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domingo, 17 de dezembro de 2017

Eleições no Chile: um bom exemplo para o Brasil

Por Almir M. Quites

Uma Junta Apuradora chilena iniciando o trabalho no primeiro turno.


Hoje teremos o segundo turno da eleição presidencial do Chile para um mandato de quatro anos (2018-2021). Quatorze milhões de eleitores estão aptos a votar. No Chile, o voto não é obrigatório. É um direito, é facultativo, como deve ser!
Você verá, na TV, que os chilenos não adotam o voto eletrônico. Eles usam apuração manual e votos de papel, os quais, depois das contagens e recontagens, serão reciclados dando origem a 10 mil toneladas de papel novo. As urnas são de plástico ou de papelão. Em apenas 4 horas após o encerramento da votação, os resultados finais são anunciados. Não diga que Chile é um país atrasado! Não é! O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra que o Chile é bem mais desenvolvido que o Brasil. No ranking da ONU, divulgado neste ano, o Chile está no 38º lugar (IDH de 0,847) entre 188 países, enquanto o Brasil está no 79° lugar. No Brasil, há um mito em torno da urna eletrônica, o qual foi criado pela maciça propaganda do governo. O povo ainda acredita que o Brasil seja pioneiro na apuração eletrônica e que detenha uma tecnologia que os demais países não possuem. MENTIRA! O mundo todo sabe que o processo de apuração eletrônica não pode ser adequadamente fiscalizado. É por isso que caiu em desuso. Por que o governo gastou tanto recurso público em propaganda da urna eletrônica brasileira? Qual foi o motivo? Afinal, a urna não estava a venda! Aqui no Brasil, em 2015, conseguiu-se que o Congresso (pela terceira vez) aprovasse o uso do voto eletrônico impresso (o voto conferível) e, para isso, teve que derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff. No entanto, assim como ocorreu nas outras vezes, a Lei aprovada pelo Congresso e sancionada pela Presidência da República (após a derrubada do veto presidencial) não será respeitada.

Sim, o Brasil é uma farsa de república! Continuaremos sem possibilidade de conferir a lisura da apuração. 😕

O voto impresso também não é melhor que o voto de papel com apuração manual, mas, pelo menos, permitiria uma recontagem manual para uma verificação por amostragem.
Será que, no pelotão dos países, só o Brasil está de passo certo? Veja um esclarecimento mais interessante e mais completo sobre esta questão. Clique aqui: URNA ELETRÔNICA OU URNA DE LONA? (artigo escrito há quase 4 anos) http://almirquites.blogspot.com.br/2013/10/urna-eletronica-ou-urna-de-lona.html POVO ILUDIDO, POVO VENCIDO, POVO SOFRIDO, EMBURRECIDO, EMPARVECIDO!

OUTROS PAÍSES:

Japão: Eleição no Japão é mais uma lição. almirquites.blogspot.com/2017/10/eleicao-no-japao-e-mais-uma-licao.html Alemanha: As eleições alemãs e o vergonhoso atraso brasileiro. almirquites.blogspot.com/2017/09/as-eleicoes-alemas-e-o-vergonhoso.html França: Votação e apuração eleitoral na França http://almirquites.blogspot.com.br/2017/05/votacao-e-apuracao-eleitoral-na-franca.html
Grã-Bretanha: Nada de urna eletrônica no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte http://almirquites.blogspot.com.br/2016/06/nada-de-urna-eletronica-no-referendo-do.html

𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
Almir Quites
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Para ler artigos sobre as urnas eletrônicas brasileiras
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  1. Teste Oficial de Segurança das Urnas Eletrônicas
  2. Pecadilhos abomináveis
  3. A normalidade da farsa
  4. A ordem é marchar
  5. Carta aberta ao Sr. Marco Antônio Villa
  6. Temos república?
  7. Brasil, em se mentindo, tudo pega
  8. A ministra e suas comoventes declarações
  9. A política brasileira é uma vergonha tragicamente ridícula
  10. Eleição no Japão é mais uma lição
  11. Que vexame aquele julgamento do TSE!
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