quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Dura realidade, santa ingenuidade.

Por Almir M. Quites



É triste ver os telejornais e os políticos incentivando o povo brasileiro a participar das eleições de modo acrítico, como se o processo eleitoral, que lhe é imposto, fosse perfeito e
 fosse inconcebível ou proibido discordar dele! Ao contrário, deveriam incentivar o povo a analisar o processo eleitoral sob o ponto de vista de sua eficácia e de sua honestidade. 

É triste ver os telejornais e seus jornalistas comentando pesquisas de intenção de voto como se tais pesquisas fossem perfeitas e os resultados indiscutíveis. Na verdade são metodologicamente erradas. Funcionam como forma de condicionar os eleitores, levando-os a acreditar que alguns candidatos não têm viabilidade eleitoral. Em outras palavras, trata-se de colocar o eleitorado nacional no cabresto. Os telejornais e seus jornalistas não deveriam se prestar a este triste papel. Ao contrário, deveriam alertar os eleitores sobre as falhas e impropriedades deste tipo de pesquisa.

O eleitor também tem o dever de identificar e denunciar falhas do processo eleitoral que lhe é imposto e tem o direito de se recusar a participar das eleições, caso o considere falho ou desonesto. 

Na contramão dos deveres e direitos do cidadão, no Brasil, o voto é obrigatório e o processo eleitoral é tabu.

Eu percebo falhas gritantes e não me sinto à vontade para participar. Para mim, é triste ver o povo brasileiro acreditando nas eleições como se tivéssemos uma democracia de verdade no Brasil.

Agora, as eleições deste ano se aproximam celeremente. Depois das ilusões, virão as desilusões. A crise brasileira é muito profunda, o povo está  desesperançado e as eleições estão organizadas de modo a impedir a renovação dos políticos. Logo, as 
eleições são ineficazes. 


É impossível renovar o Governo e o Congresso pelo voto, nem mesmo se o povo quiser não reeleger ninguém
  • Primeiro, porque quem escolheu os candidatos foram os caciques políticos pelo critério de fidelidade pessoal e vão apoiá-los financeiramente (com o Fundo de Campanha). Só neles os eleitores poderão votar, cuidadosamente conduzidos pelas pesquisas eleitorais. 
  • Segundo, porque os eleitores serão manipulados, tangidos como gado, pela propaganda eleitoral (tipo propaganda de guerra), pelas pesquisas de intenção de voto e pelas redes sociais com suas "fake news" difundidas por "robôs", "cyborgs" e pelos eleitores que as repassam.
  • Terceiro, porque é impossível fiscalizar a apuração eleitoral. Sem fiscalização, sempre há corrupção!

No entanto é possível, até muito fácil, enganar o eleitor e fazê-lo pensar que houve uma grande renovação!

Eu não voto em ninguém, não me abstenho nem anulo o meu voto. Eu sei que votos nulos não anulam a eleição, nem que eles sejam maioria, mas não aceito a pseudo-cidadania "Kredulandense". O que faço então?

Eu faço o
PROTESTO DO JOÃOZINHO (http://almirquites.blogspot.com/2014/05/conto-da-urna-eletronica.html). Deste modo, obrigo o próprio presidente da mesa eleitoral a cometer a ilegalidade de anular o meu voto. Assim, coloco às claras a absurda falta de lógica do sistema!
 Clique ⇩
Os eleitores ainda não entenderam que todo o processo eleitoral brasileiro é uma fraude, desde a legislação eleitoral —  tanto a que tem origem no Congresso como a que tem origem no TSE (o qual não tem legitimidade para legislar) —  até a contagem secreta, não de votos (porque nem existem), mas sim de sinais elétricos encerrados na máquina de votar (a "urna-computador") e nos demais computadores do TSE, todos comandados por softwares ocultos (softwares são comandos humanos em linguagem de máquina). Logo, a junta apuradora da eleição é composta exclusivamente pelos desconhecidos técnicos do TSE que comandam os computadores, tanto os  computadores disfarçados de urna eleitoral, como os de transmissão e totalização pela via do software!

O Brasil é o único país do mundo que ainda usa este tipo de apuração eleitoral, no qual não existe voto real, nem urna de verdade!

Veja agora o vídeo: 
ELEIÇÕES NA KREDULÂNDIA 
(http://almirquites.blogspot.com/2014/11/eleicoes-na-kredulandia.html )

A Kredulândia é aqui!

Até entendo que se trata de uma realidade dolorosa. Muitos optam por não reconhecê-la. Simples negação da realidade! A realidade não depende de nossa predileção. 

Muitas pessoas de bom caráter preferem pensar que, embora meu raciocínio lhes pareça correto, o que escrevo seja exagerado, que "a desonestidade não é tanta assim", que "há muitas pessoas honestas também". No entanto, organizações criminosas existem de fato (não apenas no Brasil). Elas, algumas vezes, capturam o Estado. Há muitos estudos internacionais sobre isso. Há até formas de medir o grau de captura do Estado. Você, leitor ou leitora, ainda duvida que o Estado brasileiro tenha sido capturado? 

Infelizmente, não há como negar que a apuração eleitoral no Brasil seja sigilosa e feita por softwares secretos. É inegável que softwares são comandos humanos traduzidos por programadores em linguagem de máquina. É incontestável que os programadores, por meio do software, podem mudar o comportamento da máquina a qualquer instante. É evidente que fraudes feitas no software de apuração eleitoral são fraudes sistêmicas (fraudes de atacado), portanto afetam todo o território nacional na exata medida que interesse aos fraudadores, os quais podem ser muito poucos, até  mesmo um só. Finalmente, é óbvio que estas fraudes não podem ser comprovadas, porque não existem votos reais que possam ser recontados e apresentados como prova na Justiça Eleitoral. Se existissem, a validade destas provas seriam julgadas pelo próprio réu, ou seja, pelo próprio dono das máquinas de votar e executor do processo eleitoral, que é o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

O absurdo é contundente! A simples impossibilidade de auditagem deveria ser considerada prova suficiente para que fosse declarada formalmente a inconstitucionalidade do processo de apuração eleitoral brasileiro, por ferir o princípio da transparência do ato da administração pública (previsto na Constituição Federal).

