terça-feira, 17 de julho de 2018

Como se destrói uma nação

Por Almir M. Quites


O eleitor e os "escrutinadores"


POEMINHA DO DESENGANO POLÍTICO

🤔 Conduzido como gado, 
💚💛 o povo do meu país
🛂 será sempre maltratado,
😪 sem futuro e infeliz!


No próximo dia 7 de outubro, os eleitores do Brasil vão às urnas para escolher seus governantes em primeiro turno, e no dia 28 de outubro, no segundo.

Os governantes deveriam ser seus representantes, mas, no vergonhoso processo eleitoral brasileiro, isto é impossível.



CONDUZIDO COMO GADO

O Estado brasileiro foi sequestrado por uma Organização  Criminosa Mor (OrCriM), em torno da qual orbitam centenas de outras organizações criminosas menores. A OrCriM toma conta dos mais de  R$ 3,0 trilhões arrecadados anualmente em forma de impostos pagos pelo pobre povo brasileiro.

Estas organizações transformaram o Estado num balcão  de negócios. Há épocas em que sua atuação é mais visível e outras em sua atuação passa desapercebida.

Atualmente a OrCriM nos envia a seguinte mensagem: "VOTE! Vá a cabine eleitoral e escolha seus candidatos, confira a foto e aperte o botão o botão CONFIRMA. Nós  já  escolhemos os seus candidatos. Para Presidente da República escolhemos os seguintes: (a) o Ruim; (b) o Mau; e (c) o Lesivo (de centro, entre o Ruim e o Mau). Há  outros que você também pode escolher, os quais não têm chance alguma de serem eleitos, conforme nossas pesquisas de intenção de voto mostrarão. Vocês terão dois meses para discutir e se confrontarem pelas redes sociais. Uma beleza! Muita emoção! Depois de apertar o botão CONFIRMA, você não precisará se preocupar com mais nada. Nós faremos tudo por você. Contaremos os votos de cada candidato, em cada urna e somaremos tudo para você. Você nem precisa fiscalizar a contagem. Nós faremos tudo automaticamente, com tecnologia de ponta, sem intervenção humana, sem qualquer tipo de erro. Pode crer! É assim como numa torradeira automática: você escolhe o candidato , aperta o botão  e, depois de um tempinho, salta de lá  um Presidente quentinho e delicioso. Vocês vão poder comemorar!"


VOTE EM QUEM QUISER, tanto faz! 

O eleitor sonha acordado com um Brasil mais justo e mais honesto. Para isto, o eleitor quer renovar os políticos, para poder renovar o Congresso e depois mudar a própria Constituição Brasileira, ou, pelo menos, para ter gente lá que o represente melhor. No entanto, isso é impossível, mas vão espalhar por aí que o Congresso foi muito renovado! 

Muitos eleitores se iludem simplesmente porque não suportam viver sem esperanças. Deixam-se iludir para não perceber sua desesperança!

Caciquismo é o comando de fato que se baseia no clientelismo, no qual uma pessoa recebe de outra vantagens e proteção em troca do apoio político. Também é chamado "política do favor". No Brasil, o caciquismo foi levado ao extremo, ao ponto de transformar o Estado em balcão de negócios, onde se pratica um assalto negociado aos cofres públicos e uma apropriação indevida de bens públicos.

A renovação é impossível, exceto se for para beneficiar parentes dos atuais caciques (irmão ou irmã, filho ou filha, sobrinho ou sobrinha) para garantir a continuidade dos clãs políticos. 

O eleitor não tem escolha. Todos os candidatos são escolhidos pelos Partidos políticos. Todos eles são da estrita confiança dos caciques políticos ou são "bobões" que servem para entreter o povo. O eleitor não tem valor, não tem poder algum, não tem escolha, não tem saída! Restringe-se a avaliar qual será o "menos pior". O eleito não vai governar, vai ser o bufão da vez, o mito da vez.

No Brasil, não há eleições primárias democraticamente organizadas como nos EUA. No Brasil também não há possibilidade de se ter candidatos realmente independentes.

