Por José J. de Espíndola* - 21/09/2016
São já oito ações no STF contra Renan Calheiros e nenhuma decisão ou sinal de que um julgamento (pelo menos!) esteja ao alcance da vista. Eis no que dá a notória e patológica morosidade do STF.
Tinha razão José Nêumanne ao dizer, no programa Roda Viva, na cara do entrevistado, o ‘cientista’ do Direito Marco Aurélio de Mello, que “...era um homem de bem, mas se fosse um corrupto, adoraria ter foro privilegiado para ser julgado pelo STF”. E citou uma simples estatística: enquanto Moro já julgara 71 ações, com várias condenações, o STF continuava sentado em cima de outras tantas sem que, como falei acima, se perceba um sinal de um julgamento à vista. Uma tragédia para a Nação, mas um consolo e uma esperança para pessoas como Renan Calheiros e outros tantos parlamentares.
Renan Calheiros que, para nossa angústia é presidente do Senado, acha, como diz Augusto Nunes, que no Brasil é o bandido (ou seja, gente como ele próprio) que deve perseguir o xerife.
A cidadania deve estar alerta para as urdições deste indivíduo, cuja ousadia não o deteve sequer de, em conluio com Lewandowski, estuprar a Constituição da República, fatiando o Parágrafo único do seu Art. 52, para não só evitar a inadmissibilidade da presidANTA impedida mas, quem sabe, poder salvar a barra de alguns parlamentares corruptos, ele inclusive, que venham a perder, na Justiça, o mandato.
Agora ele luta, nos esgotos do Congresso, para passar leis que imobilizem as investigações do MPF, cerceiem a liberdade de ação e julgamento de juízes (Moro está na mira dele) e garantem a impunidade de políticos que estão na mira da Lava-Jato. Já quebrou a cara com a recente tentativa imoral de, em conjunto com alguns deputados asseclas, perdoar os crimes de caixa dois cometidos até agora. Mas, não se tenha dúvidas, ele voltará à carga.
O modelo sonhado por este conterrâneo de Collor é a Itália de Berlusconi (O Calheiros de lá) que aprovou várias leis tornando inócuos os achados do movimento das Mãos Limpas (a Lava-Jato de lá) e mantendo na Itália, por consequência, o desonroso título de país mais corrupto da União Europeia.
O desespero de Calheiros, e outros bandidos com mandatos, cresce sempre que a Lava-Jato avança.
Leiam abaixo o que escreve Augusto Nunes sobre ele.
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José J. de Espíndola é Engenheiro Mecânico pela UFRGS, Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio, Doutor (Ph.D.) pela Universidade de Southampton, Inglaterra, Doutor Honoris Causa da UFPR, Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.
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Renan Calheiros acabou de ampliar seu prontuário ─ um dos mais alentados e repulsivos do Congresso ─ com a tentativa de anistiar os colegas enfiados até o pescoço no pântano do caixa dois. O delinquente alagoano deveria estar na gaiola há muito tempo. Em vez disso, está na presidência do Senado e, pelo jeito, em campanha para assumir o posto de Supremo Juiz da Operação Lava Jato.
Nesta terça-feira, à caça de justificativas para a manobra obscena abortada na 25ª hora, Renan condenou os procuradores federais engajados na força-tarefa: “A Lava Jato precisa acabar com esse exibicionismo, como vimos agora no episódio do ex-presidente Lula e em outros”, ensinou o pecador sem cura nem perdão. “Isso, ao invés de dar prestígio, retira prestígio do Ministério Público e obriga o Congresso Nacional a pensar numa legislação que proteja garantias individuais e coletivas”.
Haja cinismo. Segundo o fundador da bancada do cangaço, os meliantes especializados no golpe do caixa dois não legislam em causa própria quando tentam livrar-se do castigo pelos incontáveis crimes que praticaram. Querem apenas impedir que milhões de inocentes sejam perseguidos pelos cruéis procuradores de Justiça e impiedosos agentes da Polícia Federal liderados pelo malvado Sérgio Moro.
Veterano canastrão do faroeste à brasileira, Renan ainda acredita que, nestes trêfegos trópicos, é o bandido que persegue o xerife. Vai descobrir que as coisas mudaram quando acordar numa cela de cadeia.
Comentários contra e a favor são bem vindos, mesmo que ácidos, desde que não contenham agressões gratuitas, meros xingamentos, racismos e outras variantes que desqualificam qualquer debatedor. Fundamentem suas opiniões e sejam bem-vindos.
