sexta-feira, 20 de maio de 2022

Nossa empresa, nossa vida

 Por Almir M. Quites              Para compartilhar, toque aqui


Caro leitor e leitora, somos sócios de uma mesma empresa, a empresa Brasil.
Num país democrático, o Estado é uma empresa na qual os cidadãos são os sócios proprietários. Dentro do Estado democrático, os sócios são acionistas. Isto significa que eles devem participar na gestão da sociedade e que são os donos do capital da mesma. No entanto, todos devem ter os mesmos direitos e deveres. Como o Estado brasileiro é a nossa empresa, precisamos mantê-la mediante a compra ações, cujo valor está embutido no preço de qualquer produto que o cidadão compre. O orçamento do Estado é formado com este nosso dinheiro e deve ser empregado para nos oferecer serviços públicos adequados, com total transparência e conforme as prioridades estabelecidas pelo Congresso Nacional.
O acionista é também uma credor. Logo, os cidadãos brasileiros devem receber dividendos e bonificações, em forma de desenvolvimento e cuidados em todas as áreas, como a saúde, a educação, cultura, habitação, trabalho, segurança, lazer, agricultura, assistência social, ciência e tecnologia, comunicações, energia, meio ambiente, saneamento, garantia de empregos, de justiça, de liberdade, etc., além de muitas outras vantagens, não necessariamente financeiras.
Pois é, mas hoje a nossa empresa está quase falida! Vejam o que aconteceu e acontece nela. No final de 2002, nós, os acionistas, escolhemos um presidente para a empresa Brasil. Este Presidente administrou muito mal. Foi corrupto e incompetente. No seu primeiro mandato, eclodiu um escândalo de desvio de dinheiro na empresa, o qual foi de enorme proporções. Ficou conhecido como Mensalão. Boa parte dos administradores da empresa foram julgados e condenados pela justiça. Mas, mesmo assim, os acionistas, estranhamente reelegeram o mesmo Presidente da empresa para mais um mandato! Ele jurava que não sabia de nada! A maioria dos acionistas acreditou nisso. A corrupção continuou. Em 2014. eclodiu outro escândalo de desvio de dinheiro, de proporções ainda maiores, que ficou conhecido como Petrolão. Novamente boa parte dos administradores da empresa foram julgados e condenados, desta vez, inclusive o próprio presidente. Depois de mais um mandato do mesmo grupo de administradores, os acionistas já estavam cansados demais. Era enorme a rejeição aos administradores da empresa. Então, no final de 2018, finalmente decidiram escolher um novo presidente, o qual prometia ser radicalmente diferente!

Prometeu, mas não cumpriu!


O novo presidente também se mostrou absolutamente incompetente. Também se envolveu em muitos escândalos, até usou a nossa empresa em benefício de sua família e de seus amigos, causando um prejuízo enorme a nós, os acionistas!
A rejeição ao novo presidente cresceu rapidamente. Hoje, já é enorme! A empresa Brasil já está em estado falimentar! Já não nos paga os dividendos e bonificações como é seu dever. O que os acionistas farão agora? Ainda não sei, mas a grande maioria dos acionistas querem a volta do antigo presidente, aquele do Mensalão e do Petrolão! Dá para entender isto? Não! Parece que estão todos loucos! A empresa Brasil tem mais de 100 milhões de acionistas que poderiam assumir a presidência. Muitos deles são cultos e honestos. Por que voltar a escolher justamente o presidente anterior, que também era corrupto e incompetente? Isto é loucura!

Se os acionistas da Empresa Estado não tem o direito de escolher outro presidente, diferente destes já testados e reprovados, então devem protestar e não se submeter a isso! Os que se submetem estão obviamente aceitando que o Estado não seja democrático. Estão traindo este princípio basilar do Estado de Direito! Talvez por ignorância, talvez por problemas mentais. Parece-me que há uma epidemia de demência, doença muito grave que assola a empresa Brasil. Seu nome: 𝗳𝗮𝗻𝗮𝘁𝗶𝘀𝗺𝗼!
Pobre povo, iludido, vencido! Tolo! 😩

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