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domingo, 25 de dezembro de 2016

Por um solstício brasileiro de inverno

Por Almir Quites - 25/12/2016



Hoje é Natal! O que é o Natal? É uma festa pagã, dezembrina, que foi alterada pelo cristianismo.

O Natal pagão festejava a vitória do Deus Sol sobre as trevas. No hemisfério norte, esta festa ainda acontece anualmente quando o Sol, que a cada dia subia menos no céu (
entre o nascente e o poente), começa finalmente a reagir e depois, dia a dia, consegue subir cada vez mais alto, aquecendo mais a Terra. 


O momento em que começa a recuperação das forças do Sol chama-se solstício de inverno (do latim sol + sistere, sol que aguenta firme e não cai mais). É quando ocorre a maior noite do ano. Daí em diante, os dias começam a durar mais tempo e as temperaturas aumentam. Portanto, o solstício de inverno (que ocorre em dezembro no hemisfério norte) significa um renascimento, uma mudança que traz a certeza da vitória após um tenebroso período. 

É claro que a festa que acontece aqui, no hemisfério sul, continua sendo dezembrina, mas este seu significado foi quase que totalmente perdido, por dois motivos: (1) porque aqui a maior noite do ano não ocorre em dezembro, mas em junho (no nosso inverno); (2) porque o cristianismo mudou estes significados há cerca de 2000 anos, embora não tenha conseguido acabar com as festas pagãs que tinham profundas raízes culturais. 

Para os cristãos de hoje, o Natal significa o nascimento de Jesus Cristo e não mais o renascimento do Deus Sol. É por isto que o Papai Noel brasileiro (Pai Natal, em português europeu; "Noël" é natal em francês Ver nota) ainda vem vestido com roupas de inverno embora nosso Natal seja no verão (quando é inverno no hemisfério norte).

Contudo, a expressão "solstício de inverno" ainda está muito associada à renascimento, recuperação difícil


Nós, brasileiros, temos suportado um longo inverno político, social e econômico, que começou a se agravar a partir de 2007 e que recentemente atingiu sua culminância, seu clímax, especialmente após o primeiro mandado da ex-presidente Dilma Rousseff. A corrupção desenfreada surrupiou recursos públicos. As carências foram da ética à falta de dinheiro para as famílias. O frio congelante do aumento da criminalidade e da corrupção em geral infelicitou e matou muita gente. Depredações e vandalismos substituíram as manifestações políticas. Cinismos e safadezas tornaram-se comuns. O nosso inverno foi mesmo "de matar"!

As áreas de saúde e educação foram as mais atingidas. Justamente as que mais comprometem o futuro de qualquer nação. Cerca de 70% dos esquemas de corrupção e fraude desvendados em operações policiais e de fiscalização do uso de verba federal pelos municípios, nos últimos 13 anos, foram nestas áreas. Os desvios descobertos pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), em parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, evidenciaram que os recursos destinados a essas duas áreas eram especialmente visados pelos gestores municipais corruptos.

A gigante brasileira da construção civil Odebrecht, que deslealmente tanto emperrou suas concorrentes e assim atrasou o desenvolvimento brasileiro, sob a pressão da Lava-Jato, finalmente mostrou como fazia isto. Ela mantinha uma máquina bem sofisticada de pagamento de propinas na América Latina para obter ou manter contratos de obras públicas. Durante mais de uma década, até este ano, a empresa pagou cerca de 450 milhões de dólares em 11 países fora do Brasil, nove deles latino-americanos, segundo investigação que vem sendo realizada nos Estados Unidos. A partir desses pagamentos, a empreiteira obteve ganhos de mais de 1,4 bilhão de dólares. O país latino-americano em que o grupo fez mais pagamentos irregulares foi a Venezuela (98 milhões de dólares), seguida da República Dominicana (92 milhões). Fora da América Latina, a Odebrecht também corrompeu funcionários em Angola e Moçambique. No caso do Brasil, os pagamentos chegaram cerca de 350 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais).


Os anos de 2015 e 2016 revelaram a lama em que o Brasil estava atolado. Foram ótimos anos no sentido de desmascarar a realidade, mas isto não basta!

O que queremos para 2017? Quais são os nossos desejos? São básicos, elementares!

Esperamos ardorosamente que 2017 seja o nosso solstício de inverno!

Desejamos ardentemente que, a partir de 2017, os brasileiros sejam mais respeitados, que não nos roubem os recursos públicos e que nos permitam, unidos, reconstruir um país melhor para todos! 


Que nos permitam eleger uma Constituinte Exclusiva, sem a participação de políticos. Quem for constituinte deve se tornar inelegível por, pelo menos, 10 anos! Não queremos que uma nova Constituição seja feita por políticos e para políticos. Queremos uma Constituição para o País, uma Constituição que seja verdadeiramente cidadã!

Que, daqui em diante, as eleições, tanto para cargos públicos como para os constituintes, sejam limpas, sem influência de recursos públicos ou de empresas; que a apuração eleitoral seja conferível, transparente a todos os cidadãos; que não se use mais as trágicas urnas eletrônicas tipo DRE; e que as eleições não mais sejam conduzidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A função do judiciário deve ser unicamente a de fazer justiça, o que não inclui a administração do processo eleitoral. Recursos judiciais contra o sistema eleitoral precisam ser julgados pelo judiciário (em todas as suas instâncias) e não pelos réus (administradores do próprio sistema impugnado).

