domingo, 15 de janeiro de 2023

Retorno à barbárie da ditadura militar?

Por Almir M. Quites     Para compartilhar, toque aqui 

Cláudio Prisco Paraíso
O Comentarista político 𝗖𝗹á𝘂𝗱𝗶𝗼 𝗣𝗿𝗶𝘀𝗰𝗼 𝗣𝗮𝗿𝗮í𝘀𝗼 foi desligado da Rede SCC, afiliada do SBT em Santa Catarina, no dia 12 deste mês, por ter feito comentários nos quais denunciava maus-tratos aos presos no ginásio da Polícia Federal em Brasília que participaram do movimento do dia 8, o qual terminou em invasão dos Prédios do 3 poderes da República e em vandalismo. Nestes tempos terríveis que vivemos, o motivo da punição ao jornalista pode ter sido injustamente agravado pelo fato de ter criticado duramente o ministro Alexandre de Morais, do STF. Criticar pessoas do governo é um direito e até um dever constitucional de todo o cidadão brasileiro. "O preço da democracia é a eterna vigilância"! Numa democracia, os presos provisórios aguardam a investigação e os processos legais sob a custódia do Estado, o qual tem o dever de tratá-los com dignidade. Numa democracia, quando um jornalista denuncia maus-tratos a presos, o que o governo deve fazer é investigar os fatos denunciados e, se for o caso, corrigir os erros cometidos, sempre informando tudo ao povo com honestidade. O que uma 𝗱𝗲𝗺𝗼𝗰𝗿𝗮𝗰𝗶𝗮 𝗻ã𝗼 𝗳𝗮𝘇 é punir o jornalista que faz a denúncia, não importando a indignação do jornalista ao fazê-la. Se houve alguma ilegalidade cometida pelo jornalista, este pode ser processado nas instâncias da Justiça, mas deve ser considerado inocente até o trânsito em julgado. No caso, não foi o que aconteceu. A rede SCC (Sistema Catarinense de Comunicações), demitiu o jornalista em circunstâncias que desconheço. O que a emissora teme? Todos sabem e as emissoras de TV sempre repetem que elas não são responsáveis pelas opiniões que seus comentaristas emitem! Por meio de que longos braços os poderes de Brasília podem causar danos à esta rede de jornalismo? A emissora também divulgou, como contraponto, uma reportagem do SBT nacional do dia 10, relatando a situação dos presos sob o ponto de vista das autoridades. Cláudio Prisco Paraíso era um jornalista experiente. Ele começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado (SC), como repórter, passando, depois de um ano, a atuar na área política, como o primeiro setorista do Executivo estadual. Foi repórter especial do Jornal de Santa Catarina (SC) e analista político do Diário Catarinense (SC), da RBS TV (SC), da Itapema FM (SC) e da CBN/Diário (SC). Participou de coberturas internacionais e de sete campanhas eleitorais. Também passou pela Rádio e TV Record, em Criciúma (SC). Cláudio P. Paraíso mantém um blog, denominado "Blog do Prisco". Neste blogue há dois vídeos do dia 13 deste mês. Ambos foram retirados do ar (veja aqui: https://www.blogdoprisco.com.br/encarnacao-do-capeta-moraes-tambem-e-um-pobre-de-espirito/). Estes fatos me fazem lembrar dos "anos de chumbo". Cláudio Prisco Paraíso é filho de um grande amigo meu, Henrique Manoel Prisco Paraíso, que faleceu há pouco mais de três anos, quando tinha 93 anos! Médico muito respeitado, professor da UFSC, ex-secretário de Estado da Saúde do Governo de Santa Catarina, ex-presidente da ACM, fundador da antiga Faculdade de Medicina e fundador do curso de Enfermagem da UFSC, além de escritor e poeta. Pai e filho sempre foram democratas. Parece-me que estamos regredindo às barbáries que vivemos na época da ditadura militar! Veja agora outra publicação sobre o mesmo caso:  

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