Por Almir M. Quites
💲 Começo pela evolução do Dólar desde a criação do Real.
O valor da moeda nacional em relação ao Dólar comercial é um indicador econômico porque permite expressar a capacidade de compra da população de um país no mercado internacional.
Atualmente, a hegemonia do Dólar é incontestável, já que é usado nas reservas internacionais por Bancos Centrais de inúmeros países e como referência em qualquer negócio em nível global. Ademais, tem sido constatada uma forte correlação entre o valor do Dólar nas moedas nacionais e as crises econômicas e políticas desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Com base apenas neste indicador pode-se ter uma ideia do que fizemos com a democracia reconquistada.
Saímos de uma ditadura militar com um Estado inchado e endividado. A divida externa havia sido multiplicada por 30! Entre 1964 e 1985, o salário mínimo havia caído para a metade em valores reais, ou seja, já ajustados pela inflação. No final da ditadura, a inflação era de 232% ao ano e crescia assustadoramente. O valor do Dólar era de Cr$ 3.100,00 (Cruzeiros), no final de 1984.
Já na democracia houve esforços enormes e arrojados para dominar a inflação. Nove planos econômicos foram implantados e todos foram derrotados pelo dragão "inflacionário", exceto o último, conhecido como Plano Real! A economia voltou a se fortalecer.
Logo, chegamos a corrigir a economia brasileira na democracia que sucedeu a ditadura, mas colocamos tudo a perder quando elegemos presidentes populistas e incompetentes. A hiperinflação não voltou, mas entramos num processo de recessão econômica.
Isto fica claro quando se analisa a evolução do dólar em relação a moeda nacional.
Pesquisei no portal Yahii (http://www.yahii.com.br/dolardiario02.html) a evolução do valor do Dólar em Reais e fiz o resumo que segue.
Quando o Plano Real foi implantado, em julho de 1994, foi atríbuido ao Real o mesmo valor do Dólar americano. Este valor flutuaria no mercado até encontrar naturalmente um equilíbrio em relação ao Dólar. Em seguida, para surpresa geral, em vez de subir, como se esperava, o Dólar caia e o Real se valorizava. A inflação caiu consistentemente. Em junho de 1996, ela foi de 16% e continuava caindo. O valor mais baixo da foi de 1,50%, em 1998.
Depois disto, oscilando, o Dólar perdeu valor. Caiu até a posse de Michel Temer, em agosto de 2016, chegando a R$ 3,20 e tornou a subir até agosto de 2018 quando chegou a R$ 4,10.
Na posse de Jair Bolsonaro, no inicio de 2019, o Dólar era cotado a R$ 3,80.
Hoje (29/08/2019), o Dólar comercial oficial vale R$ 4,17, portanto superando o recorde anterior, de janeiro de 2016. Em setembro deve continuar a tendência de leve alta.
Claro que, independentemente do valor do Dólar, até mesmo das crises políticas e econômicas, não posso apoiar Bolsonaro pelo que ele mesmo é!
Vejo, com pesar, que o governo se apequena ao se preocupar apenas com uma pequena parcela da população. Isto enfraquece as estruturas estatais e descamba para um total estado de anarquia. Nestes longos meses do governo Bolsonaro, ficou nítida a inclinação para favorecer poucos em detrimento de muitos. Entre os beneficiários estão os próprios familiares do presidente, em conformidade com a filosofia atribuída a Nicolau Maquiavel: “aos amigos, tudo; aos inimigos, os rigores da lei”.
Vejo claramente também que o Presidente é inculto, absolutamente incompetente para o cargo que ocupa. Além disso, é mentiroso, desonesto, irresponsável, impetuoso, assustado, criador de cizânias etc. Pode ser considerado como um subproduto da eleição de Lula, quando o povo brasileiro desaprendeu a considerar as reais qualidades pessoais do Presidente e passou a preferir a idolatria a mitos!
As consequências disto são visíveis em longo prazo.
Eu estava certo quando me neguei a participar do processo eleitoral!
Não votei para presidente na eleição do ano passado, porque os dois candidatos eram horrorosos. O Brasil seria torturado por qualquer dos dois que fosse eleito. Eu não anulei o meu voto, mas, como relatei no meu blogue, fiz um protesto que obrigou o presidente da mesa eleitoral a anulá-lo [veja a nota abaixo].
Bolsonaro pensa que ser presidente é o mesmo que ser um "sargentão comandando soldados", ou, na melhor das hipóteses, um comandante de quartel.
