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segunda-feira, 15 de julho de 2019

De Calígula a Bolsonaro

Por Almir M. Quites
Calígula (Imperador Romano de 37 a 41 d.C.)

Lembranças... 

Lembranças vindas de um tempo distante, da minha infância, ativadas por fatos atuais.

Meu pai e minha mãe eram professores de História.

Quando eu era menino, meu pai me contou uma história que mostrava como alguns governantes poderosos e inconsequentes aviltam as instituições de um país.  

O pensamento voa e, de algum modo, Bolsonaro me lembrou a história que meu pai me contou. Era sobre Calígula. 

Não sei que associações minha mente fez, mas provavelmente tem a ver com a impetuosidade e com o descaso com as instituições públicas.

Quando o Império Romano dominava o mundo, passou por gravíssimas crises institucionais. Loucos chegavam a ser Imperadores. Um deles era conhecido como Calígula (Imperador de 37 a 41 d.C.), mas seu nome era Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus. Ele se apresentava ao povo como se fosse um Deus (politeísmo), vestia-se como um deles, mas era cruel, depravado e insano. 

A História registra que ele indicou seu cavalo Incitatus para compor o Senado do Império, anunciou que concederia a ele o título de Cônsul e também que o nomearia sacerdote.

Pergunto, quantos milhares de romanos ficaram discutindo o fato e quantos defenderam ardorosamente a decisão do Imperador? 

Incitatus (nome que significa "impetuoso" em português), não chegou a ocupar uma cadeira do Senado Romano, mas foi presenteado com uma estátua de mármore em pedestal de marfim, em tamanho real, e com um estábulo de mármore equipado com uma manjedoura de marfim. 

Calígula provocou a ira do Senado e despertou a fúria do povo. Então, quando ele tinha apenas 28 anos de idade, um grupo de guardas o atacou, matando o jovem imperador a facadas.

Naquela época não havia uma forma institucional de se depor um imperador. O instituto do "impeachment" surgiu muito depois, na Inglaterra em 1376. Foi quando o militar inglês Lord Latimer foi considerado traidor e destituído da Câmara dos Comuns. 

Não sei qual foi o destino de Incitatus. Tomara que não tenha sido uma vítima daqueles acontecimentos. Sei que o cavalo é um animal herbívoro muito inteligente e carinhoso, que faz parte da História humana como figura importantíssima na formação da nossa civilização. Foi amigo inseparável dos seres humanos, tal qual os cães. 

Uma ideia puxa a outra e a gente, sem querer, vai longe demais! 

Então, voltemos ao Presidente Bolsonaro. Leia aqui:
𝗢 𝗟𝗨𝗟𝗜𝗡𝗛𝗔 𝗗𝗘 𝗕𝗢𝗟𝗦𝗢𝗡𝗔𝗥𝗢
Nada mais que um presentinho de aniversário de um pai para um filho: uma embaixada!
https://almirquites.blogspot.com/2019/07/o-lulinha-de-bolsonaro.html


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