Por Almir M. Quites Para compartilhar, toque aqui
Já vi, muitas vezes, esta mística afirmação: Deus é!
Pergunto: E daí? Eu também sou! Tu também és! Ele é! Todos nós somos! Tudo é!
Nunca entendi as religiões! Sempre me pareceram histórias mal contadas. Hoje, tenho 81 anos e nunca senti falta de qualquer Deus para ser feliz. Deus é ficção! Todos os povos idolatram um ou mais deuses! Aliás, os humanos já inventaram milhares de deuses (pelo que se sabe, mais de 100.000.000). Muitos povos acreditam que seu Deus é o único que existe! O nosso, aqui na América é o Deus abraãmico, mas antes da chegada dos europeus, não era assim.
Diz a Bíblia que, quem não crer, será condenado a sofrer no inferno por toda a eternidade (Marcos 16.16: 16 - "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado"). Esclareço: será condenado a ser queimado no fogo do inferno por toda a eternidade. E os cristãos creem que "a fé em Cristo é o poder revelado por Deus para nos salvar do inferno".
Ora, o total de cristãos no mundo, hoje, é de aproximadamente 30% da população mundial. Significa que 70% da população do mundo está condenada a arder eternamente no fogo do inferno, só porque o "oni benevolente" Deus abraãmico não lhes concedeu a graça de crer n'Ele próprio e de serem batizados?
Se contarmos todas as pessoas que já existiram no planeta Terra, o número de condenados a arder eternamente na chamas do inferno vai a mais de 100.000.000.000 de almas!
Se isto fosse verdade, seria a maior e mais bárbara tortura de almas imaginável! Crer na Bíblia é aceitar isso com candura e naturalidade abomináveis!
Os cristãos nunca pensaram nisto? Sim, nunca pensaram. Certos pensamentos são bloqueados!
As pessoas são doutrinadas desde tenra idade! Mas as crianças não deveriam ser doutrinadas. Nunca! Deixem-nas livres para evoluírem por si mesmas!
A doutrinação fanatiza! As crianças doutrinadas passarão a vida toda tendo que ser desonestas com elas mesmas, inventando interpretações que ajustem a realidade às suas crenças.
Credulidade é a aceitação de afirmativas sobre fatos e experiências humanas, sem exigência crítica. Ela se manifesta na experiência cotidiana, religiosa, política, familiar, social e cultural. Apesar de sua importância social, o tema da credulidade não tem sido muito investigado cientificamente.
A credulidade produz prejuízos para pessoas, grupos e coletividades humanas em todos os campos. Ela decorre da incapacidade de pessoas e mesmo povos para proceder à análise crítica de conteúdos que lhes são comunicados em relações interpessoais ou através dos diversos meios de comunicação social. Esta incapacidade deixa as pessoas ou mesmo os povos reféns de processos de controle social. Daí decorre a importância política e social do tema.
Os primeiros levantamentos empíricos sobre a credulidade foram realizados por Hadley Cantril, que investigou os efeitos psicossociais do programa de rádio elaborado e transmitido por Orson Welles em 1938, sob o título War of the Worlds (A Guerra dos Mundos), quando cerca de um milhão de norte-americanos foram influenciados por aquele programa que, mediante recursos de sonoplastia, supostamente irradiava a invasão de seres extraterrestres.
Forer (1949), também psicólogo, demonstrou, em artigo publicado no Journal of Abnormal and Social Psychology, que as pessoas tendem a aceitar como precisas descrições pessoais de personalidade, ainda que estas sejam formuladas de uma forma vaga, genérica e ambígua, sendo direcionadas à maioria da população. Assim, muitas pessoas tendem a aceitar descrições de caráter vago e geral de personalidade como unicamente aplicáveis a si próprias sem perceber que as mesmas descrições poderiam servir a praticamente qualquer outra pessoa.
Para corroborar sua hipótese, Forer aplicou uma falsa avaliação de personalidade a 32 estudantes, baseada numa descrição feita numa coluna de astrologia, cuja primeira linha já demonstrava sua ambiguidade: "Tem necessidade de ser amado e admirado pelos outros, contudo demonstra tendência crítica a si mesmo" (p. 119). Todos os estudantes que participavam da pesquisa receberam a mesma descrição, ou seja, o mesmo resultado. Ao final do teste, os estudantes deveriam atribuir uma nota à avaliação de sua personalidade, indicativa do grau de confiabilidade por eles individualmente concedida à referida avaliação. Como nenhum deles atribuiu um grau baixo à falsa avaliação, Forer concluiu que, para os estudantes, a avaliação de sua personalidade era bastante precisa. O estudo de Forer esclareceu os motivos pelos quais tantas pessoas pensam que as pseudociências funcionam. De fato, o Efeito Barnum ou Efeito Forer está relacionado à definição de ciência e à distinção entre ciência e pseudociência, assim como aos processos de validação científica de um instrumento de avaliação de personalidade, questões que ainda constituem objeto de estudo teórico e pesquisa empírica.