Bolsonaro pensa que política é guerra entre brasileiros: nós, do país dos patriotas, contra eles, do país inimigo!
Bolsonaro nunca percebeu que, em grande parte, um presidente comanda pelo exemplo que dá ao povo; não percebeu que política é apenas um processo decisório coletivo; e também não percebeu que a administração militar é muito diferente da administração civil.
Na administração do tipo militar, a hierarquia é vertical e rígida. O poder de cada nível é cumulativo, da base da pirâmide hierárquica até o topo. O controle do chefe é direto sobre tudo e todos que estiverem abaixo dele na escala hierárquica. Esta, no entanto, é uma estrutura certa apenas para emergências, como nas situações de combate, onde se requer decisões rápidas e automáticas, mas não é uma estrutura apta para situações que requerem inteligência coletiva e decisões muito bem estudadas.
Coloque um demente no topo da hierarquia do tipo militar e todo o sistema enlouquece.
Na administração pública, que é do tipo civil, o poder de cada nível hierárquico é limitado e o controle é finalístico. Em outras palavras, o que se controla são os objetivos e as metas de cada setor e em cada nível. Os poderes de cada órgão são distribuídos pela estrutura hierárquica e definidos em lei, normas, etc. Num regime parlamentarista isto é ainda mais evidente do que num regime presidencialista.
Na administração do tipo civil, se um louco estiver no topo da hierarquia, isto não afeta todo o sistema administrativo, embora o prejudique muito.
Os presidentes que tivemos neste século não tinham conhecimento algum sobre estas coisas. O Presidente Bolsonaro também não tem. Ele acha que, se não estiver dando ordens, vai parecer um "comandante banana"! (estas palavras são dele mesmo)
Agora temos que aguentar todo o mandato presidencial e tratar de ter juízo na escolha do próximo presidente.
O que temos que fazer, desde já, é exigir uma reforma do sistema político e do sistema eleitoral, para evitar que a propaganda e os caciques políticos controlem a decisão dos eleitores por meio de marqueteiros empoderados pela tecnologia da informática e utilizando mentiras, como tem acontecido. Para os caciques políticos e sua organização suprapartidária (a OrCriM), basta colocar um tolo qualquer na presidência e ficar comandando "nas moitas" sem responsabilidade alguma!
Precisamos também de uma contagem de votos reais contidos em urnas de verdade. Não podemos admitir a contagem de votos virtuais, feita por meio de software desconhecido, automaticamente instalado nos computadores de votação (chamados de urnas eletrônicas) e nos de totalização (os computadores do TSE). Software é um conjunto de comandos humanos em linguagem de máquina. Então, quem está contando os votos e nos informando quem ganhou cada eleição?
Tudo isso me entristece muito!
Devíamos ter vergonha do modo como nosso país funciona!
Não temos democracia. Temos uma farsa!
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➡️ NOTA 1: Veja aqui como fiz meu protesto no primeiro turno da eleição presidencial de 2018:
DEPOIMENTO DE 2018 E INDIGNAÇÃO DE ELEITOR https://almirquites.blogspot.com/2018/10/depoimento-de-2018-e-indignacao-de.html
No segundo turno, combinei um teste com o presidente de mesa para vermos juntos quanto tempo de espera depois de abrir a "urna-computador ao eleitor, o presidente de mesa poderia anular o seu voto a partir di computador de sua mesa. Verificamos que, 1 minuto após isto já era possível. Ele basta digitar o código de anulação e liberação da cabine para o próximo eleitor. O código era "5555555".
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➡️ NOTA 2: Veja também os alertas que fiz na época das eleições.
FALTA A DEVIDA TRANSPARÊNCIA
https://almirquites.blogspot.com/2018/09/falta-devida-transparencia.html
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💲 Começo pela evolução do Dólar desde a criação do Real.
O valor da moeda nacional em relação ao Dólar comercial é um indicador econômico porque permite expressar a capacidade de compra da população de um país no mercado internacional.
Atualmente, a hegemonia do Dólar é incontestável, já que é usado nas reservas internacionais por Bancos Centrais de inúmeros países e como referência em qualquer negócio em nível global. Ademais, tem sido constatada uma forte correlação entre o valor do Dólar nas moedas nacionais e as crises econômicas e políticas desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Com base apenas neste indicador pode-se ter uma ideia do que fizemos com a democracia reconquistada.
