sexta-feira, 4 de março de 2016

Passado difícil de engolir

Por Almir Quites - 03/03/2016



VIAGEM NO TÚNEL DO TEMPO 

O conto (narrativa) que conta o verdadeiro conto (embuste


PRÓLOGO

Sim, viagem ao passado é possível. Açoitada por paradoxos, ela esgaça o tecido binário, espacial e temporal, mas traz de volta um recorte do passado. Você pode vivenciar este fragmento comodamente e em segurança.

Aqui, em instantes, você e outros leitores vão fazer uma viagem no tempo. Tudo de graça. Basta continuar lendo.

Vamos para o passado, precisamente ao dia 26 de outubro de 2014. Vocês vão assistir o evoluir da apuração da eleição presidencial. Vão sentir o que foi suprimido da vivência dos brasileiros, porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só divulgou o resultado final. 

Nesta viagem, não levaremos bagagens, nem mesmo a memória atual. Porém, quando voltarmos, vocês terão a dupla memória de um mesmo tempo do passado. É uma experiência interessante! 

Enquanto estivermos no passado, seremos apenas observadores, não vamos alterar nada. Portanto, não influenciaremos o futuro, senão muito marginalmente. Este cuidado é fundamental, devido aos paradoxos que esta experiência pode despertar. O mais simples deles tem potencial de anular os objetivos ou, até mesmo, toda a memória da viagem. 

Escolhemos visitar este evento justamente para que ele possa fazer parte da memória de, ao menos, alguns poucos brasileiros. Afinal, o sistema eleitoral de um país deve ser sagrado, pautado na honestidade e na justiça. É por meio dele que um país escolhe seus governantes e seus representantes perante eles. Qualquer fraude em eleições nacionais equivale a um Golpe de Estado. Por isso, nada deve ser feito em segredo, mas em total transparência.

O sistema eleitoral deve seguir estritamente os princípios basilares da moralidade e da publicidade aplicáveis à administração pública. O Princípio da Publicidade requer que o sistema eleitoral seja transparente, absolutamente livre de atos sigilosos (ressalvadas as hipóteses em que o sigilo seja indispensável, como na exigência constitucional de sigilo quanto à autoria do voto). Todos os atos do sistema devem ser auditáveis, acessíveis à verificação dos cidadãos, por seus próprios meios, já que todos eles são afetados pelo resultado eleitoral. Os instrumentos de transparência e de verificação da lisura do processo eleitoral são fundamentais.

Um país que não preserva, com especial esmero, esses princípios basilares será governado por delinquentes e, assim, condenará seu povo às injustiças e à pobreza. 

Se, no futuro, conseguirmos fazer o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cumprir o que está posto no caput do artigo 37 da Constituição Federal, referente ao princípio da transparência do ato público, reforçado pelo artigo 5º, incisos XXXIII, XXXIV e LXXII, todos os dados da apuração da eleição presidencial de 2014 serão enfim desvelados. Então, aqueles que fizeram esta viagem, verão que todos os dados nela revelados estavam corretos

Antes da viagem, o contexto histórico deve estar bem claro. Para ajudar os viajantes, preparei o seguinte texto (abaixo) cujo título é "O APAGÃO LEGAL". 


Leiam este texto agora. É bem pequeno. 


O APAGÃO LEGAL

De um modo geral, as eleições brasileiras são questionadas, especialmente por sua inconstitucionalidade, por ferir o princípio da transparência do ato público. As eleições presidenciais de 2014, decididas em segundo turno entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), foram mais controvertidas ainda, porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dono das urnas e simultaneamente normatizador, juiz e também executor do processo eleitoral (o Super STF), decidiu não transmitir os resultados parciais da totalização dos boletins de urna e limitou-se apenas a apresentar o resultado final. Só às 20 horas (horário de Brasília), após o encerramento da votação no Acre, o TSE anunciou o resultado final: DILMA ESTAVA ELEITA! Ponto final!

O brasileiro não teve a emoção de acompanhar o desenrolar da contagem dos votos. Caso contrário, ficaria indignado, especialmente a partir das 18 horas e 30 minutos. O motivo alegado para estabelecer este apagão legal (esta blindagem) foi que a legislação eleitoral não permitia a divulgação de resultados enquanto a votação persistisse no Acre, cujo fuso horário era de três horas de diferença em relação ao de Brasília. Se fosse esse o motivo real, então, a apuração deveria ter começado às 20h! Que diferença faria atrasar a apuração em algumas horas? Nem os técnicos confinados no TSE saberiam dos resultados, pois a Lei deve valer para todos os brasileiros. Afinal, o que importa é a fidedignidade do resultado e a transparência do ato público. O que não importa é a velocidade da apuração.

O novo horário de verão no extremo oeste brasileiro fora sancionado pela presidente Dilma Rousseff um ano antes (30 de outubro de 2013), determinando a volta do quarto fuso horário, a partir de 10 de novembro de 2013, conforme resultado do referendo realizado em 2010. Este fuso antecipa-se em duas horas ao horário de Brasília e em três horas durante no verão (logo, 5 horas antes de Greenwich).

A totalização dos boletins de urna só terminou às 23 horas, mas a pequena vantagem que Dilma possuía às 20 horas já lhe garantia a vitória ante a escassez dos votos ainda não computados.