Pseudociência (conjunto de assertivas que se fazem passar por científicas, sem sê-lo) é um conjunto de crenças, técnicas e atitudes sem base em conhecimento científico. Popper (1981), Bunge (1973, 1998) e Pignotti (2009) relatam alguns critérios para distinguir ciência de pseudociência. Alguns dos requisitos comuns a qualquer ciência são os seguintes: refutabilidade, testagem empírica em condições controladas e possibilidade de crítica.
Refutabilidade é atributo de qualquer teoria. Teorias refutáveis permitem a formulação de previsões, mas, também, possibilitam a delimitação de seu campo de abrangência factual, mediante métodos científicos. Uma teoria que não seja suscetível de refutação não é científica. "Quando, qualquer que seja o resultado do teste, a teoria é capaz de explicá-lo (...) esta teoria não satisfaz o critério de refutabilidade." (Popper, 1981, p. 83). É importante destacar que o critério de refutabilidade sugerido por Popper (1981) consiste apenas na busca de uma linha divisória entre o discurso científico e outros tipos de conhecimento. Popper (1981) não sugere que se procure simplesmente invalidar a hipótese original, mas que se insista na busca da formulação mais clara e precisa possível da teoria ou hipótese, a fim de facilitar o tratamento experimental que venha a ser utilizado com o objetivo de tentar corroborá-la ou, se for o caso, refutá-la. As condições prévias, que devem ser atendidas, são a clareza e a precisão.
As previsões astrológicas, por exemplo, são irrefutáveis por serem vagas. O mesmo tipo de análise se aplica às outras pseudociências.
Outro requisito para que se faça ciência é a testagem empírica em condições controladas. Ele significa que as hipóteses devem ser formuladas de modo que possam ser testadas experimentalmente e rigorosamente.
O terceiro requisito citado é a possibilidade de crítica e discussão de um sistema de conhecimentos. Trata-se da consistência interna de um sistema de proposições e da coerência deste sistema com os fatos, além de sua compatibilidade com pressupostos filosóficos, especialmente os de ordem ontológica e epistemológica, que fundamentam toda e qualquer investigação científica.
A História mostra que as igrejas sempre foram um bom negócio, de alto faturamento. O que elas vendem? Respondo: fé religiosa!
A religião, sempre serviu ao obscurantismo. São nocivas por induzirem os pais a incutir mitos em crianças inocentes e indefesas. Mitos, como a criação do mundo e do primeiro homem, feito de barro, pela vontade de um Deus onipotente. Ideias absurdas absorvidas como dogmas, como verdades divinas, indiscutíveis. Crenças absurdas que se perpetuam.
As diversas seitas religiosas do mundo sempre se valeram das fraquezas e da ignorância dos homens para se tornarem máquinas de produção de poder político, que ajudam a manter a alienação das classes sociais com menos acesso à cultura.
Cerca de um terço das psicoses diagnosticadas apresentam delírios religiosos. O fanatismo religioso sempre se manifesta pelo radicalismo, o extremismo e um comportamento desmedido de devoção a uma crença particular.
A permanente manutenção da fé custa muito caro e toma muito tempo, mas as pessoas de fé têm compulsão para reforçar o cárcere em que estão presas, porque presas elas se sentem mais seguras! É o que o culto à uma "divindade" faz, mas este não é o único mal, há outros. Por exemplo, elas se tornam mais suscetíveis de adorar líderes populistas.
Os que infundem a fé, em geral, ganham dinheiro e poder!
A fé não admite dúvidas! No entanto, a dúvida é o motor do cérebro, enquanto a fé o emperra! A fé não traz respostas, apenas impede o cérebro de raciocinar.
Não doutrinem crianças em religião alguma! Elas serão mais felizes e o mundo inteiro será melhor!
É o que aconselho! Libertem as crianças!
As crianças doutrinadas se transformam em adultos crédulos. Povos crédulos são povos iludidos, vencidos, sofridos, empobrecidos.
Credulidade é a aceitação de afirmativas sobre fatos e experiências humanas, sem exigência crítica. Ela se manifesta na experiência cotidiana, religiosa, política, familiar, social e cultural. Apesar de sua importância social, o tema da credulidade não tem sido muito investigado cientificamente.
A credulidade produz prejuízos para pessoas, grupos e coletividades humanas em todos os campos. Ela decorre da incapacidade de pessoas e mesmo povos para proceder à análise crítica de conteúdos que lhes são comunicados em relações interpessoais ou através dos diversos meios de comunicação social. Esta incapacidade deixa as pessoas ou mesmo os povos reféns de processos de controle social. Daí decorre a importância política e social do tema.