Saímos de uma ditadura militar com um Estado inchado e endividado. A divida externa havia sido multiplicada por 30! Entre 1964 e 1985, o salário mínimo havia caído para a metade em valores reais, ou seja, já ajustados pela inflação. No final da ditadura, a inflação era de 232% ao ano e crescia assustadoramente. O valor do Dólar era de Cr$ 3.100,00 (Cruzeiros), no final de 1984.
Já na democracia houve esforços enormes e arrojados para dominar a inflação. Nove planos econômicos foram implantados e todos foram derrotados pelo dragão "inflacionário", exceto o último, conhecido como Plano Real! A economia voltou a se fortalecer.
Logo, chegamos a corrigir a economia brasileira na democracia que sucedeu a ditadura, mas colocamos tudo a perder quando elegemos presidentes populistas e incompetentes. A hiperinflação não voltou, mas entramos num processo de recessão econômica.
Isto fica claro quando se analisa a evolução do dólar em relação a moeda nacional.
Pesquisei no portal Yahii (http://www.yahii.com.br/dolardiario02.html) a evolução do valor do Dólar em Reais e fiz o resumo que segue.
A inflação do Brasil em 1993 foi de 2.489%. Eram tempos cruéis, de hiperinflação!
No dia anterior a implantação do Real (como moeda nacional) o Dólar valia 2.612,50 URV, a moeda nacional que foi substituída pelo Real (R$) no dia seguinte.
Quando o Plano Real foi implantado, em julho de 1994, foi atríbuido ao Real o mesmo valor do Dólar americano. Este valor flutuaria no mercado até encontrar naturalmente um equilíbrio em relação ao Dólar. Em seguida, para surpresa geral, em vez de subir, como se esperava, o Dólar caia e o Real se valorizava. A inflação caiu consistentemente. Em junho de 1996, ela foi de 16% e continuava caindo. O valor mais baixo da foi de 1,50%, em 1998.
O Dólar chegou a ser negociado a R$ 0,70, em julho de 1997, um fato inédito na história do país. Em outras palavras, o Real valia mais que o Dólar!
Depois disto, no entanto, o Real começou a se desvalorizar em relação ao Dólar. Em janeiro de 2002, quando começou a campanha eleitoral presidencial, o Dólar valia R$ 1,10 e subiu durante a campanha. Chegou a R$ 3,90, nos dias que antecederam a eleição. Este recorde só foi batido, em 2016.
Quando o ex-presidente Lula tomou posse, em janeiro de 2003, o valor do Dólar já havia caído para R$ 3,50. Entre 2004 e 2005, o Dólar caiu cmais de 30% em relação ao Real.Quando estpurou a crise do Mensalão, a economia ainda estave muito bem e isto ajudou a blindar Lula perante a opiniao pública. Então continuou a cair de modo relativamente consistente até julho de 2008, quando chegou a valer R$ 1,60. Foi quando sobreveio a crise que o Presidente Lula apelidou de "marolinha" e não era nada disso! Em dezembro de 2008, chegou a R$ 2,40.
Então, voltou a cair até R$ 1,75, quando Dilma Rousseff foi eleita, em outubro de 2009. Subiu um pouquinho e voltou a cair chegando a R$ 1,55, em julho de 2011. Daí em diante, com a adoção das medidas que ficaram conhecidas como "A Nova Matriz Econômica", do então ministro Guido Mantega, o Dólar subiu consistentemente até alcançar o valor de R$ 4,00, em janeiro de 2016, com um pico de R$ 4,16 no dia 21/01/2016. Este passou a ser o novo recorde nacional do valor do Dólar!
Depois disto, no entanto, o Real começou a se desvalorizar em relação ao Dólar. Em janeiro de 2002, quando começou a campanha eleitoral presidencial, o Dólar valia R$ 1,10 e subiu durante a campanha. Chegou a R$ 3,90, nos dias que antecederam a eleição. Este recorde só foi batido, em 2016.
Quando o ex-presidente Lula tomou posse, em janeiro de 2003, o valor do Dólar já havia caído para R$ 3,50. Entre 2004 e 2005, o Dólar caiu cmais de 30% em relação ao Real.Quando estpurou a crise do Mensalão, a economia ainda estave muito bem e isto ajudou a blindar Lula perante a opiniao pública. Então continuou a cair de modo relativamente consistente até julho de 2008, quando chegou a valer R$ 1,60. Foi quando sobreveio a crise que o Presidente Lula apelidou de "marolinha" e não era nada disso! Em dezembro de 2008, chegou a R$ 2,40.
