Por Almir Quites
Este blogue não é para militantes políticos. Ele é feito para quem é livre e consegue encarar os fatos sem ser cerceado por dogmas de fé.
Se você é incondicionalmente um bolsonarista, por exemplo, não leia este texto. Você já tem a sua imutável opinião. Não perca tempo!
Agora, começo meu comentário.
Terminou a semana para a qual o presidente Bolsonaro anunciou um Tsunami! Você acreditou? Como escrevi no último artigo, só poderia ser algo que ele mesmo provocaria para atrair a atenção para si mesmo. Populismo é assim.
O Presidente Bolsonaro, mesmo que eventualmente diga a verdade, não sabe lidar com ela, mistura com suas fantasias e perde credibilidade! Só os fanáticos continuarão com seu apoio a ele.
A criação de paracosmos (na linguagem da psicologia) é típica do comportamento infantil, assim como a credulidade e a impulsividade. Esses mundos paralelos das crianças variam amplamente em conteúdo, mas todos incluem detalhes sobre um ambiente estranho (florestas, lagos, cavernas, etc.), sobre seus habitantes (bandidos, duendes, animais, etc.) e muitos componentes místicos. Isto não é raro e não é preocupante. É algo positivo, associado à criatividade e à narrativa. São apenas crianças inventando histórias complexas que, de alguma forma, trazem-lhes satisfação psicológica. No entanto, o problema se torna muito grave, quando este comportamento se estende à idade adulta. Aí caracteriza infantilismo, isto é, persistência patológica no adulto de características psicológicas ou físicas próprias da criança.
Muito pior é quando um adulto infantilizado se torna Presidente da República. Mesmo durante a campanha que antecede a eleição, ele já confunde e deseduca um povo inteiro.
Jair Bolsonaro parece-me ser assim, tem seus mundos paralelos e suas crenças. Ele acredita na infalibilidade militar em qualquer circunstância, uma das lendas de caserna. Ele também acredita firmemente na infalibilidade de seus filhos, do guru de sua família e do Presidente Donald Trump dos EUA. Ele crê que ateus, religiosos não-cristãos, negros, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros são todos bandidos. Jura que dar porte de armas à população "de bem" reduz a criminalidade. Ele entende que policial militar deve ter "licença para matar", como James Bond tinha, o agente secreto fictício criado pelo escritor Ian Fleming, em 1953, portanto dois anos antes do nascimento do Presidente Bolsonaro. Aliás, ele se julga uma espécie de James Bond, da saga "007". Some-se a tudo isso a impulsividade e a inconstância de suas decisões e sobressairá todo o mal que um Presidente assim pode causar!
Há muito tempo tenho tentado mostrar a imaturidade de Bolsonaro, desde o tempo em que ele era pré-candidato à Presidência da República, em artigos no meu blogue. Muitos conhecidos meus, mesmo sem argumentar, ofenderam-me por isso! Meu direito a livre expressão não foi respeitado.
O Presidente da República, Jair Bolsonaro, divulgou anteontem uma carta anônima! Isto já é um absurdo que, diante do atual desencanto brasileiro, passa despercebido. Pode até haver verdades nesta carta, mas é uma infeliz propaganda pessoal do Presidente, de autoria desconhecida, e que destrói o seu próprio governo! Esta carta diz ao mundo que o próprio Presidente do Brasil sabe que seu país não tem jeito! Muito estranho!
A carta divulgada pelo Presidente, abordando a impossibilidade de governar o Brasil, repercutiu! Como sempre, ela também foi impulsionada por robôs, "cyborgs" e militantes.
A carta lembra aquela da renúncia de Jânio Quadros, quando dizia que "forças ocultas" não o deixavam governar, mas também lembra o linguajar do presunçoso guru da família presidencial, o Olavo de Carvalho. Parece que Olavo escreveu a carta, passou para um seguidor seu (um Olavete) e este vazou para o presidente. Repito, parece. O fato é que, até agora, não se sabe quem a escreveu!
A mensagem indica uma possibilidade de renúncia, mas vinda de um crianção, pode significar qualquer coisa, por mais estranha que pareça. Bolsonaro não sabe interpretar um texto em língua portuguesa, não entende os efeitos simbólicos da escrita, não compreende seus efeitos sobre o meio político. Sabe-se lá como ele interpreta o que foi escrito!
A carta anônima termina de forma enigmática, com uma expressão típica do mercado financeiro, "Sell" (significa: vendam)! Para introduzir a tal carta nos grupos do twitter, Bolsonaro escreveu: "Um texto no mínimo interessante. Para quem se preocupa em se antecipar aos fatos sua leitura é obrigatória".
Uma das possíveis interpretações é que Bolsonaro, como Chávez fez na Venezuela, queira criar um clima para que seja possível um autogolpe militar. No entanto, parece-me mais provável que a divulgacao da tal carta seja apenas mais uma criancice. Algo que o próprio Presidente vai esquecer em alguns dias!
𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
Veja este vídeo:
Íntegra da carta anônima de Bolsonaro
Este blogue não é para militantes políticos. Ele é feito para quem é livre e consegue encarar os fatos sem ser cerceado por dogmas de fé.
