Os triângulos vermelhos representam os números oficiais diários de novos casos, desde o primeiro caso, em 26/02/2020, até o dia de hoje, 10/01/2021, último dia do ano. Os triângulos vermelhos inferiores correspondem aos domingos e segundas-feiras, porque nestes os registros são em menor número. As curvas traçadas matematicamente compensam este desequilíbrio provocado pelo burocracia.
A Primeira Onda, está pintada de verde-limão; a Segunda Onda está pintada de azul-claro. As linhas contínuas verde e azul seguem a função típica de curvas de epidemias, com uma fase de crescimento, que passa por um pico, seguida de uma fase de decaimento. A nossa CoViD evoluía tipicamente, desde o início, sem qualquer perturbação. No entanto, em 10/10/2020, uma Segunda Onda surgiu, a qual se somava à primeira, conforme se vê claramente no gráfico acima, em azul forte.
A Segunda Onda só se tornou bem evidente a partir de 01/11/2020. Ela era 80% mais íngreme, logo mais contagiosa que a Primeira.
Como esta segunda onda era muito mais contagiosa, logo imaginei tratar-se de uma outra linhagem do vírus, similar a B-117, detectada na Inglaterra, mas originária da América do Sul ou da África. Em novembro, estimei que, pelo menos, 50% dos vírus circulantes do Brasil deveriam ser desta nova linhagem ou similares. Estas suposições ainda não foram confirmadas em laboratórios! Hoje, como a primeira onda já acabou, posso afirmar que 100% dos vírus são da nova linhagem.
No gráfico, a partir do surgimento da Segunda Onda, cada triangulozinho vermelho representa a soma das duas ondas: a Primeira, que continua descendente, e a Segunda, que é ascendente.
O pico da segunda onda deverá ser quase 50% maior do pico da primeira onda! Vamos confirmar isto nos próximos dias. O pico da Segunda Onda deverá ocorrer em fevereiro.
Hoje da para saber que a Segunda Onda é de 40 a 50% mais íngreme.
O resultado da soma das duas ondas está representado pela curva sinuosa roxa.
O procedimento matemático que separa as duas Ondas permite que se quantifique separadamente o efeito de ambas. Logo, podemos afirmar que a Primeira Onda contagiou (confirmado oficialmente) 5.750.000 e causou 172.500 óbitos, em 10 meses. A Segunda Onda é mais contagiosa, mas menos letal. Ela contagiou, até hoje, 2.889.868 brasileiros e causou 50.573 mortes, em 3 meses e 10 dias.
Ainda não podemos prever com precisão quando será o pico desta segunda onda, mas as equações matemáticas indicam que provavelmente será na primeira semana de fevereiro, com mais de 60.000 novos casos diários. Depois disto, o número de novos casos por dia começará a se reduzir, mesmo que nenhuma vacina tenha sido aplicada na população. Este é o comportamento matematicamente esperado, ou seja, sem considerar qualquer efeito da vacina. Até o final de abril não se espera ter qualquer efeito das vacinas. Depois disso, aí sim! Então, se a vacinação for bem faita, elas evitarão o surgimento de novas Ondas!
Como em fevereiro, após o pico da Segunda Onda, os números de novos casos diários diminuirão, isto poderá ser confundido (pela população) com o feito das vacinas. No entanto, não será! O efeito da vacina vai se manifestar quando a curva da CoViD descarrilhar para baixo do trilho matematicamente traçado (a curva azul do gráfico).
2. POR QUE NOSSAS EXPECTATIVAS NÃO SE REALIZAM?
O assunto predominante no mundo, no fim de 2019, era a Emergência Climática. No entanto, em 2020, veio a pandemia da COVID-19, a qual pôs a humanidade de castigo, fazendo-a parar e pensar. Assim, muitos de nós pudemos perceber o egoísmo exacerbado que existe, o conceito irrefletido de que tudo o que há pertence somente a esta geração de seres humanos, que só o presente importa e o futuro não é de nossa responsabilidade. Infelizmente este comportamento é intenso no Brasil. Isto terá que mudar!
