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sábado, 31 de agosto de 2024

TEMOS DEMOCRACIA NO BRASIL?

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Ontem, os clientes brasileiros da Starlink (empresa de Elon Musk que oferece internet por satélite) receberam e-mail da empresa, afirmando que o serviço continuará funcionando de graça, se necessário, enquanto defende seus direitos protegidos pela Constituição brasileira por meios legais.

O texto do e-mail foi o seguinte: “A Starlink está comprometida em defender seus direitos protegidos pela Constituição e continuará fornecendo o serviço para você – gratuitamente, se necessário – enquanto lidamos com essa questão por meios legais”.

A Starlink é uma empresa comercial, cujo proprietário é Elon Musk. Ela está sendo punida por tabela, simplesmente porque pertence ao mesmo dono da empresa X (antigo Twitter). Isto é abuso de poder por parte do ministro do STF do Brasil, que reage de modo grosseiro ante aos ataques que sofreu no antigo Twitter (atual X).

O ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que apuram a disseminação de "fake news", milícias digitais e atos golpistas, ordenou o bloqueio de diversos perfis em redes sociais administrados por usuários acusados de atentar contra a democracia brasileira e o processo eleitoral. Elon Musk, como proprietário da empresa X, considerou que seus usuários têm direito constitucional de expressar seu pensamento e se recusou a bloquear suas contas na X
.

O caso é realmente grave, porque, conforme a Constituição Brasileira, um ministro do STF não tem poderes para acusar quem quer que seja. Ele só pode julgar pessoas físicas ou jurídicas com base em processos legais que cheguem ao STF como último grau de recurso.

O Senador Esperidião Amim, de Santa Catarina, expressou-se sobre caso de modo muito contundente. Ele disse, no plenário do Senado, que a divulgação dos fatos por Elon Musk foi impactante porque "revela, não o espírito da Justiça brasileira, mas sim o ativismo de quem quer, a qualquer preço, intimidar, silenciar e impedir que nós saibamos a verdade completa. O Inquérito 4.781 é uma aberração jurídica. Hoje serve como porta de uma inquisição aleatória que não tem nenhum critério para a escolha de quem é o convocado. É ele que suporta as eventuais descobertas do tal serviço de inteligência do TSE".

A Starlink está certa! A Constituição Federal de 1988, no artigo 5º, parágrafo IV, estabelece: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. Este texto é preciso e não dá margem para relativizações.

A empresa X fornece uma plataforma social para que as pessoas possam debater sobre questões de interesse social. Na democracia, o debate é livre. Pode-se criticar a própria democracia e até mesmo defender ditaduras, porque o direito de expressar livremente quaisquer pensamentos e crenças é inarredável, inalheável, incessível e inalienável.

Numa ditadura é diferente! A ditadura controla a opinião do povo e é cruel, inclemente, tirânica, bestial, hedionda!

Numa democracia, em caso de calúnia ou incitação a crime, qualquer pessoa pode abrir processo judicial contra quem supostamente o praticou, mas sempre em primeira instância, para que o caso seja julgado como qualquer outro crime. Numa democracia não se pune ninguém sem um julgamento justo que garanta ampla defesa ao réu.

Absurdamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, justifica o bloqueio das contas da Starlink pela falta de representação legal da empresa X no Brasil! Ora uma pessoa, seja física ou jurídica,  não pode ser punida por ato cometido por outra pessoa! Além disso, foi o próprio Alexandre de Morais quem causou o fechamento do escritório da X no Brasil, quando ele determinou a derrubada de contas e aplicação multas diárias de mais de 1 milhão de Reais por cada descumprimento, sem o correto e devido processo legal, sem o direito de defesa para o réu!

A empresa X está certa ao se negar a bloquear seus usuários por determinação do ministro do STF. O ministro decidiu bloquear a Starlink para obrigar a empresa X a pagar as multas aplicadas, por não cumprir as ordens judiciais do STF. As multas somam aproximadamente 18 milhões de Reais.

Repito: o ministro está errado e a empresa X está certa. Vigora no ordenamento jurídico dos países democráticos a determinação de que nãi se cumpra ordem manifestamente ilegal. Inclusive tal situação configura causa excludente de culpabilidade, conforme preconiza o artigo 22 do Código Penal brasileiro.

