quinta-feira, 24 de maio de 2018

A pauta de reivindicações dos caminhoneiros surpreende positivamente

Por Almir M. Quites



O Brasil está em colapso! A situação é muito grave. Entretanto, em meio a tanto caos, aflora um bom exemplo de consciência política. 

Os caminhoneiros exigem "voto impresso e combustível a preço de Bolívia".   

Em comunicado distribuído nas redes sociais, lideranças do movimento grevista da União Nacional dos Transportadores Rodoviários e Autônomos de Carga detalharam suas reivindicações. O comunicado explicita as duas pautas políticas: 
  1. ➥ Cumprimento integral da lei do voto impresso em urnas eletrônicas ou adoção do voto impresso em urnas de lona, com apuração a cargo das Forças Armadas. Em caso de descumprimento, nos somaremos ao clamor popular por intervenção militar.
  2. ➥ Assento nas mesas de negociações e em todos os órgãos envolvidos na criação das políticas que afetam o setor sem o intermédio de sindicatos (pois a paralisação não teve a adesão nem o apoio deles) ou da CNT- Confederação Nacional do Transporte, que não nos representam.
Que notícia boa! Além da redução dos preços dos combustíveis, os caminhoneiros colocaram a exigência de transparência no processo eleitoral em primeiro lugar em sua pauta de reivindicaçõesEles pedem o que deveria ser óbvio para todos os eleitores brasileiros, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respeite a Lei do Voto Impresso (Lei 13.165/2015).

Isto não significa que este seja o posicionamento de toda a categoria profissional, pois foram postagens individuais nas redes sociais. É verdade também que exigir "apuração a cargo das Forças Armadas" é uma tolice. A apuração eleitoral deve ser transparente, isto é, aberta à verificação pública, como era antes da "urna eletrônica", e nunca dependente de fé ou em confiança em quem quer que seja. Também é descabida a ameaça "em caso de descumprimento, nos somaremos ao clamor popular por intervenção militar". Intervenção militar é tiro pela culatra! Já cometemos este grave erro no passado! Não o repetiremos.

Contudo, para nós, aqueles que há décadas se esforçam para fazer o povo entender como as tais urnas eletrônicas não são confiáveis, a demonstração destes lideres dos caminhoneiros de que finalmente entenderam a mensagem já é algo para se comemorar. Viva!

Enquanto isso, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, defendeu que seja declarada inconstitucional a implementação do voto impresso nas eleições brasileiras. Em debate na capital paulista  (em 11/04/2018), o magistrado afirmou que o mecanismo servirá para “bater palma para perdedor” e que o gasto com o sistema é excessivo. Ele declarou: “Vamos gastar 2 bilhões de reais, isso me deixa doente, para bater palma para perdedor. Isso não entra na minha cabeça, não convém à democracia e, para mim, é inconstitucional”.  

Será que a grande imprensa vai continuar fazendo vista grossa para o desrespeito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à lei?

Quando que os eleitores vão entender que não adianta nada votar se o processo eleitoral está viciado?

O processo eleitoral brasileiro é um jogo de cartas marcadas, desde a escolha dos candidatos até a apuração eleitoral secreta, inauditável, feita nas urnas eletrônicas e nos computadores do TSE.

O povo brasileiro está profundamente enganado e continua pensando que estas eleições são de verdade. Não são! 

Leiam este texto (endereço abaixo):

Agora indico outro, o qual considero igualmente importante, mas leia tudo, com calma de sertanejo e atenção de enxadrista, caso contrário poderá perder a conexão com o essencial. Eis o texto:

Agora relembre os comentários das postagens nas suas redes sociais e responda: 
➡▶ Estamos iludidos ou não?❔❓

No país das ovelhas quem escolhe os candidatos são os lobos e os leões.

Por melhor que seja a encenação, não há democracia quando o povo é iludido.


𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
Almir Quites
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