segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Fantoches e organizações criminosas

 Por Almir M. Quites              Para compartilhar, toque aqui

Artigo publicado no mesmo dia no meu Facebook

De Costa à Costa
TRAPAÇAS


Eu queria muito que fôssemos de fato a República Federativa do Brasil (RFB), mas a realidade é outra, somos uma espécie de República dos Fantoches e dos Bananas (RFB). 

Bananas, no sentido desagradável, pejorativo.
Fantoches, no sentido de servil, indivíduos facilmente manipuláveis.

Cidadãos tolos ou apenas descuidados, que não defendem as instituições de seu país, acabam iludidos enganados e roubados! No Brasil, muitos candidatos a cargos públicos não passam de fantoches, também conhecidos como "testa de ferro", "laranja" ou "títere".

Um governante fantoche é alguém que tem um cargo público de alto poder político mas que, na realidade, é manipulado por pessoas ou organizações poderosas, do próprio país ou do exterior, as quais se mantém na maior discrição e sem assumir as responsabilidades do cargo. Os que assumem as responsabilidades podem sofrer represálias, até mesmo tentativas de assassinato.

Quando políticos do país são fantoches, a democracia passa a ser uma farsa. A República passa a ser uma fantasia. O povo passa a ser uma comunidade de bananas.

Governar um país por meio de presidentes fantoches tem sido uma tática política no mundo, pelo menos há mais de dois séculos, mas agora está ficando muito mais comum. Muitos ditadores e políticos poderosos costumam entregar formalmente o poder a fantoches seus, por várias razões, seja para seguir as disposições constitucionais relativas a eleições ou a limites de mandatos, seja para fornecer uma fachada civil para um governo militar ou mesmo para se livrar de responsabilizações indesejadas.

Atualmente é evidente que isso está em prática no Brasil.

Pois é, leitor ou leitora, nunca esqueça que muitos políticos são apenas fantoches controlados por pessoas ricas ou organizações poderosas. Há uma rede de interesses para além da parte visível da política, com seus partidos e as fantasias ideológicas.

Você já ouviu falar da família Rothschild, aquela que estabeleceu uma dinastia bancária na Europa? Pois é, foi há muito tempo. Foi em 1815. Rothschild fez sua famosa declaração: "Não me importa qual fantoche é colocado no trono da Inglaterra para governar o Império no qual o sol nunca se põe. O homem que controla a oferta monetária britânica controla o Império Britânico. Eu controlo a oferta monetária britânica."

Nos países total ou parcialmente governados por fantoches, os eleitores fazem um "papelão" (papel de grande tolo) quando se sacrificam apoiando candidatos que tem compromissos inconfessáveis, bem distantes do bem comum.

Os documentários "Zeitgeist, the Movie" (2007) e "Zeitgeist, Addendum" (2008), de Peter Joseph, mostram os elos polêmicos entre a religião organizada, os mercados financeiros globais e a estrutura do poder internacional. Segundo seu diretor, o documentário "tenta localizar as causas da atual corrupção social dominante". Uma delas tem a ver com os fantoches do Banco Central dos EUA (FED). O documentário aponta que não se trata, de fato, de uma instituição federal, mas privada, a qual teria provocado a Grande Depressão de 1929 assim como a crise financeira de 2007 [«Mythology and Iconoclasm of Zeitgeist, The Movie, Scoop News». w w w.scoop.co.nz.]. Nos EUA, a propriedade do FED é secreta. Então, quem realmente controla o Império Americano?

No Brasil, o Banco Central é uma autarquia do governo federal que detém o monopólio da emissão de moeda. Atualmente, a maioria dos países do mundo tem bancos centrais privados controlando seu suprimento de dinheiro.

O dinheiro de um país pode ser oficialmente controlado pelo setor privado, diretamente ou por meio de fantoches! Não apenas o Banco Central de um país, mas qualquer órgão do governo federal, inclusive dos poderes Legislativo e Judiciário podem estar sob o controle de fantoches, a serviço de organizações criminosas do próprio país ou estrangeiras.

Pessoas muito poderoras deveriam ser permanentemente investigadas! O povo deveria ser capaz de cuidar, zelar, para que seu país não caia nestas redes de corrupção. Mas o povo, não percebe, não entente, nem quer entender.

Facções criminosas, podem evoluir a partir de pequenos grupos de bandidos em bairros pobres (formadas por milicianos ou traficantes) e crescer tanto, mas tanto, até se transformarem em organizações capazes de controlar o comércio internacional de drogas, ameaçar ou mesmo matar autoridades e impor o controle territorial em comunidades pobres por todo país.

Facções criminosas também podem se nuclear nas próprias estruturas de poder de um país, sejam nos governos ou no meio privado. Estes núcleos também podem crescer e se fundir, formando grandes organizações criminosas, capazes de captuturar Estados nacionais, colocando seus fantoches em postos chaves do governo.

