Por Almir M. Quites - 04/06/2015
O mensalão completou dez anos no mês passado!
Há dez anos, quem diria que hoje o Mensalão seria amplamente sobrepujado no ranking de escândalos nacionais?! Pois é, ele foi superado, em tamanho, em petulância e insensatez, pelo Petrolão. O ex-presidente Lula, o mais importante membro da quadrilha do Mensalão, não foi punido e isto encorajou os bandidos a continuarem e até a ampliarem a pilhagem do povo brasileiro. A Petrobrás não resistiu e soçobrou. A não aplicação do processo legal de impeachment ao ex-presidente teve seus desdobramentos óbvios: as instituições brasileiras enfraqueceram e foram dominadas pelos delinquentes.
O escândalo da Petrobras mostrou que os bandidos do governo petista agiram com total desfaçatez, com a mesma certeza de impunidade. A conduta ilícita prosseguiu mesmo durante a operação Lava Jato. Confesso que, há dez anos, eu não imaginava que a situação política do Brasil ainda pudesse piorar.
Segundo li na VEJA desta semana, Lula teria escapado do merecido processo de impeachment pela vilania costumeira: "O PT negociou o silêncio do empresário Marcos Valério quando ele - às vésperas da conclusão da CPI dos Correios - avisou que acusaria Lula de comandar o mensalão se não recebesse uma ajuda financeira milionária." Assim, Lula teria se livrado da CPI, o que permitiu que se reelegesse em 2006 e fosse um efetivo cabo eleitoral de Dilma em 2010.
Como se sabe, em 2012, Marcos Valério contou parte de seus segredos ao Ministério Público, tentando um acordo de delação premiada. Já era tarde. Lula não podia mais ser incluído no processo. O empresário cumpre uma pena de 37 anos de prisão.
Esclareço, no entanto, que o impeachment de Lula poderia ter sido efetivado mesmo com o silêncio de Marcos Valério. Se o processo de impeachment não foi aberto, foi também porque a oposição não quis.
O Mensalão foi montado para comprar o apoio político de congressistas a projetos do governo. Logo, o principal interessado no funcionamento do esquema era o Palácio do Planalto. Mas quem, afinal, era o grande chefe entre os beneficiários? Lula, mas ele foi blindado pelos comparsas. Até o STF (Supremo Tribunal Federal), já semi-aparelhado, sucumbiu. Teve que enredar-se no contra-senso de existir a quadrilha, mas não o chefe da mesma. Para o Ministério Público, o chefe era o ex-ministro José Dirceu. O STF chegou a condenar Dirceu como chefe da quadrilha. Logo depois, ao julgar os recursos dos réus, a corte reviu a decisão e anulou o crime de quadrilha. Foi quando o plenário do STF decidiu (em 27/02/2014), por seis votos a cinco, absolver o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, do crime de formação de quadrilha. Fez o mesmo com o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o ex-presidente do PT, José Genoíno e outros cinco condenados no processo do mensalão, entre eles ex-dirigentes do Banco Rural e o grupo de Marcos Valério. Se não havia quadrilha, então era impossível haver um chefe. E assim o judiciário curvou-se aos bandidos, rendeu-se.
A "virada de mesa" em favor dos corruptos começou quando o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), votou a favor da aceitação dos embargos infringentes no processo do mensalão (Ação Penal 470). O voto do ministro decano, publicado na íntegra pela imprensa, não me convenceu! Pareceu-me que teria sido fácil contestá-lo. Até hoje me pergunto: por que não o fizeram?