Quando você, caro leitor, aceita este processo eleitoral desonesto, você próprio anula a sua cidadania e também anula a minha, junto com a de todos os brasileiros!

Como tenho dito e escrito, o próximo Presidente da República será escolhido, não pelo voto (nem há voto real nas eleições brasileiras, há voto imaginário, para o eleitor, e virtual, para os programadores do TSE), mas sim pelos tenebrosos acordos entre os caciques políticos e outros poderosos, que há décadas capturaram o Estado brasileiro como uma máfia. No momento, suponho que estes já tenham escolhido o Geraldo Alckmin para a Presidência, talvez porque tenham percebido que não mais lhes convenha colocar um "bobão" como presidente (como foram Lula e Dilma) e só ficar na moita com as rédeas do governo nas mãos. 

Claro, esta é uma simples suposição a ser verificada no futuro. O transcorrer do enredo da novela das pesquisas de intenção de voto vai mostrar se Alckmin foi mesmo o escolhido pela máfia (Organização Criminosa Mor). Se não for ele, poderemos ter na Presidência da República outro poste, até mesmo do PT. O povo, até para voltar ao total obscurantismo, deixa-se tanger!

Pelo menos, Alckmin é inteligente, tem cultura (conhecimento) e muita experiência de administração pública, o que o difere dos presidentes anteriores. Mas isto é muito pouco, ante tudo que está em jogo!

Por que será que a máfia (OrCriM) o escolheria? Talvez esteja apreensiva com a saúde de sua "galinha de ovos de ouro"! 

Alckmin assumiria o compromisso de mudar o sistema eleitoral para corrigir as falhas expostas? Ou já se comprometeu com a OrCriM a mantê-lo assim como está?

Agora, se esta suposição estiver correta, as caríssimas pesquisas de intenção de voto vão começar a mostrar o crescimento de Alckmin e levá-lo ao segundo turno. Neste caso, Bolsonaro só será útil para manter o clima de "Fla x Flu".

Por que tenho afirmado que Bolsonaro não será presidente? Porque para se ter um outro poste na presidência, acredito que a OrCriM escolheria outro, mais maleável. Também tenho afirmado, há muito tempo, que não haverá a tal "intervenção militar constitucional", expressão preferida em lugar de "golpe militar", também usada no período pré 1964.

Ao meu ver, Bolsonaro é tolo, prepotente e incompetente. Além disso, nem desconfia de sua irresponsabilidade quando, por exemplo, faz apologia da criminosa ditadura militar, pintando-a de "paraíso terrestre". Havia tanta corrupção naquela época quanto nas últimas duas décadas, mas lá também havia censura e repressão! Era impossível existir uma Justiça e um Ministério Público independentes ou uma operação como a Lava-Jato!

É verdade que, em 1964, Bolsonaro tinha só nove anos de idade. Não entendia o que se passava, mas continuou sem entender.

Foi preciso muita luta para nos livrarmos da ditadura militar. Os "bolsonaristas" se esqueceram do "DIRETAS JÁ"? Este foi o movimento político mais importante que o Brasil já teve. Ninguém suportava mais o Regime Militar. A economia do país estava quebrada.

Amigos, votem em quem vocês bem entenderem. O voto de vocês valerá tanto quanto o meu, ou seja, nada ou quase nada!

Eu, pelo menos, não serei partícipe desta farsa que só serve para perpetuar dinastias de políticos e seus interesses inconfessáveis.

POVO ILUDIDO É POVO VENCIDO, EMPOBRECIDO E, COMO GADO, TANGIDO!

Porque gado a gente marca, 
tange, ferra, engorda e mata. 
Mas com gente é diferente!
(Disparada de Geraldo Vandré, que chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, em 1966, interpretada por Jair Rodrigues). 

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Vocês já tangeram gado? Não, mas tangidos como gado vocês são!

Sabem o que é tanger? Tanger é tocar, açoitar, fustigar (animais para que andem ou fujam). Ex: "o boiadeiro tangeu o gado para a invernada”.

Reconquiste sua cidadania. Ela implica em livre acesso a informações e na autodeterminação. 

Ser condutor de gente é diferente de ser boiadeiro implacável. 

Pobre povo deseducado e tolo! Ainda não entendeu que os políticos usam e abusam de uma propaganda de guerra. Os eleitores se agridem como se cada um precisasse derrotar o outro. No entanto, todos eles não passam de "bucha de canhão", jogados uns contra os outros! Os brasileiros ainda não entenderam, que a união faz a força e que a cortesia é poderosa!


Política não é guerra.
Não agrida o opositor!
Se a argumentação emperra,
o Brasil sai perdedor.

Em política não há
inimigo a abater.
O país só ganhará, 
se a cortesia vencer!

𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
A. Quites

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Um comentário:

  1. Tente mudar, há mais de 30 anos que os mesmos que operam o MECANISMO da corrupção estão no poder, só um candidato que não faz parte desse time nos oferece perspectiva de mudança, Jair Bolsonaro, deixar escapar essa oportunidade é dar a esquerda mais vários anos e permitir que tudo continue como está.

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