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domingo, 19 de abril de 2020

Ainda não há luz no fim do túnel

Por Almir M. Quites


Sim, ainda não há luz no fim do túnel! Logo, com a CoVid-29, todo o cuidado é pouco! Aprendi que as oscilações diárias dos números de casos confirmados ainda alteram muito as previsões matemáticas. Enquanto não tivermos certeza de que já atingimos o ponto de inflexão da curva, as previsões matemáticas estarão oscilando muito.


No dia 13 deste mês,  minhas projeções matemáticas indicavam que o ponto de inflexão da curva de infecção da CoVid-19 havia chegado. Este é o ponto mais crítico para o sistema de saúde, porque é quando o número diário de novos casos de infecção é o mais alto. Cheguei a escrever um artigo otimista com o título ...

Parecia que estávamos conseguindo "achatar a curva"! Até escrevi a seguinte frase: "Se não relaxarmos o isolamento social, o número total de casos, no pico da pandemia no Brasil, será de 36000 o que acontecerá durante a primeira quinzena de maio."

No entanto, os novos dados, que chegaram, não confirmaram estas previsões matemáticas. Eles foram severos e afetaram os cálculos do modo que está expresso neste novo gráfico:



Como já expliquei em artigos anteriores, os dados oficiais são os que se encontram na área branca da imagem. O futuro é azul. As projeções para o futuro estão na área azul.

Agora está claro que o ponto de inflexão ainda não foi atingido! Isto significa que a ingremidade da subida continua aumentando, pelo menos até o dia 26 deste mês, quando já teremos mais de 50.000 infectados confirmados.

É interessante verificar como uma pequena mudança nos dados novos que chegam afetam tanto a posição do ponto de inflexão da curva. Também surpreende o quanto uma mudança no ponto de inflexão afeta o achatamento da curva. Neste caso, agudizou a curva.

Isto mostra que atuar na contenção do contágio é muito mais efetivo se for feito nos estágios bem iniciais da curva. O difícil e conseguir convencer a população a praticar o distanciamento social bem no início, quando a epidemia ainda não não é sentida como grave.

Como toda a previsão matemática a respeito de um fenômeno ainda desconhecido, na medida em que os dados conhecidos se avolumam, a qualidade da previsão também aumenta. Infelizmente, no caso em discussão, a correção que isto produziu foi para um cenário pior!

Aliás devo alertar para o fato de que o Brasil não é um bom exemplo de combate à CoVid-19. O Brasil, até o momento, está tendo mais sucesso do que os EUA, Espanha, Itália, Reino Unido, França e Iran, mas perde para todos os outros países do mundo. Até a Índia, com sua superpopulação, está melhor que o Brasil.

Vamos aguardar os próximos dias e torcer para que o povo, compreenda que o distanciamento e a imobilização social é fundamental. 

Povo iludido é povo vencido, iludido, combalido, submetido, etc. 

Ajude a explicar para os que não entendem. Precisamos nos proteger. Mesmo após a fase de crescimento da curva, o problema não vai acabar de repente. 


Veja aqui, um artigo, no qual uma simulação de contágios aleatórios (feita em computador) prova que a paralização e o distanciamento social são mesmo mais eficazes do que a quarentena de grupos sociais. Aqui:
  
Este artigo mostra que, para que a curva de contágio tenha uma menor aclividade e se achate, de modo a não colapsar o sistema de saúde, é absolutamente necessário que todas as pessoas, respeitem as medidas de isolamento social, mas há outras ações preventivas, que não posso deixar de mencionar num resumo final, tais como:

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