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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Guerra cibernética e eleições

 Por Almir M. Quites


Qualquer país precisa defender sua soberania, não apenas seu território. Quando um país estrangeiro interfere na escolha dos dirigentes de outro, este se torna colônia do primeiro. 

Assim, o Brasil não pode permitir que os EUA ou a Rússia, por exemplo, interfira na escolha de seu Presidente da República. Da mesma forma, os EUA não podem permitir que a Rússia interfira na escolha de seu Presidente. De acordo? 

Pois é! Isto já aconteceu!

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Apuração eleitoral, quem faz melhor, Brasil ou USA?

 Por Almir M. Quites

Exemplo de Máquina de Votar. O eleitor marca uma cédula virtual, imprime em papel, confere e coloca na urna, para contagem manual e/ou escaneamento (óptico ou digital, de recontagem ou auditoria).  


Como são as eleições presidenciais nos EUA?
Adianto que são muito mais seguras que as nossas! A seguir, explico.

terça-feira, 10 de março de 2020

Declaração capciosa do Presidente

Por Almir M. Quites

A Seita do Santo Byte
Amplie a imagem para ler os textos.

O Presidente Jair Bolsonaro disse ontem, em Miami, que em breve apresentará provas de que ele teve votos para vencer a eleição de 2018 em primeiro turno e que houve segundo turno por fraude nas urnas eletrônicas.

sábado, 19 de outubro de 2019

A queda do "Bolsonaro de saias"

Por Almir M. Quites
Joice x Bolsonaros: a briguinha do dia!

Agora que foi destituída do cargo de líder do governo no Congresso Nacional pelo Presidente, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) decidiu sair atirando contra seu chefe, o antes adorado Jair Bolsonaro

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O anel fogo de espectro político

Por Almir M. Quites 



➡️ PULANDO A FOGUEIRA

Desde 1990, em meus debates com colegas, professores da UFSC (na "lista de e-mails"), tenho argumentado que a análise política que temos diariamente é muito simplória, porque se baseia no "nós contra eles" ou "direita x esquerda".

Tenho afirmado que um debate assim é próprio da idade da pedra lascada (paleolítico). É uma concepção bi-polar: nós aqui, embolados, na pedra da cá, contra eles lá, embolados, na pedra de lá. É a direita e a esquerda como halteres de pedra. É o meu bando contra o bando deles! As pessoas do bando oposto perdem a sua humanidade e passam a ser consideradas como maldosos predadores não-humanos.

Trata-se de uma visão preconceituosa, maniqueista, a qual divide, os cidadãos em poderes opostos e incompatíveis. O objetivo de cada bando é aniquilar o outro!

Um avanço consiste simplesmente em sermos capazes de conceber uma gradação entre os extremos. Então, a ideia de bando monolítico se desfaria e já se poderia ter uma visão mais evoluída do mundo político. Não seria mais uma concepção da idade da pedra lascada, mas talvez da idade da pedra polida (neolítico). 

Com esta gradação, chega-se a uma concepção linear, unidimensional. É uma direção e dois sentidos: daqui para lá e de lá para cá. Todos os pontos intermediários, entre os extremos, são reconhecidos como válidos. Uma mesma pessoa pode evoluir com o tempo mais para a direita ou mais para a esquerda. Tem-se assim, um modelo menos preconceituoso e mais próximo da real natureza humana.

Ainda assim, a concepção política continuaria precária, porque a realidade não é unidimensional, mas multidimensional. 

A matemática lida com fenômenos tão complexos quanto a política, fenômenos multidimensionais (de numerosas dimensões), mas a matemática não é aplicável à política, porque, nesta, as variáveis não são definidas de modo que possam ser quantificadas, medidas, correlacionadas em funções estabelecidas e testadas. A política que temos não aceita o rigor da lógica, só aceita modelos vagos e ingênuos, porque nela impera o interesse pessoal. A fé e a versão se desenvolvem melhor nas indefinições e nas imprecisões. Elas valem mais que os fatos reais. É por isto que, em muitos países, o campo político continua sendo imaginado como halteres de pedra lascada, ou seja, "nós contra eles".

Infelizmente, em pleno século XXI, o modelo do espectro político mais evoluído e em uso ainda é o do segmento de reta que vai da esquerda à direta. Que fazer? 

Fiquemos, então, neste nível, mas vamos, pelo menos, considerar todas as gradações da extrema esquerda até o centro do segmento e deste até a extrema direita. 

