Por Almir M. Quites Para compartilhar, toque aqui
A 𝗟𝗮𝘃𝗮-𝗝𝗮𝘁𝗼 é maior do que Sérgio Moro e também é muito mais do que uma operação de guerra contra a corrupção, é 𝘂𝗺 𝗹𝗲𝗴𝗮𝗱𝗼.
Sérgio Moro, é mais do que juiz, é um grande exemplo, 𝘂𝗺 𝘀í𝗺𝗯𝗼𝗹𝗼 de um trabalho sério e eficaz de combate à corrupção.
A 𝗟𝗮𝘃𝗮-𝗝𝗮𝘁𝗼 foi o embrião de uma reorganização do sistema de investigação e de punição dos crimes praticados por grandes organizações criminosas, as quais se beneficiam das atuais facilidades geradas pela globalização e pela rapidez dos meios de comunicação. Com isso, surgiram novas formas de agressões à democracia, de delinquência, de criminalidade organizada e de terrorismo. Ficou muito mais fácil para que organizações criminosas se apropriem de Estados Nacionais e os explorem, como se fossem uma "Galinha dos Ovos de Ouro". A tecnologia funciona como escudo que impede os cidadãos de perceberem o que acontece.
Nesse cenário, compete a Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário uma atuação independente e expansível, como forma de solução dos diversos problemas criminais que se apresentam, na investigação dos crimes e na repatriação de ativos.
Atualmente, para enfrentar o crime organizado, é necessário colocar a lavagem de dinheiro na alça de mira, porque disfarçar o produto do crime está no âmago do crime. O Estado deve concentrar seus esforços para descobrir o patrimônio obtido de forma ilícita e repatriar esses valores para os prejudicados.
Essa estratégia implica numa atividade colaborativa das Nações, que se obrigam a cooperar umas com as outras.
Foi exatamente isso que a Lava-Jato fez, com muita competência. Os paraísos fiscais são excelentes locais financeiros para aplicar valores de origem ilícita, porque se situam em outra jurisdição e, por isso, dificultam o trabalho investigatório do país de origem, em razão dos obstáculos operacionais, tais como o vernáculo e o sistema jurídico diverso, além do elevado custo das investigações. A demora na apuração dos fatos favorece os criminosos, pois eles têm mais tempo para dispersar o dinheiro e apagar os rastros do seu percurso.
No Brasil, a força da organização criminosa, que manipula o Estado, converte-se em corrupção desenfreada, que assola os Três Poderes do governo, em todos os níveis da administração pública. O resultado é um Estado fragilizado e sem força para lutar contra a criminalidade organizada.
Foi a Operação Lava Jato que inteligentemente reconheceu a importância do acordo entre as partes para obter o repatriamento de valores roubados como um instrumento célere e sem entraves para reaver os ativos ilícitos depositados no exterior. A delação premiada foi eficiente como forma de “estrangular” a organização criminosa. Nesse procedimento, não se exige a participação da autoridade central, porque o próprio titular da conta, onde se encontram depositados os valores ilícitos, concorda com a devolução dos ativos para uma conta judicial. Foi o caso, por exemplo, da emblemática delação premiada de Pedro José Barusco Filho, gerente de serviços da Petrobras que, após se tornar delator do esquema de corrupção, em troca da redução de sua pena, devolveu recursos enviados ao exterior. De contas na Suíça, 67 milhões e 500 mil dólares americanos, que foram auferidos de forma ilícita e depositados em contas de offshore, foram devolvidos ao Brasil.
O atual Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, grotescamente diz que ele acabou com a Operação Lava-Jato porque não havia mais corrupção no Brasil. Óbvia mentira! O que acabou, não foi a corrupção. O que acabou foi a Operação Lava-Jato! 😥😩 Não por obra de Bolsonaro, mas por conta dos agentes da Organização Criminosa Mor!
A reação dos Três Poderes (parcialmente capturados por organizações criminosas) à Lava Jato já era esperada, porque ela perturbou interesses poderosos, atingiu empresários e políticos de diversos partidos e estados, tanto no Legislativo quanto no Executivo.
Chegaram a fazer uma campanha publicitária criminosa e ridícula para convencer o povo de que a Operação Lava-Jato tinha acabado com os empregos no Brasil!
Em 2018, portanto antes de ser desmontada, a Lava-Jato já havia ressarcido aos cofres públicos a quantia de R$ 44,4 bilhões (roubados dos brasileiros) em apenas 4 anos de existência.
𝗤𝘂𝗲 𝗳𝗮𝗹𝘁𝗮 𝗮 𝗟𝗮𝘃𝗮-𝗝𝗮𝘁𝗼 𝗳𝗮𝘇 𝗮𝗼 𝗕𝗿𝗮𝘀𝗶𝗹! Ela oxigenava o Brasil, agora já sem consciência, sufocado pela corrupção.
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