Para a Starlink, as decisões de Alexandre de Moraes são inconstitucionais e, por isso, a Starlink tem o direito de se negar a cumpri-las, conforme consta neste comunicado: “Esta ordem está baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deve ser responsável pelas multas aplicadas – inconstitucionalmente – contra a X, uma empresa não filiada à Starlink”. O e-mail também aponta que a ordem do ministro foi emitida “em segredo e sem conceder à Starlink o devido processo legal garantido pela Constituição do Brasil”.

A Starlink informou que se compromete a defender os seus direitos, protegidos pela Constituição, e que continuará fornecendo seus serviços.

É preciso lembrar que a atitude de Elon Musk e suas empresas também é respaldada pelo Princípio da Desobediência Civil. Esta é uma forma de protesto político feito pacificamente e que se opõe a alguma ordem injusta ou a um governo visto como opressor pelos desobedientes. É um conceito formulado originalmente por Henry David Thoreau e aplicado com sucesso por Mahatma Gandhi no processo de independência da Índia do Paquistão e por Martin Luther King Jr., na luta pelos direitos civis e o fim da segregação social nos EUA.

Em termos jurídicos internacionais, a desobediência civil está no mesmo patamar do direito de greve (para proteger os direitos dos trabalhadores) e o direito de revolução (para resguardar o direito do povo exercer a sua soberania quando esta é ofendida).

Não cabe a simples alegação de que a desobediência civil seja ilegal por não ser prevista no arcabouço legal de qualquer país, porque é ato legítimo, que se fundamenta no Princípio da Justiça. Se a lei não for um instrumento de realização da justiça, o seu descumprimento é legítimo. É uma espécie de legítima defesa contra a arbitrariedade e a injustiça (
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Desobedi%C3%AAncia_civil#cite_note-RAW-3).

Tudo o que o ministro Alexandre de Morais vai conseguir é: 
1) enxovalhar ainda mais o sistema judiciário brasileiro; e
2) aumentar as vendas da Starlink no no mundo, inclusive no Brasil, porque ela oferece uma Internet barata, de mais qualidade, mais velocidade, de alcance mundial e acessível de qualquer ponto do Brasil.

Talvez também contribua para abrir os olhos dos brasileiros.

Democracia não é isto que temos no Brasil!

Na minha opinião, nós, estamos vivendo atualmente numa ditadura mal disfarsada. A nossa Constituição não é respeitada!

Jornanistas e comentaristas de TV ainda dizem que "o Brasil é a primeira democracia a abolir uma rede social". Há uma pegadinha nesta afirmação, porque o Brasil não é uma democracia! Qualquer país que faça isto não tem democracia. Numa democracia não há censura. Não vale o argumento de que estão protegendo o povo das "fake news", da desinformação. Toda a censura serve apenas para encobrir fatos e opiniões contrárias ao governo.

A Justiça brasileira é hoje um vexame! 

O Brasil é o único dos 196 países do mundo que não prende criminoso após condenação em segunda instância, quando se encerra o exame do mérito da questão. Isto aconteceu unicamente por razões de ordem política, com as quais o STF não deveria se imiscuir. O objetivo era libertar Lula da Silva da prisão. Então, o presidente do STF, que era Dias Toffoli, decidiu que o trânsito em julgado só ocorreria após a quarta instância (que seria o STF), embora a maioria dos países tenha apenas duas instâncias judiciárias. Foi assim que, em 2021, os ministros resolveram excluir Lula dos efeitos da Lei da Ficha Limpa, criando a figura jurídica da “incompetência territorial absoluta”, uma excrecência que não existe em nenhum outro país.

A decisão foi sob medida para que Lula pudesse ser candidato a presidente da República em 2022.

É uma vergonha! Acorda povo brasileiro! Povo iludido, empobrecido e sofrido! 

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quarta-feira, 24 de abril de 2024

A grande conspiração contra a Lava-Jato

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The Intercept x Lava-Jato
Gleen Greenwald 
x Sérgio Moro

Esclarecimento: este artigo foi publicado em 16/10/2022. Ficou inacessível por muitos anos,  provavelmente censurado. É óbvio que não temos democracia no Brasil! Agora decidi publicá-lo novamente. Leia ⬇️ !

Nota inicial: neste texto aparecem as fontes das informações entre colchetes, assim: [fonte]
.  

Você sabe quem são Edward Joseph Snowden e Glenn Greenwald? Você conhece toda a história que envolve estes personagens e a empresa que divulgou o material denunciando a Lava-Jato do Brasil?

Se não conhece, leia este resumo, a seguir.

domingo, 10 de março de 2024

Eleições em Portugal

 Por Almir M. Quites          

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Portugal vai às urnas hoje, domingo, dia 10 de março de 2024, para a eleição legislativa que definirá o próximo primeiro-ministro. 