Assim, os eleitores brasileiros foram impedidos de acompanhar a evolução da totalização dos votos. Apenas um grupo muito restrito de cerca de 30 técnicos do TSE, especialistas em informática, supostamente "sem qualquer comunicação com o mundo exterior" (como acreditar nisso!), puderam acompanhar o que se passou. Segundo afirmou o TSE, estes técnicos, responsáveis pela apuração, foram mantidos isolados, sem contato inclusive com outros membros da Corte.

É justamente isto que vamos testemunhar nesta viagem ao passado: o que se passou durante este "black-out" de informações estabelecido pelo TSE. Excetuando os técnicos de TSE, vocês, os viajantes, serão os únicos a ter a vivência do que se passou naquela ocasião, no período que se estendeu das 17 horas até às 20 horas.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Vamos à nossa viagem trans-temporal. 


Preparados?

Vamos entrar no túnel do tempo.


Você verá que, durante a totalização dos 112.683.879 votos, fatos muito estranhos ocorreram! Conheça-os e discuta com seus companheiros de viagem. 

Eu também vou, mas não interferirei em nada. Vou como relator. Vou anotar tudo para que fique bem documentado.

Concentrem-se! 


Vou fazer, agora, a contagem regressiva. 

TRÊS, DOIS, UM... JÁ!

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DE VOLTA AO PASSADO
Chegamos. Nosso presente agora é este. Hoje é domingo, dia 26 de outubro de 2014. 

Estamos num restaurante. Pelo menos parece um restaurante. Estamos sentados numa mesa, coberta com uma toalha azul-escuro, tendo ao lado algumas poltronas muito confortáveis, num ambiente muito bem arrumado, onde caberiam umas 30 pessoas, mas é só o nosso grupo que está aqui. Na direção da cabeceira da mesa retangular, há uma TV de tela grande que passa a programação normal. A TV está anunciando que interromperá excepcionalmente a programação, de 15 em 15 minutos, para informar o andamento da apuração das eleições presidenciais. Estas interrupções são exclusivamente para nós. Nenhum outro brasileiro as terá. Para os demais, o apagão da apuração eleitoral será total. 

Embora não tenham havido apresentações formais, parece que todos os viajantes já se conheciam, porque a conversa flui animada. Parece ser um grupo bem inteligente.

Você e seus amigos comentam as últimas notícias, inclusive sobre os técnicos "confinados no TSE". 

Um de seus companheiros de viagem dizia: 
– "No Brasil, toda a apuração é secreta, tanto dentro da urna como também na totalização dentro do TSE! Não acredito que os técnicos, que comandam os computadores do TSE, não possam interferir nos resultados. Os computadores só obedecem a comandos humanos". 
Outro concordou:
– "Pois é, somos obrigados a acreditar que todos eles sejam honestíssimos. Como tudo é secreto, é difícil engolir isso!". 
– "O ambiente deve ser de tensão na sala reservada aos técnicos incomunicáveis. Há enormes interesses em jogo! Pelo menos, o controle de dois trilhões de reais anuais, que é o orçamento do Brasil".
– "Os técnicos sabem o que fazem", disse alguém. 
E outro: 
– "Esta foi a eleição mais suja da história do Brasil! Espero que os brasileiros tenham percebido isso". 

Às 17 horas, os poderosos computadores do TSE começaram a somar freneticamente os boletins de urnas recebidos pela secreta rede interna do TSE. Eram votos referentes aos os boletins de Goiás, Minas Gerais, Espirito Santo e dos estados situados ao sul destes, exceto o Mato Grosso do Sul. A uma taxa de mais de 4444 votos somados por segundo, em 15 minutos, a totalização já havia alcançado cerca de 4.000.000 votos.

– "Atenção pessoal, vai sair o primeiro boletim! Pischsch...!" Indicador em riste em frente à boca.

A TV apresentou o resultado e a turma anotou para poder comentar depois.
  • 17h e 15' 
  • Total de votos = 3.999.816
  • Brancos =    68.397
  • Nulos     =    185.191  
  • Aécio     = 2.426.289 
  • Dilma    = 1.319.939 
  • Diferença pró Aécio Neves = 1.106.350 votos

Ao receber esta notícia, você e seus amigos se surpreenderam. 
– "Tudo isso em 15 minutos! Mas não deu nem tempo de transportar os pendrives para o TRE!"
– "Aécio tem quase o dobro dos votos da Dilma! Como?!
– "Estes devem ser votos das urnas colocadas muito próximas dos TREs!
– "Não era isso que as pesquisas previam. Pelas pesquisas de intenção de voto a diferença entre os candidatos era de 2 a 3 % apenas!
– "É, também no primeiro turno das eleições as pesquisas de boca de urna erraram. Quando se diz que uma pesquisa tem confiabilidade de 99% e margem de erro de 2% (o que foi o caso da boca de urna do Ibope), isso significa que o estado real das opiniões tem 99% de chances de estar no intervalo entre 2% a menos e 2% a mais que a previsão. Isto não pode dar errado. Se der, invalida a pesquisa". 

Era uma incontida euforia para os amigos ali reunidos, porque todos eles preferiam uma mudança radical no país! 
– "A diferença é muito grande. Como explicar isso? Algo parece estar errado!"
– "Calma pessoal! São apenas os primeiros quatro milhões de votos!"
– "Tens razão, são apenas 4% do total de votos!"
– "Pô, 4% em 15 minutos!"
– "Grande coisa! Estão apenas somando boletins de urna. Isto para um computador é normal."

