Charge de The Economist:
"Brasileiros, venham para a rua! Uma chuvinha não vai fazer mal a vocês!"
The Economist: revista inglesa de notícias e assuntos internacionais de propriedade da The Economist Newspaper Ltd.
Pois é... O Presidente Bolsonaro mereceu este susto que recebeu da CoViD-19!
Bem, se tudo isso não for uma farsa! Nesta época, em que abundam as "fake-news" que nascem no seio do governo, até esse tipo de farsa é possível. Com ela o Presidente se livraria da pressão para o uso de máscara respiratória, faria propaganda de uma suposta cura pela hidroxicloroquina e ajustaria as contas com o passado justificando por quê já tem anti-corpus.
Bem, por enquanto, vamos supor que Bolsonaro pegou a CoViD agora.
É verdade que o Presidente é maluco, irresponsável, centrado em si mesmo. Simplesmente um adulto infantilizado.
É verdade que, mesmo contra as regras sanitárias impostas em todo país, nos três níveis da República, ele menosprezou a pandemia, convocou agomerações populares públicas, mandou invadirem hospitais, vetou o artigo de lei que tornava obrigatório o uso de máscara respiratória, tudo isso ignorando o crescimento exponencial da doença. Dava maus exemplos diariamente e punha em risco outras pessoas. Mesmo depois de saber que estava contaminado, não mudou seu comportamento.
Sim, também é verdade que Bolsonaro deseduca o povo brasileiro. Chegou ao ponto de receitar e fazer propaganda da hidroxicloroquina como remédio para a CoViD-19 (como charlatão, porque não é médico). Acabou com o Ministério da Saúde ao demitir todos profissionais sanitaristas que lá estavam e não podiam concordar com suas maluquices.
No entanto, nada disso é motivo para que alguém deseje a morte do Presidente! Isto é desumano, é crueldade, incivilidade. A moral consequencialista (utilitária), que alguns evocam, não justifica isso, porque as consequências têm extensões imprevisíveis. A moral tem suas razões que a própria ética desconhece. Por exemplo, que pode acontecer se numa sociedade complexa, alguém expressar seu desejo de que alguém morra como algo bom para a maioria? Crimes podem ser consequências de um "consequencialista" distraído.
Além disso, vivemos num país no qual a pena de morte é proibida!
É chocante que a internet esteja hoje cheia de manifestações de anti-bolsonaristas que publicamente desejam a morte do Presidente como punição ao seu comportamento.
Assim como tenho dito que o fanatismo bolsonarista é o mesmo dos petistas que eles combatem, tenho que dizer agora que o fanatismo anti-bolsonarista é igual ao do pró-bolsonarista.
Temos que urgentemente nos livrar da espiral do radicalismo. Enquanto presos a este redemoinho, não há troca de idéias. Todos se igualam na mesma ignorância. Logo, não há evolução possível.
Quem está fora deste redemoinho de insanidade deseja a cura do Presidente, mas também deseja que ele seja julgado como todos os brasileiros, todos submetidos às leis e, principalmente, à Lei maior, a Constituição brasileira.
O fato é que as instituições brasileiras não funcionam. O Presidente já desrespeitou as leis e à própria Constituição nacional muitas vezes, inclusive publicamente, ao vivo e a cores. Logo, os ocupantes de cargos públicos não têm cumprido suas funções. Todos eles têm a obrigação de defender a ordem jurídica e o regime democrático, atendendo aos legítimos interesses sociais e individuais. Aliás, é precisamente este o dever do Ministério Público.
A defesa da ordem jurídica e do regime democrático está atrelada à fiscalização do poder público em todas as esferas administrativas.
É verdade que o Presidente é maluco, irresponsável, centrado em si mesmo. Simplesmente um adulto infantilizado.
É verdade que, mesmo contra as regras sanitárias impostas em todo país, nos três níveis da República, ele menosprezou a pandemia, convocou agomerações populares públicas, mandou invadirem hospitais, vetou o artigo de lei que tornava obrigatório o uso de máscara respiratória, tudo isso ignorando o crescimento exponencial da doença. Dava maus exemplos diariamente e punha em risco outras pessoas. Mesmo depois de saber que estava contaminado, não mudou seu comportamento.
Sim, também é verdade que Bolsonaro deseduca o povo brasileiro. Chegou ao ponto de receitar e fazer propaganda da hidroxicloroquina como remédio para a CoViD-19 (como charlatão, porque não é médico). Acabou com o Ministério da Saúde ao demitir todos profissionais sanitaristas que lá estavam e não podiam concordar com suas maluquices.
No entanto, nada disso é motivo para que alguém deseje a morte do Presidente! Isto é desumano, é crueldade, incivilidade. A moral consequencialista (utilitária), que alguns evocam, não justifica isso, porque as consequências têm extensões imprevisíveis. A moral tem suas razões que a própria ética desconhece. Por exemplo, que pode acontecer se numa sociedade complexa, alguém expressar seu desejo de que alguém morra como algo bom para a maioria? Crimes podem ser consequências de um "consequencialista" distraído.
Além disso, vivemos num país no qual a pena de morte é proibida!
É chocante que a internet esteja hoje cheia de manifestações de anti-bolsonaristas que publicamente desejam a morte do Presidente como punição ao seu comportamento.
Assim como tenho dito que o fanatismo bolsonarista é o mesmo dos petistas que eles combatem, tenho que dizer agora que o fanatismo anti-bolsonarista é igual ao do pró-bolsonarista.
Temos que urgentemente nos livrar da espiral do radicalismo. Enquanto presos a este redemoinho, não há troca de idéias. Todos se igualam na mesma ignorância. Logo, não há evolução possível.
Quem está fora deste redemoinho de insanidade deseja a cura do Presidente, mas também deseja que ele seja julgado como todos os brasileiros, todos submetidos às leis e, principalmente, à Lei maior, a Constituição brasileira.
O fato é que as instituições brasileiras não funcionam. O Presidente já desrespeitou as leis e à própria Constituição nacional muitas vezes, inclusive publicamente, ao vivo e a cores. Logo, os ocupantes de cargos públicos não têm cumprido suas funções. Todos eles têm a obrigação de defender a ordem jurídica e o regime democrático, atendendo aos legítimos interesses sociais e individuais. Aliás, é precisamente este o dever do Ministério Público.
A defesa da ordem jurídica e do regime democrático está atrelada à fiscalização do poder público em todas as esferas administrativas.
O Presidente Bolsonaro não poderia ter feito tudo isso impunemente, como tem sido até aqui.
Cuidem-se da CoViD-19 e cuidem dos outros!
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