Então, voltou a cair até R$ 1,75, quando Dilma Rousseff foi eleita, em outubro de 2009. Subiu um pouquinho e voltou a cair chegando a R$ 1,55, em julho de 2011. Daí em diante, com a adoção das medidas que ficaram conhecidas como "A Nova Matriz Econômica", do então ministro Guido Mantega, o Dólar subiu consistentemente até alcançar o valor de R$ 4,00, em janeiro de 2016, com um pico de R$ 4,16 no dia 21/01/2016. Este passou a ser o novo recorde nacional do valor do Dólar!
Depois disto, oscilando, o Dólar perdeu valor. Caiu até a posse de Michel Temer, em agosto de 2016, chegando a R$ 3,20 e tornou a subir até agosto de 2018 quando chegou a R$ 4,10.
Na posse de Jair Bolsonaro, no inicio de 2019, o Dólar era cotado a R$ 3,80.
Hoje (29/08/2019), o Dólar comercial oficial vale R$ 4,17, portanto superando o recorde anterior, de janeiro de 2016. Em setembro deve continuar a tendência de leve alta.
É evidente que estamos novamente em profunda crise! Estamos vom a economia estagnada!
A questão agora é: que esperar para o futuro?
Não ha planejamento de governo, nao ser no ministerio da economia. Neste, toda administração está empenhada em reduzir os gastos de governo. Também não há perspectiva de investimentos públicos ou privados. Logo, acho que a crise econômica vai se aprofundar.
Não culpo o governo de Bolsonaro pela crise que vivemos, mas o culpo pela campanha eleitoral de baixo nível, sem quaisquer propostas de governo, conduzida por marqueteiros pelas redes sociais, explorando, por meio de "fake news", um teatral combate à corrupção baseada no mito do "mocinho de cinema", figurado pelos caubóis do velho faroeste, rambos e exterminadores do presente e do futuro. Eu culpo Bolsonaro por ter escolhido os ministros Sérgio Moro e Paulo Guedes, muito antes da eleição, unicamente para servirem de avalistas de sua candidatura. Claro que o próprio candidato deve ser o avalista de seu futuro governo. Também o culpo por ter formado o restante de seu ministério sem considerar a competência para o cargo. Tudo isso e total desconsideração à seriedade da crise nacional e aos 13 bilhões de desempregados.
A questão agora é: que esperar para o futuro?
Não ha planejamento de governo, nao ser no ministerio da economia. Neste, toda administração está empenhada em reduzir os gastos de governo. Também não há perspectiva de investimentos públicos ou privados. Logo, acho que a crise econômica vai se aprofundar.
Não culpo o governo de Bolsonaro pela crise que vivemos, mas o culpo pela campanha eleitoral de baixo nível, sem quaisquer propostas de governo, conduzida por marqueteiros pelas redes sociais, explorando, por meio de "fake news", um teatral combate à corrupção baseada no mito do "mocinho de cinema", figurado pelos caubóis do velho faroeste, rambos e exterminadores do presente e do futuro. Eu culpo Bolsonaro por ter escolhido os ministros Sérgio Moro e Paulo Guedes, muito antes da eleição, unicamente para servirem de avalistas de sua candidatura. Claro que o próprio candidato deve ser o avalista de seu futuro governo. Também o culpo por ter formado o restante de seu ministério sem considerar a competência para o cargo. Tudo isso e total desconsideração à seriedade da crise nacional e aos 13 bilhões de desempregados.
Claro que, independentemente do valor do Dólar, até mesmo das crises políticas e econômicas, não posso apoiar Bolsonaro pelo que ele mesmo é!
Vejo, com pesar, que o governo se apequena ao se preocupar apenas com uma pequena parcela da população. Isto enfraquece as estruturas estatais e descamba para um total estado de anarquia. Nestes longos meses do governo Bolsonaro, ficou nítida a inclinação para favorecer poucos em detrimento de muitos. Entre os beneficiários estão os próprios familiares do presidente, em conformidade com a filosofia atribuída a Nicolau Maquiavel: “aos amigos, tudo; aos inimigos, os rigores da lei”.
Vejo claramente também que o Presidente é inculto, absolutamente incompetente para o cargo que ocupa. Além disso, é mentiroso, desonesto, irresponsável, impetuoso, assustado, criador de cizânias etc. Pode ser considerado como um subproduto da eleição de Lula, quando o povo brasileiro desaprendeu a considerar as reais qualidades pessoais do Presidente e passou a preferir a idolatria a mitos!
