quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Expectativas com o governo Bolsonaro

Por Almir M. Quites



Não votei no Bolsonaro, nem no outro, porque achei que nenhum dos dois tinha condições para assumir o cargo mais importante da nação, mas desejo que Bolsonaro faça um bom governo! Este é o meu desejo, mas não acredito que Bolsonaro seja capaz de realizá-lo!


Gostaria que o novo Presidente da República não se deixasse envolver pelo PMDB e que nomeasse ministros moralmente e intelectualmente superiores a si próprio, para que eles possam elevá-lo. 

Gostaria que governasse com ministros que não façam parte do atual "establishment" político; que não colocasse nos ministérios quem esteja denunciado por crime no judiciário, ainda que não esteja condenado, porque poderá estar no futuro.

Nesta fase, em que todos esperam por novos comportamentos, mais responsáveis, o governo Bolsonaro deveria escolher seus ministros sem se subordinar às indicações de partidos, sem submissão à briga política por cargos. Se não fizer isto, não conseguirá reduzir o tamanho do Estado e não poderá governar.

Senhor Presidente Jair Bolsonaro, não retire parlamentares do Congresso para colocá-los em cargos executivos! Respeite o povo! Os eleitores elegeram os parlamentares para a função legislativa, não para a executiva! Não os tire de lá, onde o povo os colocou. Retirar parlamentares do poder legislativo para colocá-los no poder executivo compromete o princípio constitucional de independência entre os poderes. Se o Senhor Presidente convidar um parlamentar para ministro isto será um mau sinal para o povo brasileiro. Se o parlamentar aceitar seu convite será outro mau sinal, porque um parlamentar sério cumpriria seu mandato até o final e rejeitaria qualquer convite para ocupar um cargo no poder executivo! 

Há milhares de outros brasileiros para serem escolhidos para os ministérios e para as demais funções executivas do governo!

Gostaria que o novo Presidente se assessorasse com um grupo menor para poder fazer as melhores escolhas dentro destes princípios.

A política normalmente afasta as pessoas realmente cultas e competentes. É hora de se ter a grandeza de reconhecer quem tem mais valor e levá-los para as posições que exigem mais responsabilidade e competência!

É absurdo pensar em cotas de gênero e raças nos ministérios. Este é um daqueles absurdos que só eclodem em tempos de profunda decadência. Só importam a qualidade e a competência dos futuros ministros. Que sejam escolhidos os melhores de qualquer gênero ou raça. A escolha do ministério já dará bons indícios do que se pode esperar deste governo!

O mais urgente, no entanto, é mudar o caráter do governo. O governo brasileiro tem mau-caráter, isto é, não apresenta firmeza de princípios éticos ou de moral. O caráter do governo é o conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir. É o feitio moral, a coerência de atitudes. O Brasil precisa sair da UTI com bom-caráter!

A mudança de caráter é uma transformação do interior, da alma. O novo governo será capaz disto? 

É preciso não deixar dúvidas sobre o novo caráter do governo para que Bolsonaro possa ser mais eficaz em seu mandato presidencial. 

Senhor Presidente Bolsonaro, ouso chamar sua atenção para um comportamento que vem se repetindo. Pare de misturar política com religião! Este é um erro gravíssimo! O Senhor é um cidadão como qualquer outro que, por diversas circunstâncias, foi eleito para ocupar o cargo de Presidente do nosso país. O senhor não é o escolhido de Deus para esta missão, mas pelo povo do seu país, assim como Lula também foi! O senhor não é o Salvador da Pátria enviado por Deus, como Lula também não era! 

O Senhor, Presidente Jair Bolsonaro, é o Presidente de todos os brasileiros, inclusive dos ateus! Misturar política com religião estimula o preconceito (pela dificuldade de aceitar diferenças) e desperta antipatia, pela sua intrusão pública. Religião é algo de foro íntimo, não é algo para ser exposto publicamente porque sempre, em maior ou menor grau, constrange e divide um povo. O ingresso da religião na política estarrece quem ainda guarda a esperança de manter intacta a noção de estado laico.

As religiões põem crenças profundas, intangíveis e abstratas, em confronto, o que impede o exercício maduro da política, que é o espaço para a superação de diferenças concretas da vida do cidadão. As ‘verdades absolutas’ das religiões não fazem parte do ambiente de negociação, próprio da atividade política, a qual objetiva amoldar-se à vontade social sem forjá-la com rígidas regras de um credo, como é típico de ditaduras. 

Estes são dois espaços nitidamente diversos. A religião é para ser vivenciada intimamente, por isso mesmo é excludente. Seus dogmas sobre o bem e o mal não estão sob escrutínio popular. Na democracia, o bem comum é uma construção coletiva e, por natureza, includente. Quanto mais pessoas fazem parte da decisão, mais ela se legitima. Religião não é Partido político! 

Brasileiros, TOMARA QUE DÊ CERTO! Um Presidente da República precisa ser um bom exemplo para todos os brasileiros!

As mordomias dos políticos brasileiros são vergonhosas! O absurdo vai desde o mau comportamento dos políticos até o gigantismo do Estado perdulário, igualmente nos três poderes da combalida República. 

O novo Presidente não pode cair na tentação de ser um político populista! Para um entendimento maior de como isto bagunça o Estado, veja aqui:

Para que dê certo, o Presidente não deve fazer o que Temer fez. Aqui tem um artigo que explica a vergonha que é o desperdício de recursos com o legislativo, o judiciário e seus privilégios: 
(artigo de junho de 2017)

Faça, Senhor Presidente, o que o Presidente Michel Temer devia ter feito e não fez. Eu escrevi sobre isto no meu blog quando o presidente Temer assumiu, em maio de 2016, a Presidência interina do Brasil.

Para entender melhor, veja o que, na minha opinião, Temer deveria ter feito e não fez. Leiam aqui:


Ainda que incrédulo, repito: TOMARA que dê certo!

𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
A. Quites


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