São já oito ações no STF contra Renan Calheiros e nenhuma decisão ou sinal de que um julgamento (pelo menos!) esteja ao alcance da vista. Eis no que dá a notória e patológica morosidade do STF.
Tinha razão José Nêumanne ao dizer, no programa Roda Viva, na cara do entrevistado, o ‘cientista’ do Direito Marco Aurélio de Mello, que “...era um homem de bem, mas se fosse um corrupto, adoraria ter foro privilegiado para ser julgado pelo STF”. E citou uma simples estatística: enquanto Moro já julgara 71 ações, com várias condenações, o STF continuava sentado em cima de outras tantas sem que, como falei acima, se perceba um sinal de um julgamento à vista. Uma tragédia para a Nação, mas um consolo e uma esperança para pessoas como Renan Calheiros e outros tantos parlamentares.
Renan Calheiros que, para nossa angústia é presidente do Senado, acha, como diz Augusto Nunes, que no Brasil é o bandido (ou seja, gente como ele próprio) que deve perseguir o xerife.
A cidadania deve estar alerta para as urdições deste indivíduo, cuja ousadia não o deteve sequer de, em conluio com Lewandowski, estuprar a Constituição da República, fatiando o Parágrafo único do seu Art. 52, para não só evitar a inadmissibilidade da presidANTA impedida mas, quem sabe, poder salvar a barra de alguns parlamentares corruptos, ele inclusive, que venham a perder, na Justiça, o mandato.
Agora ele luta, nos esgotos do Congresso, para passar leis que imobilizem as investigações do MPF, cerceiem a liberdade de ação e julgamento de juízes (Moro está na mira dele) e garantem a impunidade de políticos que estão na mira da Lava-Jato. Já quebrou a cara com a recente tentativa imoral de, em conjunto com alguns deputados asseclas, perdoar os crimes de caixa dois cometidos até agora. Mas, não se tenha dúvidas, ele voltará à carga.
O modelo sonhado por este conterrâneo de Collor é a Itália de Berlusconi (O Calheiros de lá) que aprovou várias leis tornando inócuos os achados do movimento das Mãos Limpas (a Lava-Jato de lá) e mantendo na Itália, por consequência, o desonroso título de país mais corrupto da União Europeia.
O desespero de Calheiros, e outros bandidos com mandatos, cresce sempre que a Lava-Jato avança.
Leiam abaixo o que escreve Augusto Nunes sobre ele.
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José J. de Espíndola é Engenheiro Mecânico pela UFRGS, Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio, Doutor (Ph.D.) pela Universidade de Southampton, Inglaterra, Doutor Honoris Causa da UFPR, Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.
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O prontuário ambulante que preside o Senado capricha na pose de Supremo Juiz da Operação Lava Jato
Renan Calheiros ainda acredita que, no Brasil, é o bandido que persegue o xerife
Por: Augusto Nunes 20/09/2016 às 20:25
Renan Calheiros acabou de ampliar seu prontuário ─ um dos mais alentados e repulsivos do Congresso ─ com a tentativa de anistiar os colegas enfiados até o pescoço no pântano do caixa dois. O delinquente alagoano deveria estar na gaiola há muito tempo. Em vez disso, está na presidência do Senado e, pelo jeito, em campanha para assumir o posto de Supremo Juiz da Operação Lava Jato.
Nesta terça-feira, à caça de justificativas para a manobra obscena abortada na 25ª hora, Renan condenou os procuradores federais engajados na força-tarefa: “A Lava Jato precisa acabar com esse exibicionismo, como vimos agora no episódio do ex-presidente Lula e em outros”, ensinou o pecador sem cura nem perdão. “Isso, ao invés de dar prestígio, retira prestígio do Ministério Público e obriga o Congresso Nacional a pensar numa legislação que proteja garantias individuais e coletivas”.
Haja cinismo. Segundo o fundador da bancada do cangaço, os meliantes especializados no golpe do caixa dois não legislam em causa própria quando tentam livrar-se do castigo pelos incontáveis crimes que praticaram. Querem apenas impedir que milhões de inocentes sejam perseguidos pelos cruéis procuradores de Justiça e impiedosos agentes da Polícia Federal liderados pelo malvado Sérgio Moro.
Veterano canastrão do faroeste à brasileira, Renan ainda acredita que, nestes trêfegos trópicos, é o bandido que persegue o xerife. Vai descobrir que as coisas mudaram quando acordar numa cela de cadeia.
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