Vamos nos ater a este modelo e tratar não apenas de situar pessoas neste espectro, mas partidos e especialmente governos. 

Direita e esquerda são formadas por um mesmo fenômeno  divisionista chamado radicalização, caracterizado pela intolerância. Quando se forma uma pitadinha de direita é por segregação, isto é, forma-se uma igual pitadinha de esquerda, e vice-versa. Direita e esquerda se retroalimentam. São duas faces da mesma moeda. Quando uma cresce a outra também cresce. Enquanto uma existir existirá a outra. Se uma vencer a outra, será pela imposição da força. Então, instala-se uma ditadura. Seja de esquerda ou de direita, os militares que a sustentam serão os mesmos. Não há  outra Força num país capaz de dar um golpe e sustentá-lo que não seja a Força Militar regular. Esta não tem ideologia, tem armas e tem efetivos. 

O que muda do centro aos extremos do segmento político? Respondo: o que muda é a intensidade do radicalismo. 
                                                                O que acontece com uma sociedade quando o radicalismo aumenta? 

Numa sociedade evoluída o radicalismo não existe. Quando surge, como uma mínima forca motriz de separação entre direita e esquerda o radicalismo traz consigo a intolerância. Qualquer pequeno bando de esquerda que se forme, faz-se por segregação, portanto gerando um igual pequeno bando de direita e vice-versa. Esquerda e direita são duas faces da mesma moeda. Quando uma cresce a outra cresce junto. A radicalização de uma é a radicalização da outra. Quando a radicalização aumenta, cresce junto a intolerância, o autoritarismo, a violência e a corrupção. Ambas, esquerda e direita, só vêem defeitos no outro lado. Quem não pertence a nenhum dos dois bandos é considerado inimigo por ambos os lados e, por isso, acaba sendo forçado a se calar, ainda que todos juram que estão numa democracia. 

Quanto maior a radicalização, mais iguais esquerda e direita se tornam. 

Numa democracia, nenhum dos bandos vence definitivamente o outro, só se alternam no poder. Se um dominar o outro pela força, então chegamos à Ditadura, o inferno do ultrarradicalismo.

Quando se chega ao ultrarradicalismo, esquerda e direita são iguais. É a ditadura militar (os militares são os mesmos, seja no Golpe de direita quanto no de esquerda). A ditadura de esquerda da Venezuela é  igual, em comportamento, que a ditadura fascista ou nazista (de direita). A ditadura de esquerda da Coréia do Norte ou a de Mao na China também é igual a ditadura nazista ou fascista

Quanto mais radicalismo mais perto estamos de uma ditadura.
           
A única forma de evitar este desfecho é cuidar, com dedicação e inteligência, para que o radicalismo se reduza. 

Bem no centro, o radicalismo é nulo. Quando se passa do centro para os extremos o radicalismo se intensifica e, com isso, vem o aumento da incompreensão, da intolerância, da violência e da inclemência. Do centro para os extremos, cada vez mais a sociedade se compreende como dois bandos que competem, nós x eles! Em outras palavras, a sociedade regride, a intolerância aumenta, cresce o militarismo, a marginalização e a alienação. A sociedade se torna aristocrática e os governos se tornam autocráticos. 

A partir do centro, indo para a direita ou para a esquerda, chega-se ao ultrarradicalismo, o império da militarização e da propaganda de guerra, criadora de mitos e outras fantasias. 

Indo-se sempre para a direita ou sempre para a esquerda, chega-se no mesmo inferno.

Nos dois extremos encontra-se no inferno incandecente das ditaduras militares. O ultrarradicalismo da esquerda tem a mesma forma e o mesmo comportamento que o ultraradicalismo da direita!

Logo, o que temos não é um segmento de reta que vá da esquerda à direta!  O que, de fato, temos é um ciclo que se fecha. O que chamamos de centro, em política, na verdade é o polo superior e o que chamamos de ultrarradicalismo é o polo inferior. É um anel de blocos de comportamentos políticos.

Este anel de blocos políticos tem uma dinâmica muito peculiar.

