Por Almir M. Quites
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Depois das passeatas, motociatas e negociatas, tivemos ontem a tanqueciata. O mais trágico, no entanto, ainda é a mortanciata!
O dia de ontem vai passar para a História do Brasil! Tanques e outros carros blindados invadiram a Praça dos Três Poderes.
O Exército Brasileiro, mobilizou seu aparato de guerra para enviar uma mensagem "aparentemente ultra secreta" ao Presidente da República, que a aguardava no alto da rampa do Palácio do Planalto, junto com o Ministro da Defesa e os comandantes das três Forças Armadas Nacionais.
Estas foram as cenas da maior tragicômica patetice da República! Uma mobilização estúpida das Forças Armadas para entregar um convite para o presidente da República é crime de improbidade administrativa! Mas, no caso, é ainda pior, porque colocou pessoal e batalhões de carros de combate numa pantomima irresponsável de militarismo desenfreado, num momento em que uma pandemia assola o país em profunda crise econômica e social. Mais um ato típico de uma República das Bananas.
Bolsonaro queria demonstrar poder e intimidar seus opositores e o Congresso para que a proposta de implantação do Voto Impresso fosse aprovada. Era só isso que ele queria e "que tudo o mais fosse para o inferno"! Este foi mais um ato que contribuiu para que o Congresso enterrasse a campanha do Voto Impresso. No entanto, esta campanha legítima, honesta e muito importante, de mais de 2,5 décadas, foi destroçada como acontece com tudo o que Jair Bolsonaro toca. Desta vez, o Projeto de Emenda Constitucional (PEC do Voto Impresso) nem passou na Câmara Federal!
Nas outras quatro vezes (1997, 2002, 2009 e 2015) a proposta tinha sido aprovada pelas duas Casas do Congresso e sancionada pelos Presidentes da República de cada época. Nas quatro vezes anteriores, quem derrubou a Lei foi o STF (a pedido de seu irmão siamês, o TSE), com uma absurda alegação de inconstitucionalidade.
Desta vez, a quinta vez, a proposta contou com a sutileza do Presidente Bolsonaro! O miraculoso poder de Jair Bolsonaro é o de destruir tudo o que ele levemente toque. Desta vez, desmoralizou as Forças Armadas e inviabilizou a proposta do Voto Impresso.
O Congresso Nacional não se intimidou, votou contra Bolsonaro, mas nos condenou a muitos anos de apurações eleitorais "auditadas automaticamente", como discursaram despreparados deputados federais. O que é, afinal, uma "auditagem automática", senão uma farsa de auditagem feita anonimamente por pessoas que comandam softwares?
Quem vai sofrer com tudo isso será o povo brasileiro, que não entendeu nada!
A História vai registrar que ontem, as Forças Armadas nacionais cumpriram uma importante missão oficial: "entregaram o convite ao ridículo Presidente"!
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