Vejam aqui (link abaixo) o artigo que publiquei em 20/09/2013, portanto apenas dois dias após o fatídico voto do ministro Celso de Mello. Para lê-lo, clique aqui:
http://almirquites.blogspot.com.br/2014/04/o-voto-do-ministro-decano-nao-me.html
Passaram-se dez anos e infelizmente o Brasil não mudou. Continua dominado por bandidos. Os petistas ainda acham que eles não fizeram nada errado: “Todos roubam. O PT não inventou a corrupção"! Argumento estúpido, pois um crime não justifica outro. O próprio João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal e um dos condenados no processo do Mensalão, falou recentemente sobre a conjuntura enfrentada pelo PT e disse as mesmas bobagens de sempre: "O PT errou? Claro que errou. Errou demais. Errou no mensalão. Errou agora de novo [no caso da roubalheira na Petrobras]. Mas não é por isso que o PT tem apanhado tanto". Segundo João Paulo, o partido é alvo de ataques de “uma elite contrariada com a administração petista”. A culpa é de outros! É de "uma elite" que não teria gostado da "ascensão dos pobres". Como se vê, os petistas argumentam simplesmente assim: "eles estão contra nós" ou a variante "é nós contra eles", mas também afirmam que "Todos roubam. O PT não inventou a corrupção", o que significa "somos todos iguais"! Ou seja, para eles, todos são corruptos, mas eles são contra nós! Só babaca leva em conta essas coisas tão ilógicas. Não, petistas, há muita gente honesta no mundo. Nem todos são corruptos! Não nos coloquem no mesmo saco.
Se fosse mesmo verdade que o povo continuou elegendo Lula e Dilma, então o povo brasileiro seria mesmo babaca, mas como saber em quem o povo votou! O processo eleitoral brasileiro, com estas urnas eletrônicas, é facilmente fraudável. O processo eleitoral é inconstitucional porque a apuração é secreta, inauditável. O povo é babaca por acreditar nas urnas eletrônicas e no processo de totalização dos votos, mas tem como atenuante o fato de não entender de eletrônica e de informática.
Vejam também:
3) Urna eletrônica tem falhas que permitem ataques e manipulações, afirmam especialistas
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O mensalão completou dez anos no mês passado!
O escândalo da Petrobras mostrou que os bandidos do governo petista agiram com total desfaçatez, com a mesma certeza de impunidade. A conduta ilícita prosseguiu mesmo durante a operação Lava Jato. Confesso que, há dez anos, eu não imaginava que a situação política do Brasil ainda pudesse piorar.
Segundo li na VEJA desta semana, Lula teria escapado do merecido processo de impeachment pela vilania costumeira: "O PT negociou o silêncio do empresário Marcos Valério quando ele - às vésperas da conclusão da CPI dos Correios - avisou que acusaria Lula de comandar o mensalão se não recebesse uma ajuda financeira milionária." Assim, Lula teria se livrado da CPI, o que permitiu que se reelegesse em 2006 e fosse um efetivo cabo eleitoral de Dilma em 2010.
Como se sabe, em 2012, Marcos Valério contou parte de seus segredos ao Ministério Público, tentando um acordo de delação premiada. Já era tarde. Lula não podia mais ser incluído no processo. O empresário cumpre uma pena de 37 anos de prisão.
Esclareço, no entanto, que o impeachment de Lula poderia ter sido efetivado mesmo com o silêncio de Marcos Valério. Se o processo de impeachment não foi aberto, foi também porque a oposição não quis.
O Mensalão foi montado para comprar o apoio político de congressistas a projetos do governo. Logo, o principal interessado no funcionamento do esquema era o Palácio do Planalto. Mas quem, afinal, era o grande chefe entre os beneficiários? Lula, mas ele foi blindado pelos comparsas. Até o STF (Supremo Tribunal Federal), já semi-aparelhado, sucumbiu. Teve que enredar-se no contra-senso de existir a quadrilha, mas não o chefe da mesma. Para o Ministério Público, o chefe era o ex-ministro José Dirceu. O STF chegou a condenar Dirceu como chefe da quadrilha. Logo depois, ao julgar os recursos dos réus, a corte reviu a decisão e anulou o crime de quadrilha. Foi quando o plenário do STF decidiu (em 27/02/2014), por seis votos a cinco, absolver o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, do crime de formação de quadrilha. Fez o mesmo com o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o ex-presidente do PT, José Genoíno e outros cinco condenados no processo do mensalão, entre eles ex-dirigentes do Banco Rural e o grupo de Marcos Valério. Se não havia quadrilha, então era impossível haver um chefe. E assim o judiciário curvou-se aos bandidos, rendeu-se.
A "virada de mesa" em favor dos corruptos começou quando o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), votou a favor da aceitação dos embargos infringentes no processo do mensalão (Ação Penal 470). O voto do ministro decano, publicado na íntegra pela imprensa, não me convenceu! Pareceu-me que teria sido fácil contestá-lo. Até hoje me pergunto: por que não o fizeram?