Quando os cidadãos de um país democrático elegem um governo que não seja de centro, mas de direita ou de esquerda, automaticamente dividem os cidadãos. Ao formar um pequeno bando mais radical à esquerda, dá poder a um radicalismo cuja energia de reação nucleia um bando simétrico à direita, e vice-versa. Assim, abre-se uma fenda, uma fronteira, fronteira entre esquerda, centro e direita. Em sucessivas eleições, esta fenda pode aumentar, reduzindo o bloco do centro; ou pode se reduzir, aumentando o bloco do centro, às custas dos bandos da esquerda e da direita. À medida que a radicalização aumenta, a fenda se alarga, os bandos da direita e da esquerda crescem e o centro diminui. 

Com o aumento da radicalização, a democracia perde estabilidade. É quando o centro já não tem massa suficiente para estabilizar a democracia e o fosso do ultrarradicalismo está muito grande. Daí, em diante, cada eleição nacional só aumenta a radicalização. A passagem de um governo de esquerda para outro de direita, ou vice-versa, só pode ser feita  pelo polo inferior, pulando por cima do inferno incandescente da ultrarradicalização, sem cair nas garras de uma ditadura militar. Mas é só uma questão de tempo, mais cedo ou mais tarde a nação radicalizada cai no fosso incandescente da ditadura militar. 

Quando isto acontece, instala-se a ditadura, um governo regido por um ou mais militares ou por pessoa por eles indicada; extinguem-se os partidos e criam-se partidos falsos, apenas para simular eleições livres; extinguem-se os parlamentos ou nomeiam-se parlamentares falsos, apenas para simular uma democracia; extinguem-se as eleições ou fazem eleições falsas para simular uma democracia. Na verdade, não há participação popular no processo decisório da nação, ou essa participação é farsa ou é mantida muito restrita. 
Então, começa uma luta sofrida de um povo para se livrar da ditadura. Pode levar décadas ou séculos para que ditadura se desgaste internamente, apodreça, a ponto de não poder se reorganizar, mesmo dispondo de todos os poderes de uma sociedade escravizada. 

Uma nação que cai nesta desgraça pode não se recuperar sem um processo de reinstitucionalização do país, possibilitada por ajuda externa de outros países ou por um processo interno de desmoralização do governo (como a desobediência civil). De qualquer forma, serão  muitos anos de sofrimento do povo.

O que mostra a História do Brasil sobre nossas trajetória politica? 

A seguir veja um resumo das idas e vindas do Brasil sobre o anel de fogo do espectro político ao longo de sua história. 

Logo após a independência, foi necessário reorganizar o Brasil.  Uma Assembleia Constituinte foi instalada em maio de 1823. Porém, antes que a nova Constituição fosse aprovada, as tropas do exército cercaram o prédio da Assembleia, e, por ordens do Imperador, a mesma foi dissolvida. Logo, onde estavamos, no nosso gráfico? Estávamos no fundo do poço incandescente! A nossa primeira Constituição não foi fruto de uma Assembléia  Constituinte livremente eleita, foi outorgada pelo poderoso Imperador
 Dom Pedro I em 1824. Ela previa um Poder Moderador, exercido pelo Imperador, pelo qual, o imperador poderia fiscalizar os outros três poderes.

Dom Pedro I renunciou ao trono em beneficio de seu filho e foi para Potugal. D. Pedro II, ainda uma criança, foi educado para ser Imperador. Foi no período do Imperador D. Pedro II que o Brasil teve estabilidade e pode se desenvolver como uma democracia monárquica.

Havia um profundo temor nos políticos brasileiroscompartilhado por parte dos diversos grupos sociais quanto à possibilidade de o Brasil sofrer o mesmo destino das colônias hispano-americanas, ou seja: caos político, social e econômico, desmembramento territorial, golpes de Estado, ditaduras e caudilhos. A monarquia parlamentarista brasileira cumpriu seu papel de evitar a radicalização nacional, permitir a  liberdade e a livre reorganização do país, garantir a estabilidade, conforme o liberalismo em voga.

Somente com uma entidade neutra, completamente independente de partidos, grupos ou ideologias opostas, seria possível alcançar tal fim. E nisso, houve "sempre um poderoso elemento ideológico remanescente da independência como fruto de uma grande união nacional acima dos diversos interesses particulares". A monarquia brasileira assegurou ao Brasil a integridade territorial do antigo domínio lusitano num clima de ordem e de paz. 

