade, trata-se de uma guerra imunda e demente. Por exemplo, na última eleição, o povo brasileiro foi conduzido a acreditar que poderia colocar qualquer um na presidência da república, porque o importanta era só afastar o PT!
No Brasil, o presidente pode ser um bobo qualquer, porque, quem governa de fato — no sentido de tomar as decisões que se impõem a todos — é sempre uma minoria que não foi eleita, constituída por grupos minoritários em concorrência entre si. As minorias mais organizadas e mais resolutas acabam controlando o poder e suas decisões. Este é o mecanismo pelo qual, na falta de renovação política, formam-se as organizações criminosas que, associadas, capturam o Estado e formam a Organização Criminosa Mor (OrCriM). Foi o que aconteceu no Brasil.
Há um ou dois anos, eu não imaginava que Bolsonaro pudesse chegar à Presidência do Brasil, porque eu entendia que ele não seria útil à OrCriM, até mesmo porque a crise econômica era muito grande e a OrCriM precisava salvar sua "Galinha de Ovos de Ouro", ou seja, o Estado.
Para entender melhor as mazelas da democracia brasileira, recomendo a leitura do seguinte artigo, escrito há um ano, em março de 2018, quando ainda não se sabia que Bolsonaro seria eleito. É bom ler o que foi escrito e comparar com o que de fato aconteceu. Leia:
O fato é que Jair Bolsonaro chegou à Presidência. Como isto aconteceu? Algo saiu do controle da OrCriM? Parece que houve erro de estratégia por subestimarem a rejeição popular ao PT (Partido dos Trabalhadores). Para entender esta afirmação, leia aqui:
Leu? Pois é, assim Bolsonaro foi eleito.
O presidente Bolsonaro não é um líder, nem tem condições de entender os movimentos políticos que são jogados à sua volta. Seu ministério também é de baixíssimo nível intelectual, com exceção de Sérgio Moro e Paulo Guedes, mas estes são especialistas em suas respectivas áreas e não capacitados a entender e atuar nos bastidores da política como protagonistas. Então, as minorias ativistas já estão se digladiando e começam a se organizar por si mesmas, inclusive a se compor com a velha OrCriM.
Os governistas com alta influência militar, não estão acostumados à crítica e a oposição política aberta. Eles precisam “Já_ir se acostumando” com isso! O governo precisa entender que a "guerra eleitoral" (de vale tudo), tal como eles interpretaram as eleições, acabou! Agora, precisam desmobilizar as tropas de assalto — na linguagem militar — e tratar da "ocupação do território" com mais competência, ou seja, devem tratar da ocupação do poder, porque as demandas da sociedade são sérias e objetivas, como saúde, educação, segurança, transporte, moradia, emprego etc.. Diante destas urgências, a visão messiânica e ilusionista é atropelada pelos fatos.
O governo Bolsonaro enfrenta problemas que não têm nada a ver com a oposição. A principal delas é a disputa intestina entre as “tropas de assalto”, que venceram as eleições, as “tropas de ocupação”, que são os grupos que deveriam governar e os grupos organizados, tantos os religiosos como os leais à OrCriM, estes tratam de se infiltrar e retomar o poder politico. A incapacidade de administrar estas lutas intestinas resulta na incapacidade de organizar uma base de apoio robusta no Congresso, para aprovar as propostas do governo, como a Reforma Previdenciária.
Quanto maior for a disputa interna, menos eficácia o governo terá para dar organicidade em sua relação com o Congresso e o Judiciário e com a própria sociedade em geral. Esta está confusa e dividida entre os interesses das oligarquias políticas, os estamentos estatais e as corporações profissionais. É a incompreensão destes fatos que amiúde leva ao fracasso dos governos e não os jornais e as emissoras de televisão.
No entanto, o fato mais significativo vem da desordem administrativa no Ministério da Educação. Depois de muitas polêmicas e confusões, Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação, foi desautorizado a nomear integrantes da sua equipe. Imaginem! O Ministro foi desautorizado a nomear seus assessores diretos. É caso de afastar o ministro ou de afastar o presidente que mantém no cargo um ministro em quem não confia? O fato é que a pastora Iolene Lima, defensora da Educação por "cosmovisão bíblica", foi demitida oito dias após ter sido indicada pelo ministro Ricardo Vélez Rodríguez como secretária-executiva do Ministério da Educação, cargo de grande importância na pasta. Ela foi a terceira pessoa anunciada para a função, sucedendo Luiz Antônio Tozi e Rubens Barreto da Silva. O anúncio da demissão foi feito pela própria Iolene, na sexta-feira (22/03), em conta pessoal no Twitter.