Assim vai a conversa, entre bicadas geladas e piadas quentes, até que vem outro boletim sobre as eleições.

Os computadores do TSE operavam agora a uma taxa de quase 15.000 votos somados por segundo. 

  • 17h e 30'
  • Total de votos = 12.239.437
  • Brancos=   209.294
  • Nulos   =    566.686
  • Aécio   = 7.183.718
  • Dilma   = 4.279.739
  • Diferença pró Aécio Neves = 2.903.979

Ao receber esta notícia, a surpresa é maior. 
– "A diferença pró Aécio dobrou! Como?! Agora já temos 11% dos votos totalizados.
– "Pela última pesquisa do Datafolha Aécio terá 56% dos votos válidos nos estados do Sudeste. Então, não está muito errado. Só um pouco abaixo do esperado!
– "Em minha opinião estas pesquisas de intenção de voto só servem para preparar os eleitores para aceitarem melhor o que as urnas já estão programadas para anunciar."
– "Isto é teoria da Conspiração".
– "Ah! Tá! Então conspiração não existe! Nunca existiu!"
– "Só quando existe é que não é só teoria!"
– "Ha Ha Ha!! A teoria, que só é evocada para negar a conspiração, só funciona quando a conspiração não existe! Ha Ha Ha!"

Os amigos, ali reunidos, estavam contentes! 
– "Como explicar essa enorme diferença? Parece grande!"
– "Calma pessoal, são apenas os primeiros 11% de votos!"
– "Lá vem o desmancha prazer!"
– "Relaxa! Dá mais um golinho aí!"

A prosa continua, entre tiradas travessas e goles reconfortantes, o tempo passa. Novo boletim é anunciado.

  • Horário: 17h45'
  • Total de votos = 24.158.88
  • Brancos =   413.117
  • Nulos     =   1.118.557
  • Aécio     = 13.269.825
  • Dilma    =   9.357.390
  • Diferença pó Aécio = 3.912.435

Haja euforia! 
– "A diferença pró Aécio amentou! Agora já são 2/5 dos votos totalizados. Estamos chegando rapidamente na metade da totalização. Logo, logo tudo estará decidido.
– "A percentagem do Aécio em relação aos votos válidos permanece quase a mesma. Não está muito errado em relação ao previsto para o Sudeste, segundo o DataFolha.
– "Pára aí, cara, não estamos tratando do Sudeste. Os votos que estão sendo apurados agora são do Sul, do Sudeste, mais o estado de Goiás e, claro o Distrito Federal! São os estados que têm o mesmo fuso horário de Brasília. Esta região tem quase 63% dos eleitores do Brasil."
– "Oops! 63%!!!!!!! Então quem vence aqui com mais de 37% de diferença não perde mais!"
– "É. Daqui a pouco já começa a totalização nos estados do Nordeste, mais o Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. É outro fuso horário."
– "Sim, mas a apuração do Sul continua, não terminou".
– "Claro que não terminou. A apuração do horário de Brasília não chegou nem em um quarto do total".
– "Esta região que começou há pouco, do Nordeste e outros estados, tem apenas 31,4% do eleitorado brasileiro. Estou vendo aqui no Google.
– "Só!"
– "É o que consta aqui."

O papo sagaz continua, a certeza da vitória já é maior. Ninguém mais falou das dúvidas quanto à inconstitucionalidade da urna eletrônica e do sistema de totalização dos boletins de urna.

Mais um boletim vem aí.

  • Horário: 18h
  • Total de votos: 37.118.292
  • Brancos:   634.723
  • Nulos    :  1.718.577
  • Aécio    : 20.346.763
  • Dilma   : 14.418.229 
  • Diferença pró Aécio:  5.928.534

– "Olha só! A diferença continua aumentando. Já está chegando a seis milhões!"
– "Acho que vai diminuir..."
– "Lá vem ele, de novo! Até agora só aumentou".
– "É que as urnas designadas para serem fraudadas são justamente às dos grotões do Brasil e de outras periferias. Além disso, são as mais indicadas para fraudes na totalização. São justamente os boletins destas que chegam por último nos TREs. Estas têm alta probabilidade de não terem os seus boletins fotografados pela turma do 'Você Fiscal'. Daqui para frente serão estas urnas que serão somadas na região do fuso horário de Brasília, no sul e sudeste."
– "Bem, me lembra de outra coisa. São nestes grotões e outras periferias que o Bolsa Família é mais eficaz como comprador de votos". 
– "Ainda faltam 75 milhões de votos!"
– "A Dilma tem que tirar a diferença de seis milhões em 75 milhões. Ainda dá!"
– "Em média, ela terá que ter... 8% de votos a mais em todas as urnas que ainda não chegaram ao TSE. Será possível?"
– "Acho que não. Desta vez o povo aprendeu que a campanha política foi baseada só em mentiras e calúnias!"
– "Este cálculo não está correto. Você não descontou os votos brancos e nulos!"
– "É verdade, em cada boletim de urna há, pelo menos, 6% de brancos ou nulos."

Conversa vai, conversa vem...