O Brasil caiu no fosso incandescente da ditadura militar quando o Imperador Pedro II foi deposto por um golpe militar em 15 de novembro de 1988. Os militares assumiram o governo e declararam que o Brasil passara a ser um República. Assumiu o governo o generalíssimo Deodoro da Fonseca. Somente em 1891, foi promulgada a primeira constituição brasileira dita republicana e o próprio Deodoro foi "eleito" presidente em sufrágio indireto. Seu governo foi marcado por frequentes crises que acabaran por dividir os próprios militares. Isto abalou a sociedade civil e parte dos militares, o que levou à dissolução do Congresso Nacional e à renúncia do Presidente em novembro de 1891. Então, o vice-presidente que também era militar, assumiu o governo. Foi o Marechal Floriano Vieira Peixoto , cujo governo abrange a maior parte do período da história brasileira conhecido como República da Espada. Seu governo foi marcado por um intenso clima de rebeliões militares e diversos conflitos entre o Exército e a Marinha, além de crises da Revolução Federalista. Queria depor o governador gaúcho Júlio de Castilhos. Floriano Peixoto debelou estes conflitos violentamente, consolidando-se no poder, o que lhe fez ganhar a alcunha de "Marechal de Ferro". O culto à sua personalidade, denominado florianismo, que deu origem ao atual nome da cidade de Florianópolis, foi o primeiro fenômeno político a caracterizar a chegada do "populismo" ao Brasil. Seu governo terminou em profunda crise que levou a formação de uma assembleia constituinte e a um grande acordo politico.
Prudente José de Moraes Barros foi senador e foi também presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891. A Constituinte serviu para elegê-lo primeiro presidente civil do Brasil com cerca de 85% dos votos em eleição direta. Prudente de Moraes representava a ascensão da oligarquia da cafeicultora.
Então, seguiu-se uma sequência de governos civis: 
1894-1898: Prudente de Morais - que conseguiu a paz no RGS; e enfrentou a Campanha de Canudos, entre 1896 e 1897;

1898-1902: Campos Sales; 
1902-1906: Rodrigues Alves; 
1906-1909: Afonso Pena;
1909-1910: Nilo Peçanha
Então, mais um militar. Desta vez eleito regularmente numa eleição na qual derrotou a Rui Barbosa. O militar eleito foi...
1910-1914: Marechal Hermes da Fonseca (Sobrinho do marechal Deodoro da Fonseca, 1º presidente do Brasil).

Depois tivemos mais um período longo de governos civis, mas a radicalização, mais uma vez, crescia.

1914-1918: Wenceslau Brás - o Brasil teve um crescimento industrial imediato para suprir a demanda de produtos que não podiam mais ser importados da Europa. Brás promulgou o primeiro Código Civil brasileiro, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 1916. 
Devido às dificuldades para importar produtos manufaturados da Europa durante o seu mandato, causadas pela Primeira Guerra Mundial, Brás incentivou a industrialização. 
1918-1919: Delfim Moreira 
1919-1922: Epitácio Pessoa 
1922-1926: Arthur Bernardes - aqui a radicalização recomeçou a subir.  Arthur sofreu com uma estratégia desonesta de seus adversários. Durante a campanha para presidente, em 1922, foram divulgadas cartas falsas atribuídas a Arthur Bernardes que insultavam os militares. Depois de sua posse, em 15 de novembro de 1922, rebelaram-se a Escola Militar, o Forte de Copacabana e a Guarnição de Mato Grosso, na chamada Revolta dos Tenentes. Bernardes ordenou, então, o fechamento dos sindicatos e dos jornais de esquerda. Reformou a Constituição, em 1926, com o objetivo de restringir a exploração de recursos do subsolo. 
Assim, o Brasil voltava a cair no fosso incandecente da ditadura militar. 
1926-1930: Washington Luís - Fluminense, advogado, suspendeu o estado de sítio, estimulou a expansão rodoviária, aumentou a reserva de ouro, remodelou a área urbana do Rio de Janeiro (então a capital federal) e desenvolveu uma política de valorização do café. Na época da sucessão, a Aliança Liberal reuniu as oposições em torno da candidatura de Getúlio Vargas contra Júlio Prestes, candidato oficial de Washington Luís.
Ao perder as eleições, os rio-grandenses se rebelaram, em 3 de outubro, sob o comando do tenente-coronel Pedro Aurélio de Góes Monteiro, que marchou para São Paulo. As Forças Armadas depuseram o presidente da República na chamada Revolução Liberal, em 24 de outubro de 1930. Formaram, então, uma Junta Militar com os generais Augusto Tasso Fragoso, João de Deus Menna Barreto e o contra-almirante José Isaías de Noronha. Terminava aí a República Velha. 
A Revolução de 1930 marcou o fim da chamada República Velha, iniciando-se a Era Vargas (1930-1945). 

