Por Almir M. Quites
SIM, O PROCESSO DE APURAÇÃO ELEITORAL BRASILEIRO NÃO É AUDITÁVEL
Amigos, o artigo abaixo foi publicado no dia de hoje (30/7), mas há exatamente 8 anos! O bolsonarismo nem existia!
Para vê-lo na íntegra você pode clicar aqui: ⬇️
URNA ELETRÔNICA OU COMPUTADOR-URNA
https://almirquites.blogspot.com/2013/07/urna-eletronica-ou-urna-computador.html
Hoje, sinto-me indignado e já cansado de tentar esclarecer este assunto! Agora vejo o Presidente Bolsonaro politizar a questão, que era suprapartidária, ao por fogo e destruir todas as possibilidades de mudarmos o nosso sistema nacional de apuração eleitoral.
Memo assim, redigi hoje (30/julho/2021) o seguinte:
"Pátria amada, Brasil, estás endoidando? É o que parece!
Vivemos num país maluco, que debate questões seríssimas com argumentos malucos. E não chega a nenhuma conclusão. O Presidente do TSE e o Presidente do Brasil não entendem nada deste assunto, mas "batem boca" pela mídia e pelas redes sociais.
Sobre a possibilidade de fraudes com a "urna eletrônica", um diz: "não há prova da existência de fraude"! O outro diz: "não há prova da inexistência de fraude"!
É óbvio, caros malucos dos dois lados! Como ter provas se não existem votos reais que possam ser verificados e recontados? No Brasil, o voto é virtual, para os programadores, e imaginário, para os eleitores!
Enquanto este debate maluco prospera, a verdadeira fraude está aí, bem visível, para quem a encare de frente. A fraude está em roubar dos cidadãos tanto o direito como o dever de fiscalizar a apuração eleitoral. A apuração eleitoral é o ato de administração pública que mais exige transparência. Por isso, nossa apuração eleitoral é inconstitucional!
O que foi roubado foi a cidadania dos brasileiros. Logo, só resta ao cidadão ter ou não ter fé na honestidade de todas estas pessoas que o eleitor desconhece:
- 1) aquelas pessoas que fabricam as urnas;
- 2) aquelas que elaboram o software da ridícula "urna eletrônica";
- 3) aquelas que elaboram os softwares de verificação de integridade e os softwares usados na cerimônia de assinatura digital;
- 4) aquelas que elaboram os softwares dos computadores que transmitem os dados de cada "urna" para totalização;
- 5) aquelas que elaboram os softwares do super computador do TSE que faz a totalização.
Em todas estas etapas podem ocorrer fraudes indetectáveis! E o eleitor não tem o direito de conferir se seu próprio voto foi corretamente registrado!
Há uma longa história de mentiras sobre este computador que a propaganda ensinou os brasileiros a chamar de "urna"! Uma delas é dizer que a urna eletrônica é brasileira! Mentira! Ela é importada e montada no Brasil. A fabricante é a Diebold Incorporated, com sede em North Canton, Ohio, EUA. Desde outubro de 1999, a Diebold Inc, comprou a empresa brasileira Procomp e depois mudou o seu nome para Diebold Procomp. Esta está sediada em São Paulo. Ultimamente a maior empresa de computadores do Brasil, denominada Positivo (do Paraná), entrou no esquema. Não sei informar detalhes desta mudança, nem sei nada sobre as relações desta empresa com a Diebold, a tradicional fornecedora do TSE. Neste ano, surgiram notícias de que a Lenovo, fabricante chinesa de computadores, teria comprado a Positivo (segundo reportagem da agência estatal de notícias, Xinhua News). Ao mesmo tempo, muitos "sites" brasileiros de "checadores de notícias" afirmaram tratar-se de "fake news". Como checar estas informações em meio a uma guerra de informações? "Numa guerra, a Verdade é a primeira que morre", diz o ditado popular.
O código-fonte do software das chamadas "urnas eletrônicas" do Brasil é mantido em segredo. Mesmo que ele fosse aberto, isto seria insuficiente, porque não haveria possibilidade alguma de uma verificação independente do TSE, que permitisse comprovar que o software divulgado ao público, seja o mesmo, inserido em todas urnas.
Como acontece com qualquer sistema eletrônico, a garantia de segurança e honestidade dos sistemas de votação deve estar focada na questão da transparência do ato público. O mais importante, numa democracia de nosso tempo, está na garantia de fiscalização pelo eleitor. Daí decorre o princípio da Independência do Software, internacionalmente aceito para máquinas de votar: "Um sistema eleitoral será independente do software se uma modificação ou erro não-detectado no seu software não puder causar uma modificação ou erro indetectável no resultado da apuração eleitoral ou na inviolabilidade do voto".
O Brasil desconhece este princípio!
"It's not the voting that's democracy, it's the counting". Tradução: Não é a votação que (define o que) é democracia. É a maneira de contar os votos.
Pobre povo!
Povo iludido é povo empobrecido e deprimido!"
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