  • Horário: 18h15' 
  • total      : 49.917.704
  • Brancos:      853.593
  • Nulos    :   2.311.190
  • Aécio    : 26.989.105
  • Dilma   : 19.763.817
  • Diferença pró Aécio: 7.225.288

– "Olha só! A diferença continua crescendo. Já passou de sete milhões!"
– "E agora além das periferias do Sul já estão sendo contados os votos no Nordeste e Centro Oeste, mais Pará e Amapá."
– "Faltam menos de 56% dos votos. Destes, cerca de 6% serão brancos ou nulos."
– "A diferença a favor de Aécio já corresponde a 14% dos votos válidos. Será possível à Dilma reverter isso, nesta outra metade da totalização?"
– "Tenho certeza que sim. As urnas já roubaram um pouquinho ao emitir os boletins de urna e esta fraude é absolutamente impossível de ser comprovada. Se isto não for suficiente, então os computadores, na totalização dos boletins, ainda poderão socorrer a presidente, fraudando as urnas dos confins".
– "Ah, já vem você de novo com a tal conspiração".
– "Eu só estou aventando uma possibilidade. Afinal, a totalização dos boletins de urna não é secreta? Tu é que já vens novamente com a Teoria da Conspiração, que só serve para negar seu próprio objeto e só mesmo quando ele já foi negado".
– "Puxa, que frase complexa! 'Pera aí', me deixa anotar esta frase para poder interpretar com calma". 
– "Se um ato da administração pública, como a apuração eleitoral, for secreta, como de fato é, então qualquer suspeita é legítima".
– "Falou! Tá falado!"
– "O que é que você tá fazendo aí?"
– "Um gráfico".
– "Deixa ver".
– "Espera, estou terminando...

A conversa, entre bicadas e pontadas, era alegre. 
Novo boletim se apresenta.


  • Horário: 18h 30'
  • Total   : 63.517.078
  • Brancos:   1.086.142
  • Nulos    :   2.940.841
  • Aécio    : 34.148.687
  • Dilma   : 25.341.408
  • Diferença pró Aécio: 8.807.279

– "A diferença ainda cresce. Já é de 8,8 milhões!" 
– "Estão somando cerca de 20.000 votos por segundo. A apuração vai acabar logo."
– "Já passamos da metade do processo. Faltam só cerca de 44% de votos".
– "Faltando só 44% dos votos a serem totalizados e vendo o gráfico que eu fiz, o que é que vocês concluem?"
– "Deixa ver".


– "A 'vaca' da Dilma 'foi para o brejo'! Viva!"
– "É! Acho que a "vaca está atolada"."
– "A vaca deitou, atolada, no brejo".
– "Brinde! 'Tim, Tim'. Enfim, parece que o Brasil acordou!"
– "Arruma um papel melhor para ele!"
– "Vai fazer este gráfico de novo! Este está muito ruim."
– "Tá bem, eu faço outro.
– "Parem de se referir a nossa presidente deste jeito. Alguém pode pensar que vocês estão chamando a presidente de vaca!
– "Quem, eu? Não! A vaca que eu citei é a do dito popular 'a vaca foi pro brejo'!"

O falatório continua e a expectativa se converte em esperança de um país melhor!

Chega outro boletim:


  • Horário: 18h 45'
  • Total     : 75.356.533
  • Brancos :   1.288.597
  • Nulos     :   3.489.007
  • Aécio     : 39.157.893
  • Dilma    : 31.421.036
  • Diferença pró Aécio: 7.736.857

– "Epa! A diferença caiu!?"
– "Não, praticamente ficou estável."
– "É mau sinal?"
– "Não, falta só 1/3 de votos a serem apurados e a diferença ainda é de quase oito milhões!"
– "Será que dá para tirar 8 milhões de diferença em apenas 37 milhões dos votos restantes? Precisaria ter, em média, pelo menos 22% de votos a mais que o Aécio."
– "Nem com mágica! 6% destes restantes são nulos ou brancos."
–  "Uma mágica agora ficaria muito na cara"!

O blá-blá-blá segue alegre. Um novo boletim da apuração é anunciado.


  • Horário: 19h
  • Total   : 89.556.054
  • Brancos:   1.531.409
  • Nulos    :   4.146.535
  • Aécio    :  44.515.445
  • Dilma   :  39.362.574
  • Diferença: 5.153.052

– "Epa! Caiu mais..."
– "Os votos da região que segue o fuso horário de Brasília já devem estar escasseando."
– "Daqui para a frente vão entrar também os votos  de Rondônia, Amazonas e Roraima! Estes três estados têm só 2,6% dos eleitores."
– "É. Falta menos de 1/4 dos votos para serem apurados. Menos de 28 milhões."
– "A apuração agora está mais lenta. Só 15.800 votos por segundo."
– "Isto não interessa!"
– "Acho que a queda do Aécio foi grande. Espero que não aumente."

O diálogo fica mais sério, enquanto a expectativa se converte em preocupação.


Em contraste, na TV, o assunto já é outro: um comentário sobre os momentos decisivos da novela 'Chocolate com Pimenta'. O desinteresse desfaz a percepção do tempo.

Então, começa um novo boletim.


