quarta-feira, 6 de novembro de 2013

SCANDAL NA TV BRASILEIRA


A. Quites (Novembro de 2013)

Em eleições nacionais, 
a fraude eleitoral é equivalente a um 
Golpe de Estado
Este é o tema de fundo de Scandal.

O escândalo aconteceu lá, em alguns estados norte-americanos, e deve estar acontecendo também no Brasil. Scandal, seriado dramático que agora está passando na TV brasileira, mostra como estas coisas horríveis acontecem.

Scandal é uma série da televisão norte-americana produzida pela ABC Studios e pela ShondaLand. A obra é de ficção, de autoria de Shonda Rhimes, mas tem fatos reais como pano de fundo.  A série apresentou sete episódios em sua primeira temporada. Foi exibida nos Estados Unidos pela American Broadcasting Company (ABC), em 5 de abril de 2012, às 22:00 horas, e no Canadá foi exibida na CityTV no mesmo horário americano. Nos EUA já está na terceira temporada.

Agora está passando no Brasil, no canal SONY (canal fechado).

A obra mimetiza casos reais dos bastidores da política dos EUA. As cenas se passam em Washington D.C e é estrelada por Kerry Washington, que interpreta Olivia Pope, uma ex-funcionária da Casa Branca responsável pela criação da Pope & Associates, uma empresa de gestão de crises. A personagem é baseada na ex-assessora de imprensa do governo de George H. W. Bush, Judy Smith, a qual também é assessora técnica da série televisiva.

No filme (no seriado), uma ex-consultora de mídia do Presidente, Oliva Pope (Kerry Washington) dedica sua vida a proteger e defender as imagens públicas da elite americana, resolvendo problemas antes que o mundo venha a saber. Depois de deixar a Casa Branca, Oliva abre sua própria empresa, na esperança de iniciar um novo capítulo - tanto profissional como pessoalmente - mas ela parece não conseguir cortar completamente os laços com seu passado.

Num episódio, fundamental para toda a trama, um jornalista "muito amigo" de um político influente descobre e comprova a fraude das urnas eletrônicas no estado de Ohio, a qual garante a vitória eleitoral do presidente (o qual "não sabia de nada").

A série se baseia em fatos ocorridos realmente na eleição de George Bush. Em 2003, um ano antes da eleição, Walden O'Dell, o próprio presidente-executivo da Diebold Inc., fabricante de “máquinas de votação” (urna eletrônica), afirmou estar "empenhado em ajudar Ohio a entregar seus votos a Bush para presidente no próximo ano”.  Os democratas passaram então a questionar a legitimidade da participação da Diebold na contagem dos votos na eleição presidencial de 2004. O'Dell inclusive participara do esforço de arrecadação de fundos para os Republicanos junto aos ricaços benfeitores de Bush - conhecidos como Rangers e Pioneiros (Bush Pioneers and Rangers). No entanto, mesmo assim, a Diebold participou e venceu a concorrência. Então, suas urnas foram as utilizadas na eleição presidencial nos municípios do Estado de Ohio. Como era de se esperar, a fraude ocorreu, foi comprovada em alguns municípios e o caso foi parar no Tribunal de Ohio. Veja AQUI.

O escândalo se repetiu nas primárias republicanas de 2008. Veja AQUI.

A Premier Election Solutions, antiga Diebold Election Systems Inc. (DESI), era uma subsidiária da Diebold, a fabricante e vendedora de "máquinas de votação", como dizem os americanos ("urnas eletrônicas", para nós). Depois do escândalo, em 2009, ela foi vendida para a concorrente ES & S. Em 2010, a Voting Systems Dominion comprou os ativos primários da Premier, incluindo toda a propriedade intelectual, software, firmware e hardware e todas as versões do sistema de gestão eleitoral GEMS de ES & S. Na época em que a ES & S foi desmembrada da empresa, ela estava sendo julgada por fraude e por monopólio. Seus sistemas estavam em uso em 1400 jurisdições, em 33 estados, e era utilizada por cerca de 28 milhões de eleitores.

Outra subsidiária de venda de sistemas de votação eletrônica está sediada no Brasil, é a Diebold-ProcompA DIEBOLD é a fabricante das urnas eletrônicas brasileiras, as quais são vendidas aqui, pela subsidiária brasileira Diebold-Procomp, para o governo federal.

A Diebold é uma empresa não confiável para realizar algo tão importante como uma eleição. Ela já foi processada por fraudes em três países. Veja AQUI.

A propaganda do governo do Brasil nos diz que a urna é "100% brasileira"! Mentem! Os governantes repetem isso à viva voz. No sistema eleitoral brasileiro, tanto o hardware como os softwares, são desenvolvidos por empresas contratadas. Dizem também que o projeto da urna é brasileiro, mas também é parte da fraude. A fabricação, ainda hoje, é da Diebold. O software básico é o Unix e o software de apuração foi feito pela Procomp, empresa que, repito, pertence à americana Diebold, de Cincinnati, Ohio.

Nas fraudes descobertas em Ohio, o estímulo para alterar o software para o modo fraudulento vinha do cartão do presidente de mesa, quando abria o processo eleitoral, conforme alegou o Estado de Ohio, que processou Diebold (hoje  Premier Election Solutions). Logo, a fraude não podia ser detectada em testes feitos antes ou depois das eleições. A empresa ré, por sua vez, alegou que o problema se originara num programa de antivírus.

Como auditar essas urnas-computadoras? Absolutamente impossível!

Veja este vídeo relativo a um estudo feito pela universidade de Princeton sobre a urna eletrônica produzida pela Diebold (a fabricante da urna brasileira). Clique AQUI.

O comportamento fraudulento é acionado somente depois que a eleição é formalmente aberta e não deixa qualquer vestígio. O estímulo para iniciar a fraude pode vir tanto do software como do “firmware”, de qualquer mídia removível ou mesmo via internet (como vírus). Firmware é o conjunto de instruções operacionais programadas diretamente no hardware de um equipamento eletrônico. É armazenado permanentemente num circuito integrado (chip) de memória de "hardware", como uma ROM, PROM, EPROM ou ainda EEPROM e memória “flash”, no momento da fabricação do componente. Os “bugs” de “firmware” são bem conhecidos e tipicamente usados nas fraudes das máquinas caça-níqueis.

Aliás, a empresa fabricante das urnas brasileiras (a Diebold) é fabricante também de máquinas caça-níqueis. No Brasil a Diebold tem outros clientes, que não compram urnas, como a Caixa Econômica Federal, que acabou de adquirir 25 mil terminais multifuncionais para captura de transações financeiras e jogos de loterias (ver aqui: Caixa suspende pregão de terminais para negociar - 18/10/2013). Outro cliente brasileiro importante da Diebold é o crime organizado (lembram da CPI do Carlinhos Cachoeira). Sobre este último cliente, leia AQUI.

Acorda, Brasil. Vai à luta pela tua dignidade!

A. Quites


Como George W. Bush roubou sua eleição 
Vídeo BBC (Part 1 of 2)
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