Os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pelo clima de tensão entre as oligarquias e os militares  principalmente no estado de São Paulo – o que provocou a Revolução Constitucionalista de 1932. Getúlio Vargas foi um populista de direita, mas também cultuado pela esquerda. Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) promoveu uma tentativa de golpe contra o governo Getúlio Vargas – a "Intentona Comunista". Getúlio aproveitou o episódio para declarar estado de sítio e ampliar seus poderes políticos. Nessa época, Getúlio adotou um discurso nacionalista e começou a articular um movimento pela sua permanência no cargo. Logo, intensificou o seu populismo e tratou de copiar os métodos da direita fascista de Benito Moussolini (Itália) e Adolf Hitler (Alemanha). O Brasil se radicalizava pela direita.

Mas em 1945, o Exército derrubou o presidente. Após a queda de Getúlio, o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente. Uma Assembléia Constituinte criou a quinta Constituição brasileira, que estabeleceu os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Este novo período Getulista ficou conhecido como República Populista (1945-1964).

Enquanto isso, a oposição também radicalizava. Em 23 de agosto de 1954, Getúlio já está envolvido em escândalos de grande repercussão, que vão de corrupção á tentativa de assassinato de seu opositor Carlos Lacerda e a morte de um militar da aeronáutica que estava com ele. Os comandos militares passaram a exigir publicamente a renúncia de Vargas. Na manhã de 24 de agosto, Vargas cometeu suicídio.

Juscelino Kubitschek assumiu a presidência em janeiro de 1955 com a promessa de realizar “cinqüenta anos em cinco” e o Brasil teve um mandato de calma e progresso. Foi o periodo hoje conhecido como "Anos Dourados", quando o Brasilteve grande desenvolvimento e todos os setores, da arte, passando pelos esportes, até aos setores econômicos e industrial. 

Depois de Juscelino, Jânio Quadros foi eleito representando a esquerda, mas renunciou ao mandato no ano seguinte. O confronto entre esquerda e direita já estava muito quente e ambos os lados se alternavam
Em 1962, a direita tentou um golpe militar, com grande movimentação de tropas, mas o Exército se dividiu. O Terceiro Exército apoiou a resistência de Leonel Brizola. O sul  do país resistiu so golpe, e houve um acordo entre entre as partes. João Goulart (da esquerda ) assumiu o Governo, mas aceitou a implantação de um regime parlamentarista, na verdade um tosco parlamentarismo, feito para não durar. Então, o Brasil voltou ao inferno de uma ditadura.

Foi a Ditadura Militar (1964-1985).

Com a radicalização crescente entre Direita e Esquerda a crise política se agravou. Em março de 1964, o Golpe Militar, que falhara em 1962, foi aplicado. No dia 9 de abril, foi decretado o Ato Institucional N° 1 (AI-1), que cassou mandatos políticos e tirou a estabilidade de funcionários públicos. Na verdade, não era um ato institucional, mas um ato revolucionário.

O marechal Humberto de Alencar Castello Branco foi empossado como presidente. Em seu governo, foram promulgados outros "Atos Institucionais", que suspenderam os direitos políticos dos cidadãos.

A Ditadura Militar (1964-1985) foi um governo ultrarradical. Depois de um longo período de extrema repressão política e muita propaganda oficial, os brasileiros começaram a reagir. Quando a ditadura terminou, o Brasil estava endividado e institucionalmente desarrumado. Foi preciso que uma Assembleia Constituinte reorganizasse o país. A Direita ficou associada aos movimentos que visam apenas defender interesses de grupos específicos e que se utiliza de métodos truculentos.

Entrou-se assim na chamada Nova República (1985), período que se caracteriza por sucessivos governos socialsocialistas progressistas, pela pela democratização da política, pela promulgação de uma nova Constituição e pela difícil luta contra a inflação galopante, finalmente vencida, nos governos de Itamar Franco e de Fernando Henrique Cardoso (FHC), com a implantação do Plano Real, que finalmente estabilizou a economia. Neste período, a Esquerda brasileira começou a se alinhar cada vez mais com os movimentos socialistas e mesmo comunistas e anarquistas, criando uma identidade que permanece até os dias atuais.

