quarta-feira, 8 de maio de 2019

Bolsonaro, outro populista incompetente

Por Almir M. Quites
Artigo publicado no Facebook em 29/04/2019 ás 16h:03'



Se você apóia incondicionalmente o Presidente Bolsonaro, não leia este texto. Você não vai gostar e vai desistir antes da metade. Nele comento o quanto Bolsonaro me parece incompetente. Aí você vai dizer que sou esquerdista, petista, idiota e tudo isto será simplesmente uma mentira que lhe serve para não perceber que você é bolsonarista fanático. Com o tempo, isso passa! Os fatos sempre acabam por se impor!

Escrevo, a seguir, para quem tem a mente livre para qualquer assunto e sempre está disposto a fazer análises livres e honestas, respeitando a mesma liberdade e honestidade dos outros.

Na minha avaliação, mesmo antes de assumir o governo, já estava muito claro que Bolsonaro era tão incompetente para governar quanto Lula e Dilma. Era evidente para mim que, como Lula e Dilma, ele não governaria, apenas posaria de PRESIDENTE. Imaginem o que penso agora, depois destes 4 meses de confirmação!


Aliás, publiquei um artigo no dia da posse, avaliando os discursos dos ministros e praticamente previ o caos e a enorme e deletéria influência do Olavo de Carvalho, o guru da Família Presidencial, que mora nos EUA. 

Em pleno século XXI ainda existe, no Brasil, guru de Chefe de Estado! É uma vergonha! Olavo de Carvalho é o Rasputin de Bolsonaro, este no papel do czar Nicolau II.

O artigo citado está aqui:

Tenho observado a enxurrada de bobagens que nosso Presidente diz. Os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff também eram assim, diziam bobagens e eram absolutamente incompetentes, embora em graus diferentes de nocividade sobre a administração pública. Neste sentido, Bolsonaro me parece ser o pior, porque ainda não se conseguiu contê-lo e parece que não conseguirão. Bolsonaro anuncia medidas de governo a todo momento, sem pensar e sem entender o alcance e as implicações delas. Assim, ele aperta gatilhos e faz vítimas sem perceber o que fez. Tanto na linguagem como nas idéias, parece um pré-adolescente falando.

Bolsonaro é assim desde que era deputado federal. Ele admirava Hugo Chávez e seu "bolivarianismo", apoiava a ditadura de Pinochet no Chile, apoiava a tortura. Dizia, por exemplo, que "o erro da ditadura foi prender e não torturar" e que “deveriam ter sido fuzilados uns 30 mil corruptos, a começar pelo presidente Fernando Henrique Cardoso” (em programa de TV, em maio de 1999). Seis dias antes de ser esfaqueado, em em seis de setembro de 2018, Bolsonaro bradava do alto de um palanque político no Acre: "Vou fuzilar todos os petistas do Acre"! A todo instante ele reafirma, sem perceber, que, para ele, quem não é cristão é má pessoa ou mesmo bandido. 

Estes são apenas alguns exemplos. Paro por aqui. A lista de imbecilidades seria exaustiva.

É preciso segurar Bolsonaro! Convencê-lo é impossível. Para ver mais exemplos, leia outros artigos meus, como este:

Hoje mesmo, 29/04/2019, na abertura da Feira do Agroshow, Bolsonaro disse que negociou, com ministro do Meio Ambiente, 'uma limpa' no IBAMA e no ICMBio. Não disse qual o critério para "esta limpa". Prometeu também a abertura de crédito a juros muito baixos para o agronegócio, contrariando o anunciado respeito aos princípios liberais e de não intervenção nas Estatais. Disse também que tem um projeto que “vai dar o que falar”, nas palavras de Bolsonaro. "É o projeto de lei que permite que o produtor rural possa usar armas de fogo em todo o perímetro da propriedade rural". Perímetro? Abrindo fogo para que lado do perímetro? Perímetro é uma linha. Bolsonaro queria dizer "área da propriedade"! “É um projeto para fazer com que, ao defender sua propriedade privada ou sua vida, o cidadão de bem entre no excludente de licitude, ou seja, ele responde [um processo], mas não tem punição. É a forma que temos para quem do outro lado, que não teme em desrespeitar a lei, temam vocês, temam o cidadão de bem, e não o contrário”, disse o Presidente. É a "licença para matar" que James Bond, da saga "007", tinha!

Parece que o presidente entende que administrar é sair dando ordens e fazendo promessas com ímpeto juvenil.

Se o Presidente da República não se ocupa com os reais problemas políticos do Brasil, aqueles que afetam o funcionamento das instituições brasileiras de modo sistêmico, o país fica sem governo. Outros (como Paulo Guedes, Rodrigo Maia etc.) terão que se esforçar para assumir as funções que o Presidente não exerce, mesmo sem ter os poderes do cargo presidencial.

Bolsonaro é mais um presidente que não governa! Trata-se de mais um populista que só pensa em atrair as atenções para si mesmo! Ouve coisas por aí e sai falando do alto da Presidência da República sem entender o contexto e sem perceber a desinformação que causa.

Outro exemplo recente é o da amputação peniana. A questão foi levantada pelo Presidente de modo irresponsável, com um tosco linguajar e em um contexto totalmente inadequado, na saída de uma reunião no Ministério da Educação. Há profissionais habilitados para tratar destas questões mais especializadas na área da saúde pública! Se o Presidente está preocupado com este problema deve encaminhá-lo aos órgãos competentes.

Muitas outras doenças são muito mais letais aos homens, como, por exemplo, a doença cardiovascular (DCV), que é maior entre homens, especialmente em idades mais jovens, até os 50 anos. Também se podem citar os tumores malignos da traquéia, brônquios e pulmão, ou ainda cancro da próstata, cálculo renal, síndrome da apneia obstrutiva do sono etc.

Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o tumor peniano representa apenas 2% dos casos de câncer entre os homens brasileiros, enquanto o de próstata é o segundo tipo de câncer prevalente entre eles (só perde para o de pele não-melanoma). Em 2013, o câncer de pênis matou 396 homens no país, enquanto o de próstata tirou a vida de 13.772.

São cerca de mil casos de amputação de pênis por ano no Brasil motivados por câncer, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. A doença responde por 2% dos tumores malignos em homens no país. As causas são a falta de higiene no órgão genital, doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV, e a fimose.

Na saída do Ministério da Educação, o Presidente manifestou preocupação apenas com casos de amputação de pênis, amputados por falta de higiene íntima. Dizendo que ia complementar a fala do Ministro da Educação, Bolsonaro tratou de assunto absolutamente fora do contexto. Disse ele: "Tomei conhecimento uma vez, que certos homens ao ir para o banheiro, eles só ocupavam o banheiro para fazer o número 1 no reservado. São mil amputações de pênis por ano no Brasil por falta de água e sabão".

Além de o assunto ser impertinente naquele momento e de ter sido tratado com um linguajar precário, o Presidente nem se apercebeu de algo ainda mais grave: o grande número de mulheres que ficam doentes pela falta de higiene íntima dos homens. Uma das graves consequências nas mulheres é o câncer no colo do útero.

A falta de higiene íntima, tanto para o homem quanto para mulher, pode acarretar em inflamações e irritações na área genital, que vão desde uma coceira chata até infecções graves por fungos, como a candidíase. Tanto o homem contamina a mulher quanto a mulher contamina o homem!

Se homens não fazem sua higiene íntima e o Presidente não administra, então o Brasil vai mal do microcosmo genital à cúpula do governo federal.

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