Os brasileiros deveriam aproveitar para observar, nos noticiários de TV, que, como em todos os países do mundo (exceto três), os eleitores portugueses também usam voto de papel impresso (que eles chamam de boletim), no qual marcam o candidato de sua escolha e, só depois, o fecham num envelope e o depositam pessoalmente numa urna de verdade, para que sejam contados mais tarde, em ato público, por uma junta apuradora. Logo a auditagem é possível. A contagem pública pode ser conferida quantas vezes forem necessárias.

Às 20h de Portugal, as eleições serão encerradas. Os boletins de votos válidos e em branco serão entregues, devidamente empacotados e lacrados, ao juiz de direito da seção da instância local do tribunal de comarca, competente em matéria cível ou da seção da instância central daquele tribunal, com competência em matéria cível. Assim os boletins ficam disponíveis para recontagens sob demanda judicial.

Às 22h o resultado final eleitoral será conhecido e divulgado!

Nota: a velocidade da apuração não depende do número total de eleitores, porque todas as urnas são apuradas ao mesmo tempo.

Dos 196 países do mundo, só o Brasil, Bangladesh e Butão, fazem apurações eleitorais secretas, por meio de computador. Por que será? Pense nisso!

O eleitor brasileiro não confere o registro de seu próprio voto. Simplesmente porque não existe voto real no Brasil. Aqui o voto é virtual. Aqui também não existe urna, nem junta apuradora. O que existe são computadores que o povo aprendeu a chamar de "urna eletrônica".

A apuração eleitoral brasileira é automática, feita não por gente, mas por computadores, os quais são comandados por softwares. Software é um conjunto de comandos eletrônicos, escritos por gente desconhecida, os quais são automaticamente traduzidos para linguagem de máquina, ou seja, para a linguagem que a máquina entende e obedece. O ser humano não tem capacidade para ler códigos em linguagem de máquina. Isto significa que a apuração eleitoral brasileira é inconstitucional! A apuração eleitoral é secreta! Fraudes não podem ser detectadas. Não há votos que possam ser auditados, recontados! A contagem de votos é um ato secreto de administração pública, o qual, justamente por isto, é ilegal.

O processo de apuração eleitoral brasileiro é a prova cabal de que o TSE e o STF não cumprem a própria Carta Magna, a Constituição brasileira!

Para entender melhor a questão abordada aqui, você pode ler o seguinte artigo de minha autoria, publicado em 2022: ⬇️ 
https://almirquites.blogspot.com/2022/12/majestade-digital.html.

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domingo, 3 de março de 2024

A enorme dívida do Brasil

 Por Almir M. Quites          Para compartilhar, toque aqui


Vejamos evolução da dívida do governo federal do Brasil (a série histórica). Veja o gráfico abaixo.

Dívida pública do Brasil

O eixo vertical corresponde à dívida em percentagem do PIB (produto Interno Bruto do Brasil). No eixo horizontal você tem os anos, desde 2009 até o ano passado.

Você pode ver que a dívida começou a aumentar a partir do início de 2016! Este crescimento foi estancado a parir de 2019, chegou a ter uma queda expressiva, mas voltou a crescer em 2020, com a chegada da pandemia da CoViD-19 no Brasil. O endividamento foi controlado mais uma vez em 2020 e em seguida voltou a cair. No entanto, em 2023, já no atual governo, o endividamento voltou a subir

Em dezembro de 2023, a dívida interna federal alcançou o valor de R$ 8.587.445.462.373,00, ou seja, mais de 8,5 trilhões de Reais. Logo 78% do PIB! De agosto de 2023 até o final daquele ano, o aumento da dívida interna foi grande.

O PIB de 2023 foi de R$ 10,9 trilhões.

Nenhuma pessoa viveria em paz sabendo que tem uma dívida de 78% do que ganha em um ano!

No entanto, o caso só Brasil é mais grave, porque até aqui só tratei da dívida interna do Brasil, mas há também a dívida externa!

Segundo a AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA, a dívida brasileira apresenta estes números:

  • Dívida Interna Federal em 12/2023 👉 R$ 8.587.445.462.373,00  (mais de R$ 8,5 trilhões de Reais)
  • Dívida Externa Federal em 12/2023 👉 US$ 604.175.790.068,00 (mais de US$ 604 bilhões de dólares)

Há 20 anos, a dívida externa do Brasil, era cerca de 1/3 disto. Em 2003, era de US$ 220 bilhões. Em 2014, já foi de US$ 560 bilhões.