Depois da estabilização econômica, consolidada no governo de FHC,  Luis Inácio Lula da Silva, foi eleito Presidente da República. Passamos então a um governo de esquerda e uma radicalização pela extrema esquerda.

Os brasileiros, ao longo de muitas décadas, têm pulado de um lado para o outro, passando da esquerda radical para a direita radical. Entre eles está o fosso incandescente do centro ultrarradical.

No momento temos um governo de ultra direita. Então, a próxima alternância será para a ultra esquerda. O grande risco é cairmos no fosso do ultrarradicalismo, onde esquerda e direita se confundem no amálgama incandescente de uma ditadura.

Para entender melhor, leia aqui:
👉 https://bit.ly/2m2VRzZ

Você pode discordar do texto indicado, mas se não apresentar os seus argumentos, então sua discordância será inútil!

Enquanto o povo continuar pulando da esquerda para a direita, mas sempre na parte inferior deste gráfico, estaremos maltrando o nosso país e todo o seu povo!

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#EstamosQuites?

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  1. Farsa, credulice e impunidade
  2. Reveladores discursos de posse
  3. Alexandre Garcia reforça a credulidade popular
  4. O que houve com o Pré-Sal?
  5. Novo Presidente: JAIR BOLSONARO! E agora?
  6. Ufanismo com o Mito
  7. O desprezível debate político nas redes sociais
  8. Nem falo da crise econômica
  9. O caso do Juiz que pretendia periciar as urnas eletrônicas
  10. Urna eletrônica: os fatos sem os boatos
  11. Expectativas com o governo de Bolsonaro
  12. GloboNews repassa "Fake News"
  13. Ilusões e o processo eleitoral brasileiro

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Farsa, credulice e impunidade

Por Almir M. Quites


Há mais de 50 anos, o humorista Barão de Itararé anunciou:  
Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (29/01/1895 — 27/11/1971)
conhecido por Barão de Itararé, foi jornalista, escritor e 
pioneiro no humorismo político brasileiro.


Barão de Itararé, imagem acima, já havia acertado na mosca! As redes sociais apenas afloraram o problema!

Para Umberto Eco, as redes sociais dão voz a uma “legião de imbecis”, antes restrita a “um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”. Esta declaração, bem mais recente, foi feita em junho de 2015, quando Eco recebeu o título de Doutor Honoris Causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim (
Itália).

domingo, 13 de janeiro de 2019

Alexandre Garcia reforça a credulidade popular

Por Almir M. Quites




Até tu, Alexandre Garcia?! 

Que motivações sustentam a credulidade popular? Até o experiente Alexandre Garcia acredita que o processo eleitoral foi honesto? É difícil crer nisso, mesmo ouvindo sua voz!

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Novo Presidente: Jair Bolsonaro. E agora?

Por Almir M. Quites


Hoje, dia primeiro de 2019, o presidente eleito Jair Bolsonaro tomará posse como o 38º presidente da República Federativa do Brasil, o maior país da América Latina, sob muita pompa, sob um esquema de segurança inédito para a ocasião e sob grande expectativa e ufanismo popular. 

domingo, 30 de dezembro de 2018

Ufanismo com o Mito

Por Almir M. Quites



Depois de um ano de campanha eleitoral de descomedido baixo nível, carregada de xingamentos e de mentiras ("fake news"), estas impulsionadas por robôs, as bombas de recalque das redes sociais, pergunto-me: é razoável este ufanismo com o Mito Bolsonaro? 

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Overdose na polarização eleitoral

Por Almir M. Quites



A eleição presidencial foi sórdida, indecente, tensa demais e com graves retrocessos! O percentual de votos nulos foi o maior desde 1989. A soma dos percentuais de nulos, brancos e abstenções ultrapassou a marca de 30%. Isto se deve a decepção não só com os políticos, mas também com o processo eleitoral e a urna eletrônica. 

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Expectativas com o governo Bolsonaro

Por Almir M. Quites



Não votei no Bolsonaro, nem no outro, porque achei que nenhum dos dois tinha condições para assumir o cargo mais importante da nação, mas desejo que Bolsonaro faça um bom governo! Este é o meu desejo, mas não acredito que Bolsonaro seja capaz de realizá-lo!

domingo, 28 de outubro de 2018

O caso da Seção 227 da Zona Eleitoral 404

Por Almir M. Quites

Defeito do eleitor: patológica mania por transparência.
Quer ver o seu voto!

