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| Sérgio Moro foi embora! |
No meio de uma dramática crise de tripla emergência, a econômica, a sanitária e a climática, nunca vivenciada no Brasil, o Presidente despreza tudo isso e se preocupa em demitir o chefe da Polícia Federal. Por que?
O Presidente Jair Bolsonaro queria informações da Polícia Federal (PF) sobre processos e investigações nos quais tem interesses pessoais. Então pressionava diretamente o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, subordinado de estrita confiança do Ministro Sérgio Moro.
O que o Presidente Bolsonaro queria de Valeixo era obviamente ilegal e, por isso, ele não cedia. O Ministro Sérgio Moro apoiou a atitude firme de Valeixo. Mesmo com todos os riscos envolvidos, Bolsonaro o demitiu, a revelia de Moro. Então, este também se demitiu. O governo perdeu o Ministro mais importante na sustentação do seu governo.
O que há de tão relevante com a Polícia Federal que o Presidente preferiu demitir o seu diretor-geral mesmo sabendo que seu Ministro da Justiça cairia também?
Respondo.
A PF, acionada pelo STF, investigou e hoje tem dossiê completo sobre como funciona a "milícia digital" de Bolsonaro, incluindo os seus patrocinadores, os mesmos que organizaram as criminosas manifestações pedindo golpe militar e AI-5, e que, por isso, tornaram-se alvo do inquérito aberto pelo STF. Trocando o comando da PF, Bolsonaro tenta estancar as investigações e defender o seu pessoal, principalmente seus três filhos da política. Assim, a substituição de Aleixo visa colocar a Polícia Federal a serviço da família Bolsonaro, para salvá-la das suas enrascadas com a Justiça. É uma vergonha!
Para o Presidente isto é mais importante que as grandes crises que o povo brasileiro vivencia.
A maneira agressiva, grosseira e vulgar com que Jair Bolsonaro trata qualquer um que o contraria, a forma desleal com que "frita" seus subordinados e a impulsividade com que mente, justificam a desconsideração de quem lida com ele, como acontecia no tempo em que era deputado.
Com isso, lembrei-me de artigo que publiquei em dezembro de 2018, antes da posse de Bolsonaro como Presidente da República.
Este artigo, apontava que a campanha de Bolsonaro se apoiava em fantasias e indicava a existência do que hoje chamam de "milícia digital", que ataca seus supostos inimigos com bombas que espalham "fake news" criminosas. Afirmei que o eleitorado estava sendo enganado com uma enorme quantidade de mentiras. Enfim, o artigo explicava que Bolsonaro era apenas um mito e que Sérgio Moro teria grandes dificuldades.
Leia aqui:
➡️ UFANISMO COM O MITO
https://almirquites.blogspot.com/2018/12/ufanismo-com-o-mito.html
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