Por Almir M. Quites
😅 Teste público das urnas eletrônicas? Esta é muito boa!
Os feiticeiros têm suas varinhas mágicas e poderosas, instrumentos potencialmente perigosos, com vida própria. Coelhos saem das cartolas! Atualmente, além das ilusões psíquicas e de ótica, nós temos a informática e a telemática, que estão presentes em tudo. Até as coisas têm memória e inteligência! Há carros, aviões e "drones" (zangão, zumbidor, aeronave sem tripulação) inteligentes, todos dirigidos por espíritos. Há casas inteligentes e cidades inteligentes. Há peças inteligentes que se adaptam ao meio. Tudo isso funciona com a tecnologia da Informação. O público não entende nada disso! E o ministro Fux vem falar de teste público?!
Antes de continuar, vou contar uma historinha antiga, muito conhecida entre cientistas.
Um pesquisador resolveu fazer uma experiência científica com uma pulga. Primeiro ensinou pacientemente uma pulga a pular no momento que ele ordenasse. Depois de ter sucesso nesta primeira etapa, ele começou a segunda, o teste propriamente dito. Quando ele comandava "Pula, Pulga!", a pulga pulava à incrível altura de 200 vezes o seu tamanho. Então, ele arrancou uma perninha da pulga e gritou: "Pula, Pulga!" A pulga pulou a uma altura menor. Ele arrancou outra perninha da pulga e ordenou: "Pula, Pulga!" A pulga pulou menos, mas pulou. Arrancou a terceira perninha e a sofrida pulga, agora com uma perna só, ainda conseguiu dar um pulinho! Depois de arrancar a última perninha, por mais que o pesquisador gritasse "Pula, Pula, Pulga!", a pulga não se movia. Então, convictamente o cientista concluiu: "A PULGA OUVE PELAS PERNAS!"
Por incrível que pareça, este erro é mais comum entre os pesquisadores do que se supõe. O tipo de teste feito não era apropriado ao objetivo da investigação! Em outras palavras, o que se investiga não é a impulsão das pernas da pulga. É óbvio que a funções de ouvir e de pular podem estar em órgãos diferentes!
O que isto tem a ver com as urnas eletrônicas?
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, anunciou ontem, na quarta-feira (30/05) que o tribunal vai promover, no dia da eleição, uma auditoria em tempo real das urnas eletrônicas. O teste será feito em urnas eletrônicas nos 26 estados e no Distrito Federal. As urnas serão escolhidas aleatoriamente e a ideia é que a sociedade civil e a imprensa possam acompanhar. Segundo ele, será possível verificar, antes do início da votação, se a urna contém os dados inseridos e lacrados pelo TSE. A proposta teria sido "colocada como um desafio pelo o mundo acadêmico e científico, mas o trabalho do tribunal permitiu a implementação da proposta, em nome da transparência, legalidade e moralidade".
Duvido que a comunidade acadêmica tenha mesmo feito esta proposta tão tola! Seria melhor que o ministro Luiz Fux explicitasse nominalmente quem fez tal proposta!
É óbvio que o teste mostrará que os dados e o software inseridos e lacrados são do TSE, como era óbvio que sem as pernas a pulga não pularia! O que se questiona nas urnas eletrônicas não é a origem do software e dos dados inseridos e lacrados, mas a honestidade do software. Em outras palavras, o tipo de teste que será feito não é apropriado ao objetivo do teste! O que os eleitores querem saber é se o software inserido na urna eletrônica é honesto! Este deveria ser o objetivo do teste! O tipo de teste que será feito não é apropriado a este objetivo. Isto é tão absurdo quanto estudar a audição da pulga pela impulsão do seu pulo!
Repito: este teste é incapaz de comprovar a honestidade da urna eletrônica. É obvio que o software da urna sabe detectar quando que a urna está em teste e quando que a votação é para valer. A urna sabe a data e a hora do momento, sabe se há impressora acoplada e de que tipo, reconhece todos os seus periféricos, sabe em que local ela está, quem inicializou a urna-computador etc. Enfim, ela sabe se está em teste ou se está num processo eleitoral que vai valer para cargos públicos importantes. Em outras palavras, a urna eletrônica, por ser um computador, sabe perfeitamente quando deve ser honesta e quando pode fraudar os resultados e em que medida. Os presidentes do TSE deveriam saber disso.
O TSE continua fingindo que a fraudes da urna eletrônica só podem ter origem externa e não interna, isto é, feitas de dentro do próprio TSE! Colocar como premissa que a fraude interna é impossível significa, por um lado, demonstrar que há uma blindagem dos técnicos do TSE, que sequer podem ser suspeitos, por outro lado, significa que o TSE é o local mais seguro para fraudadores atuarem.
