por J.J. de Espíndola, Ph.D. / 14/12/2014
O sanguinário ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca, era o comandante da VAR- Palmares, organização na qual militou uma certa terrorista conhecida hoje como Dilma Rousseff. Ela participou do assalto à casa da amante do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, tendo roubado expressiva quantia de dólares, cujo destino jamais foi descoberto. Participou do ataque ao Consulado Americano em São Paulo, que matou um inocente membro temporário daquele consulado, às vistas da esposa e filhos. Neste mesmo ataque, um brasileiro que passava pela região foi atingido e teve amputadas as duas pernas e teve ceifada sua carreira de aviador civil.
Recentemente a imprensa noticiou que Dilma chorou na cerimônia de entrega do relatório da Comissão da Farsa, que ela presidiu, alegando ter sido torturada pelo regime militar.
Dilma é uma mulher falsa, ardilosa, sem escrúpulos e mentirosa.
(Abro um parêntesis para informar: Dilma colocou, no seu currículo Lattes, as informações mentirosas de que possuía o grau de mestre e doutor em economia pela Unicamp, só para ser aceita pela Comissão Pinguelli Rosa, que estudava o setor de energia, no final de 2002, para o futuro governo Lula. Uma vez na comissão, encheu seu laptop com os estudos elaborados pelos outros membros e conseguiu, através do governador Olívio Dutra, uma audiência privada com Lula, para expor os achados da comissão. Ou seja, deu uma tremenda puxada no tapete de Pinguelli Rosa para dançar, com as pernas deste, à frente de Lula, em audiência particular e, dizem, a portas fechadas. Foi assim que iniciou sua trajetória para ocupar, no futuro, a posição de poste de Lula na presidência da República). Pronto, fecho o perêntesis.
Esta mesma Dilma, como presidente, assinou a Lei nº 12.528 de 2011 que instituiu a Comissão Nacional da Verdade (CNV). Este foi o nome dado a comissão brasileira que deveria investigar as graves violações de direitos humanos ocorridas no Brasil entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. Sete membros foram nomeados pela própria Dilma e mais catorze auxiliares. O resultado, agora divulgado, é o que era de se esperar.
O texto abaixo, com o qual me identifico integralmente, o dedico àqueles que amam a imprensa chapa branca (financiada pelo Fundo Partidário do PT e outras fontes, entre as quais a arrombada Petrobras), e odeiam a imprensa livre. São os eleitores de Dilma.
Reinaldo Azevedo, articulista da imprensa independente, ocupa um lugar de honra no departamento de Ódio, Mentira e Mistificação do PT. Mais uma razão para eu recomendar sua leitura.
José J. de Espíndola, PhD.
Comissão Nacional da Farsa
(Reinaldo Azevedo. FSP de 12/12/2014)
A revisão da Lei da Anistia é uma aberração jurídica. Uma comissão oficial da verdade é, por definição, uma comissão da mentira oficial. Serve a causas políticas, a grupos ideológicos de pressão e à consolidação de mistificações convenientes. Só não serve aos fatos.
Ainda que a Lei 6.683, a da Anistia, fosse "autoanistia", seu fundamento foi incorporado pela Emenda Constitucional nº 26, que convocou a Constituinte. Está lá, com todas as letras, no parágrafo 1º do artigo 4º: "É concedida, igualmente, anistia aos autores de crimes políticos ou conexos (...)". Na proposta original, a anistia excluía os crimes de sangue. Foram as esquerdas que cobraram que ela fosse "ampla, geral e irrestrita". Sei porque eu fazia parte dos grupos de pressão.
Há mais. A Comissão Nacional da Verdade foi instituída por uma lei, igualmente aprovada pelo Congresso, a 12.528. Lê-se no artigo 6º: "Observadas as disposições da Lei nº 6.683, de 28 de agosto de 1979, a Comissão Nacional da Verdade poderá atuar (...)". Qualquer que fosse o trabalho da comissão, o pressuposto era a anistia.
Mais um pouco. O artigo 1º dessa lei estabelece que a comissão deve "examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos" praticadas de "18 de setembro de 1946 até a data da promulgação" da Constituição. Mas a turma se dedicou apenas aos crimes havidos a partir de 1964. A todos os crimes? Não! Os humanistas decidiram que alguns cadáveres não merecem nem sepultura histórica. Os assassinatos cometidos por terroristas não ocuparam o tempo dos donos da verdade. Segundo eles, são 434 os mortos e desaparecidos. As 120 pessoas eliminadas pelo terrorismo viraram esqueletos descarnados também de memória. Como? Não são 120? Isso é papo de milico? Por que os valentes da comissão não investigaram?
Pais de família inocentes sumiram do mapa dos fatos. Contumazes assassinos, como Marighella e Lamarca*, ocupam o panteão dos heróis. Esse relatório é um lixo moral. Mais uma vez, a turma mandou a lei à breca: o inciso 3º do artigo 3º determina que a comissão se ocupe de crimes cometidos também "na sociedade", não só nos aparelhos de Estado.
Como levar a sério uma "Comissão da Verdade" que não respeita nem o texto legal que a criou e que ignora que a Lei da Anistia, como condição da Constituinte, foi referendada por um Congresso eleito livremente? Como levar a sério uma "Comissão da Verdade" que elimina da história a verdade dos cadáveres que não interessam à causa?
De resto, há a decisão já tomada pelo Supremo, assegurando a higidez da Lei da Anistia. Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, dado a alegorias de mão em matéria de constitucionalismo, o tribunal deve se debruçar de novo sobre a questão, depois que a Corte Interamericana de Direitos Humanos – certamente ignorando a aprovação da Emenda 26 – censurou a Lei 6.683 porque seria "autoanistia". Eu não sabia que a Corte Interamericana é tribunal revisor do STF. Que besteira!
"Anistia" tem a mesma raiz de "amnésia". É, para fins políticos e penais, "esquecimento", o que não é sinônimo de "perdão", "absolvição" ou apagamento da memória narrativa. Para tanto, é preciso ter honestidade intelectual para contar a história dos mortos de modo a não servir aos interesses de vivaldinos.
Reinaldo Azevedo, jornalista, é colunista da Folha e autor de um blog na revista 'Veja'. Escreveu, entre outros livros, 'Contra o Consenso' (ed. Barracuda), 'O País dos Petralhas' (ed. Record) e 'Máximas de um País Mínimo' (ed. Record). Escreve às sextas-feiras.
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Como tratar uma Comissão da Verdade que acusa pessoas publicamente sem acusação formal no Judiciário! O que ele faz é um linchamento público!
Veja este vídeo
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