segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Europa em grave risco

19/02/2019.
Tetê e eu (
atrás da câmara)
em Moscou.

 Por Almir M. Quites                 

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Hoje faz exatamente 3 anos da minha estada em Moscou, quando "dei conselhos ao Putin", conforme escrevi naquela época. Parece-me que ele não me levou a sério!!!
Bem, o momento atual não está para brincadeira. É mesmo muito grave!

Cito, a seguir, apenas um fato, entre tantos outros, mas que demonstra muito bem o grande perigo que paira sobre a Europa: os militares russos, sob o comando de Putin, podem usar o túmulo radioativo da central nuclear de Chernobil como arma de guerra. Isto é gravíssimo!

Em abril de 1986, quando a usina nuclear de Chernobyl explodiu, eu estava em Aachen, na AlemanhaA carga de radiação por Césio 137 chegou até lá! Isto mostra muito bem o alcance da radiação liberada! Quando se apontava um contador Geiger para a sola do sapato, ele gritava, indicando a presença da radioatividade. As partículas radioativas estavam em todo o solo da Alemanha e, portanto, na sua produção agrícola e pecuária. Estava até nas prateleiras dos supermercados!

Aachen fica a quase 2000 Km de distância da usina de Chernobyl, na cidade de Pripyat, hoje conhecida como "cidade fantasma". Um círculo com centro em Pripyat e raio de 2000 km alcança a Itália, a Grécia, a Turquia e até mesmo Moscou. Claro que a radiação pode ir mais longe ainda, dependendo das correntes aéreas. Se a guerra de Putin continuar, a simples agitação do solo causada por explosões, pode causar danos às paredes de confinamento da radiação.

O comandante Wladimir Putin pode deixar Chernobyl apenas como uma ameaça à Europa, mas também pode, a qualquer momento de fúria oculta por sua incompassividade, comandar o bombardeio do sarcófago da antiga usina nuclear. O pior é que este pode nem ser o maior problema, porque a Ucrânia possui outros reatores nucleares em funcionamento! Estes podem representar um perigo ainda maior.

A Europa tem motivos para estar em pânico.

Infelizmente, parece-me que, quanto mais irresponsável é o político, mais chances ele tem de chegar ao centro do Poder. Eles não têm limites éticos e, por isso, levam vantagem!


Agora reproduzo aqui, o texto que escrevi, há 3 anos, sobre minhas impressões de viagem. Veja!

Depois de muito planejamento e muita economia, Eu e Tetê estamos fazendo um passeio pela Europa. Hoje estamos na Rússia.
Depois de nosso encontro ultra secreto com o Putin, quando lhe demos alguns conselhos, passeamos na Praça Vermelha, a qual, em russo, chama-se "Красная площадь", que se diz "Krasnaya Ploshchad".
É a famosa praça de Moscou, seu imponente coração, com 75000 m2, conhecida pelos grandes desfiles militares dos tempos da União Soviética. Ela é delimitada pela muralha do Kremlin, a Catedral de São Basílio, o Museu de História e o luxuoso shopping GUM. Grandes ruas partem da praça nas diferentes direções da cidade.
A Praça Vermelha não é apenas a praça central de Moscou, mas também de toda a Rússia.
O prédio que aparece no fundo da foto (amplie para ver melhor), apresentado pela Tetê, é o GUM, o shopping conhecido aqui como o mais caro do mundo. Jantamos lá hoje! Não é caro não, só para os russos, porque a moeda deles não vale nada! O nome GUM ("ГУМ") é do tempo de Stalin. GUM era a sigla de "Loja de Departamento Estatal" ("Государственный Универсальный Магазин").
Antes de Stalin, o GUM serviu como lojas populares, mas na época dele, foi transformado em escritórios do Estado. Em 1953, o GUM foi privatizado e voltou a ser usado como lojas de departamentos, mantendo a mesma sigla, mas com novo significado: "Loja de Departamentos Universal".

Alguns dias depois, já na Suécia, voltei a escrever sobre a Rússia. 


