Por Almir Quites - 16/09/2016
SE VOCÊ TEM FÉ, CUIDADO! Você pode estar sendo desonesto sem querer!
O espiritual, o extra-terreno, está no campo da imaginação, da fantasia ou da fé. Neste campo, não há ciência, nem poderia haver, porque a ciência se baseia em método específico, especialmente austero. Para serem científicas, as proposições (ou conjunto de hipóteses) devem ser testáveis e rigorosamente encaixadas no corpo de teorias já existentes. Além disso, toda a teoria deve ser permanentemente contestada para que seja reformulada sempre que alguma inconsistência lógica ou factual se apresentar. No campo da fé é diferente. A fé não admite a dúvida!
O espiritual, o extra-terreno, está no campo da imaginação, da fantasia ou da fé. Neste campo, não há ciência, nem poderia haver, porque a ciência se baseia em método específico, especialmente austero. Para serem científicas, as proposições (ou conjunto de hipóteses) devem ser testáveis e rigorosamente encaixadas no corpo de teorias já existentes. Além disso, toda a teoria deve ser permanentemente contestada para que seja reformulada sempre que alguma inconsistência lógica ou factual se apresentar. No campo da fé é diferente. A fé não admite a dúvida!
A fé não esclarece, ela acorrenta o cérebro, não o deixa pensar sobre o que você precisa esclarecer. E pode ser para toda a vida! Você gastará muito tempo, energia e dinheiro para mantê-la porque a realidade sempre estará ao seu redor!
No campo da fé, a contestação não é bem-vinda. A fé cega e seda!
A existência de Deus é verdadeira ou falsa? Não pode ser verdadeira e falsa. Como a religião e a ciência podem resolver esta questão?
É desonesto pretender usar a ciência para justificar questões de fé. Para isso, amiúde, o crente toma da ciência apenas o que lhe interessa e geralmente o interpreta do modo que lhe parece mais conveniente.
Quando os dogmas religiosos entram em conflito com a ciência, os crentes reagem ferozmente, chegam a atrapalhar o desenvolvimento desta e a demonizar cientistas. A história registra casos horrorosos. Giordano Bruno (1548 - 1600), condenado à morte por heresia nos tribunais da Inquisição, e Galileu Galilei (1564 - 1642) foram apenas dois casos famosos de cientistas vitimados por fanáticos religiosos. Este último é considerado um dos criadores do método científico. Portanto, o conflito com os religiosos vem de muito longe no tempo!
É desonesto o que fazem com Einstein, por exemplo, quando usam seu nome para justificar crenças pessoais. Einstein tem sido uma das maiores vítimas do fanatismo religioso. Quando ainda era vivo, ele ficava muito aborrecido com isso. O abuso continua até hoje. Inventam histórias e atribuem absurdos a ele, na ânsia incontrolável de justificar crenças.
A Física Quântica é outra vítima dos crentes. Tem sido desonestamente usada para convencer pessoas de que "a física moderna está comprovando o que a fé já afirmava". O simples adjetivo "quântico" já é tomado como poderosa arma de convencimento.
Se você tem fé, cuidado! A fé inocente é o caminho para o fanatismo. O fanático não tem opinião própria, tem discursos prontos, cujo efeito é a pregação de fundo religioso ou a imposição de idéias políticas.
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Comentários contra e a favor são bem vindos, mesmo que ácidos, desde que não contenham agressões gratuitas, meros xingamentos, racismos e outras variantes que desqualificam qualquer debatedor. Fundamentem suas opiniões e sejam bem-vindos.
No campo da fé, a contestação não é bem-vinda. A fé cega e seda!
A fé nos faz ver o invisível, ouvir o inaudível, realizar o irrealizável e crer no incrível.
A existência de Deus é verdadeira ou falsa? Não pode ser verdadeira e falsa. Como a religião e a ciência podem resolver esta questão?
Os religiosos não aceitam que esta questão possa ser tratada com a lógica e com ferramentas da ciência, porque acreditam que as questões de Deus não podem ser completamente contidas dentro da natureza, especialmente da Física, e, portanto, está fora da capacidade da ciência prover a resposta. Para eles, Deus está fora da natureza, do espaço e do tempo. No entanto, estão quase sempre tentando se convencer de que a ciência está confirmando suas crenças e que, um dia, não mais haverá conflitos. Uma contradição!
É desonesto pretender usar a ciência para justificar questões de fé. Para isso, amiúde, o crente toma da ciência apenas o que lhe interessa e geralmente o interpreta do modo que lhe parece mais conveniente.
Quando os dogmas religiosos entram em conflito com a ciência, os crentes reagem ferozmente, chegam a atrapalhar o desenvolvimento desta e a demonizar cientistas. A história registra casos horrorosos. Giordano Bruno (1548 - 1600), condenado à morte por heresia nos tribunais da Inquisição, e Galileu Galilei (1564 - 1642) foram apenas dois casos famosos de cientistas vitimados por fanáticos religiosos. Este último é considerado um dos criadores do método científico. Portanto, o conflito com os religiosos vem de muito longe no tempo!