Só os candidatos da confiança e da conveniência dos atuais dirigentes dos partidos políticos terão acesso aos bilionários recursos de campanha que serão distribuídos pelos presidentes de Partido. Eles receberão R$ 1.716.000.000,00 (1,7 bilhões) do Fundo de Financiamento de Campanha e mais quase R$ 1.000.000.000,00 por ano (um bilhão/ano) do Fundo Partidário (Fundo de Assistência Financeira aos Partidos Políticos). Além disso, só o partido dispõe do "horário gratuito" de propaganda política (no rádio e TV, que o povo paga) e ainda contam com doações ilegais. Logo, é óbvio que quem está fora do esquema não entra e quem está dentro é refém do seu partido, atrelado a uma fidelidade criminosa. Alguns, muito poucos, sentir-se-ão desconfortáveis e sofrerão calados.  

Além disso, os candidatos que já ocupam cargos no Congresso e no Governo possuem outras vantagens sobre os demais. Os parlamentares, por exemplo, possuem inumeráveis mordomias, facilidades e verbas que qualquer outro candidato não possui. Além do salário de R$ 33.700,00, os parlamentares recebem a ajuda de custo, o "cotão" (média de R$ 33.800,00 por mês para cada um), o auxílio-moradia e a verba de gabinete para contratar até 25 funcionários (R$ 95.000,00 por mês). Só os parlamentares recebem  mais de 1 bilhão de reais, por ano, dos cofres públicos, onerando os contribuintes brasileiros.

Não se enganem com "Salvadores da Pátria", com ideologias, com gurus, com pastores de igrejas ou com militares. Nenhum deles escapa deste esquema. 

Ser candidato a cargo eletivo exige acesso a muito dinheiro. As pesquisas de opinião, que constrangem os eleitores ao voto útil, também são pagas. 

VOTE E RELAXE 

A OrCriM pede: "Vote e relaxe!", mas não devemos fazer isso. Precisamos ter consciência do que estamos fazendo.

O eleitor vai digitar números no teclado do que ele aprendeu ser uma "urna de votos eletrônicos". A urna tem um teclado externo. O eleitor só pode ver e tocar neste teclado, mas não vê voto algum (veja bem a imagem acima). Tudo o que está por dentro e além da tal urna é absolutamente secreto. Do lado do eleitor, só aflora o teclado para o toque do eleitor, mas do outro lado, está tudo aberto a fraudes para quem possua os códigos de acesso aos softwares. Se não há fiscalização, só pode haver corrupção. 

A urna é um computador que grava informações em um "pendrive". O eleitor não sabe o que é virtualmente gravado. Ele apenas supõe. Ele não tem como contar votos (que não existem fisicamente) para comparar com um "Boletim de Urna" e com o que foi gravado. Este "pendrive" é levado por alguém ao Tribunal Regional  Eleitoral (TRE) mais próximo e inserido em outro computador. Ninguém pode conferir o que este outro computador faz, mas se supõe que ele some votos e retransmita as informações para uma antena que os envia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lá também as informações são recebidas por computadores. A fiscalização do processo só pode ser feita por outras máquinas que também obedecem a comandos humanos! Quem são os comandantes das máquinas? São os programadores do TSE! Estes têm acesso a tudo e podem até alterar dados na exata medida que lhes convenha.

Do exposto, ficou claro que o eleitor vai conferir a foto do candidato na urna eletrônica, mas não vai poder conferir o voto, simplesmente porque não há votos na eleição brasileira. O voto é imaginário para o eleitor e é virtual para os programadores dos softwares. Como não há voto, também não há urna para se depositar o voto. O que chamamos de "urna eletrônica" é um computador. Um computador é comandado por um software. Softwares são comandos humanos escritos em linguagem de máquina. Estes softwares são secretos e feitos sabe-se lá por quem! Estes, os que comandam os computadores através do software, são as pessoas que, de fato, fazem a apuração eleitoral (são a própria Junta Apuradora). Logo, a apuração eleitoral é secreta. Deste modo, o processo eleitoral está escancarado à fraudes. 

Tudo indica que a fraude é feita inicialmente pelo próprio programa inserido nas urnas. Quem confere se o programa é o correto é outro programa, sabe-se lá com que padrão ele compara, se é que compara com algum! A fraude, na fase de totalização, fica reservada só para o caso da primeira não ter sido suficiente, feita pelo software das urnas, e talvez para beneficiar um ou outro "ilustre parlamentar".