O nosso Brasil se endivida muito! Logo nosso crescimento é falso, é insustentável! Estamos vivendo razoavelmente hoje, mas estamos comprometendo o futuro, teremos que pagar no futuro. A qualquer momento o Brasil deixará de ter crédito!

Os brasileiros precisam abrir os olhos!

Este deve ser o tema debatido diariamente. É isto que de fato importa e deveria nos interessar.

Este tema deveria estar diariamente em todos os programas de TV e rádio, em todos os jornais, em todas as redes sociais, em todas as nossas conversas sobre política!

O que não importa é a tal "polarização": Lula X Bolsonaro.

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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

O que é um computador?

VOCÊ SABE O QUE É UM COMPUTADOR? 

Por Almir M. Quites          

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Talvez você seja usuário de um computador, mas isto não significa que você saiba o que ele de fato é! Eles são úteis, mas também embutem riscos aos usuários. Podem até mesmo manipular você, não apenas para induzí-lo a comprar o que você não precisa ou a votar em quem você não quer.

Não se preocupe, vou explicar-lhe de modo bem simples. 

Computador é uma máquina eletrônica que processa dados conforme instruções recebidas. O conjunto destas instruções é chamada de 𝐬𝐨𝐟𝐭𝐰𝐚𝐫𝐞. 

O software comanda o 𝐡𝐚𝐫𝐝𝐰𝐚𝐫𝐞. Este é o nome genérico que se dá a parte física do computador, que engloba a unidade central de processamento, a memória e os dispositivos de entrada e saída. 

Quem faz o software são os programadores, pessoas capazes de traduzir corretamente a linguagem humana para linguagem de máquina (linguagem que as máquinas entendem). Trata-se de uma linguagem objetiva de instruções e de lógica. É esta linguagem que a máquina entende e obedece aos seus comandos. 

Os programadores escrevem os comandos diretamente em uma linguagem intermediária, entre a de humanos e a de máquinas. Algumas destas linguagens intermediárias são: C++, Python, Java, JavaScript, Swift, Perl. Esses programas incluem de algumas linhas a milhões ou bilhões de linhas de texto, chamadas de "código fonte". 

Depois um software especializado traduz o texto para a linguagem de máquina. Esta tradução se chama "compilação". 

A linguagem de máquina (ou código de máquina) é binária, isto é, tem apenas duas letras (bit= "binary digit"), representadas por 2 números: o zero (0) e o um (1). Apenas com estes dois dígitos, pode-se escrever não só textos, mas áudios, imagens e vídeos! 

A letra "A" do alfabeto humano, por exemplo, no código da máquina é escrito assim "01000001". Uma imagem pode ter milhares ou até milhões de valores binários que determinam a cor de cada pixel. Um pixel é a unidade de informação de cor. Portanto, quanto mais pixels uma imagem tiver, melhor definição ela terá.

Impressionante, não é?  

Qualquer máquina que obedeça a um software é um computador, por exemplo: o computador pessoal do seu escritório ou de sua casa, ou os portáteis (notebook, laptop), o seu aparelho celular, seu tablet, console de videogame, conversor, decodificador ou receptor de televisão, "smart TV" e etc. 

A parte material, física, de um computador é composta de uma série de circuitos elétricos integrados e outros componentes que se relacionam com eles e possibilitam a execução de uma variedade de sequências de instruções constantes no software. Estas sequências são sistematizadas em função de uma grande variedade de aplicações práticas.

O software permite que você, como usuário do computador, diga a ele o que você quer fazer.

Para isto ele recebe sinais provenientes de teclado, de "mouse", de microfone, de toques na própria tela sensitiva, de campos eletromagnéticos do ambiente ou de vários outros tipos de sensores. 

No entanto, quem comanda o computador é o software. Em outras palavras, o software permite que o usuário lhe dê ordens, mas ele o obedece ou não conforme as instruções de quem o fez, ou seja, do programador. Se o programador colocar no software algo louco, assim como isto "neste caso, 2+2 = 11", ele obedece, mesmo que a matemática esteja errada. 

O software que comanda o computador também é comumente referido como "sistema operacional" ou simplesmente o "sistema", para diferenciá-lo dos softwares que o usuário insere, comumente chamados de "aplicativos". 