Geralmente há uma ordem hieráriquica, encabeçada por uma Organização Criminosa Mor, que costumo chamar abreviadamente de OrCriM, que captura os recursos e os órgãos decisórios principais do Estado. Esta organização, a OrCriM, é orbitada por muitas outras organizações criminosas, de diferentes tamanhos e em diferentes níveis de hierarquia. O Estado capturado passa a ser uma simples fachada, sua Constituição (Carta Magna) já não vale nada, nem seu sistema judiciário.

No Brasil, a partir das investigações instauradas no contexto da “Operação Lava-Jato”, em 2014, ficou comprovado que a corrupção estava profundamente impregnada no Governo Federal, nos partidos políticos e em instituições estatais, aparelhando o Estado e degradando o Estado de Direito para Estado de Delinquência Institucional. No entanto, muito antes disso, o Estado brasileiro já estava capturado por bandidos. O Escândalo do Mensalão, por exemplo, eclodiu em junho de 2005, bem antes da existência da Operação Lava-Jato.

Claro que a OrCriM pode capturar, não apenas o Estado, mas também as empresas estratégicas e/ou as mais lucrativas do setor econômico, inclusive do setor de disseminação de informações, como as redes de rádio e de televisão, colocando seus fantoches na administração e em outros postos-chave. A OrCriM também pode capturar e controlar o sistema eleitoral do país!

É óbvio que, num país assim, totalmente dominado, o cargo de Presidente da República passa a servir apenas para manter a ilusão de que o Estado de Direito e a Democracia ainda existem.

Em outras palavras, no Brasil, a Presidência da República está aviltada. Para a OrCriM, convém colocar na Presidência da República um bobão qualquer, que possa ser manipulado facilmente, que mantenha o povo iludido com bravatas e que assuma toda a responsabilidade pelos problemas que ocorrerem e pelo infortúnio do povo.

A OrCriM pode se aliar a outras organizações criminosas internacionais, inclusive aquelas que já tenham capturado outros Estados nacionais.

Aqui, no nosso Brasil, provavelmente existem fantoches até no Poder Judiciário, que se intromete profundamente no sistema eleitoral.

A Justiça Eleitoral, com seu órgão central, chamado TSE (tribunal siamês do STF), é atualmente o dono de uma tecnologia de contagem de votos, a qual foi imposta a todo o Brasil e que impede totalmente as recontagens de votos para conferência, porque se baseia em votos virtuais, que não têm existência real! A urna foi substituída por um computador. Quem vota e que atribui um voto a determinado candidato não é o eleitor, mas o software que comanda o registro do voto. No Brasil, este registro é virtual e quem o faz é um software! O eleitor apenas confere a foto do candidato, mas a foto não é o registro eletrônico do voto. 

Esta Justiça Eleitoral também decide quem pode e quem não pode concorrer a cargos públicos eletivos por critérios que desprezam o Princípio Jurídico da Impessoalidade

O TSE, com seus super poderes, foi criado pelo ditador Getúlio Vargas, no tempo do chamado Estado Novo (1937-1945). Foram as intenções de um ditador que configuraram o TSE.

Tivemos, no ano passado, um exemplo escandaloso de decisão que feriu abertamente o Princípio da Impessoalidade. Foi a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que, no dia 8 de março de 2021, anulou as condenações e indiciamentos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (no âmbito da Operação Lava-Jato). Isto representou, na prática, o início da campanha presidencial de 2022, com um ano e sete meses de antecedência. Fachin determinou a nulidade das ações judiciais que condenavam Lula justificando a decisão com um detalhe processual superado pelo tempo e que não fora questionado, mas sim aceito, pelo próprio sistema judiciário, inclusive pelo próprio STF. Refiro-me à alçada jurisdicional da Justiça Federal de Curitiba, para decidir sobre os casos envolvendo o ex-presidente Lula. Com isso, Fachin colocou Lula na disputa presidencial e recriou a polarização de 2018, a qual impede que novos candidatos possam ter viabilidade eleitoral. Ao mesmo tempo, uma massiva propaganda pelas redes de comunicação demonizavam a Operação Lava-Jato, a qual foi extinta e todos os condenados por ela foram soltos, sem qualquer reexame das provas condenatórias! O povo brasileiro aceitou tudo isso bovinamente!

O ex-ministro Celso de Mello, reconheceu formalmente em seu parecer, aprovado por pelo próprio STF, a existência da OrCriM (Organização Criminosa - “Lava a Jato” - Denúncia - Controle Prévio - Informativo 818-Inq 3.983/DF, relator Ministro Teori Zavascki). Veja este trecho do seu parecer: "Convenço-me, cada vez mais, Senhor Presidente, de que os fatos delituosos objeto de investigação e de persecução penais no âmbito da Operação Lava a Jato nada mais constituem senão episódios criminosos que, anteriores, contemporâneos ou posteriores aos do denominado “Mensalão”, compõem um vasto e ousado painel revelador do assalto e da tentativa de captura do Estado e de suas instituições por uma organização criminosa, identificável, em ambos os contextos, por elementos que são comuns tanto ao 'Petrolão' quanto ao 'Mensalão' ".