Que, a partir do novo ano, sejam suprimidos todos os privilégios dos políticos e que o governo, nos seus três poderes, torne-se muito mais barato, sem mordomias, porque é o povo quem as paga e isto é profundamente injusto.

Desejamos que o Supremo Tribunal Federal (STF) deixe de fazer política e concentre-se unicamente em sua tarefa, ou seja, fazer JUSTIÇA, respeitando estritamente o que consta na Constituição brasileira, sem inventar nada que possa alterar seu sentido original.

Que a Operação Lava-Jato seja eterna e cada vez mais eficaz! O preço da democracia e da prosperidade é a eterna vigilância.

Que todos os atos administrativos sejam mesmo públicos, transparentes, como exige a Constituição.


Em suma, desejamos 


  • que 2017 seja o solstício de inverno da política brasileira;
  • que 2017 seja o ano do renascimento do Brasil!

Almejamos intensamente, inabalavelmente, que esta luzinha que vemos hoje no final do túnel, seja mesmo a saída deste tenebroso inverno, em que nossa pátria foi assolada por infames transações.

Continue lendo aqui:
HÁ "LAVA-JATO" NO FIM DO TÚNEL
http://almirquites.blogspot.com/2016/12/ha-lava-jato-no-fim-do-tunel.html

Aos poucos, a Operação Lava-Jato desmorona o "Castelo de Poeira", montado por Lula.



 FELIZ 2017! 

Nota: clique https://fr.wikipedia.org/wiki/No%C3%ABl


Papai Noel não existe!

Pelo menos é o que diz a Física Clássica!

1) Nenhuma espécie conhecida de rena pode voar, mas existem 300.000 espécies de organismos vivos que ainda não foram classificados e, embora sejam principalmente insetos e bactérias, isso não exclui necessariamente renas voadoras que, ate hoje, só foram vistas pelo Papai Noel.

2) Existem 2 bilhões de crianças (menores de 18 anos) no mundo, mas, como o Papai Noel (aparentemente) não abastece muçulmanos, hindus, judeus e budistas, seu trabalho é reduzido a cerca de 15% do total, ou seja, 378 milhões de crianças (de acordo com o censo). Com um número médio de 3,5 filhos por família, isso resulta em 91,8 milhões de casas. Presumimos que haja pelo menos um bom filho em cada casa.

3) O Papai Noel tem um dia de Natal de 31 horas, devido aos diferentes fusos horários, quando viaja de leste a oeste (o que parece lógico). Isso resulta em 822,6 visitas por segundo. Assim, para cada família cristã com bons filhos, o Papai Noel tem milésimo de segundo para seu trabalho: estacionar, saltar do trenó, descer pela chaminé, encher as meias, distribuir os presentes restantes sob a árvore de Natal, comer todas as sobras da ceia de Natal, subir novamente pela chaminé e voar para a próxima casa. Supondo que cada uma dessas 91,8 milhões de paradas sejam uniformemente distribuídas ao redor do mundo (o que é claro, como sabemos, não é verdade, mas aceitamos isso como base para o cálculo), temos 1,3 km de casa em casa, uma distância total de 120,8 milhões de km, sem contar as interrupções para aquelas outras coisas que cada um de nós deve fazer pelo menos uma vez em 31 horas, mais alimentação, etc.

4) Isso significa que o trenó do Papai Noel voa a 3.744.000 km/h, ou seja, 3.000 vezes a velocidade do som. Para efeito de comparação: o veículo feito pelo homem mais rápido na Terra, a Sonda Espacial Ulysses, viaja a ridículos 62.000 km/h. Uma rena comum pode fazer um máximo de 35 km/h.

5) A carga no trenó adiciona outro efeito interessante. Supondo que cada criança não receba mais do que um conjunto de Lego de tamanho médio (cerca de 1 kg), o trenó pesa 378.000 toneladas, sem contar o Papai Noel, que é consistentemente descrito como acima do peso.

Uma rena comum não pode puxar mais do que 175 kg. Mesmo supondo que uma "rena voadora" (ver ponto 1) possa puxar 10 vezes o peso normal, não bastarão mais oito ou talvez nove renas para o trenó serão necessárias 216.000 renas. Isso aumenta o peso - sem incluir o próprio trenó - para 410.400 toneladas.

6) 410.400 toneladas a uma velocidade de 3.744.000 km/h (1.040 km/s) cria uma tremenda resistência do ar - isso aquece as renas, assim como uma nave espacial que reentra na atmosfera da Terra. O par de renas da frente deve absorver 16,6 trilhões de Joules de energia, por segundo, cada uma. Em outras palavras, elas explodiriam em chamas praticamente instantaneamente, o próximo par de renas seria arrastado para o ar e um ruído ensurdecedor seria ouvido.

Toda a equipe de renas seria vaporizada em 5 milésimos de segundo. Enquanto isso, o Papai Noel seria exposto a uma aceleração de 17.500 vezes a aceleração da gravidade. Um Papai Noel de 120 kg (que, segundo a descrição, deve ser ridiculamente pequeno) seria estilhaçado na parte da frente de seu trenó - com uma força de 20,6 milhões de Newtons.

Com isso, chegamos à conclusão:

Se Papai Noel alguma vez trouxe os presentes, ele está hoje morto.

(autor desconhecido)


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