Coisas muito estranhas ocorreram no primeiro turno das eleições de 2018!

A questão das URNAS ELETRÔNICAS já  não pode ser discutida no Brasil, porque o governo instituiu a censura nas redes sociais. Isto é muito grave. Pode ser até que este meu blog, que não tem expressão nacional, também seja censurado. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Juiz pretendia periciar urnas eletrônicas

Por Almir M. Quites



Coisas muito estranhas aconteceram no mês de setembro deste ano, um pouco antes do primeiro turno da eleição presidencial. Não sei julgá-las à distância e por isso não emito opinião, apenas manifesto minha estranheza. 

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

De ilusão a desilusão, a História se repete

Por Almir M. Quites


Eu não acreditava na vitória de Bolsonaro nestas eleições! Como ainda acredito que a Organização Criminosa Mor (OrCriM) não tinha interesse nele e que manipularia o eleitorado conforme sua conveniência, fica-me a impressão de que alguma coisa deu errado! 

Por outro lado, acho que a "lua de mel" com Bolsonaro como Presidente será curta. O PT deve estar contando com isso! 

domingo, 21 de outubro de 2018

Urna eletrônica: os fatos, sem os boatos

Por Almir M. Quites



O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo realizou neste sábado (20/10/2018) o que eles chamam de "auditoria pública" de verificação da integridade dos sistemas eleitorais de quatro urnas eletrônicas utilizadas no dia 7 de outubro (1º turno da eleição presidencial). Eles mesmos se auditam para verificar se as denúncias de fraude, no 1° turno, eram "fake news" ou não. É o próprio acusado que faz a auditoria! Qual será o resultado?! Hein?

Confuso? Aqui está o relato completo de quem viu tudo.

GloboNews repassa "Fake News"

Por Almir M. Quites



Ontem, dia 16 de outubro, no GloboNews em Pauta, a jornalista Eliane Cantanhêde, repassou "fake news" aos telespectadores. Ela afirmou que as urnas eletrônicas do Brasil são elogiadas no mundo todo e que o Brasil usa a mais alta tecnologia na apuração eleitoral!

Pode colocar isto na Banco de Boatos: 
Fato ou "fake"? Resposta: Falso!

domingo, 14 de outubro de 2018

Depoimento de 2018 e indignação de eleitor

Por Almir M. Quites 



Fui votar. 


Logo na entrada da seção eleitoral, pediram-me a Carteira de Identidade.

Perguntei: 
 —  "Ué, então, para que serve o Título de Eleitor?
 — "É assim", responderam, "precisa o Título e Carteira de Identidade para identificar". 
 — "Então, para que serve a biometria?
 — "É assim que funciona". 

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Condenados a repetir a História

Por Almir M. Quites



O jornal 'O GLOBO' estava redondamente errado em 1° de abril de 1964, quando publicou o editorial ufanista intitulado ‘RESSURGE A DEMOCRACIA!’ e já reconheceu isso publicamente. 

sábado, 6 de outubro de 2018

A crise brasileira é gravíssima

Por Almir M. Quites


A CRISE BRASILEIRA É GRAVÍSSIMA!

Brasileiros, não subestimem a crise! Não permitam que nosso lindo país seja colocado de novo nas mãos de extremistas: extremistas na irresponsabilidade, na incompetência, na imaturidade, no fanatismo, no militarismo, sejam eles de direita ou de esquerda. Basta o erro já cometido com os ex-presidentes analfabetos funcionais Lula e Dilma. Deu no que deu: muita propaganda encobrindo a gestação da maior crise da nossa História!

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Povo ludibriado

Por Almir M. Quites


Já que o assunto do momento é o processo eleitoral e considerando que as posições políticas andam exacerbadas, começo esclarecendo que não voto em Haddad nem em Bolsonaro. Também adianto que não gosto de receber propaganda política e que não tolero fanatismos! 

Gosto do debate sério e respeitoso, onde cada um aprecia o argumento antagônico bem formulado! Isto sim! Acho que atualmente o debate político é de muito baixo nível e não aborda as questões essenciais. Além disso, pelo que observo há muitos anos, o povo está sendo ludibriado mais uma vez e não percebe.

POVO LUDIBRIADO é POVO EXPLORADO!

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