Por Almir M. Quites
Twitter, Whatsapp, Facebook, Instagram... Injúria, difamação e calúnia proliferam.
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As pessoas debatem, mas quase não se comunicam. Os debatedores se debatem, mas a discussão não evolui. Parece que escrevem sem antes ler e pensar no que os antecessores escreveram. A grande maioria dá opinião sobre o que não entende e, se algum participante tiver conhecimento, não terá o reconhecimento disto. Assim, o grupo de debatedores se nivela por baixo e o debate político se torna desprezível.
Os debates pelas redes sociais se caracterizam pela espontaneidade, pela irresponsabilidade e também pela frivolidade. Mesmo assim, os internautas firmam opiniões a partir de pequenas mensagens que, além de superficiais, tem baixíssimo grau de coerência, tanto entre si como com os fatos reais. Assumir posições políticas a partir destes debates virtuais é gravíssimo erro. Qualquer análise política requer um conhecimento muito mais profundo e muito mais extenso do que é possível pelas redes sociais.
Se eu simplesmente escrevesse nas redes sociais que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é um terrível legado do Estado Novo de Getúlio Vargas, imediatamente os internautas responderiam coisas como "o estado não era novo no tempo de Getúlio", "Getúlio Vargas era de esquerda" e "Getúlio era de direita". Logo alguém afirmaria que eu sou "idiota" ou "imbecil"; alguém digitaria "vai estudar seu merda" (sem a vírgula) e não faltariam vários "kkkkkkk!" e bruscas mudanças de assunto, tudo entremeado com notícias falsas e perfis falsos.
Os debates pelas redes sociais se caracterizam pela espontaneidade, pela irresponsabilidade e também pela frivolidade. Mesmo assim, os internautas firmam opiniões a partir de pequenas mensagens que, além de superficiais, tem baixíssimo grau de coerência, tanto entre si como com os fatos reais. Assumir posições políticas a partir destes debates virtuais é gravíssimo erro. Qualquer análise política requer um conhecimento muito mais profundo e muito mais extenso do que é possível pelas redes sociais.
Se eu simplesmente escrevesse nas redes sociais que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é um terrível legado do Estado Novo de Getúlio Vargas, imediatamente os internautas responderiam coisas como "o estado não era novo no tempo de Getúlio", "Getúlio Vargas era de esquerda" e "Getúlio era de direita". Logo alguém afirmaria que eu sou "idiota" ou "imbecil"; alguém digitaria "vai estudar seu merda" (sem a vírgula) e não faltariam vários "kkkkkkk!" e bruscas mudanças de assunto, tudo entremeado com notícias falsas e perfis falsos.
Muita gente, sem saber, dialoga com robôs ou "cyborgs".
Nas últimas eleições presidenciais todos os dias recebíamos quantidades de mentiras ("fake news") pelas redes sociais. Uma das grandes mentiras foi aquela que apresentava foto da jornalista Mirian Leitão e afirmava que ela teria assaltado um banco a mão armada. Imaginem o irreparável dano que isto deve ter causado à vida pessoal da jornalista. Trata-se de crime hediondo que fica impune, porque cada um que divulgou tal notícia alega que só a repassou porque ingenuamente acreditou na mentira! Nas redes sociais aflora um comportamento primitivo, selvagem, irresponsável.
Não é possível discutir um tema sério nas redes sociais! Nestes meios, as crenças se tornam causas e, a partir delas, as pessoas afirmam ou negam teses. Não debatem para entender a realidade, mas simplesmente para reforçar suas crenças e obter mais adeptos. Não hesitam nem mesmo ao massacrar a matemática. O erro é sempre para o lado das preferências políticas.
No entanto, seria interessante que não fosse assim. Deveria haver um acordo pelo qual os debatedores realmente se comprometessem com um pouco mais de disciplina e seriedade!
O debate, nas redes sociais, deveria servir para o aprendizado em grupo, aproveitando ao máximo os conhecimentos de cada participante.
O fato é que todo o aprendizado requer esforço pessoal, empenho. Com ele, consegue-se entender melhor os fatos, descortina-se o novo em menos tempo e novas relações são mais facilmente percebidas. É como no esporte! O esporte é lúdico, mas exige empenho, esforço.
O debate proveitoso exige que cada um possa indicar textos bem feitos, escritos por gente responsável, sem outros interesses que não seja o compromisso com a verdade e com o grupo de debatedores.
Nas últimas eleições presidenciais todos os dias recebíamos quantidades de mentiras ("fake news") pelas redes sociais. Uma das grandes mentiras foi aquela que apresentava foto da jornalista Mirian Leitão e afirmava que ela teria assaltado um banco a mão armada. Imaginem o irreparável dano que isto deve ter causado à vida pessoal da jornalista. Trata-se de crime hediondo que fica impune, porque cada um que divulgou tal notícia alega que só a repassou porque ingenuamente acreditou na mentira! Nas redes sociais aflora um comportamento primitivo, selvagem, irresponsável.
Não é possível discutir um tema sério nas redes sociais! Nestes meios, as crenças se tornam causas e, a partir delas, as pessoas afirmam ou negam teses. Não debatem para entender a realidade, mas simplesmente para reforçar suas crenças e obter mais adeptos. Não hesitam nem mesmo ao massacrar a matemática. O erro é sempre para o lado das preferências políticas.
No entanto, seria interessante que não fosse assim. Deveria haver um acordo pelo qual os debatedores realmente se comprometessem com um pouco mais de disciplina e seriedade!
O debate, nas redes sociais, deveria servir para o aprendizado em grupo, aproveitando ao máximo os conhecimentos de cada participante.
O fato é que todo o aprendizado requer esforço pessoal, empenho. Com ele, consegue-se entender melhor os fatos, descortina-se o novo em menos tempo e novas relações são mais facilmente percebidas. É como no esporte! O esporte é lúdico, mas exige empenho, esforço.
O debate proveitoso exige que cada um possa indicar textos bem feitos, escritos por gente responsável, sem outros interesses que não seja o compromisso com a verdade e com o grupo de debatedores.
Cada debatedor deveria ler os textos indicados com respeito pelo autor, ainda que, depois de lê-los, venha a questionar considerações ou assertivas. O primeiro esforço, no entanto, deve ser para entender o ponto de vista do outro. Simples assim!
Eu evito discutir qualquer tema sério pelas redes sociais. O que eu faço é escrever meus artigos solitariamente no meu blog e usar as redes sociais apenas para indicar a leitura dos mesmos.
Foi o que fiz com relação Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Estado Novo. Contei a História toda no meu blog, começando há cerca de 90 anos, pela pessoa de Getúlio Vargas, sua história e a nossa História. Assim expliquei que o TSE foi criado por Getúlio Vargas e depois continuou existindo, até hoje, com as mesmas funções e poderes.
Eu evito discutir qualquer tema sério pelas redes sociais. O que eu faço é escrever meus artigos solitariamente no meu blog e usar as redes sociais apenas para indicar a leitura dos mesmos.
Foi o que fiz com relação Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Estado Novo. Contei a História toda no meu blog, começando há cerca de 90 anos, pela pessoa de Getúlio Vargas, sua história e a nossa História. Assim expliquei que o TSE foi criado por Getúlio Vargas e depois continuou existindo, até hoje, com as mesmas funções e poderes.
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𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
A. M. Quites
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