Por Almir M. Quites
Para a próxima eleição presidencial,
por determinação da Lei nº 13.165/2015, a "urna eletrônica" (que na
verdade não é urna, mas um computador) deveria imprimir o voto e, após a
conferência e a concordância do eleitor (sem que este toque no voto), depositá-lo
numa urna de verdade para que a apuração eletrônica pudesse ser conferida por contagem manual, aos
olhos de fiscais. Mas, como as leis do Brasil não valem para os poderosos,
sabia-se que não valeria para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Caro Leitor, eu já sabia que a Lei do
Voto Impresso não seria cumprida. Várias vezes, em meus artigos (neste Blog),
afirmei que o TSE daria um jeito de não cumprir a Lei, assim como não cumpriu
em três vezes anteriores, sendo a primeira em 2002. Desde muitos anos, já estava
evidente que o TSE não queria (e ainda não quer) que a apuração eletrônica seja conferida. Em 2009
tudo se repetiu. A Lei Nº 12.034, de 29 de setembro daquele ano, determinou que o
voto impresso entraria em vigor a partir das eleições de 2014, mas isto não
aconteceu. Agora já está confirmado que o TSE, outra vez, não vai cumprir a Lei
na eleição de 2018.
Há cerca de dois meses os ministros do TSE e do STF foram
apresentados ao novo modelo de urna que imprime o voto e se impressionaram com o
novo "design", mas não foram capazes de ir mais a fundo na questão,
contentaram-se apenas com a aparência. O ministro do STF, Luís Roberto Barroso,
não se interessou em saber porque a urna tipo DRE ("Direct Recording Electrocnic") não é
oficialmente aceita em nenhum país do mundo, exceto no Brasil, mas afirmou que a
adoção do sistema de "voto impresso é um retrocesso".
Sim, caro Leitor, o novo modelo de
urna imprime o voto, só que só será usado como teste nas eleições 2018. Apenas
35 mil urnas desse novo modelo serão utilizadas no próximo pleito, o que
significa 6% do total. Deste modo, a lisura da apuração eletrônica não poderá ser
verificada, porque só 6% das urnas eletrônicas imprimirão o voto de
verificação. Só estas urnas não poderão fraudar a contagem dos votos, porque a
recontagem de conferência será possível, mas todas as outras, 94% do total,
continuarão sem possibilidade de verificação, como sempre foi. Pergunto, isto é
respeitar a Lei nº 13.165/2015? Óbvio que NÃO!
Na eleição de 2016 o novo sistema já
deveria ter sido implantado e não foi! O TSE não cumpre a Lei e fica tudo por
isso mesmo.
No vídeo a seguir você verá o ministro Gilmar Mendes desejando não
ter que implantar o novo sistema para todas as urnas. Ele disse (no vídeo) :
"estamos discutindo com o Congresso se é possível atrasar ou se é
necessário mesmo fazer essa modificação". A grande dúvida de ministro é: será
necessário cumprir a lei? Como esta dúvida tão cruel persistirá, então, nós teremos que
esperar por 2020?!
Veja o vídeo:
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O pior é que não duvido que o
sistema de voto impresso, já suficientemente testado em outros países do mundo,
"falhe" no Brasil e cause transtornos na eleição de 2018. Repito, não
duvido, porque então terão fabricado um motivo definitivo para enterrar de vez este projeto! Até os
eleitores brasileiros vão acreditar que o sistema de voto impresso era mesmo um
retrocesso, como disse o ministro Barroso, repetindo o que Gilmar
Mendes também dissera.
O vídeo abaixo mostra que a senadora
Ana Amélia Lemos (PP/RS) entende que o voto impresso é fundamental, e lamenta o retrocesso do STF que avançou sobre as funções do Poder Legislativo. Se só 6 % das urnas imprimirão o voto, é evidente que isto não é garantia alguma contra fraudes. Veja:
====
Só o Brasil acredita na urna
eletrônica tipo DRE.
Veja!
Nota: O que este vídeo expõe é válido e verdadeiro, mas peço desculpas ao leitor porque ele contém algumas grosserias, não apenas desnecessárias, mas também contraproducentes à causa que defende.
Nota: O que este vídeo expõe é válido e verdadeiro, mas peço desculpas ao leitor porque ele contém algumas grosserias, não apenas desnecessárias, mas também contraproducentes à causa que defende.
====
Vale recordar o que houve em 2014.
Você se lembra daquela entrevista de 17 de junho de 2014, antes da eleição da Dilma Rousseff, na Globo News, feita pelo jornalista Alexandre Garcia com o presidente da época do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Tofolli? Lembra?
Você se lembra daquela entrevista de 17 de junho de 2014, antes da eleição da Dilma Rousseff, na Globo News, feita pelo jornalista Alexandre Garcia com o presidente da época do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Tofolli? Lembra?
A urna biométrica já havia mostrado
sua inutilidade com seus 7 a 8% de falso positivo e Tofolli se fazia de bobo. A
Smartmatic já estava contratada e a postos para o caso do "diferencial
delta" não ser suficiente e Tofolli dizia que a apuração se fazia sem
influência humana. Ele não sabia que o software é feito por humanos e que a
urna só o obedece! Haja falsidade!
Pois é! Na época, fiquei
indignadamente perplexo! Já dava para perceber que haveria fraude na apuração
eleitoral de 2014!
Vejam o porquê aqui, neste artigo que
foi escrito no dia seguinte ao da entrevista, portanto muito antes da eleição.
Basta clicar aqui:
URNAS ELETRÔNICAS E O SONO BRASILEIRO
URNAS ELETRÔNICAS E O SONO BRASILEIRO
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