Por ALMIR QUITES - 26/10/2015
O resultado da recente eleição na Argentina é mais um evento da derrocada do populismo latino-americano. Pela primeira vez, em mais de uma década, o sobrenome Kirchner não esteve nas cédulas eleitorais. Os candidatos apoiados pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreram uma avassaladora derrota, domingo (25/10/2015), um resultado que expõe a perda de popularidade da governante. Os candidatos da fragmentada oposição venceram em todos os principais distritos da Argentina, como nas províncias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe e Mendoza. Os populistas, tudo indica, perdem popularidade. Agora, a Argentina inicia a caminhada para o segundo turno.
Todos os países latino-americanos que se autodenominam pomposamente de "Socialismo do Século XXI" estão naufragando. Por que? Os motivos são bem simples!
Os governos populistas costumam esquecer que a riqueza deve ser produzida. Eles se limitam a dizimar os recursos públicos existentes em nome da redução da pobreza. Na verdade, o que fazem é uma gastança irresponsável e muita demagogia. Ao mesmo tempo, os governantes se locupletam. Chega um momento em que a economia colapsa, a redução da pobreza estanca e se reverte em aumento acelerado. A redução da pobreza na América Latina populista estagnou nos últimos quatro anos.
Atualmente, 28% dos latino-americanos são pobres, dos quais quase metade vive em extrema pobreza. Em 20% dos casos, é a pobreza crônica, de acordo com dados do Banco Mundial. As pessoas que tinham sido retiradas da pobreza hoje retornam a ela.
Na Venezuela, um país cujo governo se ufana de suas conquistas sociais, a pobreza aumentou de 25,4% para 32,1% em apenas dois anos (2012 e 2013). Na Argentina, outro país que aposta no modelo nacional-populista, a pobreza é agora de 27,5%.
Os governos populistas são estudados pelos maiores economistas do mundo há muito tempo. Já se sabe que eles só funcionam a curto prazo. Sabe-se que os modelos redistributivos populistas não são eficazes nem sustentáveis. A América Latina deveria saber disso e não precisava cometer este erro gravíssimo. No entanto, elegemos pessoas incultas e despreparadas.
Assim se expressou Ralph Rotte, PhD., professor de ciência política e economia na Universidade RWTH de Aachen: "Na América Latina, os populismos foram financiados pelo boom das commodities e pelos déficit orçamentários. Os gastos sociais e os subsídios nas áreas da saúde, alimentos, remédios e combustíveis aumentaram, mas os investimentos necessários em infraestrutura, educação e inovação tecnológica foram negligenciados". Ele acrescenta: "Esse tipo de política redistributiva funciona apenas a curto prazo e se os preços de matérias-primas e commodities são elevados" (Professor für Politische Wissenschaft an der RWTH Aachen: http://www.ipw.rwth-aachen.de/person/rot_pressefotos.html).
Apesar de no início haver altas taxas de crescimento, o crescente déficit orçamentário resulta em inflação excessiva. Junta-se a isso um crescente intervencionismo estatal, uma grande burocracia, custosa propaganda, muita corrupção, nepotismo, desrespeito ao Estado de Direito. O resultado só pode ser desastroso.
Os governos populistas esquecem que um país precisa ser administrado, com planejamento de longo prazo e com investimento estatal que priorize a infraestrutura e a educação, além de incentivos para os investidores nacionais e estrangeiros para ajudar a modernizar e diversificar a economia.
Os regimes populistas só pensam em resultados de curto prazo e anseiam pelo Estado forte, dominador. Eles não aceitam que a sociedade se organize por si mesma, em ambiente de livre concorrência e numa verdadeira democracia.
A insustentabilidade dos programas assistenciais também leva ao aumento da pobreza, com o agravante de as dificuldades dos pobres serem ainda maiores porque a educação e as qualificações profissionais foram negligenciadas e a economia arrasada. O resultado é que todo o país sofre, inclusive aqueles que já não eram pobres.
Continue lendo aqui:
NOSSO POPULISMO EM GRAVE CRISE
http://almirquites.blogspot.com.br/2015/09/nosso-populismo-em-grave-crise.html
O resultado da recente eleição na Argentina é mais um evento da derrocada do populismo latino-americano. Pela primeira vez, em mais de uma década, o sobrenome Kirchner não esteve nas cédulas eleitorais. Os candidatos apoiados pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreram uma avassaladora derrota, domingo (25/10/2015), um resultado que expõe a perda de popularidade da governante. Os candidatos da fragmentada oposição venceram em todos os principais distritos da Argentina, como nas províncias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe e Mendoza. Os populistas, tudo indica, perdem popularidade. Agora, a Argentina inicia a caminhada para o segundo turno.
Todos os países latino-americanos que se autodenominam pomposamente de "Socialismo do Século XXI" estão naufragando. Por que? Os motivos são bem simples!
Os governos populistas costumam esquecer que a riqueza deve ser produzida. Eles se limitam a dizimar os recursos públicos existentes em nome da redução da pobreza. Na verdade, o que fazem é uma gastança irresponsável e muita demagogia. Ao mesmo tempo, os governantes se locupletam. Chega um momento em que a economia colapsa, a redução da pobreza estanca e se reverte em aumento acelerado. A redução da pobreza na América Latina populista estagnou nos últimos quatro anos.
