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domingo, 27 de outubro de 2019

Tal presidente, tal ministro

Por Almir M. Quites




Ricardo Salles tornou-se ministro por mimetizar o Presidente Bolsonaro.

Para se eleger deputado pelo Partido Novo ele buscou apoio da indústria armamentista. Na campanha, Salles gerou controvérsia com uma publicação em rede social na qual associava uma imagem de munição de fuzil às seguintes bandeiras: "contra a esquerda e o MST", "contra a bandidagem no campo", "contra o roubo de trator, gado, insumos..." e "contra a praga do javali". 

Ao tomar posse, o ministro já havia sido condenado por fraude ambiental em São Paulo. Descobriu-se também que ele assinou artigo da Folha de São Paulo como Mestre em Direito Público na Universidade Yale, onde nunca estudou. O ministro confirmou que não estudou em Yale e atribuiu o "equívoco" a sua assessoria de imprensa. A Folha de S.Paulo tem a seção "Erramos" para retificar informações incorretas, mas Salles não procurou o jornal para corrigir o erro [https://revistaforum.com.br/politica/ricardo-salles-diz-que-titulo-de-mestre-em-yale-foi-equivoco-de-sua-assessoria/].

Já como ministro do Meio Ambiente, imotando Bolsonaro, Salles cercou-se de militares no ministério: cinco dos nove assessores têm origem no Exército.

No dia a dia, tudo o que faz é espalhar cizânia. Acusou injustamente ambientalistas, cientistas do IMPE, servidores do IBAMA e deputados da oposição. Enquanto isso, ocorreram três emergências ambientais: o rompimento da barragem de Brumadinho, a onda de queimadas na Amazônia e o derrame de óleo no litoral do Nordeste. Nesta, Salles inventou que o Greenpeace queria derrubar o governo de Jair Bolsonaro. Inclusive divulgou um vídeo falso para acusar esta ONG de se negar a colaborar na limpeza das praias. Também "tuitou" que um navio do Greenpeace estaria no litoral brasileiro “bem na época do derramamento de óleo venezuelano” e insinuou que este navio foi aquele que derramou o óleo no mar. Ainda teve a desfaçatez de adicionar uma foto antiga, dando a entender que seria um flagrante atual. Tanta baixaria fez com que até Rodrigo Maia, o presidente da Câmara Federal, lhe fizesse uma severa advertência.

Imitar o desastrado Presidente Jair Bolsonaro parece ter sido a estratégia para Salles chegar ao cargo de ministro e também a estratégia para se manter nele.

É internacionalmente conhecido que o Presidente do Brasil abusa inescrupulosamente de informações falsas para se justificar.

Enquanto a Amazônia queimava, o presidente Bolsonaro acusou, sem provas, que “ongueiros” estariam ateando fogo.

Depois brigou com a Noruega, país que colaborava com o Fundo Amazônia com vultosos recursos financeiros. A Noruega cancelou as remessas por falta de confiança no governo brasileiro. Na noite de 18 de agosto, Bolsonaro postou no Twitter um vídeo com cenas de uma caça em massa de baleias, que, abatidas na praia, tingiam as águas do mar de vermelho. Na postagem o Presidente escreveu: “Em torno de 40% do Fundo Amazônico vai para as… ONGs, refúgio de muitos ambientalistas. Veja a matança das baleias patrocinada pela Noruega”. A quantidade de visualizações do conteúdo falso foi de cerca de um milhão, apenas no Twitter. O tuíte de Bolsonaro provocou indignação em alguns internautas que informaram ao presidente que as imagens foram captadas pela ONG norte-americana Sea Shepherd, que atua em defesa da vida marinha e que ocorreu nas Ilhas Faroe, um território dependente da Dinamarca, no Atlântico Norte. A Noruega não tinha nada a ver com o caso. Porém, apesar disto, o vídeo continua disponível na conta oficial do presidente, sem qualquer retratação.

O Presidente, Bolsonaro já publicou mais "fake news" do que o número de dias que passou na presidência, segundo monitoramento do Aos Fatos.

O que se conclui é que nosso Presidente é completamente irresponsável e envergonha ainda mais o Brasil no cenário internacional e que, para isto, seu ministro ajuda muito.


A pergunta que fica é: quando que o povo brasileiro vai aprender a identificar a integridade e a honestidade pessoal das pessoas? Não é difícil, basta observar atentamente a coerência entre o discurso e as ações pessoais.

Não se deve eleger pessoas desonestas para cargos públicos, nem pessoas incompetentes! Quem não se importa com isto não é patriota! 

Agora, convido o leitor ou leitora a seguir lendo aqui:
𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼


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