sexta-feira, 24 de abril de 2020

O poderoso e o medroso presidente Bolsonaro.

Por Almir M. Quites

Não tem ideias, mas tem a caneta!

O Presidente Bolsonaro escolheu ministros do seu próprio baixo nível intelectual, exceto uns 2 ou 3 que souberam tratá-lo com muito cuidado e, ao mesmo tempo, ficar longe dele. 

Paulo Guedes e Sérgio Moro também foram exceções, porque não foram escolhidos para serem ministros, mas sim para serem avalistas de sua candidatura na campanha eleitoral. 

Na época, janeiro de 2019, fiz uma análise detalhada do ministério do novo governo mostrando minhas preocupações. Este artigo está aqui: 
REVELADORES DISCURSOS DE POSSE
https://almirquites.blogspot.com/2019/01/reveladores-discursos-de-posse.html

Depois de eleito, sem entender nada de administração pública e sem capacidade para perceber sua própria incompetência, o Presidente Jair Bolsonaro se dedicou exclusivamente à sua campanha de reeleição. Cada ministro seu que fosse bem avaliado passou a ser considerado um inimigo, como um potencial concorrente no pleito de 2022. Uma loucura, mas típica do nosso atual ptesidente! 

Bolsonaro age por impulsos. Este problema se agrava quando ele se sente poderoso ou quando se sente com medo.

No momento, ele se sente poderoso por ter demitido o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, e não ter perdido apoio. Por outro lado, ele também se sente acuado porque as investigações da Polícia Federal têm avançado sobre as atividades ilícitas de seus filhos, inclusive sobre o "gabinete do ódio", que funciona na própria Presidência da República, produzindo "fake news" criminosas. Logo a potencialidade de surgirem medidas impensadas foi potencializada.

Agora ele quer demitir Paulo Guedes e Sérgio Moro. O primeiro apenas se recolheu e espera pelo feitiço do tempo, mas Sérgio Moro reagiu.

No momento, é a vez do Presidente jogar, mas ele não sabe se fica com Sérgio Moro no governo ou se livra-se dele. Bolsonaro é incapaz de buscar soluções fora desta encruzilhada óbvia.

Mantendo Moro como ministro, a Polícia Federal poderá continuar avançando em suas investigações e Sérgio Moro poderá sair fortalecido e com visibilidade, enquanto Bolsonaro permanece com o duplo risco de ser alcançado pelas investigações e de ter Moro como candidato preferido dos eleitores na única coisa com a qual ele realmente se preocupa, sua reeleição em 2022.

Afastando Moro, ele levará para a oposição ao seu governo o próprio Moro e também os eleitores que o admiram (os "lavajatistas"

O que tudo isto tem a ver com a administração pública neste momento de profunda crise sanitária? Nada!


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