Por Almir M. Quites
O caso do Senador Aécio Neves com o Supremo Tribunal Federal (STF) demonstra claramente que o Congresso está dominado por uma Organização Criminosa (a OrCrim) que controla o Estado brasileiro através do poder legislativo e dos partidos políticos. As divergências partidárias e as ideologias são apenas farsas para "dar circo ao povo".
Na realidade crua, quase todos os partidos defendem seus corruptos. Neste episódio, mais uma vez, eles adotaram um posicionamento monolítico de autodefesa contra a decisão da 1ª Turma do STF que, no dia 26/09, afastou o senador tucano do exercício do mandato e determinou que ele permanecesse em recolhimento noturno. Quase todos, seja do PT, do PSDB, do PMDB ou do DEM, ou de qualquer outro dos 31 partidos restantes, defendem o mandato de Aécio Neves.
A decisão do STF foi correta e perfeitamente legal. Quem argumenta ao contrário ou tem interesses pessoais na OrCrim ou é muito tolo.
Nos seus pronunciamentos, os senadores deixaram evidente o tom de autopreservação e de corporativismo exarcebado. Vejam, por exemplo, este insincero depoimento: "Eu não estou sinceramente aqui preocupado em querer salvar um colega. Eu acho que nós todos temos que estar preocupados em tentar salvar a Constituição [...???...]. Estou falando aqui do Estado democrático de direito", declarou o Senador Jorge Viana (PT), em discurso no plenário da Casa.
A situação de Aécio Neves começou a se complicar na Justiça com os depoimentos de seu ex-amigo Alexandre Accioly e de Henrique Valladares, ex-diretor da área de energia da Odebrecht. A empresa baiana teria feito pagamento de propina a Aécio por meio de uma conta do empresário em Cingapura, Sudeste Asiático. A propina, segundo os delatores, fazia parte de um acordo para compra de apoio do PSDB ao consórcio que a Odebrecht liderava no leilão para a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia.
Além disso, o Senador foi gravado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, acertando o pagamento de R$ 2 milhões. Em troca, Aécio atuaria em favor da JBS no Congresso Nacional. A gravação foi entregue por Joesley ao Ministério Público Federal (MPF) no acordo de delação premiada. Segundo o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Aécio e o presidente Michel Temer agiam juntos para impedir o avanço da Lava Jato.
Lembro que, em 2014, eu estranhava o modo como Aécio Neves fazia a campanha eleitoral, igualando-se à Dilma na falta de propostas e nunca questionando o Foro de São Paulo. Agora os fatos estão aparecendo. Tudo indica que ele e o PSDB estavam envolvidos no mesmo tipo de corrupção do PT e provavelmente ambos os partidos se entendiam muito bem, tanto entre si como com o PMDB.
Uma sensação similar eu já sentira na campanha presidencial de 2002, com relação a José Serra, que não se impunha ante Lula, um ignorante que não tinha condições de debater com ele. A mesma sensação se repetiu em 2006, com relação ao então candidato Geraldo Alckmim. Todos estes debates me pareciam ser "de mentirinha".
Agora, algumas coisas começam a se encaixar. Chego a pensar que Aécio entrou na eleição de 2014 para perder e, surpreendentemente, quase ganhou. Então, deve ter sido por isso que foi preciso acionar a fraude da fase de totalização dos votos, aquela que é feita nos computadores do TSE. Leia aqui:
Sempre haverá quem, sem lembrar que conspirações existem e sempre existiram de fato, vá simplistamente dizer que "isso é teoria da conspiração". Se for para argumentar assim, estes nem precisariam ter cérebro.
No mesmo dia em que o STF afastou Aécio Neves do Senado, os senadores da República arrobaram os cofres públicos e engordaram o Fundo Partidário com 30% das Emendas Parlamentares, o que representa cerca de R$ 1,6 bilhão, pelos valores de hoje, mas que os parlamentares podem aumentar para o ano que vem, basta exagerar nas ementas parlamentares de 2018. A quanto chegará?
Ter esperanças nas eleições de 2018 é pura tolice!