Os primeiros levantamentos empíricos sobre a credulidade foram realizados por Hadley Cantril, que investigou os efeitos psicossociais do programa de rádio elaborado e transmitido por Orson Welles em 1938, sob o título War of the Worlds (A Guerra dos Mundos), quando cerca de um milhão de norte-americanos foram influenciados por aquele programa que, mediante recursos de sonoplastia, supostamente irradiava a invasão de seres extraterrestres.
Forer (1949), também psicólogo, demonstrou, em artigo publicado no Journal of Abnormal and Social Psychology, que as pessoas tendem a aceitar como precisas descrições pessoais de personalidade, ainda que estas sejam formuladas de uma forma vaga, genérica e ambígua, sendo direcionadas à maioria da população. Assim, muitas pessoas tendem a aceitar descrições de caráter vago e geral de personalidade como unicamente aplicáveis a si próprias sem perceber que as mesmas descrições poderiam servir a praticamente qualquer outra pessoa.
Para corroborar sua hipótese, Forer aplicou uma falsa avaliação de personalidade a 32 estudantes, baseada numa descrição feita numa coluna de astrologia, cuja primeira linha já demonstrava sua ambiguidade: "Tem necessidade de ser amado e admirado pelos outros, contudo demonstra tendência crítica a si mesmo" (p. 119). Todos os estudantes que participavam da pesquisa receberam a mesma descrição, ou seja, o mesmo resultado. Ao final do teste, os estudantes deveriam atribuir uma nota à avaliação de sua personalidade, indicativa do grau de confiabilidade por eles individualmente concedida à referida avaliação. Como nenhum deles atribuiu um grau baixo à falsa avaliação, Forer concluiu que, para os estudantes, a avaliação de sua personalidade era bastante precisa. O estudo de Forer esclareceu os motivos pelos quais tantas pessoas pensam que as pseudociências funcionam. De fato, o Efeito Barnum ou Efeito Forer está relacionado à definição de ciência e à distinção entre ciência e pseudociência, assim como aos processos de validação científica de um instrumento de avaliação de personalidade, questões que ainda constituem objeto de estudo teórico e pesquisa empírica.
Pseudociência (conjunto de assertivas que se fazem passar por científicas, sem sê-lo) é um conjunto de crenças, técnicas e atitudes sem base em conhecimento científico. Popper (1981), Bunge (1973, 1998) e Pignotti (2009) relatam alguns critérios para distinguir ciência de pseudociência. Alguns dos requisitos comuns a qualquer ciência são os seguintes: refutabilidade, testagem empírica em condições controladas e possibilidade de crítica.
Refutabilidade é atributo de qualquer teoria. Teorias refutáveis permitem a formulação de previsões, mas, também, possibilitam a delimitação de seu campo de abrangência factual, mediante métodos científicos. Uma teoria que não seja suscetível de refutação não é científica. "Quando, qualquer que seja o resultado do teste, a teoria é capaz de explicá-lo (...) esta teoria não satisfaz o critério de refutabilidade." (Popper, 1981, p. 83). É importante destacar que o critério de refutabilidade sugerido por Popper (1981) consiste apenas na busca de uma linha divisória entre o discurso científico e outros tipos de conhecimento. Popper (1981) não sugere que se procure simplesmente invalidar a hipótese original, mas que se insista na busca da formulação mais clara e precisa possível da teoria ou hipótese, a fim de facilitar o tratamento experimental que venha a ser utilizado com o objetivo de tentar corroborá-la ou, se for o caso, refutá-la. As condições prévias, que devem ser atendidas, são a clareza e a precisão.
As previsões astrológicas, por exemplo, são irrefutáveis por serem vagas. O mesmo tipo de análise se aplica às outras pseudociências.
Outro requisito para que se faça ciência é a testagem empírica em condições controladas. Ele significa que as hipóteses devem ser formuladas de modo que possam ser testadas experimentalmente e rigorosamente.
O terceiro requisito citado é a possibilidade de crítica e discussão de um sistema de conhecimentos. Trata-se da consistência interna de um sistema de proposições e da coerência deste sistema com os fatos, além de sua compatibilidade com pressupostos filosóficos, especialmente os de ordem ontológica e epistemológica, que fundamentam toda e qualquer investigação científica.
Pseudociências não atendem a essas três exigências.
As crianças precisam aprender a distinguir entre ciências de pseudociências. Se não forem doutrinadas, elas saberão fazer estas distinções. A incredulidade conduz naturalmente aos caminhos mais seguros.
As crianças precisam aprender a distinguir entre ciências de pseudociências. Se não forem doutrinadas, elas saberão fazer estas distinções. A incredulidade conduz naturalmente aos caminhos mais seguros.
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