O pior é que, não havendo votos reais, não é possível fazer prova da fraude, ainda que elas existam. Não havendo prova, não há como mover uma ação judicial contra o resultado eleitoral que o TSE apresentar ao Brasil. Se houvesse como fazer prova da fraude, mesmo assim, isto não seria útil, porque quem julgaria o processo judicial seria o próprio TSE, ou seja, o dono da urnas e o executor do processo eleitoral. Em outras palavras, a ação judicial seria julgada pelo próprio réu, que é irmão siamês do STF.

O eleitor está sendo conduzido no cabresto e não tem qualquer controle sobre a apuração eleitoral. Seu direito de controlar o processo de apuração eleitoral lhe foi surrupiado. 


Agora, será muito difícil recuperar o que lhe foi roubado. Os governantes já não precisam do seu voto para vencer eleições. Eles não precisam se comportar como seu representante e não precisam prestar contas ao eleitorado. As leis que eles fazem são para cuidar dos interesses deles próprios. Os congressistas vendem votos, pronunciamentos e outros "serviços" parlamentares, vendem até para o próprio poder executivo! Em outras palavras, vendem a representação que pertence aos eleitores.

Para que obedecer leis, se elas não são feitas para servir ao povo? Assim se destrói uma nação!  

Meu país é uma vergonha!  

Nossas eleições são bem parecidas com as eleições da Venezuela ou da Coréia do Norte, onde os governantes sempre ganham. Na Coréia do Norte, a escolha dos candidatos é determinada pelo Partido dos Trabalhadores, o mesmo do ditador norte-coreano, Kim Jong-un. Para cargos executivos, há apenas um nome na cédula. O eleitor pode optar ente votar ou se abster e sujeitar-se as consequências desta decisão.

EU NÃO VOTO!

Eu não voto! Eu não consigo participar disto! Seria ser partícipe da fraude e ainda ajudar os fraudadores a convencer o povo de que tudo isso é normal e que a culpa da impossibilidade da renovação política é do povo! Isto é injusto!


Meu voto não importa, como não importa o voto do povo todo. Os ganhadores serão os mesmos de sempre e mais alguns novos que sejam do interesse dos poderosos criminosos que se apropriaram do Estado brasileiro, aliás como tem sido há décadas. 

Desde o início do século, os caciques colocam na presidência um bobão qualquer e ficam na moita com as rédeas do poder. Lula não tinha experiência administrativa alguma. Era incapaz de entender um projeto de lei que ele, como presidente, deveria sancionar. Dilma também não tinha experiência alguma e foi colocada como Ministra de Minas e Energia e depois como Presidente da República.

Esta coisa de "direita × esquerda" também não interessa aos donos do poder, ou seja, os atuais caciques, ou "coronéis", como eram chamados no nordeste. Por trás dos panos, todos os rabos estão presos, não importa o partido político ao qual estejam filiados. As ideologias partidárias são usadas como parte do circo de entretenimento público.

Há quem aceite tudo isso como se fosse normal. Até argumentam que "tudo hoje é eletrônico e que não há fraudes"! "Temos que nos acostumar com a modernidade"! "É o mesmo na  nossa relação com os bancos". Tolice! Também há fraudes na rede bancária, mas o importante não é isso. O cartão de crédito eletrônico e a conta corrente eletrônica são facilidades acordadas entre o cliente e o banco. Ambos fazem um contrato e assumem seus riscos. Além disso, o recurso à justiça e a auditagem são possíveis. Isso é bem diferente da urna eletrônica, porque por meio dela o governante de todo um país é escolhido e, no Brasil, tudo foi imposto. Tem mais, em caso de fraude, não há possibilidade de recurso, primeiro, porque o instrumento jurídico da prova é impossível de ser obtido, e, segundo, porque quem vai julgar o recurso é o próprio réu, ou seja, o TSE, o dono das urnas e executor do processo eleitoral. É por isso e também por outros motivos que, para processos eleitorais, as normas internacionais exigem que os sistemas de apuração cumpram o conhecido princípio da "independência do software". O processo eleitoral brasileiro não é auditável. 


