Por Almir Quites - 07/03/2016
Depois de 36 anos, o mito Lula finalmente está ferido de morte e com ele o petismo. O texto, a seguir, é uma análise simples e resumida da história de Lula, já sem a fantasia que sempre o adornou. Embora tenha sido escrito num impulso, de improviso, mostra bem quem foi este senhor nestes últimos 40 anos.
Alguns leitores, acostumados com textos telegráficos, podem achar que este é muito longo, mas não é. É apenas o necessário para exprimir minha avaliação deste episódio de nossa história, integrando o século atual e o anterior. Espero que leiam até o final! Quem só lê textos curtos nem imagina o que está perdendo!
Todos nós sabemos que o Brasil está em profunda crise. Será que estamos no olho de um furacão? A tempestade está no fim ou apenas começa? Tempestades? Refiro-me aos períodos de grandes transformações sociais. O que Lula tem a ver com isso?
Parece-me que, de fato, dá para reconhecer quando uma tempestade se prepara numa sociedade. Uma das minhas concordâncias com o filósofo alemão Nietzsche (1844 - 1900) é que, nessas épocas, há uma primeira fase de desconstrução de valores [Nota]. Trata-se de um perigoso período de grande desorientação, quando muitos tentam conservar os valores vigentes e não querem deixar o novo eclodir, enquanto outros desprezam o antigo "in totum" (no todo), isto é, abraçam com fanatismo a abominação de todos os antigos valores e querem o novo, seja o que for. É um período confuso que, por vezes, beira o niilismo. A segunda fase é a da iluminação, quando sobrevém a consciência de que tanto o antigo como o novo são antíteses fundamentais para uma reconstrução inteligente. Assim, estes ciclos são marcos cíclicos na evolução dos acontecimentos. Podem-se identificar esses períodos na História.
No Brasil, o final da década de 70 e meados da década de 80, do século passado, foi um destes marcos. Foi quando a função da ditadura militar se esgotou e o povo brasileiro passou a exigir mudanças. Foi um período de desorientação geral. Numerosas greves ocorriam e surgiam líderes de todo o tipo. Foi quando a Rede Globo, em seus noticiários, apresentou o metalúrgico Lula à nação brasileira como "O Fenômeno do ABC". Lula fazia discursos longos e inflamados, que mobilizavam os metalúrgicos do ABC, embora fossem incoerentes e de conteúdo vulgar. Na época, nos descaminhos do desconcerto social, quem provocasse aplausos de plateias numerosas, de qualquer tipo, era considerado "gênio da comunicação de massa". Por exemplo, Chacrinha (Abelardo Barbosa), de volta à TV Globo, em seu programa, o "Cassino do Chacrinha", era considerado um gênio da comunicação, embora dificilmente fizesse uma frase completa. Com seus chavões, bordões e deboches, espalhafatosamente vestido, acionando uma buzina de mão, ele se limitava a bradar "Teresinha!", "Vocês querem bacalhau?", "Eu vim para confundir, não para explicar!" e "Quem não se comunica, se trumbica!". Era a fase da desorientação, do desvario típico da tormenta social.
Em 1980, no curso de uma greve no ABC paulista, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo sofreu intervenção determinada pelo governo do General João Batista Figueiredo. Então, Lula foi detido e processado. No ano seguinte, foi condenado pela Justiça Militar a três anos e meio de detenção por incitação à desordem coletiva, mas foi surpreendentemente absolvido logo em seguida. Teria havido um acordo de colaboração? Lula passou a posar de herói e alterou judicialmente seu nome de Luiz Inácio da Silva para Luiz Inácio Lula da Silva, para incluir seu apelido e usá-lo em pleitos eleitorais (a legislação vigente proibia o uso de apelidos pelos candidatos). Já estava decidido (por quem?) que Lula seria um político!
A imprensa, falada e escrita, foi condescendente com Lula e propalou a mentirosa narrativa de que ele seria o líder capaz de cuidar de todos, especialmente dos pobres, que seriam transformados em "classe média". Lula faria esta mágica, mesmo que nunca tivesse tido qualquer experiência de de política ou de administração.
Por que o povo brasileiro acreditou nisso naquela época? Era o período da desconstrução, quando se nega o passado e facilmente se crê nos mitos do futuro.
Lula é a expressão brasileira do populismo surgido após as ditaduras militares na América Latina.