O simples processo de você mandar o software abrir determinado aplicativo requer a entrada de dados, por exemplo, pelo teclado, e requer que o software comande um processamento específico e, em seguida, envie informações para a tela do computador, abrindo o aplicativo. Este aplicativo interage com o computador através do software (o sistema).

Quem de fato manda no seu computador não é você.

É fácil entender que as pessoas que não conhecem a fundo a tecnologia digital fantasiem e sejam facilmente enganadas.

É bom saber bem o que é um computador, para entender quais os riscos que o usuário tem ao usá-los.

Lembre-se: seu computador (celular, tablet, etc.) pode enviar textos e qualquer tipo de informação (senhas bancárias, por exemplo) para qualquer lugar do mundo através de campos magnéticas que você não percebe e nem sabe que existem. 

É que mostro a seguir.  

Continue lendo aqui: 

SUA MAJESTADE O SOFTWARE

https://almirquites.blogspot.com/2022/12/majestade-digital.html


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Pobre povo brasileiro

 

Por Almir M. Quites          

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Pobre povo, iludido, cindido, empobrecido.  

Pobre povo, vítima de uma pesadíssima propaganda de guerra por todos os canais de TV e grandes jornais.

Pobre povo, que até hoje não entendeu que quem vota não é o eleitor, mas sim o software, o qual comanda o computador, conhecido pelos brasileiros como urna eletrônica.

Pobre povo, que até hoje não entendeu que não há democracia quando os votos dos eleitores são contados unicamente por computador. Computador obedece cegamente ao software que lhe foi inseminado em linguagem de máquina. Software é o conjunto de comandos humanos que a máquina obedece cegamente. Como confiar cegamente na honestidade de um software do qual nem se sabe quem foram as pessoas que o fizeram?

O computador só pode ser usado para imprimir o voto que o eleitor vai conferir antes de colocar numa urna de verdade, lacrada, para os votos serem contados por uma junta apuradora, em ato público, aberto a quem quiser conferir a contagem. O pobre povo não entende algo assim tão simples. Por isto, a campanha do VOTO IMPRESSO fracassou.

Quando apenas computadores contam os votos, o processo de apuração eleitoral é secreto, porque seres humanos não podem ver votos registrados em bits. Logo, seres humanos não podem conferir a lisura da contagem. Além disso, o próprio eleitor não sabe para quem seu voto foi registrado. Isto caracteriza fraude eleitoral.

Logo, o т'e Еsse É pode anunciar qualquer resultado que lhe interesse, porque o povo terá que "engolir o resultado", ou terá que fazer ato de fé. Democracia não exige fé, exige transparência do ato de administração pública. Quem exige fé são as ditaduras!

O processo brasileiro de apuração eleitoral apresenta flagrante desrespeito a conquistas democráticas mundialmente consagradas, como o VOTO SECRETO é o PRINCIPIO DA INDEOENDÊNCIA DE SOFTWARE. Veja mais aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Software_em_Sistemas_Eleitorais

Só três países do mundo fazem eleições em total desrespeito ao PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DE SOFTWARE, o Brasil e mais dois países da Ásia Oriental.

É fácil entender o que foi exposto acima. Se você ainda tiver alguma dúvida, continue lendo aqui:
https://almirquites.blogspot.com/2023/10/Computador-eleicoes-Brasil.html?m=1


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terça-feira, 8 de agosto de 2023

História da beligerância russa

 Por Almir M. Quites      Para compartilhar, toque aqui


HISTÓRIA COM H


Será este o sonho russo?


Não faz sentido comparar a beligerância da Rússia com a da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), também conhecida como Aliança Atlântica.

Aprendi com meu pai que a História contemporânea sempre é contaminada por idiossincrasias, paixões, crenças políticas e religiosas. Por isso, precisa-se ter muito cuidado com as fontes de informações e selecioná-las levando em conta também a coerência com os fatos do presente e do passado histórico. Este cuidado é essencial, principalmente quando usamos as redes sociais. O Google e até mesmo a Wikipédia, por exemplo, estão contaminados por desinformações.

Logo, não me surpreende, apenas me entristece, quando vejo pessoas cultas tentando justificar a invasão da Ucrânia pela Rússia, aceitando como verdade narrativas que não correspondem aos fatos históricos. 

Há duas décadas, Wladimir Putin, ex-chefe da KGB, vem corroendo a incipiente democracia russa e a transformando novamente em ditadura. No início, alternava um período como Presidente autoritário e outro como poderoso primeiro-ministro, o que mal disfarçava a metamorfose para uma ditadura. Porém a mudança ficou clara, quando, na farsa eleitoral de 2020, durante a pandemia, foi aprovada nas urnas, uma mudança constitucional que hoje permite a Putin ficar na Presidência até 2036. 