Se você é incondicionalmente um bolsonarista, por exemplo, não leia este texto. Você já tem a sua imutável opinião. Não perca tempo!
Agora, começo meu comentário.
Terminou a semana para a qual o presidente Bolsonaro anunciou um Tsunami! Você acreditou? Como escrevi no último artigo, só poderia ser algo que ele mesmo provocaria para atrair a atenção para si mesmo. Populismo é assim.
O Presidente Bolsonaro, mesmo que eventualmente diga a verdade, não sabe lidar com ela, mistura com suas fantasias e perde credibilidade! Só os fanáticos continuarão com seu apoio a ele.
A criação de paracosmos (na linguagem da psicologia) é típica do comportamento infantil, assim como a credulidade e a impulsividade. Esses mundos paralelos das crianças variam amplamente em conteúdo, mas todos incluem detalhes sobre um ambiente estranho (florestas, lagos, cavernas, etc.), sobre seus habitantes (bandidos, duendes, animais, etc.) e muitos componentes místicos. Isto não é raro e não é preocupante. É algo positivo, associado à criatividade e à narrativa. São apenas crianças inventando histórias complexas que, de alguma forma, trazem-lhes satisfação psicológica. No entanto, o problema se torna muito grave, quando este comportamento se estende à idade adulta. Aí caracteriza infantilismo, isto é, persistência patológica no adulto de características psicológicas ou físicas próprias da criança.
Muito pior é quando um adulto infantilizado se torna Presidente da República. Mesmo durante a campanha que antecede a eleição, ele já confunde e deseduca um povo inteiro.
Jair Bolsonaro parece-me ser assim, tem seus mundos paralelos e suas crenças. Ele acredita na infalibilidade militar em qualquer circunstância, uma das lendas de caserna. Ele também acredita firmemente na infalibilidade de seus filhos, do guru de sua família e do Presidente Donald Trump dos EUA. Ele crê que ateus, religiosos não-cristãos, negros, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros são todos bandidos. Jura que dar porte de armas à população "de bem" reduz a criminalidade. Ele entende que policial militar deve ter "licença para matar", como James Bond tinha, o agente secreto fictício criado pelo escritor Ian Fleming, em 1953, portanto dois anos antes do nascimento do Presidente Bolsonaro. Aliás, ele se julga uma espécie de James Bond, da saga "007". Some-se a tudo isso a impulsividade e a inconstância de suas decisões e sobressairá todo o mal que um Presidente assim pode causar!
Há muito tempo tenho tentado mostrar a imaturidade de Bolsonaro, desde o tempo em que ele era pré-candidato à Presidência da República, em artigos no meu blogue. Muitos conhecidos meus, mesmo sem argumentar, ofenderam-me por isso! Meu direito a livre expressão não foi respeitado.
Aqui estão dois exemplos destes artigos, um de setembro de 2018 e o outro dezembro:
Agora, vamos tratar do mais recente acontecimento nesta série de infantilidades do nosso presidente.
A carta divulgada pelo Presidente, abordando a impossibilidade de governar o Brasil, repercutiu! Como sempre, ela também foi impulsionada por robôs, "cyborgs" e militantes.
A carta lembra aquela da renúncia de Jânio Quadros, quando dizia que "forças ocultas" não o deixavam governar, mas também lembra o linguajar do presunçoso guru da família presidencial, o Olavo de Carvalho. Parece que Olavo escreveu a carta, passou para um seguidor seu (um Olavete) e este vazou para o presidente. Repito, parece. O fato é que, até agora, não se sabe quem a escreveu!
A mensagem indica uma possibilidade de renúncia, mas vinda de um crianção, pode significar qualquer coisa, por mais estranha que pareça. Bolsonaro não sabe interpretar um texto em língua portuguesa, não entende os efeitos simbólicos da escrita, não compreende seus efeitos sobre o meio político. Sabe-se lá como ele interpreta o que foi escrito!
A carta anônima termina de forma enigmática, com uma expressão típica do mercado financeiro, "Sell" (significa: vendam)! Para introduzir a tal carta nos grupos do twitter, Bolsonaro escreveu: "Um texto no mínimo interessante. Para quem se preocupa em se antecipar aos fatos sua leitura é obrigatória".
Uma das possíveis interpretações é que Bolsonaro, como Chávez fez na Venezuela, queira criar um clima para que seja possível um autogolpe militar. No entanto, parece-me mais provável que a divulgacao da tal carta seja apenas mais uma criancice. Algo que o próprio Presidente vai esquecer em alguns dias!
𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
Bolsonaro divulga texto
sobre dificuldades de governar o Brasil
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Veja agora, em texto, a absurda carta anônima que o Presidente divulgou dizendo que é muito importante!
Ouça agora a íntegra da carta anônima e uma análise sobre ela:
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Íntegra da carta anônima de Bolsonaro
Texto apavorante – leitura obrigatória
Temos muito para agradecer a Bolsonaro.
Bastaram 5 meses de um governo atípico, “sem jeito” com o congresso e de comunicação amadora para nos mostrar que o Brasil nunca foi, e talvez nunca será, governado de acordo com o interesse dos eleitores. Sejam eles de esquerda ou de direita.
