Por Almir M. Quites
Fábio Wajngarten, uma das ovelhas do pastor Silas Malafaia (amigo de Bolsonaro), tinha mentido descaradamente, durante todo o tempo de seu depoimento. As mentiras foram desmascaradas prontamente, sendo que uma delas, por um áudio enviado pela revista Veja. Contudo, o presidente da CPI, senador Omar Aziz, foi covarde. Não teve ânimo para punir o depoente de alguma forma, ao contrário, bradou durante a sessão da CPI, transmitida ao vivo para todo o Brasil: “Não sou carcereiro de ninguém”! Tola e infeliz declaração! Claro que quem pede a prisão de alguém não é o carcereiro, mas o mais importante é a garantia implícita nesta declaração de que todos os depoentes teriam licença para mentir! Não discuto aqui se a CPI tem ou não tem a atribuição legal de efetuar prisões em flagrante, mas o seu presidente, Osmar Aziz, não poderia assumir sua determinação pessoal de abrir mão de qualquer dos poderes da CPI.
Assim, Omar Aziz deixou claro que não tinha intenção de apurar a verdade. Então escrevi: "Enquanto ele permanecer na presidência, a CPI vai ladrar, mas não vai morder". Renan Calheiros, o relator, havia requerido ao presidente a prisão do depoente devido ao "espetáculo de mentiras" que, segundo ele, "é algo que vai se repetir" com outros depoentes, devido ao precedente de impunidade.
De fato, depois daquele dia, todos os depoentes governistas mentiram descaradamente. Quem os vê agora, percebe uma transfiguração absoluta. Por exemplo, todos eles defendiam abertamente o uso da cloroquina para o "tratamento precoce" da CoVid, mas agora eles negam este fato.
Diante dos senadores e das câmeras de TV, os apoiadores do capitão Presidente repentinamente perdem a galhardia, perdem a bravura e falam timidamente, negam as bravatas, as fanfarronices que faziam e publicavam.
Ernesto Araújo, por exemplo, teve um súbito surto de amnésia. Jurou que nunca criou atritos com a China, negou ter escrito o artigo no qual se referiu ao coronavírus como “comunavirus” e que tenha sugerido que os chineses teriam lucrado com a pandemia. Ele disse também que o astrólogo Olavo de Carvalho não era seu guru e que ele não tinha influenciado na sua mirabolante política externa.
Estou agora assistindo ao depoimento do ex ministro general Pazuello. As mentiras continuam!
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