quarta-feira, 25 de maio de 2022

A grande jogada

 Por Almir M. Quites                   Para compartilhar, toque aqui


A minha primeira bola de basquete era assim:
 

Comecei a jogar basquete com esta bola, aos 11 anos de idade, no time infantil do Grêmio Futebol Porto-alegrense. Isto foi em 1953.


Antes, eu e meus amigos, todos filhos de soldados e de oficiais do quartel de meu pai, jogávamos numa quadra de terra batida, com marcação de tijolo enterrado em pé, com a face lateral mais comprida para cima, no nível da terra. A tabela era de madeira. 

Quando fui jogar no infantil do Grêmio, foi um luxo: a quadra era de cimento pintado!

Na época, a Argentina era campeã mundial e os EEUU (hoje se diz EUA) eram vice campeões.

Do time do Brasil, eu só sabia o nome de um tal de Méier, se não me engano. Eu só ouvia notícias pelo rádio e via os noticiários nos telejornais dos cinemas, que eram pomposamente chamados de "Atualidades".

Foi só no final da década de 50 que o Brasil começou a despontar no basquete mundial, com a geração do Wlamir Marques, do Paulista, do Amauri e dos demais colegas deles.

Eu não tinha como imaginar, naquele tempo, que eu conheceria o Paulista pessoalmente e até jogaria com ele cerca de 60 anos depois.

Hoje posso dizer que pratiquei o basquete durante toda a minha vida! Foi o basquete que me permitiu chegar aos 80 anos em bom estado de saúde, correndo a quadra toda durante cerca de 1 hora, 3 vezes por semana e fazendo arremessos de todos os tipos. O que me prejudicou muito foi a CoViD, não por ter sido contaminado, mas devido ao necessário isolamento social que me impedia de jogar. 

O basquete solicita habilidade corporal, movimenta todos os músculos do corpo, requer habilidade e precisão, desenvolve a consciência corporal e exige muita colaboração e agilidade mental durante o jogo.

Infelizmente, dia 7 de abril passado, exatamente uma semana depois de retornar da Argentina, do Campeonato Pan-americano de Basquetebol Master, deste ano, tive um enfarte. Não sei prever quando serei liberado pelos médicos para voltar às quadras.

Segue aqui alguns versinhos sobre o nosso basquete.


O DOM DA JOGADA FINAL

No jogo de basquete,
a jogada final
nem sempre dá manchete, 
mas é fenomenal.

A jogada mais linda,
não é a "enterrada",
nem a "bola de três".
É aquela que finda
a partida acirrada
de maneira cortês.

Em geral isto acontece
bem nos últimos segundos
quando o apreço prevalece.
Enlevo e prazer profundos!
Um dos times já ganhou,
mas o jogo não findou.

A bola, sossegada,
já não é disputada. 
O que aconteceu?
Foi por todos alcançada
a meta mais elevada!
Ninguém da quadra perdeu!

Dizem que o mesmo acontece
bem nos últimos segundos 
da vida de um basqueteiro.
A alegria prevalece!
São saberes oriundos
de cada atleta parceiro!

O dons do basqueteiro são:

1) a intensidade com precisão; e 

2) a colaboração em equipe. 

São os mesmos dons que a vida exige! 

Joga-se para ser feliz em grupo, 

não para ganhar, 

nem para perder!

O basquete é um esporte coletivo, não envolve questões pessoais, nem fanatismo de qualquer espécie. Envolve apenas intensa colaboração e o respeito com os parceiros!



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