Para entender melhor este assunto, continue lendo aqui:
FARSA, FARSA, FARSA!
http://almirquites.blogspot.com/2017/12/farsa-farsa-farsa.html
Se você ainda não entendeu bem a questão das urnas eletrônicas brasileiras, comece a pensar no caso. Sugiro que assista a este vídeo, bem no início do seguinte artigo (publicado há quatro anos atrás):
ELEIÇÕES NA KREDULÂNDIA
http://almirquites.blogspot.com/2014/11/eleicoes-na-kredulandia.html
Há quase 1/4 de século, quando apenas se suspeitava que as coisas pudessem incorporar tecnologia e se tornarem inteligentes, a apuração eleitoral no Brasil é duramente questionada.
Por que será que só agora a população recém começa a se dar conta de que elas devem ser abolidas?
Não deixe de ver este vídeo:
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No dia 17 de junho de 2015, Jair Bolsonaro aprovou sua 1ª emenda em 25 anos de legislatura. A Câmara dos Deputados aprovou, por 433 votos a favor e 7 contra, uma emenda à proposta de reforma política que previa que as urnas eletrônicas passariam a emitir uma impressão de cada voto a ser automaticamente depositado, à vista do eleitor correspondente, numa urna, para que todos os votos possam ser recontados para conferência. Assim, a confiabilidade da apuração eleitoral passaria a ser independente do software.
O Senado também aprovou este projeto (na chamada mini-reforma eleitoral) e a presidente Dilma Rousseff, ao transformá-lo na Lei Lei 13.165/2015, vetou os artigos que implantavam o sistema de Voto Impresso. No entanto o Congresso reagiu e derrubou o veto. Hoje, apesar de estar previsto em Lei, o TSE se nega a cumpri-la! Eta!, democracia tupiniquim!
Esta é a terceira vez que que o voto impresso foi aprovado e o TSE se negou a implantá-lo!
Agora, em 2018... Bem, veja o vídeo!
O TSE se nega a cumprir a Lei do Voto Impresso!
😅 Teste público das urnas eletrônicas? Esta é muito boa!
Os feiticeiros têm suas varinhas mágicas e poderosas, instrumentos potencialmente perigosos, com vida própria. Coelhos saem das cartolas! Atualmente, além das ilusões psíquicas e de ótica, nós temos a informática e a telemática, que estão presentes em tudo. Até as coisas têm memória e inteligência! Há carros, aviões e "drones" (zangão, zumbidor, aeronave sem tripulação) inteligentes, todos dirigidos por espíritos. Há casas inteligentes e cidades inteligentes. Há peças inteligentes que se adaptam ao meio. Tudo isso funciona com a tecnologia da Informação. O público não entende nada disso! E o ministro Fux vem falar de teste público?!
Antes de continuar, vou contar uma historinha antiga, muito conhecida entre cientistas.
Um pesquisador resolveu fazer uma experiência científica com uma pulga. Primeiro ensinou pacientemente uma pulga a pular no momento que ele ordenasse. Depois de ter sucesso nesta primeira etapa, ele começou a segunda, o teste propriamente dito. Quando ele comandava "Pula, Pulga!", a pulga pulava à incrível altura de 200 vezes o seu tamanho. Então, ele arrancou uma perninha da pulga e gritou: "Pula, Pulga!" A pulga pulou a uma altura menor. Ele arrancou outra perninha da pulga e ordenou: "Pula, Pulga!" A pulga pulou menos, mas pulou. Arrancou a terceira perninha e a sofrida pulga, agora com uma perna só, ainda conseguiu dar um pulinho! Depois de arrancar a última perninha, por mais que o pesquisador gritasse "Pula, Pula, Pulga!", a pulga não se movia. Então, convictamente o cientista concluiu: "A PULGA OUVE PELAS PERNAS!"
Por incrível que pareça, este erro é mais comum entre os pesquisadores do que se supõe. O tipo de teste feito não era apropriado ao objetivo da investigação! Em outras palavras, o que se investiga não é a impulsão das pernas da pulga. É óbvio que a funções de ouvir e de pular podem estar em órgãos diferentes!
O que isto tem a ver com as urnas eletrônicas?
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, anunciou ontem, na quarta-feira (30/05) que o tribunal vai promover, no dia da eleição, uma auditoria em tempo real das urnas eletrônicas. O teste será feito em urnas eletrônicas nos 26 estados e no Distrito Federal. As urnas serão escolhidas aleatoriamente e a ideia é que a sociedade civil e a imprensa possam acompanhar. Segundo ele, será possível verificar, antes do início da votação, se a urna contém os dados inseridos e lacrados pelo TSE. A proposta teria sido "colocada como um desafio pelo o mundo acadêmico e científico, mas o trabalho do tribunal permitiu a implementação da proposta, em nome da transparência, legalidade e moralidade".