Atualmente, 28% dos latino-americanos são pobres, dos quais quase metade vive em extrema pobreza. Em 20% dos casos, é a pobreza crônica, de acordo com dados do Banco Mundial. As pessoas que tinham sido retiradas da pobreza hoje retornam a ela.
Na Venezuela, um país cujo governo se ufana de suas conquistas sociais, a pobreza aumentou de 25,4% para 32,1% em apenas dois anos (2012 e 2013). Na Argentina, outro país que aposta no modelo nacional-populista, a pobreza é agora de 27,5%.
Os governos populistas são estudados pelos maiores economistas do mundo há muito tempo. Já se sabe que eles só funcionam a curto prazo. Sabe-se que os modelos redistributivos populistas não são eficazes nem sustentáveis. A América Latina deveria saber disso e não precisava cometer este erro gravíssimo. No entanto, elegemos pessoas incultas e despreparadas.
Assim se expressou Ralph Rotte, PhD., professor de ciência política e economia na Universidade RWTH de Aachen: "Na América Latina, os populismos foram financiados pelo boom das commodities e pelos déficit orçamentários. Os gastos sociais e os subsídios nas áreas da saúde, alimentos, remédios e combustíveis aumentaram, mas os investimentos necessários em infraestrutura, educação e inovação tecnológica foram negligenciados". Ele acrescenta: "Esse tipo de política redistributiva funciona apenas a curto prazo e se os preços de matérias-primas e commodities são elevados" (Professor für Politische Wissenschaft an der RWTH Aachen: http://www.ipw.rwth-aachen.de/person/rot_pressefotos.html).
Apesar de no início haver altas taxas de crescimento, o crescente déficit orçamentário resulta em inflação excessiva. Junta-se a isso um crescente intervencionismo estatal, uma grande burocracia, custosa propaganda, muita corrupção, nepotismo, desrespeito ao Estado de Direito. O resultado só pode ser desastroso.
Os governos populistas esquecem que um país precisa ser administrado, com planejamento de longo prazo e com investimento estatal que priorize a infraestrutura e a educação, além de incentivos para os investidores nacionais e estrangeiros para ajudar a modernizar e diversificar a economia.
Os regimes populistas só pensam em resultados de curto prazo e anseiam pelo Estado forte, dominador. Eles não aceitam que a sociedade se organize por si mesma, em ambiente de livre concorrência e numa verdadeira democracia.
A insustentabilidade dos programas assistenciais também leva ao aumento da pobreza, com o agravante de as dificuldades dos pobres serem ainda maiores porque a educação e as qualificações profissionais foram negligenciadas e a economia arrasada. O resultado é que todo o país sofre, inclusive aqueles que já não eram pobres.
Continue lendo aqui:
NOSSO POPULISMO EM GRAVE CRISE
http://almirquites.blogspot.com.br/2015/09/nosso-populismo-em-grave-crise.html
___________________________________________________________
O que é o populismo?
Como reconhecer um populista?
====
POPULISMO NA AMÉRICA LATINA
REGIMES POPULISTAS INVENTAM INIMIGOS
====
O que é o populismo?
Como reconhecer um populista?
====
POPULISMO NA AMÉRICA LATINA
REGIMES POPULISTAS INVENTAM INIMIGOS
====
Veja também:
(Clique sobre o título)
(Clique sobre o título)
- LULA: CAMPEÃO DO MUNDO EM DUAS CATEGORIAS
- O PSDB PARTICIPA DA FARSA DO TSE?
- ELEITOR, VOCÊ É TOLO!
- SÃO 13 ANOS DE ILUSÃO E DESPERDÍCIO
- ESQUECERAM O PROJETO CRIMINOSO DE PODER
- MEA CULPA, MEA MAXIMA CULPA
- O VERGONHOSO "TOMA-LÁ, DÁ CÁ"
- A ADOÇÃO DO VOTO IMPRESSO É SOLUÇÃO?
- VERÃO QUE UM LEVY SOLITÁRIO NÃO FAZ VERÃO!
- A ESTULTA ARTE DE DILMA
- CONSPIRAÇÃO CONTRA O BRASIL
- FANATISMO E POLÍTICA
- PSEUDOCIÊNCIAS, SUPERSTIÇÕES E IDEOLOGIAS SÃO PERNICIOSAS
- USO DA ESCOLA PARA DOUTRINAÇÃO POLÍTICA
- DOUTRINAÇÃO NAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES
__________________________________________________
"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""
Aviso sobre comentários:
Comentários contra e a favor são bem vindos, mesmo que ácidos, desde que não contenham agressões gratuitas, meros xingamentos, racismos e outras variantes que desqualificam qualquer debatedor. Fundamentem suas opiniões e sejam bem-vindos.
Por favor, evite o anonimato! Escreva o seu nome no final do seu comentário.
Não use CAIXA ALTA, isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente.
Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
___________________________________________________________
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Nenhum comentário:
Postar um comentário