Por Almir M. Quites Para compartilhar, toque aqui
Deus ao criar o universo |
É comum as pessoas se surpreenderem ao saber que sou ateu. Eu até entendo, porque a maioria dos religiosos trazem consigo o estereótipo de que ateus são imorais.
Eu também deveria ficar surpreso ao saber que alguém é religioso, afinal os religiosos creem na existência de um ser único, infinitamente poderoso e infinitamente bom, o qual deliberadamente teria criado todo o universo, mas não conseguiu evitar a criação do mal. No entanto, não fico surpreso, porque a grande maioria das pessoas é religiosa.
Ateísmo é a descrença na existência de divindades. O ateu reconhece que todos os deuses são invenções humanas que atendem a interesses bem humanos.
Os ateus percebem tanto a falta de evidências empíricas, que comprovem a existência de deuses, como a completa falta de lógica dos deuses e das religiões.
Os povos sempre inventaram deuses. O crescimento e perpetuação das crenças em deuses decorrem principalmente da doutrinação das crianças, desde tenra idade, quando elas ainda são intelectualmente indefesas. Estas crianças perdem a capacidade de raciocinar sobre temas que possam pôr suas crenças em dúvida. Trata-se de uma amarra cerebral à uma âncora.
Os ateus vivem sem qualquer necessidade de deuses e explicam fenômenos naturais sem recorrer ao divino. Além disso, não admitem que se inventem estórias, até lorotas, para explicar o que não se sabe. É mais honesto admitir a ignorância e permanecer com dúvidas do que inventar falsos e inúteis conhecimentos.
Os deuses inventados não fornecem uma finalidade à vida, nem interferem na vida cotidiana. Quem influencia os seres humanos são os crentes doutrinados ou os falsos profetas, pessoas que têm interesses em manipular pessoas ou ganhar poder ou dinheiro.
É difícil quantificar a demografia do ateísmo, até mesmo porque os ateus costumam não se revelar, preferem se precaver de estigmas, discriminações e agressões morais. Há estudos que indicam que, no mundo, os ateus são 2,5% das pessoas, os agnósticos são 3.1%, os não-religiosos são 12,7% e os religiosos são 81,7%.
A probabilidade de um ateu conviver casado com uma pessoa religiosa é maior que 80%. Isto significa que, os ateus, se já não sabiam, aprenderam a conviver com religiosos. Por sua vez, a probabilidade de os religiosos conviverem casados com ateu ou ateia é muito baixa, apenas 3,8%. São muito poucos que têm a oportunidade de aprender a conviver com um ateu.
Recomendo a leitura do seguinte texto publicado em maio deste ano:
https://almirquites.blogspot.com/2023/05/libertem-as-criancas.html
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