Desde a tal compra de votos para a reeleição, os conchavos para a privatização, o mensalão, o petrolão e o tal “presidencialismo de coalizão”, o Brasil é governado exclusivamente para atender aos interesses de corporações com acesso privilegiado ao orçamento público.
Não só políticos, mas servidores-sindicalistas, sindicalistas de toga e grupos empresariais bem posicionados nas teias de poder. Os verdadeiros donos do orçamento. As lagostas do STF e os espumantes com quatro prêmios internacionais são só a face gourmet do nosso absolutismo orçamentário.
Todos nós sabíamos disso, mas queríamos acreditar que era só um efeito de determinado governo corrupto ou cooptado. Na próxima eleição, tudo poderia mudar. Infelizmente não era isso, não era pontual. Bolsonaro provou que o Brasil, fora desses conchavos, é ingovernável.
Descobrimos que não existe nenhum compromisso de campanha que pode ser cumprido sem que as corporações deem suas bênçãos. Sempre a contragosto.
Nem uma simples redução do número de ministérios pode ser feita. Corremos o risco de uma MP caducar e o Brasil ser OBRIGADO a ter 29 ministérios e voltar para a estrutura do Temer.
Isso é do interesse de quem? Qual é o propósito de o congresso ter que aprovar a estrutura do executivo, que é exclusivamente do interesse operacional deste último, além de ser promessa de campanha?
Querem, na verdade, é manter nichos de controle sobre o orçamento para indicar os ministros que vão permitir sangrar estes recursos para objetivos não republicanos. Historinha com mais de 500 anos por aqui.
Que poder, de fato, tem o presidente do Brasil? Até o momento, como todas as suas ações foram ou serão questionadas no congresso e na justiça, apostaria que o presidente não serve para NADA, exceto para organizar o governo no interesse das corporações. Fora isso, não governa.
Se não negocia com o congresso, é amador e não sabe fazer política. Se negocia, sucumbiu à velha política. O que resta, se 100% dos caminhos estão errados na visão dos “ana(lfabe)listas políticos”?
A continuar tudo como está, as corporações vão comandar o governo Bolsonaro na marra e aprovar o mínimo para que o Brasil não quebre, apenas para continuarem mantendo seus privilégios.
O moribundo-Brasil será mantido vivo por aparelhos para que os privilegiados continuem mamando. É fato inegável. Está assim há 519 anos, morto, mas procriando. Foi assim, provavelmente continuará assim.
Antes de Bolsonaro vivíamos em um cativeiro, sequestrados pelas corporações, mas tínhamos a falsa impressão de que nossos representantes eleitos tinham efetivo poder de apresentar suas agendas.
Era falso, FHC foi reeleito prometendo segurar o dólar e soltou-o 2 meses depois, Lula foi eleito criticando a política de FHC e nomeou um presidente do Bank Boston, fez reforma da previdência e aumentou os juros, Dilma foi eleita criticando o neoliberalismo e indicou Joaquim Levy. Tudo para manter o cadáver procriando por múltiplos de 4 anos.
Agora, como a agenda de Bolsonaro não é do interesse de praticamente NENHUMA corporação (pelo jeito nem dos militares), o sequestro fica mais evidente e o cárcere começa a se mostrar sufocante.
Na hipótese mais provável, o governo será desidratado até morrer de inanição, com vitória para as corporações. Que sempre venceram. Daremos adeus Moro, Mansueto e Guedes. Estão atrapalhando as corporações, não terão lugar por muito tempo.
Na pior hipótese ficamos ingovernáveis e os agentes econômicos, internos e externos, desistem do Brasil. Teremos um orçamento destruído, aumentando o desemprego, a inflação e com calotes generalizados. Perfeitamente plausível. Claramente possível.
A hipótese nuclear é uma ruptura institucional irreversível, com desfecho imprevisível. É o Brasil sendo zerado, sem direito para ninguém e sem dinheiro para nada. Não se sabe como será reconstruído. Não é impossível, basta olhar para a Argentina e para a Venezuela. A economia destes países não é funcional. Podemos chegar lá, está longe de ser impossível.
Agradeçamos a Bolsonaro, pois em menos de 5 meses provou de forma inequívoca que o Brasil só é governável se atender o interesse das corporações. Nunca será governável para atender ao interesse dos eleitores.
Quaisquer eleitores. Tenho certeza que esquerdistas não votaram em Dilma para Joaquim Levy ser indicado ministro. Foi o que aconteceu, pois precisavam manter o cadáver Brasil procriando. Sem controle do orçamento, as corporações morrem.
O Brasil está disfuncional. Como nunca antes. Bolsonaro não é culpado pela disfuncionalidade, pois não destruiu nada, aliás, até agora não fez nada de fato, não aprovou nada, só tentou e fracassou. Ele é só um óculos com grau certo, para vermos que o rei sempre esteve nu, e é horroroso.
Infelizmente o diagnóstico racional é claro: “Sell”.-------------------
Aqui, agora, a indignação do jornalista Reinaldo Azevedo.
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