terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Extinção da humanidade

 Por Almir M. Quites          Para compartilhar, toque aqui

O planeta está febril

A febre do planeta, o aquecimento global, é real e causado pelo ser humano, que dogmaticamente não acredita, seja por ignorância e/ou conveniência pessoal, estar produzindo alterações climáticas em grande escala. Sob o pretexto de “cepticismo” climático, o público é bombardeado com desinformações que lançam dúvidas sobre a realidade do aquecimento global. Infelizmente a mídia determina o pensamento do povo. 

As escolas têm o dever de desmascarar a desinformação climática, explicando corretamente o que é ciência e o método científico, apresentando os resultados da ciência revisada por pares, explicando a desnatureza das pseudociências e seus males, denunciando as farsas dos negacionistas, na tentativa de evitar as mudanças necessárias para solucionar problemas climáticos.

Não vale a afirmação de que não há consenso entre os cientistas sobre o aquecimento global. Ciência não se baseia em consensos ou escrutínios. A Ciência se baseia em lógica e evidências. Se dependesse apenas de consensos seria religião. Se dependesse de escrutínios seria política. 

Por mais que um ou outro pesquisador possa argumentar ao contrário, a lógica e as evidências científicas indicam que as atividades humanas, principalmente a queima de combustíveis fósseis, têm causado o aquecimento da superfície terrestre e dos oceanos. Os impactos sobre o clima são numerosos, são visíveis, mensuráveis e inclusive convergentes. 

As discordâncias sobre este tema são poucas e continuam diminuindo. As diversas sociedades científicas internacionais, como a Associação Americana para o Avanço da Ciência, a Royal Society do Reino Unido (uma das principais instituições científicas do mundo), entre tantos outras tem acompanhado este tema e cada vez mais manifestam grande preocupação com a capacidade humana de reagir com a sinergia necessária. 

O fato é que as atividades humanas, especialmente as emissões de gases de efeito estufa, são as principais impulsionadoras das mudanças climáticas. O uso de combustíveis fósseis impulsiona de forma drástica o aquecimento global. A temperatura global da superfície aumentou mais rapidamente nos últimos 50 anos do que em qualquer outro período de meio século dos últimos 2000 anos.

Para manter o aquecimento em 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, as emissões de gases de efeito estufa deveriam ser reduzidas de forma rápida e sustentável em todos os setores simultaneamente.

O nível de aquecimento até 2018 foi de 1,25ºC, numa taxa media de um quarto de grau por década. 

Esses números às vezes podem parecer abstratos ou mesmo pequenos. O que, com certeza, não é pequeno nem abstrato são os efeitos das alterações climáticas à medida que atingem as entradas das casas, queimam edifícios em incêndios florestais produzidos pelo clima e descongelam o permafrost (camada de solo ártico congelado que não deveria se derretersob os pés das comunidades nos extremos norte e sul do planeta. A quase totalidade do permafrost encontra-se no norte do planeta. O descongelamento do permafrost é o principal evento a inundar a atmosfera de gás carbônico (CO2) e metano (CH4). No ano de 2023, os repórteres climáticos do mundo testemunharam uma realidade nunca vista! 

Não importa quão inteligente ou educado alguém seja, o que não se sabe sempre supera em muito o que se sabe. Sócrates (filósofo ateniense do período clássico da Grécia antiga) nos ensinou a virtude de reconhecer nossas limitações. A sabedoria requer a consciência da própria ignorância. Este tem sido um tema recorrente no pensamento ocidental. René Descartes (filósofo, Físico e matemático francês do século XVII), por exemplo, disse que, para construir uma base sólida para a ciência, é necessário duvidar de todas as coisas. Tudo o que se sabe deve ser permanentemente experimentado, revisado e perfeitamente encaixado no arcabouço do conhecimento científico. Tudo o que se baseie em crenças não vale. A crença expressa a vontade dos indivíduos, mesmo com toda a falta de lógica que possa ter. Logo, não busca nem expressa a verdade.

Aquele que não desenvolve a capacidade de buscar a verdade honestamente por motivação própria, sempre será escravo das opiniões dos outros. Ser crédulo não é virtude, é ser manipulável! 

É fácil perceber que aqueles que negam a ciência não tem noção alguma de sua ignorância, porque nem mesmo sabem o que é e como a ciência se desenvolve. Se soubessem não confiaram tanto em opiniões individuais, ainda que provenham de cientistas. 

O mais grave é que o problema não está apenas na negação da ciência! Há algo mais profundo nisso. As pessoas têm dogmas enrustidos nas profundezas de seu ser. Mesmo tendo consciência de determinados fatos, o cérebro acorrentado em dogmas, impede o pensamento de se aprofundar em temas que possam negar suas crenças mais profundas.  

De acordo com a NASA, pelo menos 97% dos cientistas climáticos, que publicam ativamente, sabem que as variações climáticas, ao longo do século passado, foram causadas pelas atividades humanas. A maioria dos americanos também concorda com isso e acham que o governo federal dos EUA precisaria tomar medidas urgentes e significativas.

Então, o que ainda falta para que os norte-americanos  se unam num movimento sinérgico de mudança no nosso modo de viver para podermos salvar a nossa própria espécie da extinção? 

A mesma pergunta vale para qualquer outro país! O que falta para que a humanidade toda se una nesta empreitada decisiva? 

Fica aqui esta pergunta crucial! 

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