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domingo, 23 de fevereiro de 2020

O Princípio da Incerteza e o Professor Herbert Boor

Por Almir M. Quites


Colégio Cruzeiro do Sul, em Porto Alegre, em 1953.
Nesta época, eu cursava a Primeira Série do Ginásio. 
Prof. Herbert Willy Boor


Aqui está o Princípio da Incerteza, criado por Werner Heisenberg em 1927, didaticamente explicado pela Física e pela Matemática, em vídeo. 


Vi este vídeo e outros da mesma sequência do Prof. Jorge Sá Martins e me emocionei.

Lembrei do Professor Herbert! Lembranças de mais de 60 anos!

Aqui está o vídeo sobre o Princípio da Incerteza

Veja!



Tive esta aula, sobre este mesmo tema, no curso científico com o Prof. Herbert Willy Boor, em 1959. Aliás, ele também era o professor de Matemática. Com ele aprendi Cálculo Diferencial e Integral ainda no Segundo Grau (no 3°Científico). 

O professor Herbert era o mais temido dos professores por ser rigoroso em suas avaliações, especialmente nos exames orais, nos quais os alunos ficavam frente a frente com ele. No entanto, a minha turma o escolheu como paraninfo, na nossa formatura (em 1959). Lembro-me que foi a primeira vez que ele foi escolhido como paraninfo e que se emocionou muito, embora tenha tentado evitar que percebêssemos!

Até hoje lembro dele com carinho e admiração. 

Muito obrigado, Professor Herber! 

Nunca mais o vi, desde que me formei no curso científico! Hoje percebo a enorme importância que este meu professor teve na minha vida, para muito além da Física e da Matemática. Quisera que ele soubesse disto!

Que saudade das aulas de Física do curso Científico (Colégio Cruzeiro do Sul, 1957 a 1959) e também dos cursos de Engenharia (UFRGS, de 1960 a 1965), na minha juventude em Porto Alegre!  

Era eu aprendendo indiretamente (porque através dos meus professores) com as pessoas mais dedicadas à compreensão do mundo, tais como Isaac Newton, Antoine Lavoisier, Carnot, James Watt, Hans Oersted, Faraday, Svante Arrhenius, Gregor Mendel, Alexander von Humboldt, Leibniz, Robert Andrews Millikan, Ludwig Boltzmann, Josiah Gibbs, James Maxwell, Euler, Schrödinger, Albert Einstein, Charles Darwin, Max Planck e tantos outros cientistas que não dá para enumerar aqui. Estes são apenas os que lembrei agora e não os mais importantes. Aliás, eu nem saberia classificá-los por importância. 

Todos estes mestres (de alguns não lembro o primeiro nome) eram capazes de mergulhar num tema, buscando entendê-lo com lógica, com total isenção em relação a seus próprios ânimos, respeitando a verdade dos fatos e os trabalhos dos que o antecederam, valorizando a crítica honesta, propondo experimentos capazes de refutar ou confirmar suas próprias hipóteses, sempre atentos ao encaixe de suas teorias ao arcabouço geral da Física e da Matemática.

É só assim, com gente deste quilate, que é possível evoluir. Eles não pensavam em si mesmos, mas na evolução da humanidade. Muitos deram a própria vida na busca do conhecimento. 

Estou convencido que é a ciência, não a política, que faz o mundo evoluir!

Cuidado com as pseudociências. Estas corroem a Ciência pela falsificação. Elas mentem quando se apresentam como sendo baseadas em fatos científicos, ou mesmo como tendo um padrão científico de conhecimentos, mas não resultam da aplicação de métodos científicos, nem se submetem ao rigor da validação pela comunidade científica internacional. 

As pseudociências são perigosas atualmente porque são amplamente divulgadas pelas redes sociais para um público despreparado e vulnerável. A ciência tem produzido avanços notáveis, mas o saber do povo, submetido à política, permanece num nível muito baixo. Aqui, no Brasil, até parece estar involuindo. 

O povo acredita que um médico, um engenheiro ou um astronauta seja um cientista. Está errado! Um cientista é qualquer pessoa que exerça uma atividade sistemática para obter conhecimento novo através do método científico. Profissionais que se utilizam de conhecimentos científicos  são usuários da ciência e não criadores da ciência, ou seja, cientistas. 

O método científico é um conjunto de regras fundamentais pelas quais se colhem dados dos fatos e se os submete a uma análise lógica rigorosa, com o fim de produzir vínculos e relações quantitativas  que possam ser comprovadas no futuro, por meio de observações e experimentações. O resultado desta análise só passa a ser considerada uma teoria científica se ela se encaixar logicamente no monólito científico já existente, ainda que substitua parte dele, e se dela resultar outras teorias igualmente comprovadas pelo método científico. 

Quando o saber do povo é de baixo nível, restrito ao chamado saber popular, o povo passa a ser presa fácil das pseudociências. Saber popular é o que se baseia no senso comum, ou seja, nas experiências pessoais, nas narrativas e histórias passadas informalmente de geração a geração e que não se submetem ao rigor do método científico. 

As pseudociências adotam a aparência superficial da ciência para enganar o povo, mas o conteúdo é falso, descarado e irresponsável. 

Sobre pseudociências, você pode ler mais aqui:
PSEUDOCIÊNCIAS, IDEOLOGIAS E SUPERSTIÇÕES
https://almirquites.blogspot.com/2014/07/pseudociencias-supersticoes-e.html

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