Para mais detalhes sobre a confusão interna no Ministério da Educação, leia aqui:
CONFUSÃO MENTAL NA EDUCAÇÃO
https://almirquites.blogspot.com/2019/03/confusao-mental-na-educacao.html
Nos dois dias que Bolsonaro passou no Chile disse tantas bobagens que o próprio Presidente Chileno o contestou.presidente do Chile, Sebastián Piñera, criticou o presidente Jair Bolsonaro num programa de televisão, em que discorreu por mais de uma hora sobre diversos assuntos logo após a visita do brasileiro. Ele citou especificamente a frase “Quem procura osso é cachorro”, que figurava num cartaz pendurado na porta do gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado federal pelo PP, em referência à busca de restos mortais de desaparecidos na guerrilha do Araguaia durante a ditadura militar. Para o mandatário chileno, as palavras eram “extremamente infelizes”.
O presidente do Senado chileno, Jaime Quintana Leal, ganhou destaque da mídia brasileira nos últimos dias por ter recusado um convite do governo chileno para participar de um almoço com o presidente Jair Bolsonaro. O Senador Jaime Quintana declarou que "quando ele (Bolsonaro) se declara um admirador de Pinochet, isso é muito forte. Os admiradores de Pinochet não são bem vindos ao Chile", manifestando preocupação com o que Bolsonaro "representa". Em seguida acrescentou: "Porque à medida que sigamos endossando lideranças que começam com discursos populistas, mas terminam consolidando regimes totalitários, a ameaça não é só para um país. Termina sendo uma ameaça para a humanidade. Isso aconteceu na Europa dos anos 1930."
Eu não tenho ilusões com Bolsonaro. Considero-o um destrambelhado! Assim, por ser realista, estou pessimista.
𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
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- Expectativas com o governo de Bolsonaro
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Discordo e acho que o demônio, a cobra, o animal peçonhento, A ESQUERDA E OS CORRUPTOS, relutam em aceitar o fim e espumam, corcoveiam e gritam desesperadamente... Mas, uma a um, tal como a FSP, iram sucumbir ao desejo conservador do povo brasileiro...
ResponderExcluirSenão vejam: Prejuízos e ataques cruéis ao governo Bolsonaro derrubaram a direção da Folha de S. Paulo
O Eixo do Mal da imprensa tradicional do Brasil perdeu um dos seus pés mais importantes.
O irmão mais novo da família Frias, controladora do jornal Folha de S. Paulo, Luiz Frias, conseguiu maioria entre os três controladores - ele, Maria Cristina e Fernanda Diamant, viúva de Otávio Frias - e destituiu a irmã Maria Cristina da direção do jornal. Para o lugar foi o secretásrio de Redação, Sérgio Davila, que tem 9 anos no cargo e 25 de casa.
Foi uma queda sangrenta.
Luiz Frias foi quem criou o UOL e o PagueSeguro (a empresa vale R$ 9,4 bi na Bolsa de Nova Iorque) e é o empresário da família. Para derrubar a irmã, ele contou com o apoio da viúva de Otávio.
O racha foi provocado pelo próprio Luiz Frias, porque o jornal precisa constantemente de dinheiro das empresas rentáveis do grupo e também porque o próprio Luiz acha que a linha editorial francamente hostil ao governo Bolsonaro é equivocada e suicida, porque contraria os interesses dos controladores e dos próprios leitores.
Maria Cristina ficou sabendo da queda através de colegas de redação e chamou de "covarde" a decisão dos controladores.
Fonte: https://polibiobraga.blogspot.com/2019/03/prejuizos-e-ataques-crueis-ao-governo.html?m=1
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ResponderExcluirDiscordo de (O povo brasileiro foi conduzido a acreditar que poderia colocar qualquer um na presidência da república, porque só era importante afastar o PT) pois não foi essa a razão... A população estava contrariada com os nos de desgoverno, corruPTção, e anarquia nas promessas não cumpridas de campanha. População esta conservadora e enfim de olhos abertos.
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