  • Horário: 19h 15
  • Total    : 100.288.652
  • Brancos :  1.714.936
  • Nulos     :  4.643.365
  • Aécio     : 47.902.040
  • Dilma    : 41.728.311
  • Diferença: 1.873.729

– "Epa! Epa! Em 15 minutos a diferença caiu mais de três milhões!"
– "Estranho! A previsão é que o Aécio ganha em Rondônia e Roraima!"
– "... e no Amazonas?"
– "Não sei... Me parece que perde no Amazonas".
– "É, mas faltam menos de 17% dos votos para serem apurados. Cerca de 19 milhões."
– "Acho que a queda do Aécio foi grande demais. Será que fizeram a mágica?"
– "Acho que o Aécio ganha. Os boletins de urna que ainda não foram somados são os das regiões de maior rarefação populacional. Além disso, faltam só 19 milhões de votos para contar."
– "Não sei não... A queda é muito acentuada!"
– "Há 15 minutos, um petista chamado Eduardo Guimarães anunciou aqui pelas redes sociais que a Dilma ganhou. Está aqui, olha! Ele diz que sua fonte é alguém do Palácio do Planalto."
– "... do Palácio do Planalto? Era só o que faltava!"
– "A postagem é de 18h 59'. No último boletim, anterior a esta postagem, a diferença a favor de Aécio ainda era de quase oito milhões de votos!"
–  "Deve ser um 'chutão'. Quem é este cara?"
–  "Não sei".
–  "Então, esquece!"

O pedido enfático para que esquecessem o fato, por ser de fonte sem credibilidade, não foi contestado. 

Já não há empolgação. Há menos conversa entre os comestíveis e bebestíveis.

Assim, com os fatos contrariando a lógica aparente, o tempo passa e novo boletim atrai a atenção de todos.

  • Horário: 19h 30'
  • Total  : 103.555.391
  • Brancos:  1.770.797
  • Nulos   :   4.794.615
  • Aécio   : 48.647.320
  • Dilma  : 48.342.659
  • Diferença pró Aécio: 304.661 

– "Como pode isso! Caiu de novo! Caiu... 1,5 milhões."
– "Se empatar, tem prorrogação?"

Parece que ninguém ouviu a pergunta deste engraçadinho.

Fez-se silêncio. Era difícil de acreditar.
– "Uma diferença tão pequena, faltando tão poucos votos a apurar?"
– "Ainda faltam 9 milhões, cerca de 8%.
– "Os boletins das periferias do segundo fuso horário já devem estar sendo apurados."
–  "Olha esta agora, aqui!  Às 19h 26', o petista Luiz Eduardo Greenhalgh publicou no Twitter e no Facebook que é hora de comemorar porque Dilma ganhou! Olha o que ele escreveu: 'Festejemos após o anúncio oficial do TSE esta vitória histórica contra o fascismo, a mídia aética e o PSDB' ".
–  "No boletim das 19h 15' a vantagem de Aécio ainda era de quase 2 milhões de votos". 
–  "Alguém está recebendo informações antes de nós!"
–  "Aquele outro petista, o tal de Eduardo, tinha razão. O outro Eduardo".
–  "Este Luiz Eduardo Greenhalgh, quem é ele?"
–  "É aquele bigodudo, fundador do PT e membro do MST. Aquele que defende os encapuçados dos Black Blocs. Foi o advogado indicado pelo PT para acompanhar as investigações do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel".
–  "Foi também advogado do Césare Battisti, aquele ativista que foi condenado na Itália por vários assassinatos e acolhido por Lula aqui no Brasil. Foi também deputado federal do PT por mais de 15 anos".
– "Perceberam a sutileza da recomendação: 'que se comemore apenas após a divulgação oficial pelo TSE'! Muito estranho isso!"

Então, com um semblante abatido, alguém conclui:
– "Fizeram a mágica!

Poucas palavras desesperançadas depois, novo boletim é anunciado:

  • Horário = 19h 45'
  • Total     = 105.715.181
  • Brancos =    1.807.730
  • Nulos     =    4.894.613
  • Aécio     =  49.246.250
  • Dilma    =  49.766.589
  • Diferença pró Dilma: 520.339 

– "Faltam 6% dos votos. Um pouquinho menos de sete milhões."
– "A esperança é a última que morre!", disse aquele engraçadinho.

Ninguém mais falou, até o novo boletim.

  • Horário: 20h
  • Total   : 107.548.118
  • Brancos:    1.839.073
  • Nulos     :   4.979.478
  • Aécio     : 49.645.591
  • Dilma    : 51.083.976
  • Diferença pró Dilma: 1.438.385   

– "Não, não acredito! Dilma virou definitivamente! Mais quatro anos de mandato! Quem suporta isso?"
– "O Brasil não suporta!"
– "Faltam 5% dos votos. Começou a apuração no Acre e num pedacinho do extremo oeste de Amazonas."
– "Esta região só tem 0,7% dos votos do Brasil."

As esperanças se foram...

  • Horário: 20h 15'
  • Total   : 109.148.043
  • Brancos :   1.866.432
  • Nulos     :   5.053.554
  • Aécio     : 50.303.154
  • Dilma    : 51.924.903
  • Diferença pró Dilma: 1.621.749                        

Consternação total!
– "Faltam 3,1%."

