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O
Facebook me permite observar o comportamento humano, porque as pessoas se
liberam de um modo que não fariam se estivessem frente a frente com o
interlocutor.
Existem pessoas que, quando leem um texto publicado (uma postagem) comentam reforçando ou contrariando os argumentos daquele texto, sem grosserias ou agressões verbais, mas estas
boas exceções são pouquíssimas, o que mostra bem o grau de radicalização que
temos hoje e a quase inexistência de debate político de verdade.
Não é
sobre estas boas exceções que vou tratar a seguir, mas do que é rotineiro.
Vou
tratar aqui apenas daqueles que desconsideram totalmente o conteúdo publicado e reagem contra ele impensadamente. Estes apresentam respostas
ácidas ou ofensivas, contra o autor da publicação.
Vou
contar alguns "causos" recentes que ocorreram comigo.
Em
artigos que publiquei em grupos de discussão do Facebook, observei três tipos de
comentários ácidos e/ou ofensivos:
- Comentário de robô;
- Xingamentos de baixo calão, de pessoas reais;
- Comentários de pessoas reais desprovidos de argumentos.
A
seguir comento cada um deles.
1)
Comentário de robô (automático).
Alguns
comentários eram clichês, isto é, bordões curtíssimos que serviam para ofender rudemente quem quer que desmistificasse o Mito da vez (o Presidente Bolsonaro), independentemente do conteúdo da
publicação. Verifiquei também que, no perfil dos remetentes, não
constava informação alguma que permitisse identificá-lo.
Para
estes comentários automáticos apresentei também uma resposta padrão, assim: "Este
seu xingamento padronizado e repugnante, mostra claramente que você não existe, é
apenas um perfil falso usado por um robô programado para xingar pessoas que
critiquem Bolsonaro. Desafio você a publicar aqui uma resposta inteligente que
comprove que estou errado!"
Dois
dias depois, nenhuma destas supostas pessoas me respondeu! Muito provavelmente
eram mesmo robôs, utilizando perfis falsos, programados para inibir
manifestações políticas contrárias ao atual governante federal.
2)
Comentários de pessoas reais que se limitam a xingamentos de baixo calão.
Frequentemente
estes comentários são de uma baixeza impressionante. Estes..., nem os comento
aqui. Deveriam ser excluídos. Vamos adiante.
3) Comentários
de pessoas reais, mas desprovidos de argumentos.
São
comentários de pessoas que tentam argumentar, mas não conseguem, apenas
escrevem o que sentem e não vão além de uma desqualificação do autor do texto,
ou seja, limitaram-se a me desqualificar.
Seus
comentários são como estes que apresento a seguir, como exemplos:
- "Vc apoia bandidos, sua argumentação é cheia de factoides, mal sabe a diferença entre nazismo e fascismo".
- "Vai procurar sua turma nos sindicatos, nas ruas onde se reúnem aqueles que não têm o que fazer".
- "Vc apoia a corrupção, o crime dos bandidos de colarinho branco e outros. Pensa na sua família. Petralhas são fanáticos e inconsequentes".
Nenhum
dos autores destes comentários me conhecia. Parece-me que nem leram o artigo
que escrevi, mas me acusaram de divulgar factoides, de ser petista, de ser apoiador de
bandido de colarinho branco, de não saber a diferença de fascismo e nazismo,
etc. Citei apenas alguns exemplos. A variedade de acusações deste tipo surpreende.
Respondi
a estes comentários com paciência e curiosidade e procurei mostrar que eles me
ofendiam sem considerar meus argumentos.
De
todos eles, apenas um reconheceu que cometeu desatinos e me respondeu assim:
"Almir Monteiro Quites, talvez, na indignação com os desmandos da mídia
esquerdista, e pelos ataques de políticos corruptos ao presidente Bolsonaro, eu
tenha respondido dessa forma. Gostaria de conhecer melhor suas ideias,
considerando o panorama atual da política brasileira. Tomando a liberdade de
entrar no seu site, verifiquei uma agressividade exagerada, de sua parte, ao
Presidente da República".
A este
dei uma resposta bem longa. Foi assim:
"Fico
contente que tenhas reconhecido isto. Vou te dar uma explicação, embora sucinta,
sobre meu modo de ser e pensar.
Em
primeiro lugar, para me entender, você precisa aceitar que os brasileiros não são necessariamente
bolsonaristas ou petistas. Há outras incontáveis formas diferentes de encarar os fatos
da política. Você sabe, por exemplo, que nem todo eleitor de Bolsonaro teria
votado nele se tivesse outra possibilidade além do candidato petista. A polarização, já no primeiro turno
eleitoral, foi induzida pela propaganda e pela pesquisa de intenção de votos.
Na época em que isto acontecia, publiquei artigos denunciando isso!
Eu,
por exemplo, nunca me incluo em qualquer partido ou dou apoio incondicional a qualquer
político. Eu tenho consciência de que "o preço da democracia é a eterna
vigilância", ou seja, todo o político deve ser fiscalizado, nunca
idolatrado.
A
idolatria a Lula e, agora, a Bolsonaro é a mesma que a de um torcedor a seu time
de futebol. Isto não é política. Política é um processo decisório muito sério.
A idolatria é fabricada pela propaganda. Propaganda é a manipulação do
pensamento alheio feita por marqueteiros bem pagos, em geral com recursos
roubados do povo. Propaganda é o vírus do fanatismo. Fanatismo é doença mental
que impede o raciocínio livre e lógico. O fanático reage emocionalmente antes
de tentar entender aquilo que lhe parece contrariar as suas próprias crenças.