Com a pandemia, o planeta respirou aliviado! A Emergência Climática saiu do noticiário. Foi substituída pela Emergência Sanitária. Os profissionais de saúde, que enfrentaram o exército de vírus Sars-Cov-2, deram um belo exemplo de coragem, de abnegação, de sabedoria, assim como muitos outros trabalhadores de serviços essenciais. Os cientistas de todo o mundo colaboraram entre si, num enorme e penoso esforço para combater a pandemia. Em apenas um ano, desenvolveram diferentes vacinas, algumas tão inovadoras que acrescentaram um promissor avanço à Ciência.
No Brasil, passamos todo o ano de 2020 tentando amenizar a CoViD-19, mas não conseguimos.
No entanto, é certo que nossas estratégias de distanciamento social não foram suficientemente rigorosas, nem bem planejadas. Poderíamos ter amenizado a segunda onda, mas também não fomos capazes! Não conseguimos nos coordenar para juntos enfrentarmos a adversidade. Faltou-nos altruísmo, abnegação, responsabilidade, lucidez, inteligência... Poderíamos ter tido menos mortandade e menos sequelados, cuja expectativa de vida foi reduzida. Mesmo assim, o povo cansou e ficou ávido de uma volta a antiga normalidade, mesmo com o surgimento da Segunda Onda da CoViD-19, bem mais contagiosa que a primeira.
Inclusive, levantei a hipótese de que a Segunda Onda poderia ser de uma nova linhagem do Sars-CoV-2, mais contagiosa, como a B-117 detectada no Reino Unido, mas que poderia ser brasileira ou ter chegado antes aqui no Brasil. Esta hipótese ainda está em aberto.
A própria atual expectativa com a vacinação produz uma tola mudança de comportamento no povo, no sentido do relaxamento do distanciamento e imobilização social. Porém, o fato é que, no caso de doenças infecciosas, só se volta à normalidade quando um grande número de pessoas já estão vacinadas, porque não basta imunizar indivíduos, é preciso impedir que os vírus se reproduzam, o que só se consegue se todos os caminhos de contágio estiverem bloqueados, ao redor de cada grupo de indivíduos e em todas as comunidades à nossa volta. Isto só se consegue se mais 70% da população do Brasil estiver vacinada e os pontos de entrada de estrangeiros estiverem bem fiscalizados.
O ano de 2020 foi difícil! Obrigou-nos a usar máscaras, mas também desmascarou nosso comportamento obscurantista, nossa incultura (insciência), nossa incivilidade, nossa ingenuidade, credulidade etc. Na guerra com a CoViD, perdemos amigos e parentes 😥. Enquanto sofríamos, muitos queriam esquecer que vidas importam!
Infelizmente, muitas pessoas ainda estão apegadas a comportamentos facciosos, formando grupos de "rebeldes sem causa" (comportamento da "juventude transviada" das décadas de 50 e 60), sem cultura e sem inteligência. Grupos que fazem da mentira e da credulidade sua arma e seu meio de construção de um mundo imaginário, que substitui a realidade e torna seus crentes incapazes de colaborar com seus semelhantes, com sua própria comunidade. Formam seitas de combate à Ciência. Combatem até mesmo o uso de máscaras antivirais e outras restrições à vida pública, em plena pandemia. Alguns acreditam que as vacinas são desenvolvidas para "controlar as pessoas", ou que o coronavírus simplesmente não existe. São teorias conspiratórias inventadas, falsas, cínicas e perigosas, cruéis para com aquelas pessoas que estão de luto e para com aquelas que ficaram com graves sequelas após a penosa recuperação da CoViD-19, com a expectativa de vida reduzida.
Há na cultura brasileira uma exagerada incapacidade de encarar a realidade. A grande maioria das pessoas prefere acreditar no que, de alguma forma, parece ser mais confortável e de conveniência individual. Isto é consequência de um precário sistema educacional.
3. O BRASIL PERANTE O MUNDO
Em relação a outros países do mundo, quanto ao total de mortes por milhão de habitantes e por dia, o Brasil está hoje (20/01/2021) em décimo primeiro lugar neste 'ranking' malévolo. Veja os 5 primeiros colocados:
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