Celso de Melo falou de "tentativa de captura de Estado". Em minha opinião, naquele tempo, o Estado já estava capturado. Estava "tudo dominado", como o comentarista Boris Casoy sempre repetia.

Tanto Lula como Bolsonaro são fantoches da mesma OrCriM. Esquerda e Direita! Isto é apenas parte do jogo de cena. É fantasia para povo dormir!

Aqui, no nosso Brasil, Bolsonaro é fantoche do Centrão! No entanto, o esquema é maior! Sim, muito maior. Tudo indica que nossos presidententes sejam fantoches de uma rede internacional. Bolsonaro é fantoche de Trump, mas este também é fantoche! Não esqueçam que o Brasil elegeu Bolsonaro com o mesmo esquema publicitário que elegeu Trump nos EUA e este se elegeu com o mesmo esquema que sustenta Wladimir Putin, na Rússia.

A imprensa norte-americana afirma que "Trump is Vladimir Putin's puppet" (tradução: "Trump é o fantoche de Vladimir Putin"). Trump foi eleito presidente dos EUA com o esquema publicitário de Putin, usado na Rússia e nos seus países satélites.

Tudo isso é muito complexo. Faça sua própria pesquisa no Google. Pode-se encontrar lá muito mais do que estou relatando aqui, especialmente quando se faz buscas em várias línguas estrangeiras.

Isto está comprovado! Explico melhor a seguir.

Vladimir Putin autorizou pessoalmente uma operação secreta da agência de espionagem russa para apoiar um Donald Trump, que ele considerava ser "mentalmente instável", para ganhar as eleições presidenciais dos EUA de 2016. Isto aconteceu durante uma sessão fechada do conselho de segurança nacional da Rússia, de acordo com documentos capturados do Kremlin.
A reunião principal ocorreu em 22 de janeiro de 2016, (sugerem os jornais), com a presença do presidente russo, seus chefes de espionagem e ministros seniores. Eles concordaram que uma Casa Branca comandada por Trump ajudaria a garantir os objetivos estratégicos de Moscou, entre eles o de criar “turbulência social” nos EUA e o enfraquecimento da posição de negociação do presidente americano.

As três agências de espionagem da Rússia receberam ordens para encontrar maneiras práticas de apoiar Trump, em um decreto que tem a assinatura de Putin.
A essa altura, Trump era o líder na corrida à indicação do Partido Republicano. Um relatório preparado pelo departamento de especialistas de Putin recomendou que Moscou usasse “toda a força possível” para garantir a vitória de Trump.

As agências de inteligência ocidentais estão cientes destes documentos e os examinaram cuidadosamente. Os papéis, analisados pelo The Guardian (conhecido jornal britânico fundado em 1936), foram considerados reais e o vazamento, de dentro do Kremlin, foi reconhecido como incomum. O The Guardian mostrou os documentos a especialistas independentes que afirmaram serem genuínos. Até os detalhes incidentais parecem ser precisos. Além disto, dizem que o tom geral e as motivações são consistentes com o pensamento de segurança do Kremlin.

Pessoas de alto poder na Rússia participaram destas reuniões, das quais emergiram este documentos, como Sergei Shoigu, ministro da Defesa encarregado do GRU, a agência de inteligência militar da Rússia; Mikhail Fradkov, então chefe do serviço de inteligência estrangeira SVR da Rússia; e Alexander Bortnikov, o chefe da agência de espionagem FSB. De acordo com um comunicado de imprensa, a discussão abrangeu a economia e a Moldávia.

E Putin? Provavelmente também é um fantoche! Mas este meu texto já ficou muito longo. preciso encerrá-lo.

A política é muito mais complexa do que a vã filosofia popular pode imaginar!

Eleições, ora eleições! Num país como o nosso, os resultados eleitorais são controlados.

Enquanto isso, das 50 cidades mais violentas do mundo, 19 são brasileiras e 43 são latino-americanas. O Rio de Janeiro não está entre estas.

No Brasil, apenas 6 pessoas detêm 50% da riqueza. De acordo com a CEPAL, 30% da população latino-americana ou 175 milhões de pessoas, são pobres sendo que desses, 75 milhões são indigentes. Um dos últimos relatórios da ONU indica que mais 220 milhões ou 38% da população correm risco de se tornarem pobres.

É o resultado da trágica bananice da América Latina.

Qual fantoche os brasileiros vão escolher desta vez? Lula ou Bolsonaro?

Eu não aceito nenhum deles! Vade retro!

Para mais
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Para ler artigos sobre as urnas eletrônicas brasileiras, clique aqui

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