25/02/2019
Deu pra ti, Rússia!
Largamos a Rússia! Estamos agora na Suécia, em Göteborg (Gotemburgo). Muito diferente! Aqui falam alemão e inglês. São muito atenciosos. Até o UBER funciona. Temperatura de 3°C.
Em Moscou a temperatura era de -9°C! Muito frio. O povo só fala russo, com muito poucas exceções. Até a linguagem corporal se cala. Tudo fica muito penoso quando não se pode comunicar com ninguém. Nem a senhora que atendia no caixa da casa de câmbio do aeroporto internacional sabia dizer algo em inglês , nem os valores da operação financeira. Só repetia que não falava inglês. E nós não sabíamos falar em russo!
Além disso, o povo é muito fechado, cada um ocupado com algo seu. Claro que não são todos que são assim. Sempre há exceções. Tivemos um motorista de taxi que só falava em russo e, assim mesmo, procurava se comunicar e nos ajudou muito em uma situação bem difícil e incomum.
Mesmo assim, dá para perceber que a índole do povo russo é mais voltada para o individualismo do que eu esperava. Na verdade, trata-se de um povo com uma longa história de opressão, que ainda existe. O militarismo ainda é visível no dia a dia. A propaganda política é menor hoje, mas é ativa.
A Praça Vermelha é maravilhosa, mas é uma ilha de opulência num mar de pobreza. A cidade de Moscou é um caos! O tráfego é o mais emperrado de todos que já vi na vida. As estações do metrô moscovita (Московский метрополитен) são maravilhosas, verdadeiras obras de arte, conhecidas pelo apelido de "palácio do povo", mas se concentram no anel interno da cidade, uma área muito pequena para uma cidade tao grande. Nelas a riqueza está de passagem nos subterrâneos, enquanto a pobreza fica a céu aberto.
As primeiras estações foram construídas em 1935. O delírio de construir templos de luxo e glamour, nos subterrâneos da cidade, foi iniciado por Josef Stálin, o mais sanguinário dos líderes soviéticos, que comandou o país por mais de três décadas, dos anos 1920 aos 1950. As estações celebram abstrações, como o futurismo e a eletricidade, versões heroicas de gente comum, como camponeses, músicos e operários, representando o sonho de um paraíso que o comunismo nunca realizou.
As ricas estações construídas por um povo pobre, muitas vezes submetido a trabalhos forcados, são ilhas de esplendor que servem de propaganda, como o Museu dos Cosmonautas. Este fica num prédio concebido para ser uma obra de arte, mas o museu, que abriga, decepciona.
Acho que só o povo coreano (do norte e do sul) tem uma história de opressão mais dramática que a da Rússia.
Agora, estou em Gotemburgo, a segunda maior cidade da Suécia, com 550.000 habitantes, mas super organizada, com amplas avenidas, sem engarrafamentos e sem aglomerações. Cidade tranquila e alegre, com muitas galerias de arte e arte em todos os lugares. Um povo simples, comunicativo, saudável e com alto padrão de vida.
Chegamos no aeroporto daqui depois da meia noite, tomamos um ônibus por indicação de uma pessoa a quem perguntamos como chegar ao nosso hotel. Pagamos a viagem com cartão de crédito. O motorista ficou de nos indicar onde deveríamos descer para chegar ao hotel, mas passou do ponto e nos disse que deveríamos voltar até a parada anterior. Descemos do ônibus e nos perdemos, mas umas moças que estavam numa parada de ônibus nos orientaram. Pegamos mais dinheiro em um caixa eletrônico da rua e, como estava muito frio e muito tarde, pegamos um taxi que estava parado por ali. Um motorista muito simpático nos levou até a porta do hotel que estava bem próximo. Tudo tão simples como sempre é quando todos se ajudam.
Agora uma foto ao sol do meio-dia!
O sol não sobe no céu daqui. No norte e no inverno é famoso o sol da meia-noite da Suécia, porque há um período do ano em que o sol não se põe. Na foto abaixo, no entanto, mostro o sol do meio-dia de hoje, aqui, quase no sul da Suécia. A foto foi batida na avenida principal da cidade de Gotemburgo, conhecida como Avenyn.
O dia está lindo! Dia claro, seco e sem neve. As calçadas têm mais de 10 metros de largura e as faixas para veículos são amplas, inclusive passam os bondes azuis típicos daqui. O sol está imponente, a cerca de 30° da linha do horizonte. Na foto abaixo ele está logo acima do fio de luz e abaixo dos galhos da árvore. Nesta avenida, os prédios não tem mais que 4 andares.

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