Duvido que a comunidade acadêmica tenha mesmo feito esta proposta tão tola! Seria melhor que o ministro Luiz Fux explicitasse nominalmente quem fez tal proposta!
É óbvio que o teste mostrará que os dados e o software inseridos e lacrados são do TSE, como era óbvio que sem as pernas a pulga não pularia! O que se questiona nas urnas eletrônicas não é a origem do software e dos dados inseridos e lacrados, mas a honestidade do software. Em outras palavras, o tipo de teste que será feito não é apropriado ao objetivo do teste! O que os eleitores querem saber é se o software inserido na urna eletrônica é honesto! Este deveria ser o objetivo do teste! O tipo de teste que será feito não é apropriado a este objetivo. Isto é tão absurdo quanto estudar a audição da pulga pela impulsão do seu pulo!
Repito: este teste é incapaz de comprovar a honestidade da urna eletrônica. É obvio que o software da urna sabe detectar quando que a urna está em teste e quando que a votação é para valer. A urna sabe a data e a hora do momento, sabe se há impressora acoplada e de que tipo, reconhece todos os seus periféricos, sabe em que local ela está, quem inicializou a urna-computador etc. Enfim, ela sabe se está em teste ou se está num processo eleitoral que vai valer para cargos públicos importantes. Em outras palavras, a urna eletrônica, por ser um computador, sabe perfeitamente quando deve ser honesta e quando pode fraudar os resultados e em que medida. Os presidentes do TSE deveriam saber disso.
O TSE continua fingindo que a fraudes da urna eletrônica só podem ter origem externa e não interna, isto é, feitas de dentro do próprio TSE! Colocar como premissa que a fraude interna é impossível significa, por um lado, demonstrar que há uma blindagem dos técnicos do TSE, que sequer podem ser suspeitos, por outro lado, significa que o TSE é o local mais seguro para fraudadores atuarem.
Para entender melhor este assunto, continue lendo aqui:
FARSA, FARSA, FARSA!
http://almirquites.blogspot.com/2017/12/farsa-farsa-farsa.html
Se você ainda não entendeu bem a questão das urnas eletrônicas brasileiras, comece a pensar no caso. Sugiro que assista a este vídeo, bem no início do seguinte artigo (publicado há quatro anos atrás):
ELEIÇÕES NA KREDULÂNDIA
http://almirquites.blogspot.com/2014/11/eleicoes-na-kredulandia.html
Há quase 1/4 de século, quando apenas se suspeitava que as coisas pudessem incorporar tecnologia e se tornarem inteligentes, a apuração eleitoral no Brasil é duramente questionada.
Por que será que só agora a população recém começa a se dar conta de que elas devem ser abolidas?
Não deixe de ver este vídeo:
VOCÊ VOTANDO
NAS URNAS ELETRÔNICAS BRASILEIRAS
NAS URNAS ELETRÔNICAS BRASILEIRAS
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No dia 17 de junho de 2015, Jair Bolsonaro aprovou sua 1ª emenda em 25 anos de legislatura. A Câmara dos Deputados aprovou, por 433 votos a favor e 7 contra, uma emenda à proposta de reforma política que previa que as urnas eletrônicas passariam a emitir uma impressão de cada voto a ser automaticamente depositado, à vista do eleitor correspondente, numa urna, para que todos os votos possam ser recontados para conferência. Assim, a confiabilidade da apuração eleitoral passaria a ser independente do software.
Esta é a terceira vez que que o voto impresso foi aprovado e o TSE se negou a implantá-lo!
O Projeto de Lei encabeçado pelo Deputado Jair Bolsonaro não era novidade. Em 2002, também foi aprovada uma Lei do Voto Impresso (Lei nº 10.408/2002). Esta Lei foi anulada em 2004, porque o STF acolheu uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) da Procuradoria Geral da República (PGR), a qual fora encomendada pelo próprio TSE, e declarou a Lei como inconstitucional. TSE e STF são irmãos siameses. Sempre atuam juntos.
Em 2009, pela segunda vez, o Voto Impresso foi aprovado pela Lei 12.034. O mesmo drama se repetiu exatamente igual. O artigo 5° da lei foi considerado inconstitucional e o voto impresso não foi implantado.
Agora, em 2018... Bem, veja o vídeo!
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𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
Almir Quites
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- A greve abateu o Brasil
- A pauta de reivindicações dos caminhoneiros surpreende
- Bolsonaro como imagem invertida de Lula
- Manual do Protesto do Joãozinho
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- Temos república?
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