terça-feira, 21 de janeiro de 2020

𝔸𝕆𝕊 ℚ𝕌𝔼 𝕊𝔼 𝕀𝕃𝕌𝔻𝔼𝕄

Por Almir M. Quites





Aos que se iludem com Bolsonaro e Lula, recomendo muita cautela. O populismo e o radicalismo já causaram tragédias históricas!

O ex-presidente Lula enganou o povo com muita propaganda. O mesmo faz Jair Bolsonaro agora, usando as mesmas técnicas que o Presidente Donald Trump utiliza nos EUA pelas redes sociais.

Lula foi "o Mito" por 15 anos. Bolsonaro é o novo "Mito", há pouco mais de 1 ano. "Mito" é apenas um mito, ou seja, uma mentira! Os políticos populistas camuflam suas intenções, mudam de cores conforme suas conveniências.


Hoje Lula e Bolsonaro representam respectivamente a extrema esquerda e a extrema direita. Por conveniência, ambos mantém um nociva polarização, como se direita e esquerda estivessem em guerra. Mas, esta guerra é fantasia alimentada pela propaganda.

Bolsonaro se declarava "bolivariano" e admirador de Hugo Chávez, o ex-ditador da Venezuela. Bolsonaro chamava Lula de "companheiro" e apoiou o governo petista por cerca de 20 anos, até 2012 (ou mais). Bolsonaro fazia parte do PTB de Roberto Jefferson, que participou do Mensalão do governo petista. Bolsonaro, da tribuna da Câmara, indicou o comunista Aldo Rebelo para ser Ministro da Defesa de Lula (e foi). Tudo em contradição com sua propaganda atual. O passado de Bolsonaro contradiz sua atual pregação de ódio às esquerdas.


Hoje Bolsonaro simplesmente "esquece" tudo isso. Não se responsabiliza por sua própria conduta.
Todos aqueles que fazem apologia de ditaduras, também admiram os grandes ditadores, como Hitler. Logo, admiram grandes bandidos! Os que os apoiam deliberadamente esquecem a História da humanidade que, no século passado, teve o seu ápice trágico durante a Segunda Guerra Mundial.Nazistas e comunistas cometeram genocídios e deportações e foram a causa da perda de vidas humanas e de liberdade em uma escala nunca vista na história da humanidade. O poder destrutivo de Josef Stalin foi maior que o de Adolf Hitler. A destruição feita por Hitler não durou mais de seis anos (de 1939 a 1945), enquanto o terror de Stalin começou em meados de 1920 e prolongou-se até a sua morte, em 1953. Nazismo e comunismo não se diferenciam em seu comportamento criminoso.

Neste nível de radicalismo que temos hoje no Brasil, as diferenças entre esquerda e direita desaparecem. Ultra Direita e Ultra Esquerda são iguais em objetivos e em comportamento. Não há diferença significativa entre o comportamento dos neo-nazistas e dos comunistas, exceto na ideologia que eles expressam na propaganda. Mas a propaganda é feita para iludir.

Agora vejam um vídeo de 23/03/2012, no programa "Sem Saída" do CQC, no qual Bolsonaro demonstra ser admirador Hitler! "Um grande estrategista", nas palavras dele; que "tinha um plano de dominar o mundo e impor a sua raça"; que "venceu uma guerra e tinha o direito de impor a sua vontade". "Ele era só um homem e todos aderiram" !!!, disse ele. 


Bolsonaro está com eletrodos e assim conectado a um detector de mentiras, onde um especialista monitora seus sinais (este é o charme do programa) . O batimento cardíaco aparece na tela depois do programa estar editado (no próximo vídeo).  
Vídeo original
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Depois de editada, a entrevista foi ao ar com alguns cortes, provavelmente em comum acordo com Bolsonaro. Ficou assim:


Vídeo editado que foi ao ar
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Comento agora o primeiro vídeo, o que está sem os cortes.

Bolsonaro ainda acredita que Hitler atacou outros países apenas para defender seu povo. Não é verdade! A Guerra começou quando o Exército Alemão invadiu a Polônia, a qual não ameaçava a Alemanha. 

"O genocídio foi outra história", disse. Aqui Bolsonaro tenta desvincular o genocídio de cerca de sete milhões de judeus, através de um programa sistemático de extermínio étnico, da Guerra, de Hitler e dos Chefes militares. Um absurdo!


Hitler não foi um grande estrategista, nem era inteligente. Ele era simplesmente louco, irresponsável. Porém, a propaganda estonteante fez da loucura do "Führer" (o Chefe) a loucura de todo um país. Logo as ações políticas não dependiam de um só indivíduo, mas dele e do ambiente político que se instaurou. Houve um reciprocidade entre o "Führer" e o povo, no qual a loucura de um estimulava a do outro, e vice-versa. Hitler com seu ódio e sua propaganda enlouqueceu a Alemanha; a loucura alemã exacerbou a de Hitler.

Voltemos a falar de nosso atual Presidente. Sim, ele admira Hitler!

As idéias de Bolsonaro são simplistas e confusas. Ele não percebe as suas incoerências. Em geral, todos os ditadores do mundo são assim. Hitler e Stalin também eram assim.

O vídeo é contundente, a voz é de Bolsonaro e não há cortes de áudio em suas falas. Claro que, mesmo vendo e ouvindo com seus próprios olhos e ouvidos, os bolsonaristas fanáticos vão tentar desenvolver "argumentos" para se enganarem, a si próprios! No entanto, o crescimento do neo-nazismo no mundo é visível e preocupante!

Os próprios alemães se preocupam. Eles têm vergonha do que ocorreu lá na época do nazismo (exceto a insignificante minoria neo-nazista). Os alemães se negam a esquecer o Holocausto e a criminosa ascensão política de Hitler, que eles toleraram. Eles assumem a culpa de terem se deixado levar pela propaganda feita por loucos irresponsáveis! 


Na Alemanha, assumir a responsabilidade histórica pelo coletivo é requisito mínimo para se fazer política. Agora, perplexos, os alemães veem o neo-nazismo espoucando novamente não apenas na Alemamha, mas no mundo! 

O mundo enlouqueceu?

Nesta época, na qual temos de volta a alta radicalização política no Brasil, temos que valorizar o nível cultural, a honestidade e a competência das pessoas. O que não importa é a disputa "esquerda x direita"!

Precisamos aprender a nos defender da propaganda política, que distorce os fatos 
e fanatiza. Os fatos devem ser respeitados e nunca relativizados ou alterados conforme as conveniências de momento. 

Governantes devem ser fiscalizados, nunca idolatrados!

A Família e a Escola deveriam passar estes ensinamentos às crianças.

𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼


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