Paulo Guedes de máscara, sem terno e sem sapato |
Em meio a tanta confusão, onde foi parar a política?
Quando, em janeiro do ano passado, analisei os discursos de posse dos ministros de Jair Bolsonaro, publiquei minhas impressões num artigo chamado
⟱ REVELADORES DISCURSOS DE POSSE ⟱ https://almirquites.blogspot.com/2019/01/reveladores-discursos-de-posse.html
Neste artigo, conclui, muito preocupado, que o ministério do novo Presidente era de muito baixo nível, exceto por Sérgio Moro e Paulo Guedes (ambos escolhidos antecipadamente para serem avalistas da campanha eleitoral e não para serem ministros), mas destaquei Luiz Henrique Mandetta e Tereza Cristina, dizendo que eu não os conhecia e que não conseguira avaliá-los pelo discurso de posse. Além disso, Incluí Joaquim Levy (do BNDES; indicado por Paulo Guedes) como um dos colaboradores de alto nível, embora não fosse ministro. Os demais, inclusive o astronauta Marcos Pontes e o jovem engenheiro Tarcísio Gomes de Freitas (que foi Diretor do DENIT no tempo da Presidente Dilma Rousseff, aliás, "Presidenta"), coloquei todos no mesmo saco (como inadequados para o cargo de ministro de Estado).
Depois, no decorrer do errático governo de Bolsonaro, percebi que os melhores ministros preferiam ficar longe do Presidente, refugiados em seus ministérios, recriando assim o antigo modelo de "ministérios de porteira fechada" do tempo do presidente Lula. Quando o presidente não tem capacidade para governar, o melhor mesmo é impedir que atrapalhe!
Os melhores ministros fizeram isso, exceto Paulo Guedes, que disfarçadamente assumiu o papel do inepto Presidente. O próprio Bolsonaro, sempre que indagado sobre algo, mandava seus interlocutores perguntar ao seu "Posto Ipiranga". O apelido pegou!
Depois começaram as demissões. Na metade do primeiro ano de governo (30 de junho), cinco já tinham sido demitidos, entre eles o Joaquim Levy, que eu considerava um dos nomes competentes do governo. Bolsonaro o demitiu por que ele não abrira a 'caixa-preta' do BNDES. Há muito tempo, desde o governo Dilma, a tal 'caixa-preta' já tinha sido aberta. Como é possível abrir uma caixa aberta?
Bolsonaro substituiu Levy por um jovem amigo de seus filhos, o qual até hoje também não abriu a tal caixa já aberta, mas agora está tudo bem!
Em fevereiro deste ano, mais três ministros foram demitidos, mas as trocas foram do tipo '6 por meia dúzia'! Entre elas, a do então ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, causada por um racha no PSL e pela completa bagunça no programa 'Minha Casa, Minha Vida'.
Então veio a CoVid-19! Uma crise sanitária sem precedentes! O Presidente queria que o governo fingisse que não havia pandemia, que era "só uma gripezinha", mas o Ministro da Saúde, o médico Mandetta, não podia ignorá-la. Passou a assumir a resistência à pandemia junto com os governadores dos Estados e os Prefeitos. A doença era gravíssima e já paralisava a economia do mundo. O projeto do "Posto Ipiranga" ruiu diante da prioridade da saúde do povo. Paulo Guedes entendeu isso e passou a apoiar a Mandetta, mas desagradou o Presidente!
Mandetta mostrou que era competente! O Presidente ficou zanzando por aí, enquanto Mandetta organizava a resistência contra o avanço da Pandemia. Então, o Presidente Bolsonaro, que nunca se preocupou com a pandemia, demitiu o seu Ministro da Saúde.
Paralelamente, no seio do caos governamental, surgiu o Plano Pró-Brasil, apresentado pelo ministro-chefe da Casa Civil. É um empreendimento duvidoso tanto em relação às estratégias como quanto ao valor envolvido (era de R$ 30 bilhões e depois passou para 250 bilhões) para criar um milhão de empregos em dez anos. Guedes fora jogado para escanteio e não compareceu ao evento de lançamento do mega Plano.
O Pró-Brasil é um arremedo do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento, de 1975), da Ditadura Militar. Parece uma jogada de 'marketing', para passar a ideia de que o governo já está trabalhando na recuperação econômica do Brasil. Os recursos previstos deveriam vir do setor privado, mas este setor está asfixiado no Brasil e não dá para contar com qualquer investimento internacional. Quem estaria disposto a investir num país cujo governo não tem credibilidade e que participa de movimentos que pedem a implantação de uma ditadura no país?
Já não se sabe se compete ao Ministério da Economia administrar a economia!
Paulo Guedes está agora no limbo, assistindo os acontecimentos de máscara, sem terno e sem sapato. Assim paramentado participou de ato oficial do Presidente.
Paulo Guedes de máscara, sem terno e sem sapato |
Acho que chegou a vez da demissão do 'Posto Ipiranga'! Prepare-se, Paulo Guedes!
O que será deste governo mambembe?
𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
`°•○●□■♢《 ❤❤❤ 》♢■□●○•°`
Para ler artigos sobre as urnas eletrônicas brasileiras,
Para mais alguns artigos deste blogue ("weblog")
⇩ Clique sobre o título ⇩
- Por que Bolsonaro arriscou tanto?
- O poderoso e medroso Presidente Bolsonaro
- A CoVid-19 do Brasil pela matemática
- Ato falho
- Militarismo escora o governo federal
- Caráter da CoVid-19 e do Presidente
- Sim, há uma luz no fim do túnel
- Mais vale prevenir do que remediar
- Como refrear os danos da COVID-19
- Covid-19 ataca e presidente permanece no mundo da lua
- Covid-19 e suas consequências
- O Princípio da Incerteza e o Professor Herbert Boor
________________________________________________
Aviso sobre comentários
Comentários contra e a favor são bem vindos, mesmo que ácidos, desde que não contenham agressões gratuitas, meros xingamentos, racismos e outras variantes que desqualificam qualquer debatedor. Fundamentem suas opiniões e sejam bem-vindos. Por favor, evite o anonimato! Escreva o seu nome no final do seu comentário.
Não use CAIXA ALTA, isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente.
Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
________________________________________________
✓ COMPARTILHE ESTA POSTAGEM ✓
⬇ Clique nos botões abaixo ⬇
Nenhum comentário:
Postar um comentário