A guerra Rússia x Ucrânia começou em fevereiro de 2014, quando a Rússia invadiu a Ucrânia e partes do território de Donbass e então anexou a Crimeia ao seu território. Ainda hoje estas regiões conquistadas militarmente ainda são internacionalmente reconhecidas como parte do território ucraniano.

Depois disto, a Rússia voltou a invadir a Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022, com ataques terrestres e aéreos. Houve violação do território e contestação da existência da soberania da Ucrânia. A Rússia denominou este ataque simplesmente de “Operação Militar Especial”!

Só nesta segunda invasão, conforme estima a BBC, mais de 100.000 soldados ucranianos e mais de 100.000 soldados foram russos mortos. A Ucrânia conta ainda com mais de 60.000 civis mortos!

As invasões de 2014 e de 2022 constituem a volta da Guerra de Agressão para agregação de território e sua economia à Rússia, com flagrantes violações à Declaração Universal dos Direitos Humanos (The Universal Declaration of Human Rights). Uma delas, por exemplo, foi a deportação à força de milhares de crianças ucranianas para a Rússia, para uma rede de dezenas de sítios onde os menores passaram por programa de "reeducação política" (doutrinação).

A Rússia sempre foi imperialista, militarista e beligerante em sua História.

O Império Russo, também conhecido como Rússia Czarista, foi fundado no século XIV (1721), com a derrota dos tártaros na batalha do rio Ugrá. Depois se expandiu por meio de conquistas militares até o oceano Pacífico. Começou com a expansão iniciada por Pedro I (do Báltico ao Pacífico) e terminou em 1917, quando de Nicolau II foi deposto pela Revolução Russa de 1917. Logo, o Império Russo se auto extinguiu!

O Império Russo incluía, além do território russo atual, os estados bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia), a Finlândia, Cáucaso, Ucrânia, Bielorrússia, boa parte da Polônia (antigo Reino da Polônia), a Moldávia (Bessarábia) e quase toda a Ásia Central.

Após a Revolução Russa, começou um novo período de expansão imperialista, que deu origem à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Logo no início, a Rússia conseguiu se manter unida a mais 5 países que restaram do colapso do Império Russo e da Revolução de Outubro de 1917. Foram os seguintes: Ucrânia, Bielo-Rússia, Armênia, Azerbaijão e Geórgia e neles foi implantado um regime dito comunista. Mas, aos poucos, o novo Império foi anexando mais e mais países e a União Soviética (URSS) passou a ter grande poderio militar.

Os países que compunham a União soviética, sujeitos a um regime comunista, foram os seguintes: Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia (hoje Belarus), Estônia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Letônia, Lituânia, Moldávia, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão.

Assim como o Império Russo se dissolveu devido a seus conflitos internos, também a União Soviética se auto dissolveu em 26 de dezembro de 1991, como resultado da declaração nº. 142-Н do Soviete Supremo, da União Soviética. A declaração reconheceu a independência das antigas repúblicas soviéticas e criou a Comunidade de Estados Independentes (CEI). No dia anterior, o presidente soviético Mikhail Gorbachev, o oitavo e último líder da União Soviética, renunciou, declarou seu cargo extinto. Entregou seus poderes (inclusive o controle dos códigos do arsenal nuclear soviético) para o presidente russo, Boris Iéltsin. Naquela noite, a bandeira soviética foi baixada do Kremlin de Moscou pela última vez e foi substituída pela bandeira russa pré-revolucionária.

Desde então a Rússia continua tentando restabelecer seu poderio sufocando militarmente os movimentos nacionalistas de países independentes vizinhos ou invadindo outros países. Os invadidos são anexados à Rússia. Assim aconteceu com a Abcássia, a Ossétia do Sul e a Criméia. A Rússia de hoje, pela terceira vez na sua História, volta à política expansionista, de anexação de países vizinhos pela força militar.

A OTAN foi fundada em 1949 justamente com o objetivo de atuar como um obstáculo à ameaça de expansão soviética na Europa após a Segunda Guerra Mundial. A OTAN não é um país, mas um grupo de 30 países que se propõem a resistir ao expansionismo da Rússia.