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O caso do Senador Aécio Neves com o Supremo Tribunal Federal (STF) demonstra claramente que o Congresso está dominado por uma Organização Criminosa (a OrCrim) que controla o Estado brasileiro através do poder legislativo e dos partidos políticos. As divergências partidárias e as ideologias são apenas farsas para "dar circo ao povo".
Na realidade crua, quase todos os partidos defendem seus corruptos. Neste episódio, mais uma vez, eles adotaram um posicionamento monolítico de autodefesa contra a decisão da 1ª Turma do STF que, no dia 26/09, afastou o senador tucano do exercício do mandato e determinou que ele permanecesse em recolhimento noturno. Quase todos, seja do PT, do PSDB, do PMDB ou do DEM, ou de qualquer outro dos 31 partidos restantes, defendem o mandato de Aécio Neves.
A decisão do STF foi correta e perfeitamente legal. Quem argumenta ao contrário ou tem interesses pessoais na OrCrim ou é muito tolo.
Nos seus pronunciamentos, os senadores deixaram evidente o tom de autopreservação e de corporativismo exarcebado. Vejam, por exemplo, este insincero depoimento: "Eu não estou sinceramente aqui preocupado em querer salvar um colega. Eu acho que nós todos temos que estar preocupados em tentar salvar a Constituição [...???...]. Estou falando aqui do Estado democrático de direito", declarou o Senador Jorge Viana (PT), em discurso no plenário da Casa.
A situação de Aécio Neves começou a se complicar na Justiça com os depoimentos de seu ex-amigo Alexandre Accioly e de Henrique Valladares, ex-diretor da área de energia da Odebrecht. A empresa baiana teria feito pagamento de propina a Aécio por meio de uma conta do empresário em Cingapura, Sudeste Asiático. A propina, segundo os delatores, fazia parte de um acordo para compra de apoio do PSDB ao consórcio que a Odebrecht liderava no leilão para a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia.
Além disso, o Senador foi gravado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, acertando o pagamento de R$ 2 milhões. Em troca, Aécio atuaria em favor da JBS no Congresso Nacional. A gravação foi entregue por Joesley ao Ministério Público Federal (MPF) no acordo de delação premiada. Segundo o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Aécio e o presidente Michel Temer agiam juntos para impedir o avanço da Lava Jato.
Lembro que, em 2014, eu estranhava o modo como Aécio Neves fazia a campanha eleitoral, igualando-se à Dilma na falta de propostas e nunca questionando o Foro de São Paulo. Agora os fatos estão aparecendo. Tudo indica que ele e o PSDB estavam envolvidos no mesmo tipo de corrupção do PT e provavelmente ambos os partidos se entendiam muito bem, tanto entre si como com o PMDB.
Uma sensação similar eu já sentira na campanha presidencial de 2002, com relação a José Serra, que não se impunha ante Lula, um ignorante que não tinha condições de debater com ele. A mesma sensação se repetiu em 2006, com relação ao então candidato Geraldo Alckmim. Todos estes debates me pareciam ser "de mentirinha".
Agora, algumas coisas começam a se encaixar. Chego a pensar que Aécio entrou na eleição de 2014 para perder e, surpreendentemente, quase ganhou. Então, deve ter sido por isso que foi preciso acionar a fraude da fase de totalização dos votos, aquela que é feita nos computadores do TSE. Leia aqui:
Viagem no túnel do tempo (http://almirquites.blogspot.com.br/2016/03/viagem-ao-passado-dificil-de-engolir.html)
Sempre haverá quem, sem lembrar que conspirações existem e sempre existiram de fato, vá simplistamente dizer que "isso é teoria da conspiração". Se for para argumentar assim, estes nem precisariam ter cérebro.
No mesmo dia em que o STF afastou Aécio Neves do Senado, os senadores da República arrobaram os cofres públicos e engordaram o Fundo Partidário com 30% das Emendas Parlamentares, o que representa cerca de R$ 1,6 bilhão, pelos valores de hoje, mas que os parlamentares podem aumentar para o ano que vem, basta exagerar nas ementas parlamentares de 2018. A quanto chegará?
Ter esperanças nas eleições de 2018 é pura tolice!
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