  • Horário: 20h 30'
  • Total   : 110.427.985
  • Brancos:   1.888.319
  • Nulos    :   5.112.816
  • Aécio    : 50.663.985
  • Dilma   : 52.762.866
  • Diferença pró Dilma: 2.098.881

– "Faltam 2,2%".
– "Não foi o Nordeste que deu a vitória a Dilma, foram os votos das periferias do Brasil, principalmente do conjunto de estados que têm o fuso horário de Brasília, justamente os que têm 63% dos eleitores do Brasil.
– "Acho que quem deu a vitória à Dilma não foi nenhuma das regiões do Brasil, mas algo ritmo aconteceu!"
– "Algo o que?"
– "Algoritmo! Uma ajudinha de algum algoritmo inserido nos comandos dos computadores do TSE."
– "Ah, sim. Um algoritmo teria sido ativado no momento preciso!"
– "O pior é que, se foi assim, nunca ninguém saberá. O lugar mais seguro para fazer fraudes de informática é justamente dentro do TSE."
– "Amigos, este não é o melhor momento para discutir este assunto."
– "Fizeram a mágica!"

  • Horário: 20h 45'
  • Total   : 111.227.948
  • Brancos:   1.901.998
  • Nulos    :   5.149.854
  • Aécio    : 50.702.494
  • Dilma   : 53.473.602
  • Diferença pró Dilma: 2.771.108

– "Falta 1,3%"
– "Fizeram a mágica...

  • Horário: 21h
  • Total   : 111.867.918
  • Brancos:   1.912.941
  • Nulos    :   5.179.485
  • Aécio    : 50.846.485
  • Dilma   : 53.929.171
  • Diferença pró Dilma: 3.082.850

– "Falta... só 0,72%!"


  • Horário: 21h 30'
  • Total   : 112.507.888
  • Brancos:   1.923.885
  • Nulos    :   5.209.115
  • Aécio    : 50.936.057
  • Dilma   : 54.438.831
  • Diferença pró Dilma: 3.502.774

– "Falta 0,15%. Praticamente este já é o resultado final."
– "Tínhamos que ter implantado o voto conferível pelo eleitor, o chamado "voto impresso". Já fiquei ressabiado quando a Ministra Carmen Lúcia, quando presidente do TSE, apresentou aquele triste parecer no STF, no qual exibia sua completa ignorância sobre o sistema do voto impresso. A presidente do TSE, entre tantas outras bobagens que escreveu, afirmou que a adoção do voto impresso violaria o princípio constitucional do "sigilo do voto"! Um disparate desses foi escrito e assinado pela presidente do TSE em uma seção STF! Isto deixa claro que todos  os ministros, que aprovaram o tal parecer por unanimidade, não entendem absolutamente nada de informática e muito menos de sua aplicação em sistemas eleitorais. Como, além disso, tudo é secreto, o que mais pode acontecer lá dentro, especialmente no nível técnico. Se tudo é secreto, temos total legitimidade para desconfiar e total direito de exigir mudanças imediatas.
– "Tem mais... Por três vezes o voto impresso foi aprovado no Congresso Nacional. A última foi no ano passado, quando a presidente Dilma vetou e o Congresso derrubou o veto". 
 – "Forças ocultas atuam, diria Jânio Quadros".

  • Horário: 23h (resultado final)
  • Total   : 112.683.879 
  • Brancos:   1.926.894
  • Nulos    :   5.217.264
  • Aécio    : 51.038.603
  • Dilma   : 54.501.118
  • Diferença pró Dilma: 3.462.515

– "É o fim da picada!"

Era hora de voltar...

O novo gráfico foi esquecido em cima da mesa. Estava assim:


A pergunta que martelava nas mentes era: o que aconteceu às 18h 30', quando a tendência mudou tão radicalmente?  Às 18h 30' tinham sido apurados cerca de cerca de 63,5 milhões de votos, mais da metade do total. Daí para diante Dilma passou a ter mais votos que Aécio em todos os boletins do noticiário. 

Ainda olhando o gráfico, alguém falou:
– "O que pode justificar a brusca mudança de tendência a partir das 18h 30'? A reversão foi tão pronunciada que não deveria ser difícil apontar as causas. Alguém pode me ajudar a responder a esta pergunta? Lembrando: às 17 horas começou a totalização dos boletins de urna da parte do país que tinha o mesmo fuso horário de Brasília; às 18 horas começou a totalização dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará, Amapá e os estados do Nordeste; às 19 horas começou a totalização no Amazonas, Rondônia e território de Rio Branco; e, finalmente, às 20 horas começou no Acre e no pedacinho do extremo oeste de Amazonas". 
–  "Será que, quando começou a apuração do Norte e Nordeste, a do Sul e Sudeste já tinha terminado?  Não, elas foram simultâneas na maior parte do tempo."
–  "Será que as periferias do Norte e Nordeste foram tão iludidas assim com as mentiras e calúnias eleitoreiras?"
- "Será que houve fraude feita de dentro do TSE?"

Hora de regressar. Vocês levarão as memórias desta experiência!



Vamos entrar novamente no túnel do tempo.

De volta ao futuro! Preparados?

Concentrem-se! 


Vou fazer, agora, a contagem regressiva. 

TRÊS, DOIS, UM... JÁ!
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DE VOLTA AO FUTURO

Chegamos. Nosso presente agora é aqui. Hoje é (claro, pelo horário de Brasília).


