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terça-feira, 17 de março de 2020

Covid-19 ataca o Brasil e o Presidente permanece no mundo da Lua

Por Almir M. Quites
(artigo publicado em 18/03/2020)


Há um efeito secundário do Covid-19 que está sendo benéfico, porque expôs claramente que o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ocupa o Palácio da Alvorada, mas, por completa incompetência, não governa. 

Nunca me iludi com a política, partidos e seus candidatos. Nunca me iludi com eleições no Brasil. Posso provar isto com os artigos que publiquei no meu blogue, como o que indico a seguir. Nele, publicado em novembro de 2017, fiz uma previsão do que eu achava que aconteceria nas eleições presidenciais um ano mais tarde (em novembro de 2018). Claro que não acertei tudo em seus detalhes, mas previ os acontecimentos em linhas gerais. Se você tiver interesse, o artigo referido é o seguinte: 
QUEM VÊ O TRILHO PREVÊ O CAMINHO
https://almirquites.blogspot.com/2017/11/quem-ve-o-trilho-preve-o-caminho.html

Com relação a Jair Bolsonaro, sempre percebi sua infantilidade, sua incompreensão de mundo e seu baixíssimo nível moral. Escrevi várias vezes sobre isto, como, por exemplo, em agosto de 2018. Para mim, era claríssimo que Bolsonaro seria incapaz de governar o Brasil. Se você, leitor ou leitora, tiver interesse, leia aqui: 
BOLSONARO NO PROGRAMA CENTRAL DAS ELEIÇÕES
https://almirquites.blogspot.com/2018/08/bolsonaro-no-programa-central-das.html

Um pouco antes, em julho de 2018, eu já mostrava, em outra publicação, que Bolsonaro era um perigo e que o povo estava sendo iludido. Se você tiver interesse, leia aqui:
O VOTO DE CABRESTO E A ILUSÃO COM BOLSONARO.
https://almirquites.blogspot.com/2018/07/o-voto-de-cabresto-e-ilusao-com.html

O fato é que o povo foi levado pelo cabresto e acreditou nas pesquisas de intenção de voto, as quais promoveram artificialmente a polarização do primeiro turno, a qual limitou o processo eleitoral a apenas dois candidatos: Jair Bolsonaro (escolhido por ser considerado o candidato mas fraco) e Haddad (candidato petista). O eleitorado o preferiu, em massa, o voto antipetista. Este movimento de massa tinha sido substimado.

Eu, sem opção, anulei o meu voto!

Assim, Bolsonaro foi eleito e hoje é o Presidente do Brasil.

Demorou, mas, agora, um ano e três meses após a sua posse, começa a ficar evidente, para o grande público, a total incapacidade do Presidente. Até funcionários do governo, empresários e parlamentares comentam a sua absoluta incompetência. No entanto, ele tem um mandato que deve ser respeitado conforme a Lei.

A mais recente demonstração pública de irresponsabilidade, foi neste último domingo (15/3/2020). O tema ganhou dimensões alarmantes, o Presidente sentiu seu isolamento, a ponto de o próprio Bolsonaro, declarar que "isolar o Presidente" seria “golpe”. Tonto, esqueceu que ele mesmo e seus militantes fazem apologia de golpe militar

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) chegou ao ponto de se mostrar arrependida de ter votado em Bolsonaro. Ela afirmou, em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo, que o Presidente Jair Bolsonaro "deve ser afastado de suas funções após ter endossado e participado das manifestações realizadas neste domingo, 15". Janaina classificou a decisão de Bolsonaro de confraternizar com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto como um “crime contra a saúde pública” em meio à pandemia do novo coronavírus. Lembro que, antes disso, Bolsonaro já tinha colocado em risco milhares de populares que, incentivados por ele, submeteram-se à exposição do Covid-19 nas manifestações nacionais contra o Congresso e o STF.

Janaína tem razão. O presidente havia recebido a recomendação para ficar isolado até realizar um novo teste para o coronavírus, para se ter certeza de que não fora contaminado. Sua rotina já estava sob controle desde que integrantes de sua comitiva, na viagem aos Estados Unidos, na última semana, foram diagnosticados como infectados pelo Covid-19.  

Quando as autoridades têm o poder e o dever de tomar providências para evitar um resultado danoso, e assim não procedem, elas respondem por esse resultado. Isso é homicídio doloso", disse Janaína. Referinfo-se ao Presidente, ela disse: "o que ele fez ontem é inadmissível, é injustificável, é indefensável. É um crime contra a saúde pública. Ele desrespeitou a ordem do seu ministro da Saúde”. O ministro da saúde havia recomendado o isolamento social a todos os brasileiros, para frear a disseminação do vírus.

A recomendação médica para o Presidente ficar isolado, tinha dois motivos: 
  1. a proteção da saúde do Presidente, caso ele não tivesse o virus; 
  2. a proteção de outras pessoas, caso ele estivesse infectado. 

No entanto, Bolsonaro, sem entender suas responsabilidades de Chefe de Estado, foi fazer demagogia junto a seus militantes, no meio do povo, com apertos de mão, abraços, beijos e "selfies". Em sua visão limitadíssima, Bolsonaro se justificou assim: “Se me contaminei, a responsabilidade é minha, ninguém tem nada com isso!” Esqueceu do povo!

O Presidente, que não respeitou a prescrição médica de isolamento, agora, começa a ficar exposto a outro tipo de isolamento: o isolamento político. Diante da gravíssima crise sanitária, sua própria equipe de governo pretende tocar o país sem a sua participação, mediante articulação direta com os demais Poderes.


Bolsonaro ignorou solenemente as duas crises: a de saúde pública e a crise econômica. Ambas põem a população em pânico. Ele preferiu permanecer na sua campanha para as eleições de 2022, colocando lenha na fogueira de intrigas e de teorias conspiratórias. Isto não é ser um Presidente!

𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼

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