Os discursos de Lula me lembravam dos de Brizola, líder que surgira na tormenta anterior, no período que antecedeu a revolução militar de 1964. Brizola era mais inteligente que Lula, mas o discurso ininterrupto, desconexo, empolgante e, ao mesmo tempo, jocoso, era o mesmo. Como Lula, Brizola era um líder populista. Eles não chegaram a ser concorrentes porque, na década de 80, Brizola se manteve com os temas e o linguajar do palanque pré 1964. Era a vez de Lula.
Em 1982, Lula participou das eleições para o governo de São Paulo e perdeu.
O segundo período da transformação social, quando tese e antítese se destroem e dão espaço ao novo, começou pelo movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil, ocorrido em 1983-1984. Neste período, ainda confuso, surgiu Collor de Mello, então apresentado pela Rede Globo ao Brasil como "o Caçador de Marajás". Ambos, Collor e Lula, eram atores de massa. Não passavam de meras ilusões, embora Collor fosse muito mais preparado e bem mais inteligente.
Collor, filiado ao PMDB, fora eleito governador de Alagoas em 1986. Durante a gestão empreendeu um estratégico combate a funcionários públicos que recebiam salários altos e desproporcionais. Por isto foi alcunhado de "Caçador de Marajás".
Em 1989, realizou-se a primeira eleição direta para presidente da república do Brasil, desde o golpe militar de 1964. O mito Collor venceu o mito Lula. Na época, o comentarista Paulo Francis declarou que Lula era "ralé", "besta quadrada" e foi além, disse que se ele chegasse ao poder, o país viraria uma "grande bosta". Incompreendido na época, Paulo Francis tinha razão.
Em 1990, Lula e Fidel Castro fundaram o Foro de São Paulo, a maior organização política da América Latina. Dele participam todos os governantes esquerdistas do continente, incluindo mais de uma centena de partidos legais e várias organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e à indústria dos sequestros, como as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o MIR ("Movimiento de Izquierda Revolucionaria"), duas organizações armadas letais, destinadas a combater oponentes! Com o tempo, o Foro de São Paulo vai se revelando como uma gigantesca organização criminosa destinada a assaltar recursos públicos e dominar a política latino americana. Os brasileiros levaram muitos anos para entender a importância desta organização, sediada em seu território, mas com tentáculos em outros países. Quando finalmente for aberta a "caixa preta do BNDES", vai ficar claro como o Brasil implementou as decisões do Foro de São Paulo em favor de seus membros.
Embora o comunismo tenha acabado com a queda da União Soviética, no final de 1989, destruindo o modelo soviético de Estados comunistas em poucos meses, o objetivo do Foro de São Paulo era (e é ainda) implantar o comunismo na América Latina para recuperar o que foi perdido no Leste Europeu. Nada mais anacrônico, obsoleto. Os únicos países comunistas que restaram hoje no mundo foram Cuba e Coréia do Norte.
Para entender melhor o Foro de São Paulo, leia aqui:
Continuando...
Em 1991, denúncias de corrupção, que envolviam o ex-tesoureiro da campanha presidencial de Collor, levaram à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a responsabilidade do presidente. Em dois de setembro foi aberto o processo de impedimento ("impeachment") contra Collor, na Câmara dos Deputados. O processo foi impulsionado pela maciça presença do povo nas ruas e fortemente apoiado por diferentes partidos, inclusive por Lula e o PT. Em 29 de setembro, a Câmara aprovou o "impeachment" do presidente, que renunciou ao mandato antes de ser condenado. Assumiu a presidência o então vice-presidente, Itamar Franco.
Após o impedimento de Collor, Itamar Franco escolheu Fernando Henrique Cardoso (FHC) para ministro das Relações Exteriores e ministro da Fazenda. Neste cargo, chefiou a elaboração do Plano Real, que acabou com a hiperinflação e estabilizou a economia. Com este enorme sucesso, reconhecido pelo povo brasileiro, FHC foi eleito Presidente da República no primeiro turno da eleição de 1994 e tomou posse em janeiro de 1995. Seu principal concorrente foi Luiz Inácio Lula da Silva. Lula e o PT sempre fizeram oposição ao Plano Real.
FHC governou o país por dois mandatos, tendo sido reeleito em 1998. Na reeleição, seu principal oponente foi, outra vez, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Era a terceira derrota de Lula em eleição presidencial.