Alguns fatos estranhos ocorreram neste nefasto período que presenciamos em nossa viagem ao passado. A marcha da totalização dos votos não foi transmitida pela mídia, porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu não transmitir os resultados parciais da totalização dos boletins de urna e se limitou a apresentar o resultado final. A primeira informação do TSE sobre a apuração só foi liberada às 20h de domingo (horário de Brasília). Foi quando o Brasil soube direto o resultado final: DILMA ESTAVA ELEITA! Portanto, durante o black-out de informações, nenhum brasileiro deveria ter recebido qualquer informação sobre a apuração do pleito, exceto aquele seleto grupo de 30 técnicos do TSE que juntamente com o ministro Tofolli, foi trancafiado, incomunicável, na sala dos computadores do TSE. Só eles poderiam saber o que se passava. 

Mas a verdade é outra!

Enquanto todos os brasileiros acreditavam que só alguns técnicos "incomunicáveis" teriam essa informação "sigilosa", assistindo o minuto a minuto da totalização dos votos, às 18h 59', portanto, no momento em que Aécio ainda tinha uma vantagem de mais de 6,4 milhões de votos (o último boletim dava uma diferença de 7,7 milhões de votos pró Aécio), um ativista petista chamado Eduardo Guimarães soube do resultado eleitoral, "por uma fonte do Planalto". Vejam o que ele publicou e atentem para a hora da postagem.




Não parece ser problema de configuração de fuso horário do Twitter, porque ele se refere a acontecimentos que coincidem com os do horário de Brasília.


Às 19h 26', o petista Luiz Eduardo Greenhalgh publicou o seguinte em sua conta no Twitter e no Facebook, na noite de domingo, 26 de outubro, 






Repararam no horário de ambas as postagens? Isso mesmo, a primeira foi às 19h 26'. A essa hora, Greenhalgh tinha certeza de que Dilma estava reeleita. O último boletim ainda dava 7,7 milhões de votos de vantagem para Aécio.


Também aqui, não parece ser problema de configuração de fuso horário do Twitter, porque ele recomenda: "festejemos após o anúncio oficial do TSE". O que significa que o TSE ainda não tinha anunciado o resultado final. O tom da mensagem é o de quem anuncia uma novidade em primeira mão. Quando o fuso horário do Twitter ainda não está configurado, ele opera com a hora de São Francisco, Califórnia, EUA (pelo menos 4 horas a menos que Brasília). Neste caso, o "tuite" de Greenhalgh estaria anunciando algo que todos os brasileiros já saberiam.

No segundo tuíte, daquela mesma noite, às 21h 21', ele exalta petistas criminosos, condenados pelo Mensalão, e divide com eles os méritos da vitória!

Como relator da viagem, também tenho as minhas observações.

Como a apuração era secreta a todos os brasileiros, exceto aos 30 técnicos do TSE, como que o Palácio do Planalto informou o petista a respeito da vitória de Dilma às 18h 59' conforme demonstra o post de Eduardo Guimarães? E mais, como Greenhalgh podia ter certeza, às 19h 26min, que Dilma estava reeleita, se Aécio ainda estava à frente? O boletim de 19h15' ainda dava quase 2 milhões de vantagem a Aécio. Na hora da corrupção, eles não sabem de nada, mas na hora da apuração, sabem de tudo.

Os petistas podem alegar que era apenas torcida de Greenhalgh e Guimarães, mas não é esta a impressão que se tem. Como acreditar na competência e lisura do TSE, de Dias Toffoli, inclusive em matéria de contagem de votos, se ele não consegue impedir nem o vazamento do resultado antes da divulgação oficial tanto a internautas como a alguns jornalistas?

Uma auditoria transparente e absolutamente independente do poder político é o mínimo que o TSE deve ao povo brasileiro diante de toda essa aparente bagunça. Por que o TSE não publicou toda a evolução da apuração eleitoral depois no dia seguinte ao da apuração, pelo menos estado por estado? Poderíamos ter feito análises muito interessantes. Antigamente, no tempo da urna de lona e apuração manual, os jornais publicavam os resultados urna por urna. Hoje só publicam o resultado final para o Brasil inteiro.

Como sempre acontece, tudo que o Tribunal Superior Eleitoral fez foi vir a público garantir que a apuração dos votos é absolutamente confiável, que não houve vazamento antecipado do resultado oficial etc. e tal. Segundo a versão divulgada à imprensa, nem mesmo o presidente do TSE, ministro José Antônio Dias Toffoli sabia de nada antes do anúncio formal o resultado deste 2º turno. “Temos convicção de que não houve vazamento”, disse o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha. Haja fé! De acordo com o corregedor-geral, o TSE montou um esquema para manter os técnicos responsáveis pela apuração isolados, sem contato inclusive com outros membros da Corte. A orientação dada pelo presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, era para que os técnicos não informassem nem a ele o resultado parcial da eleição antes da abertura dos dados para todo o País. Informou também que manteve trancados na sala de apuração, com os celulares desligados, os servidores da área de informática. Se algum deles precisasse ir ao banheiro, por exemplo, só iria acompanhado de um segurança. Tudo muito estranho! 

Questionado sobre o assunto, Toffoli garantiu que os boatos do dia da eleição foram apenas “especulações”.

Com a folha de serviços prestados ao PT por Greenhalgh é fácil entender que ele tenha bom trânsito no meio político e judiciário. Seria interessante que Greenhalgh se manifestasse sobre essa nota antecipando a vitória de Dilma porque ele colocou sob suspeita de vazamento o próprio presidente do TSE e ministro do STF, que foi igualmente advogado do PT e de três campanhas de Lula (1998, 2002 e 2006). 