Vejam aqui (link abaixo) o artigo que publiquei em 20/09/2013, portanto apenas dois dias após o fatídico voto do ministro Celso de Mello. Para lê-lo, clique aqui:
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Passaram-se dez anos e infelizmente o Brasil não mudou. Continua dominado por bandidos. Os petistas ainda acham que eles não fizeram nada errado: “Todos roubam. O PT não inventou a corrupção"! Argumento estúpido, pois um crime não justifica outro. O próprio João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal e um dos condenados no processo do Mensalão, falou recentemente sobre a conjuntura enfrentada pelo PT e disse as mesmas bobagens de sempre: "O PT errou? Claro que errou. Errou demais. Errou no mensalão. Errou agora de novo [no caso da roubalheira na Petrobras]. Mas não é por isso que o PT tem apanhado tanto". Segundo João Paulo, o partido é alvo de ataques de “uma elite contrariada com a administração petista”. A culpa é de outros! É de "uma elite" que não teria gostado da "ascensão dos pobres". Como se vê, os petistas argumentam simplesmente assim: "eles estão contra nós" ou a variante "é nós contra eles", mas também afirmam que "Todos roubam. O PT não inventou a corrupção", o que significa "somos todos iguais"! Ou seja, para eles, todos são corruptos, mas eles são contra nós! Só babaca leva em conta essas coisas tão ilógicas. Não, petistas, há muita gente honesta no mundo. Nem todos são corruptos! Não nos coloquem no mesmo saco.
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POVO ILUDIDO É POVO VENCIDO!
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O governo Dilma trata como segredo de estado o cartão corporativo de Rose (Rose do Lula) para esconder a farra criminosa.
Clique:
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/tag/1-minuto-com-augusto-nunes/
Comentário de Augusto Nunes:
Dilma faria um enorme favor ao Brasil caso se mirasse no exemplo do companheiro Blatter.
Reeleito para o quinto mandato há apenas cinco dias, Joseph Blatter entendeu que a direção dos ventos mudou com a explosão do maior escândalo da história do futebol ─ e caiu fora da presidência da Fifa nesta terça-feira. Reeleita para o segundo mandato há sete meses, Dilma Rousseff faria um enorme favor ao Brasil, e a si própria, caso se mirasse no exemplo do supercartola suíço.
“Não tenho o apoio do mundo do futebol”, resumiu Joseph Blatter para justificar a renúncia. Dilma perdeu definitivamente o apoio da imensa maioria dos brasileiros. Não custa lembrar, aliás, o esquema corrupto que derrubou o presidente da Fifa, comparado ao Petrolão, parece gatunagem de amador. O recorde estabelecido pelo governo lulopetista no campo da roubalheira é coisa para durar muitas décadas.
Ou alguns séculos.
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Dilma faria um enorme favor ao Brasil caso se mirasse no exemplo do companheiro Blatter.
Reeleito para o quinto mandato há apenas cinco dias, Joseph Blatter entendeu que a direção dos ventos mudou com a explosão do maior escândalo da história do futebol ─ e caiu fora da presidência da Fifa nesta terça-feira. Reeleita para o segundo mandato há sete meses, Dilma Rousseff faria um enorme favor ao Brasil, e a si própria, caso se mirasse no exemplo do supercartola suíço.
“Não tenho o apoio do mundo do futebol”, resumiu Joseph Blatter para justificar a renúncia. Dilma perdeu definitivamente o apoio da imensa maioria dos brasileiros. Não custa lembrar, aliás, o esquema corrupto que derrubou o presidente da Fifa, comparado ao Petrolão, parece gatunagem de amador. O recorde estabelecido pelo governo lulopetista no campo da roubalheira é coisa para durar muitas décadas.
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Vejam também:
5) Urnas eletrônicas: malícia ou incompetência?
6) Eleições na Kredulândia
7) Exige-se fé na urna eletrônica brasileira
8) Mais grave que as eleições é a urna eletrônica brasileira
9) Vídeos do 1° Fórum Nacional de Segurança de Urnas Eletrônicas
""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""6) Eleições na Kredulândia
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