É desonesto o que fazem com Einstein, por exemplo, quando usam seu nome para justificar crenças pessoais. Einstein tem sido uma das maiores vítimas do fanatismo religioso. Quando ainda era vivo, ele ficava muito aborrecido com isso. O abuso continua até hoje. Inventam histórias e atribuem absurdos a ele, na ânsia incontrolável de justificar crenças.
A Física Quântica é outra vítima dos crentes. Tem sido desonestamente usada para convencer pessoas de que "a física moderna está comprovando o que a fé já afirmava". O simples adjetivo "quântico" já é tomado como poderosa arma de convencimento.
Se você tem fé, cuidado! A fé inocente é o caminho para o fanatismo. O fanático não tem opinião própria, tem discursos prontos, cujo efeito é a pregação de fundo religioso ou a imposição de idéias políticas.
Fé e má-fé têm muito em comum, tanto é que a própria palavra "boa-fé" tem uma conotação que mescla credulidade e ingenuidade.
Um número crescente de profissionais vem sofrendo ultrajes sem precedentes. Apresento, a seguir, um exemplo.
Leiam aqui, neste endereço, um caso concreto que aconteceu com Einstein:
A FÉ E O ULTRAJE A UM GÊNIO INDEFESO
http://almirquites.blogspot.com.br/2014/06/a-fe-e-o-desacato-um-genio-indefeso.html
A fé cega.
É o preço que os crentes pagam para mantê-la intacta.
Leiam aqui, neste endereço, um caso concreto que aconteceu com Einstein:
A FÉ E O ULTRAJE A UM GÊNIO INDEFESO
http://almirquites.blogspot.com.br/2014/06/a-fe-e-o-desacato-um-genio-indefeso.html
A fé cega.
É o preço que os crentes pagam para mantê-la intacta.
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Nota do autor em 20/09/2016:
Sempre que escrevo algo sobre religião e fé, logo sobrevém uma enxurrada ofensas, as quais tenho que apagar, nas redes sociais e mesmo aqui, no meu blogue. No caso deste artigo, lembro ainda de algumas mensagens. Estas, por exemplo: "Este filho da puta ..."; "Mesmo com sua soberba, Deus vai em frente com a sua obra", "A violência do mundo é por causa de ateus como este". Como se vê, reagem contra o autor e não apresentam argumentos contrários.
Os crentes costumam contestar até a História e dizer que a Igreja não perseguiu cientistas. Não adianta argumentar com fanáticos. Apenas lembro que os abusos da Igreja vêm desde a Santa Inquisição, passando pelo Index Librorum Prohibitorum (lista de publicações proibidas pela Igreja Católica), até o distorcer, o desmerecer, difamar, etc., praticado ainda hoje, como no exemplo pessoal aqui exposto.
Em 31/10/1992, o Papa João Paulo II reconheceu os enganos cometidos pelo tribunal eclesiástico que condenou Galileu Galilei à prisão. Galileu foi pressionado a se retratar diante do tribunal da Inquisição, dizendo que era falsa a ideia de que a Terra girava em torno do seu eixo e em torno do Sol. Essa revisão de posicionamento da Igreja, portanto, ocorreu 350 anos após a morte do cientista italiano.
O mesmo Papa veio a público novamente para pedir perdão, no dia 15/04/2004, desta vez pelos crimes de morte e tortura cometidos pela Santa Inquisição.
Para ler mais sobre o tema de hoje, indico o seguinte texto: CIENTISTAS, FILÓSOFOS E LIVRES PENSADORES QUE A INQUISIÇÃO MATOU EM NOME DE DEUS.
Sempre que escrevo algo sobre religião e fé, logo sobrevém uma enxurrada ofensas, as quais tenho que apagar, nas redes sociais e mesmo aqui, no meu blogue. No caso deste artigo, lembro ainda de algumas mensagens. Estas, por exemplo: "Este filho da puta ..."; "Mesmo com sua soberba, Deus vai em frente com a sua obra", "A violência do mundo é por causa de ateus como este". Como se vê, reagem contra o autor e não apresentam argumentos contrários.
Os crentes costumam contestar até a História e dizer que a Igreja não perseguiu cientistas. Não adianta argumentar com fanáticos. Apenas lembro que os abusos da Igreja vêm desde a Santa Inquisição, passando pelo Index Librorum Prohibitorum (lista de publicações proibidas pela Igreja Católica), até o distorcer, o desmerecer, difamar, etc., praticado ainda hoje, como no exemplo pessoal aqui exposto.
Em 31/10/1992, o Papa João Paulo II reconheceu os enganos cometidos pelo tribunal eclesiástico que condenou Galileu Galilei à prisão. Galileu foi pressionado a se retratar diante do tribunal da Inquisição, dizendo que era falsa a ideia de que a Terra girava em torno do seu eixo e em torno do Sol. Essa revisão de posicionamento da Igreja, portanto, ocorreu 350 anos após a morte do cientista italiano.
O mesmo Papa veio a público novamente para pedir perdão, no dia 15/04/2004, desta vez pelos crimes de morte e tortura cometidos pela Santa Inquisição.
Para ler mais sobre o tema de hoje, indico o seguinte texto: CIENTISTAS, FILÓSOFOS E LIVRES PENSADORES QUE A INQUISIÇÃO MATOU EM NOME DE DEUS.
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Almir Quites
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