quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Louco representa o Brasil na ONU

 Por Almir M. Quites


Fiquei estarrecido com o vídeo com o qual o Presidente do Brasil (Qᴜᴇ ᴠᴇʀɢᴏɴʜᴀ!) apresentou-se na abertura na abertura da 75ª Assembleia Geral da ONU. Ele conseguiu fazer parecer, principalmente ao eleitorado norte-americano, que Xi Jinping (Presidente da China), Putin (da Rússia) e Lula (ex-presidente do Brasil) são políticos bem intencionados, competentes e imaculados. 
É óbvio que Bolsonaro não escreveu aquilo. Ele não sabe escrever! Estava absolutamente certo o Juiz do Superior Tribunal Militar, José Luiz Clerot, quando, em 1988, disse: "Este capitão Bolsonaro não sabe escrever Duque de Caxias"! Veja a nota abaixo, no final deste artigo ⬇!

No vídeo do discurso de ontem, o linguajar tosco foi incluído lá apenas para parecer autêntico. O Presidente apenas leu o texto, com aquela pronúncia horrível, que mistura vogais. É evidente que seu pronunciamento foi feito pela equipe ministerial, todos escolhidos entre os que se submetem absolutamente ao destrambelhado pensamento  e desejos presidenciais. Assim procedendo, resulta que todos se esmeram para fazer o pior, tanto para o Presidente Bolsonaro como para o país. Até o vice-Presidente se notabiliza no esforço para aumentar o descrédito internacional do Presidente e atravancar o seu governo. 

Depois de tanta mentira, Bolsonaro, que só usa o cargo de Presidente para fazer sua campanha pela reeleição em 2022, mostrou qual será o mote da campanha eleitoral. Ele pediu ajuda da comunidade internacional para o "combate à cristofobia". Já estou antevendo a campanha eleitoral de 2022, com Bolsonaro posando de defensor dos cristãos combatendo os malévolos comandantes do poderoso e cruel exército do Anti-Cristo! 

O fato é que não existe "cristofobia". O que existe são guerras frias e surdas entre religiões, até mesmo entre evangélicos. É comum que evangélicos de uma igreja, como a presbiteriana ou a anglicana, desenvolvam fobias contra evangélicos de igrejas pentecostais, neopentecostais e outras, como sendo evangélicos mais ignorantes, ou mais escandalosos ou mais manipuláveis politicamente ou de baixa escolaridade etc. Há também a fobia de igrejas cristãs contra as religiões de origem africana. No entanto, nada disto significa que exista "cristofobia", mas também sei que, sob as ondas da doutrinação e sob o domínio do fanatismo despertado pelos marqueteiros do processo eleitoral, muita gente acreditará que existe mesmo um anti-Cristo poderosíssimo e um grande comandante Cristão a ser reeleito!

Nada disto é novidade. Todo o político populista inventa um grande inimigo e se apresenta como o grande e único combatente capaz de o combater (Lembram de "1984", o livro de George Orwell). 

Quanto ao Brasil, Bolsonaro vai chutando de seu jeito! O ex-capitão, agora Presidente, ainda pensa que administrar um país é o mesmo que faz um medíocre comandante de quartel. E nós, brasileiros, não reagimos como deveríamos. Não se pode permitir que um presidente assim desestruture um país durante 4 anos de seu mandado!

𝕄ã𝕠𝕤 à 𝕠𝕓𝕣𝕒! "ℙ𝕠𝕟𝕙𝕒𝕞 𝕒 𝕓𝕠𝕔𝕒 𝕟𝕠 𝕞𝕦𝕟𝕕𝕠"

As loucuras estão à mostra há muito tempo. Lembro que, em dezembro de 2019, em meio a uma polêmica em que Bolsonaro jurava que Vladimir Herzog tinha sido assassinado por seus próprios amigos, ele mesmo propôs um indulto natalino para bandidos, especialmente para militares, porque, para ele, militar nunca comete crime. Ele queria, e ainda quer, aprovar uma lei que consagre a "excludência de ilicitude" para policiais militares, ou seja, a "licença para matar", como tinha James Bond naqueles filmes de ficção! No entanto, recordo que, na campanha eleitoral de 2018, para criticar o Presidente Temer, ele prometia (mentia) que acabaria com o indulto natalino

Leia aqui:
1) MENTIRAS E IMPROBIDADES (15 de dez. de 2019
2) LOUCO DE PEDRA (30 de nov. de 2019)

Fica  a pergunta: como é possível que ainda exista quem feche os olhos a tudo isso e se ponha a inventar interpretações estapafúrdias para justificar o Presidente? 

𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼

Que vergonha!

Nota: Esta é a transcrição do áudio da Revista Forum.  

(https://revistaforum.com.br/politica/juiz-do-stm-afirmou-em-1988-este-capitao-bolsonaro-nao-e-de-muitas-letras-ouca-o-audio/)


"Durante julgamento do então capitão Jair Bolsonaro, em 1988, no Supremo Tribunal Militar (STM), o ministro José Luiz Clerot, praticamente chama Bolsonaro de analfabeto. Ele afirma, entre outras coisas, que “este capitão Bolsonaro, que não é de muitas letras, não é capaz de escrever Duque de Caxias”. “Escreve ‘caxias’ com letra minúscula. Não é verossímil! Ele começa os períodos com letra minúscula. Está na carta dele: ‘aqui nego’, ‘não’, ‘considero’, tudo com letrinha pequena. A carta dele de próprio punho, num exame mais aprofundado, leva este capitão às profundezas do inferno de Dante".

O áudio continua explicando o caso:

"Na ocasião, o STM considerou Bolsonaro inocente por nove votos a quatro, mesmo depois de uma comissão interna do Exército, chamada de Conselho de Justificação, tê-lo excluído do quadro da Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO), na zona norte do Rio de Janeiro. O Conselho também considerou que as explicações dadas por Bolsonaro não foram satisfatórias.

Entre 1987 e 1988, Bolsonaro foi julgado duas vezes por diferentes Conselhos de Justificação, sob a acusação de 'ter tido conduta irregular e praticado atos que afetam a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe'. O processo tinha dois objetos: um artigo que ele escreveu em 1986 para a revista Veja para pedir aumento salarial para a tropa, sem consulta aos seus superiores, e a afirmação, meses depois, pela mesma publicação, de que ele e outro oficial haviam elaborado um plano para explodir bombas-relógio em unidades militares do Rio. Os documentos informam que, pela autoria do artigo, Bolsonaro foi preso por 15 dias por ter ferido a ética, gerando clima de inquietação na organização militar por ter sido indiscreto na abordagem de assuntos de caráter oficial, comprometendo a disciplina."



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Que susto!


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