Às 20h, o resultado parcial apareceu para os ministros e para o Brasil inteiro. Dilma estava na frente, mas a eleição não estava matematicamente definida.

Porém, lembre-se que, mais de meia hora antes, Greenhalgh já havia publicado a afirmação que não deixava margem para dúvidas: "Festejemos após o anúncio oficial do TSE".

O resultado da votação provoca outras suspeitas, além do vazamento antecipado. Há fortes suspeitas de manipulação dos dados, durante a votação eletrônica (o que seria resolvido se houvesse também a impressão em papel do voto e o depósito em urna separada, para haver conferência posterior) e durante a apuração, toda ela informatizada, centralizada e restrita aos tais técnicos incomunicáveis. 

Afinal, às 18h 30' há uma inegável mudança de tendência (em linguagem técnica isto é referido como "mudança do mecanismo controlador do fenômeno observado). Isto precisa ser explicado. Todos os dados precisam vir a público, ainda que tardiamente.

O TSE tem enorme desconfiança do eleitor, teme que ele possa produzir fraudes. Do mesmo modo e com a mesma legitimidade, nós, os eleitores, temos enorme desconfiança do TSE. Por isso, não aceitamos que a apuração eleitoral seja secreta, asilada da verificação pública, o que a torna inconstitucional.  

Afinal, qual foi o papel da Smartmatic nisso tudo? O que faziam os técnicos desta empresa bolivariana entre os 30 do TSE que foram confinados "sem qualquer contato com o mundo exterior"?

Enquanto a apuração eleitoral não for transparente, fundamentada num sistema cuja confiabilidade independa de softwares e realmente aberta a auditagens, todas as desconfianças são legítimas e angustiantes.

Enfim, ergo a lanterna de Diógenes (412 a.C. - 323 a.C.) e procuro na "escuridão" quem queira encontrar a verdade!


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Vejam o gráfico publicado no G1.com.br 

O que aconteceu as 18h 30'?


18h 30', foi o ponto de inflexão.
As linhas retas horizontais e  paralelas, em preto, foram traçadas por mim, bem como as curvas em azul claro e em cor-de-laranja. Estas duas curvas são projeções feitas a partir dos dados anteriores às 18h 30'. A linha vertical na hora de 18h 30' também foi traçada por mim. 
Vejam que, exatamente nesta hora, houve uma radical "mudança de mecanismo"
O gráfico original, publicado no G1, está aqui:

Vejam também aqui: 
http://blogs.oglobo.globo.com/na-base-dos-dados/post/os-311-mil-votos-que-mudaram-eleicao-presidencial-553418.html

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ACORDA, BRASIL!
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Nosso sistema eleitoral e no conclave de Washington

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Nota: O NTN24 é um canal internacional de notícias a cabo que transmite durante 24 horas por dia e é suportado por correspondentes em todo o mundo. Foi ao ar pela primeira vez em 03 novembro de 2008. O canal pode ser visto em todas a América através de vários sistemas de cabo e por satélite em todo o mundo e on-line. Atualmente faz parte da programação MundoMax nos Estados Unidos. Seu foco é principalmente sobre os eventos que ocorrem nas Américas.


Confiabilidade das Urnas Eletrônicas no Jurídico News
JustTV - 23/05/12


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Nota 
  1. Os operadores do TSE podem esconder o código fonte na versão apresentada aos partidos e incluí-lo na versão que compilam. Os partidos não tem como saber se são as mesmas versões.
  2. A assinatura digital, como praticada, adianta para o o próprio TSE verificar se não houve ataque externo. NÃO SERVE para o cidadão verificar se houve ataque interno. A denuncia do CMIND, de que o código apresentado em 2002 e em 2008 eram diferentes do compilado, foi apresentada formalmente no 1º Relatório CMIND e entregue em mãos ao Presidente do TSE (tem a foto no "site"). Se fosse mentira, sem dúvida teríamos sidos processados pela autoridade eleitoral absoluta.


DISCUSSÃO DO VOTO IMPRESSO NO SENADO

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Porquê a bancada do PT não admite a impressão do voto para auditoria do resultado?
Foi impressionante a reação petista contra o voto impresso no Senado, que deveria ser considerado causa perdida e que já tinha sido aprovada na Câmara. Mas, como sabemos, mesmo contra todas as evidências e contra a vontade de todos, os petistas não desistem nunca.
A presidente Dilma Rousseff vetou esta decisão mas, em 18/11/2015, o Congresso Nacional derrubou o veto da presidente, com amplo apoio de quase todos os partidos – apenas o PT foi contrário. 
No dia 26/11/2015, finalmente, a presidente Dilma Rousseff promulgou a lei que determina impressão do voto na urna eletrônica. A decisão da presidente foi publicada no "Diário Oficial da União". Porém, tudo indica que o TSE não vai respeitar a lei do Voto Impresso e vai realizar as eleições de 2016 do mesmo jeito de sempre.  As leis brasileiras são desrespeitadas até pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)! 

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 Uma ideia simples para se fazer eleições conferíveis por qualquer eleitor.
(com voto de papel e apuração eletrônica)
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Leiam também aqui:





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