A expansão da OTAN, é por adesão de países independentes. Esta adesão é consequência do comportamento imperialista da própria Rússia, que agora agride a Ucrânia. A OTAN é, tanto na teoria, como na prática, um tratado de defesa. A entrada de cada novo membro neste tratado depende da vontade de todos os países já integrantes. Cada país tem 1 (um) voto, seja qual for seu poder econômico ou militar. Basta 1 (um) voto contra para que o novo membro não seja aceito! O requisito fundamental é que o país convidado seja uma democracia europeia, que respeite minorias e que seja uma economia de mercado.

Atualmente a Rússia está em guerra com a Ucrânia, tentando anexá-la pela força. Foi a Rússia quem começou a guerra, invadindo o que restava da Ucrânia, depois de já ter anexado a Criméia em 2021.

Os países que, em 1991, conseguiram recuperar sua liberdade não querem voltar a ser subjugados na "Cortina de Ferro". É por isto que a maioria deles quer fazer parte da OTAN! Não querem que aconteça com eles o que agora está acontecendo com a Ucrânia.

Mesmo com o fim da União Soviética, ainda hoje, a Rússia continua sendo o maior país do planeta.

A Rússia sempre foi o país agressor, em toda a sua história, exceto em 4 situações muito separadas no tempo, como a seguir:
    1. No século XX, a Alemanha nazista, de Hitler, invadiu a União Soviética, em junho de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. A Criméia, também foi invadida. Em 1944, ela foi retomada por forças soviéticas, as quais deportaram tártaros, armênios, búlgaros e gregos residentes na península (sob a acusação de terem colaborado com a ocupação nazista. Estes foram substituídos por famílias russas. Estima-se cerca da metade dos deportados tenham morrido de fome e doenças. Em 1989, a deportação foi declarada ilegal. 
    2. No século XVII, Napoleão, em 1812 invadiu a Rússia.
    3. No século XVI, exércitos poloneses e lituanos invadiram o oeste da Rússia.
    4. No século XIII, guerreiros mongóis do leste conquistaram parte da Rússia.
Nota 1
Refiro-me, acima, às invasões à Rússia, não ao Império Russo, também conhecido como Rússia Imperial ou Rússia Czarista, para diferenciá-la da Rússia Soviética e da Rússia moderna. Logo, não incluí acima, por exemplo, as invasões do Império Sueco, na Grande Guerra do Norte (1700 - 1721). Estas, foram invasões ao Império Russo, no século 18, as quais não alcançaram o território Russo. Pelo mesmo motivo, não me referi às invasões à Moscóvia (ou Grão-Principado de Moscou), dos séculos anteriores, a qual foi uma entidade política antecessora do Império Russo e sucessora da Rússia de Quieve nas suas terras nórdicas, perído em que a Rússia estendeu seus domínios sobre regiões que atualmente compõem a Ucrânia, a Polônia, a Bielorrússia, a Finlândia, os Países Bálticos, a Moldávia, a Ásia Central, a Sibéria e o Cáucaso.

Nota 2
A Ucrânia, inclusive a Criméia, eram parte integrante do Império Russo há muitos séculos, desde a chamada Rússia de Kiev, também conhecida como Antigo Estado Russo.  A Rússia de Kiev foi uma grande confederação de tribos do Leste Europeu dos séculos IX ao XIII. Atualmente Bielorrússia, Ucrânia e Rússia reivindicam a Rússia de Kiev como seu ancestral cultural.

A Ucrânia, inclusive a Criméia, eram parte integrante do Império Russo do Império Russo há muitos séculos.

O Império Russo não era um tratado de defesa firmado entre países independentes, como é a OTAN. Era um conjunto de regiões conquistadas e anexadas por meio da força militar.

Eu sei que existem muitas publicações nas redes sociais brasileiras acusando a OTAN e defendendo a Rússia, mas são pessoas ou organizações ligadas à esquerda! Logo não são fontes isentas. Aliás, quem age assim não é historiador de fato, porque historiador deve ser preciso e atento aos fatos. Não pode ser tendencioso, muito menos fanático.