No seu segundo governo, FHC não conseguiu realizar o projeto pretendido, que era o de passar da agenda de estabilização da economia para a retomada do crescimento sustentado. Este projeto foi abalado pela crise cambial. O Dólar subiu mais acentuadamente, passando de R$ 1,12 (em 01/01/1998), para 3,65 (em 01/01/2003). A população voltou a sentir a carestia. Apesar da política de desvalorizações gradativas do Real, sempre acima do índice de inflação, o ritmo não foi suficiente. Além disso, as reiteradas crises externas e a consequente drenagem de divisas preponderavam sobre as políticas das autoridades monetárias. FHC acreditava que os recursos obtidos junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) – U$40 bilhões – seriam suficientes para conter a especulação financeira contra o Real e, assim, permitir as mudanças necessárias na âncora cambial. Foi um erro! O Banco Central não conseguiu segurar o valor da moeda e teve que fazer uma mudança substancial de política econômica, com a adoção do câmbio flutuante.
Lula e o PT demonizavam o FMI. Na propaganda política, qualquer acordo com o FMI significava "vender o País aos interesses do capital internacional". Esta versão simplista pegou no imaginário do eleitorado. A inflação se mantinha sob algum controle, mas o país não crescia nem gerava empregos, fatos que reduziam o encanto do Plano Real.
A vez de Lula chegaria em 2003. Como ele se manteve na política sendo tão despreparado?
Lula estudou só até a 4ª série primária. Ele poderia nem ter surgido na política brasileira ou, uma vez que despontasse, ter permanecido como líder sindical no ABC paulista. Se ele foi além, foi devido às incongruências da época que lhe atribuíram qualidades quiméricas como liderança, sagacidade e esperteza, além das circunstâncias históricas, como o apoio da Igreja Católica com o seu "comunismo cristão" e o fracasso da aventura guerrilheira que obrigou os militantes esquerdistas a se conformarem em participar da política dentro da legalidade, dando origem ao Partido dos Trabalhadores. Foi isso que abriu caminho para que Lula se tornasse líder não apenas de sindicalistas, mas de um partido operário que aspirava à implantação do comunismo no Brasil.
Lula, não era católico, nem comunista, nem socialista, tampouco revolucionário. Nunca lera um livro na vida - conforme alardeou com orgulho - muito menos as teorias marxistas. Porém, como líder sindical, dispunha do apoio operário e, consequentemente, da chamada "intelectualidade de esquerda" que os militantes de classe média não tinham. Na fantasia dos "intelectuais de esquerda", que sonhavam com um socialismo até então inviável, isso poderia transformar Lula num líder revolucionário! Mário Pedrosa, conhecido crítico de arte, comunista da ala trotskista e fundador do PT, juntamente com outros intelectuais de prestígio, passou a ver em Lula o símbolo necessário para impulsionar a revolução operária, da qual já haviam desistido. Esta ideia pegou. Lula tornou-se o renascimento do velho sonho socialista. Deste modo, embora ele nada entendesse de marxismo, a propaganda lhe deu asas e impulsionou seu voo na fantasia de líder da revolução operária brasileira.
Lula fazia discursos populistas. Era agressivo, grosseiro, mentiroso e caluniador. Acusava seus adversários de querer privatizar a Petrobrás, empresa modelo e orgulho nacional.
Sucede que os "intelectuais de esquerda" entenderam que, com essa imagem e com o discurso esquerdista que lhe ensinaram, Lula não conseguiria se eleger presidente da República. Então, resolveram que seu discurso deveria mudar radicalmente. Assim aflorou o "Lulinha paz e amor", que venceu as eleições presidenciais de 2002.
Aí começa a história de um novo Lula, presidente do Brasil, tomado pela megalomania, disposto a nunca mais deixar o poder. José Dirceu, seu braço direito, em viagem que fez então à Europa, declarou que o PT ficaria no poder por 20 anos, no mínimo. Na verdade, Lula pensava que ali ficariam para sempre, como fizera Fidel Castro em Cuba. Para isso, tomou as providências que julgou necessárias: nomeou mais de 20 mil companheiros para funções públicas sem concurso e revogou o decreto de Fernando Henrique Cardoso, pelo qual só técnicos poderiam ser nomeados para cargos técnicos (o que o impedia de nomear seus companheiros e aliados sem qualificação em funções importantes); presenteou aliados políticos com refinarias que nunca foram construídas ou que custaram bilhões de reais a mais do que o razoável; criou um esquema de corrupção para comprar votos no Congresso; tomou posse da Petrobras nomeando pessoal de sua extrema confiança para cargos fundamentais da empresa, além de pessoal do seu partido e outros "cumpanheiros", numa aliança corrupta que, bem mais tarde, seria revelada pela Operação Lava Jato.