Há quem saiba que tudo está aberto a fraudes, mas, ainda assim, pretende votar, porque teme "que os fanáticos da esquerda vençam"!!  Ora, com a fraude eleitoral, quem vai conduzir o processo serão os fraudadores e não a militância de esquerda. Os militantes da esquerda devem ter o mesmo temor, com ralação a vitória dos fanáticos de diteita!

Participar do processo eleitoral fraudulento é participar da fraude. O eleitor da direita vai aceitar a fraude por “temer a esquerda”? E se os fraudadores forem “de esquerda”? O mesmo raciocínio vale para os eleitores de esquerda.

Se não protestarmos agora, a fraude vai continuar e o povo vai acreditar no resultado, como acreditou em 2014. Além disso, vai se cansar de nossas denúncias e esquecer completamente do princípio constitucional da transparência do ato público.


CONCLUSÃO

Os governantes brasileiros não precisam mais dos seus eleitores. Com isso formou-se uma organização criminosa que detém todo o poder e desfruta da vida às custas do povo brasileiro, que é explorado e vive sem perspectiva. É a OrCriM (Organização Criminosa Mor), em torno da qual orbitam centenas de outras organizações criminosas menores. Em casos importantes (para os partidos), se houver algum risco de resultado eleitoral indesejado, a OrCriM ainda terá o recurso de fraudar a apuração eletrônica secreta pela via do software da urna e também dos softwares de totalização, feita nos computadores da rede interna do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como já esclareci, os softwares são comandos humanos, no caso, comandos de gente a serviço do TSE (o local mais seguro para se fazer fraude eleitoral por atacado). É doloroso ter que chegar a esta cruciante conclusão!

Já escrevi mais de 100 artigos sobre isso.


Aqui está um deles que complementa o assunto deste.
NAÇÃO ILUDIDA, DEMOCRACIA PERDIDA
http://almirquites.blogspot.com/2018/05/nacao-iludida-democracia-perdida.html

Leia mais sobre o tema. Você vai poder ajudar a convencer seus amigos sobre a gravidade do caso e suas soluções.  Comece por aqui: 

O GRANDE LOGRO DA URNA ELETRÔNICA
http://almirquites.blogspot.com/2018/02/o-grande-erro-da-urna-eletronica.html

Enquanto não rejeitarmos este sistema de apuração eleitoral, como fazem todas as democracias do mundo, continuaremos passando atestado de idiotia. 

Ressalvo que, nos EUA, cada estado tem um sistema diferente, mas, mesmo assim, os especialistas norte americanos se preocupam e alertam o povo e o governo contra a apuração eletrônica. 


Não deixe de ler:
A FARSA ELEITORALsegundo Javier Loaiza
http://almirquites.blogspot.com/2018/04/a-farsa-eleitoral-segundo-javier-loaiza.html
(Javier Loaiza é autor dos livros “La Farsa Electoral”, “Partidos de Ciudadanos”, “El Tamaño del Cambio”, todos editados pela Amazon)
Trata-se de uma análise documentada das distintas formas eleitorais do mundo, das fraudes e recomendações para se reconstruir a integridade eleitoral. 

Vale a pena ler!


Veja abaixo o novo vídeo apresentado por Alex Halderman (Professor of Computer Science Engineering University of Michiganmostrando como é fácil para ele violar as urnas eletrônicas sem voto impresso fabricadas pela Diebold. "Se eu posso, os russos também podem", disse ele. 

Alex é o técnico que o TSE proibiu de participar da auditoria das urnas usadas na eleição de 2014 no Brasil.

Alex Halderman: "It’s time America’s leaders got serious about voting security".


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https://youtu.be/3qr67h54VO0

Nota: 
C-SPAN é um serviço público criado pela American Cable Television Industry



POVO ILUDIDO É POVO VENCIDO, EMPOBRECIDO!

𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
Almir Quites

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  1. Ataques à desvanecente democracia.
  2. Bolsonaro é a imagem invertida de Lula
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  4. Junta apuradora de votos inexistentes
  5. O mau exemplo do candidato
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  12. Eleição no Japão é mais uma lição

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