A OTAN participou apenas de 4 guerras. Estas nunca serviram para anexar território a nenhum de seus países membros. As guerras das quais a OTAN participou foram as seguintes:
  1. A guerra da Bósnia. Foi uma guerra civil e religiosa que eclodiu em 1992, logo após a dissolução da União Soviética e da Iugoslávia. A Iugoslávia tinha existido como um Estado comunista chamado Federação Democrática da Iugoslávia, com o marechal Tito na presidência. Em 1950, a federação tinha se chamado de República Federal Popular da Iugoslávia, mas continuava a ser um Estado comunista que reprimia os movimentos nacionalistas com muita violência. A guerra da Bósnia foi um conflito muito complexo e sangrento demais entre bósnios, sérvios croatas, búlgaros, macedônios, montenegrinos, eslovenos etc., que viviam subjugados num mesmo país. A OTAN só entrou no cruel conflito por decisão da ONU, em 1996, como missão de paz (Força de Implementação da Paz, da OTAN). Em 1998 reacendeu um novo conflito armado entre forças sérvias, Iugoslavas e o chamado Exército de Libertação do Kosovo (força formada por albaneses que lutavam pela independência da província). A OTAN voltou a intervir, em 1999, para debelar o conflito.
  2. A guerra do Afeganistão. Foi a invasão feita pelos EUA após sofrer os ataques de 11 de setembro no final de 2001, onde mais de 3000 pessoas foram assassinadas e mais de 6000 pessoas ficaram feridas, principalmente no centro de Nova York. Isto foi tão tenebroso e criminoso quanto o lançamento de bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki pelo EUA. O objetivo da guerra do Afaganistão era desmantelar a Al-Qaeda e negar-lhes uma base segura de operações pela remoção do Talibã do poder. Em agosto de 2003, a OTAN envolveu-se no conflito com a Força Internacional de Assistência à Segurança, estabelecida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Esta missão se envolveu diretamente nos combates contra os terroristas islâmicos no Afeganistão de 2011 a 2016.
  3. A guerra da Líbia foi um conflito civil neste país africano, que começou em 2011 com uma onda de protestos populares contra a ditadura de Muammar al-Gaddafi, com reivindicações sociais e políticas. Forças do governo abriram fogo contra a multidão para tentar dispersá-la. Contudo as manifestações se intensificaram e se espalharam pelo país. Boa parte das diferentes facções da oposição Líbia se uniram formando então o chamado Conselho Nacional de Transição. No entanto, em março, as tropas de Gaddafi começaram a avançar sobre áreas sob controle dos rebeldes, avançando contra Bengasi, a maior cidade em mãos da oposição. Frente à escalada da violência no país, a ONU autorizou, através da Resolução 1973, o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, cabendo a OTAN estabelecê-la. Após meses de combates, a capital da Líbia (Trípoli) foi atacada pelos rebeldes que conseguiram tomar a cidade. Gaddafi conseguiu escapar e fugiu para o oeste, em zonas ainda sob controle de forças leais a ele. Em setembro de 2011, o Conselho Nacional de Transição líbio foi reconhecido pela comunidade internacional como os novos representantes legais do povo do país. Muammar Gaddafi foi capturado e morto em outubro de 2011. De forma sangrenta, a Líbia encerrou a ditadura de 42 anos de Muammar Kadafi.
Ao contrário do que se propala pelas redes sociais, a guerra do Iraque não teve participação da OTAN, mas sim dos EUA e alguns países aliados. Foi um conflito que começou no dia 20 de Março de 2003, com a invasão do Iraque, por uma coalizão militar multinacional liderada pelos Estados Unidos, iniciada pelo presidente americano George W. Bush, após os atentados de 11 de setembro de 2001. A justificativa original para a guerra do Iraque foi o programa de desenvolvimento de "armas de destruição em massa" pelo Iraque e a alegada colaboração de Saddam Hussein com a Al-Qaeda. O Iraque impedia que inspetores da ONU verificassem seus arsenais. Após a resolução 1441 do Conselho de Segurança da ONU, que dava ao Iraque uma oportunidade final para cumprir suas obrigações de desarmamento, o Iraque concordou em cooperar com novas inspeções. Durante as inspeções, nenhuma arma de destruição em massa foi encontrada! A guerra terminou no dia 18 de dezembro de 2011, após oito anos de ocupação.

Espero ter esclarecido que não faz sentido comparar a beligerância imperialista da Rússia com a da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A Rússia age com um império que anexa outros países por meio de operações militares e os subjuga administrativamente. A OTAN é uma aliança de países que que se propõem a resistir à expansão imperialista russa. 

Ante alguma dúvida, fico a disposição para esclarecer.

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sexta-feira, 31 de março de 2023

Lava-Jato e Mani Pulite


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CONDENAÇÃO DO MOCINHO E LIBERTACÃO DO BANDIDO NA HISTÓRIA.

A História se repete! 

sexta-feira, 24 de março de 2023

Defender a democracia é dever de todos

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Publicado no Facebook em 25 de março de 2023 



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