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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Sistema eleitoral trapaceiro

 Por Almir M. Quites

Intelijumência!
Outros vão decidir por você
de qualquer jeito.

Embora os eleitores nem sempre se expressem de modo suficientemente claro pelas redes sociais, julgo ser evidente que a maioria deles não suporta mais a política brasileira. Ardentemente almejam não apenas uma mudança completa dos políticos, mas querem políticos que garantam uma completa reforma no sistema político, de modo que se abra a oportunidade de refundar a própria República em bases mais justas e mais transparentes, por meio de uma nova Constituição.

Frequentemente ouço eleitores dizerem que não votarão em nenhum desses políticos que estão aí hoje em cargos públicos e noto descartam especialmente a possibilidade de votar naqueles que já cumpriram seus mandados   de quatro ou oito anos   ou que façam parte de grupos dominantes ou oligárquicos.

Embora não expressem claramente, o que estes eleitores estão sentindo é que lhes roubaram o direito de escolha dos dirigentes de sua pátria. Como não podem influenciar na escolha dos candidatos, não podem apontar quem eles querem, limitam-se a dizer quem não querem. Vão votar em quem for um pouco "menos pior", porque preferem errar a se sentir cúmplices da bandidagem que rouba e dilapida os recursos públicos.

Nosso grande problema é o sistema eleitoral, que  foi feito sob medida para ser controlado pelos políticos e não pelos eleitores. O sistema eleitoral é uma trapaça geral.

Quando se analisa a real distribuição de poder no Brasil, constata-se que o país está entregue a criminosos. O seriado da TV brasileira "O Mecanismo", criada por José Padilha e Elena Soárez, mostra isso, ao menos parcialmente. Pelo que li sobre o seriado, o problema é mais abrangente do que foi ali sugerido. 

Qual é a minha visão? Explico.

A real suprema organização administrativa do Brasil tem no topo a OrCriM , a Organização Criminosa Mor, que se apoderou do Estado Brasileiro e é orbitada por uma miríade de organizações criminosas menores em muitos diferentes níveis hierárquicos e em todo o território nacional. A OrCriM é o Partido Único do Brasil. Ele engloba os demais partidos políticos, hierarquicamente inferiores e com diferentes siglas oficiais. Estes apresentam candidatos, escolhidos para garantir os interesses da OrCriM, e fazem o circo: esquerda x direita, nós x eles, coxinha x mortadela etc. A OrCriM controla o orçamento nacional e distribui os recursos públicos para a campanha eleitoral. 

O fundo partidário (R$ 888 milhões mensais) é a principal verba de manutenção dos partidos com siglas oficiais, sejam grandes ou pequenos. O fundo de financiamento de campanha (1,7 bilhão), novidade em 2018, foi criado para compensar a proibição de doações empresariais. Um partido não precisa atingir um mínimo de votos para ter acesso a esse fundo, mas quanto maior a bancada, maior sua parte. O tempo "gratuito" de TV (custo estimado de R$ 1 bilhão) serve como moeda de troca para as negociações entre partidos além de ser o principal meio de envolvimento emocional dos eleitores no processo eleitoral.

Enquanto eleitores se concentram nos candidatos para presidente ou governador, os partidos se preocupam mais com o legislativo. A estratégia de dominação é acertada entre todos eles, especialmente porque um dos objetivos é enfrentar em conjunto a reação popular, a qual se manifesta em forte apoio à Operação Lava-Jato

Todo o sistema eleitoral foi montado especificamente para que a OrCriM continue intacta, dominando o Estado.

Os eleitores vão ter muita dificuldade para escolher seus candidatos porque a farsa transforma o pleito num plebiscito de voto constrangido (voto útil). A dispersão de votos no primeiro turno facilita o impedimento de surpresas na definição do segundo turno. Cada eleitor nem perceberá que cada voto para um candidato foi, na verdade, um voto contra o outro candidato, considerado "menos pior". A campanha será deprimente, como já se pode constatar. Cada voto será muito influenciado por preconceitos, ataques pessoais, notícias falsas disseminadas por robôs sociais etc.

O eleitor brasileiro não tem qualquer possibilidade de renovar os governantes brasileiros. Quem escolhe os candidatos são os caciques políticos dos diversos partidos e são eles que possuem os recursos para a caríssima propaganda eleitoral. Todos eles fazem parte da OrCriM (Organização Criminosa Mor). Eles escolhem os candidatos pelo critério de fidelidade pessoal.

Os eleitores podem votar como quiserem. O resultado será o mesmo! Será o que for conveniente para a OrCriM.

É fácil entender como o processo é controlado pela OrCriM. Leia aqui:
DEMOCRACIA DE FAZ DE CONTA
http://almirquites.blogspot.com.br/2018/03/democracia-de-faz-de-conta.html

Todos verão que não haverá renovação alguma nas eleições de 2018 (exceto de um pai para seu filho ou parente), mas, mesmo assim, a grande maioria dos eleitores continuará iludida. A midia (incluo as redes sociais) afirmarão que houve renovação e a grande naioria acreditará!

Além disso, as urnas eletrônicas são abertas a fraudes no atacado, feitas pelos que têm acesso aos seguintes softwares:
  • 1) o da urna-computador;
  • 2) o da transmissão dos boletins de urna;
  • 3) o da totalização dos boletins de urna (feita nos computadores do TSE).
Está tudo sob controle! Direita X esquerda, PT X PSDB, campanha eleitoral, debates na TV, discussões nas redes sociais (muitas induzidas por robôs), tudo isso é apenas "o circo" para manter as aparências da democracia.

As ditaduras também fazem isso. A nossa ditadura militar também o fez, quando começou a se enfraquecer.

Eu não vou votar. Vou fazer
O PROTESTO DO JOÃOZINHO
http://almirquites.blogspot.com.br/2014/05/conto-da-urna-eletronica.html

E aqui:
MANUAL DO PROTESTO DO JOÃOZINHO, versão 2018
http://almirquites.blogspot.com.br/2018/05/manual-do-protesto-do-joaozinho-versao.html


POVO ILUDIDO É POVO VENCIDO, EMPOBRECIDO!

𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼

Almir Quites

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