Sobre
o tema em foco, aqui nesta postagem, peço-te que não confundas instituições com
pessoas! As instituições nacionais devem ser respeitadas. Por exemplo, eu não
tenho respeito à pessoa que é o ministro Tóffoli (do STF) como também não
respeito Lula e Bolsonaro, pelo despreparo e pelo mau caráter deles. No
entanto, respeito o STF e a Presidência da República. Estes devem ser respeitados como
instituições nacionais. No caso dos três políticos que citei, são eles mesmos
que desrespeitam respectivamente o STF e a Presidência da República. Eu os
critico e também aponto os erros e incompetências, porque são políticos que
ocupam cargos públicos e que devem ser fiscalizados por todos os cidadãos
brasileiros.
Eu não
ofendo estes políticos, inclusive nunca uso palavras de baixo calão, mas não
recuo do meu dever de cidadão, nem do meu direito, de avaliá-los e expressar a
minha opinião. Não sou agressivo com eles, mas enfático com meus leitores.
Quem
bota gente errada nestes cargos são os eleitores e, no caso do ministro do STF, são aqueles que os eleitores
elegeram, como o que foi colocado lá por Lula, o qual
foi Presidente por escolha dos eleitores, que aceitaram as urnas eletrônicas não-auditáveis e também as pesquisas de intenção de voto feitas sob regulamentação do
TSE por apenas duas empresas sem qualquer fiscalização.
Espalhar
ódio pelas redes sociais e não enfrentar o problema real só vai afundar mais o
nosso país. Todos nós, inclusive petistas e bolsonaristas, estamos no mesmo
barco, somos todos brasileiros.
Enquanto
isso, os fanáticos continuarão acreditando no "Milagre Brasileiro",
criado pela propaganda da ditadura militar, ou no "Espetáculo do
Crescimento", criado pela propaganda do PT, ou noutra fantasia qualquer
criadas pelo Mito da vez!
Desde
o início deste século, o povo só elegeu Presidentes quase analfabetos! Nenhum
país aguenta isso, mas nosso povo nem sabe reconhecer um analfabeto funcional.
Analfabeto
funcional, num país de analfabetos ou quase analfabetos, por vezes, até tem diploma
de curso superior, como Dilma tem (da UFRGS) e Bolsonaro também tem (da AMAN).
Isto é uma vergonha para todas as universidades brasileiras!
Não há
solução mágica para o Brasil. Logo não há solução de curto prazo. O que há são
ilusões e mitos, os quais precisamos abandonar para poder encarar nossos
problemas reais. Antes da ditadura militar, o Brasil era o país mais adiantado
da América do Sul. Hoje, só ganhamos da Venezuela!
Não
sou agressivo com Presidentes (seja Lula ou Bolsonaro, nem com
qualquer outra pessoa que ocupe a Presidência), mas devo não ser tolhido no meu
direito de expressar os meus pensamentos. Por exemplo, se eu disser que
Bolsonaro mentiu (o que ele faz compulsivamente, publicamente e impunemente),
tenho certeza que logo me chamarão de "idiota"! Ou seja, vão me agredir como
fanáticos que são e assim evitarão ter que verificar a verdade e também evitarão o risco de ter que admitir que Bolsonaro mente! Não posso deixar que me amordacem.
Povo iludido é povo vencido!
Povo iludido é povo vencido!
A
verdade dói, mas não deve ser escondida.
Para
contestar o que eu digo, é preciso ter argumentos e não ofensas contra a minha
pessoa. As pessoas que me ofendem nem me conhecem e nem procuram se informar
sobre mim pela "internet", nem mesmo pelo Facebook ou pelo meu blogue.
Estas pessoas não servem a uma boa causa! São apenas militantes, ou seja, pessoas comandadas por outros, como na marchinha de Carnaval:
🎼 "Marcha soldado🎶 ,
cabeça da papel 🎶 ,
se não marchar direito ,
vai preso pro quartel 🎶 " !
Precisamos ser livres para sermos inteligentes e para saber fazer boas escolhas na vida!"
Sobre este tema, continue lendo aqui:
𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
Para mais alguns artigos deste blogue ("weblog")
Clique sobre o título.
- As ditaduras brasileiras e o monopólio da informação
- Brasil, na trilha da Venezuela
- Desinformação e fantasia quântica
- O Princípio da Incerteza e o Professor Herbert Boor
- O próprio governo corrói as instituições
- Bolsonaro retruca o Papa
- Os fundamentalismos islâmico e cristão
- Ato falho do aspirante de ditador
- Neo-nazismo eclode no ninho governista
- 17 anos de vida exemplar
- Greta suporta ofensas
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- O novo partido de Bolsonaro
- A pirralha que apequena presidentes
- As milícias e a família presidencial
- Corrigindo celeumas climáticas
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Boa noite Almir Quittes : foi um alento ler seu texto publicado acima . Como vc , sou apontada como petista por criticar Bolsonaro . A polarização burra , estimulada pelos dois extremos , só leva a uma cegueira que não deixa de me espantar . Esta manipulação de informação está incomodando muito , e tomei meio como missão mostrar desmentidos . Pena que muitos rejeitem a verdade , levados pela idolatria que cada vez mais prejudica o país .
ResponderExcluirFoi bom ver alguém que pensa como eu .
Vamos juntar forças , porque os tempos estão muito difíceis .