As consequências disto são visíveis em longo prazo.
Eu estava certo quando me neguei a participar do processo eleitoral!
Não votei para presidente na eleição do ano passado, porque os dois candidatos eram horrorosos. O Brasil seria torturado por qualquer dos dois que fosse eleito. Eu não anulei o meu voto, mas, como relatei no meu blogue, fiz um protesto que obrigou o presidente da mesa eleitoral a anulá-lo [veja a nota abaixo].
Bolsonaro pensa que ser presidente é o mesmo que ser um "sargentão comandando soldados", ou, na melhor das hipóteses, um comandante de quartel.
Bolsonaro pensa que política é guerra entre brasileiros: nós, do país dos patriotas, contra eles, do país inimigo!
Bolsonaro nunca percebeu que, em grande parte, um presidente comanda pelo exemplo que dá ao povo; não percebeu que política é apenas um processo decisório coletivo; e também não percebeu que a administração militar é muito diferente da administração civil.
Na administração do tipo militar, a hierarquia é vertical e rígida. O poder de cada nível é cumulativo, da base da pirâmide hierárquica até o topo. O controle do chefe é direto sobre tudo e todos que estiverem abaixo dele na escala hierárquica. Esta, no entanto, é uma estrutura certa apenas para emergências, como nas situações de combate, onde se requer decisões rápidas e automáticas, mas não é uma estrutura apta para situações que requerem inteligência coletiva e decisões muito bem estudadas.
Coloque um demente no topo da hierarquia do tipo militar e todo o sistema enlouquece.
Na administração pública, que é do tipo civil, o poder de cada nível hierárquico é limitado e o controle é finalístico. Em outras palavras, o que se controla são os objetivos e as metas de cada setor e em cada nível. Os poderes de cada órgão são distribuídos pela estrutura hierárquica e definidos em lei, normas, etc. Num regime parlamentarista isto é ainda mais evidente do que num regime presidencialista.
Na administração do tipo civil, se um louco estiver no topo da hierarquia, isto não afeta todo o sistema administrativo, embora o prejudique muito.
Os presidentes que tivemos neste século não tinham conhecimento algum sobre estas coisas. O Presidente Bolsonaro também não tem. Ele acha que, se não estiver dando ordens, vai parecer um "comandante banana"! (estas palavras são dele mesmo)
Agora temos que aguentar todo o mandato presidencial e tratar de ter juízo na escolha do próximo presidente.
O que temos que fazer, desde já, é exigir uma reforma do sistema político e do sistema eleitoral, para evitar que a propaganda e os caciques políticos controlem a decisão dos eleitores por meio de marqueteiros empoderados pela tecnologia da informática e utilizando mentiras, como tem acontecido. Para os caciques políticos e sua organização suprapartidária (a OrCriM), basta colocar um tolo qualquer na presidência e ficar comandando "nas moitas" sem responsabilidade alguma!
Precisamos também de uma contagem de votos reais contidos em urnas de verdade. Não podemos admitir a contagem de votos virtuais, feita por meio de software desconhecido, automaticamente instalado nos computadores de votação (chamados de urnas eletrônicas) e nos de totalização (os computadores do TSE). Software é um conjunto de comandos humanos em linguagem de máquina. Então, quem está contando os votos e nos informando quem ganhou cada eleição?
Tudo isso me entristece muito!
Devíamos ter vergonha do modo como nosso país funciona!
Não temos democracia. Temos uma farsa!
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➡️ NOTA 1: Veja aqui como fiz meu protesto no primeiro turno da eleição presidencial de 2018:
DEPOIMENTO DE 2018 E INDIGNAÇÃO DE ELEITOR https://almirquites.blogspot.com/2018/10/depoimento-de-2018-e-indignacao-de.html
No segundo turno, combinei um teste com o presidente de mesa para vermos juntos quanto tempo de espera depois de abrir a "urna-computador ao eleitor, o presidente de mesa poderia anular o seu voto a partir di computador de sua mesa. Verificamos que, 1 minuto após isto já era possível. Ele basta digitar o código de anulação e liberação da cabine para o próximo eleitor. O código era "5555555".
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➡️ NOTA 2: Veja também os alertas que fiz na época das eleições.
FALTA A DEVIDA TRANSPARÊNCIA
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