Em seu primeiro mandato, para sorte de Lula, a economia internacional mudou. O Dólar começou a cair, passando de R$ 3,65 (em 01/2003) para R$ 2,27 (em 01/2007). Este foi o principal motivo pelo qual a população teve a sensação de prosperidade. O governo Lula não implantou qualquer política nova, apenas manteve por dois ou três anos o tripé macroeconômico de FHC. Enquanto a China continuasse aumentando as importações de nossas "commodities", especialmente soja e minérios, a balança comercial se manteria favorável. O governo não precisava fazer nada, só demagogias, distribuição de grandes benesses aos amigos e muita propaganda mentirosa. Então, aos poucos, começou a "flexibilizar" o tripé macroeconômico. No entanto, o valor do Dólar continuou caindo até o final do primeiro mandato de Lula. Para o povo, a sensação de prosperidade continuava.
Ainda no primeiro mandato, eclodiu o escândalo conhecido como Mensalão. Líderes petistas e aliados, inclusive José Dirceu, ministro da Casa Civil, foram condenados (Ação Penal 470). Mas o presidente Lula, que dizia não saber de nada, não foi indiciado e as penas aos condenados foram tão brandas que serviram como incentivo para a continuidade e o crescimento da corrupção. Assim, o "projeto criminoso de poder" teve alento.
O Brasil estava inundado de propaganda fantasiosa: "criação de 10 milhões de empregos novos até 2006", "até 2010 o Brasil estará entre as quatro maiores economias globais", "até 2006, assentamento de 500 mil famílias sem terra"; "óleo combustível obtido da mamona", "criação de Banco Popular para levar crédito aos pobres", "eliminação da pobreza" etc. A lista seria enorme!
Até o Google reconhece o Lula como mentiroso. Comprove aqui:
Contudo isso, Lula foi reeleito em 2006. O Dólar continuou caindo ininterruptamente durante todo o seu segundo mandato. Caiu de R$2,27 (em 01/01/ 2007) para R$1,70 (em 01/01/2011). Bastava festejar, como na fábula da cigarra e da formiga. A intensa propaganda, com recurso público, continuava: "recursos do Pré-sal para educação" (como se o verdadeiro Pré-sal não estivesse a mais de 7 km de profundidade da rocha submarina), "autossuficiência em petróleo", "criação de 13 novas universidades no Brasil”, etc., além das clássicas calúnias "se o PSDB ganhar a eleição de 2010, vai privatizar o Pré-sal"!
A essa altura, as grandes trapaças haviam sido consumadas e os órgãos públicos já estavam "aparelhados". No jargão político-sindical, “aparelhamento” é o termo que designa a tomada de um órgão público pela infiltração de companheiros para o uso indevido de seus bens e recursos em benefício dos interesses do partido.
Em 2010, por indicação de Lula, Dilma Rousseff é eleita presidente. Será mais uma marionete manipulada pelos homens de cinza (poderosos invisíveis). Lula, presunçoso, entende que continua como presidente e que Dilma apenas guarda seu lugar até sua volta em 2015.
Mas a economia internacional vinha se recuperando aos poucos e o Brasil havia perdido a oportunidade de desenvolver e modernizar sua infraestrutura. Sua indústria já estava sucateada. Era mais fácil importar do que produzir. O Dólar começou a subir continuamente, de R$ 2,86 (em 01/01/2012) chegou a R$ 3,92 (em 01/01/2016). Dilma perdia popularidade. Foi preciso aumentar os investimentos em propaganda e maquiar os dados da economia. Aliás, foi preciso maquiar a própria economia, delapidando os cofres públicos e as empresas estatais.
Mesmo assim, Dilma foi candidata à reeleição em 2014. Sabe-se lá como, Dilma foi reeleita, na eleição mais suja da história. Lula entende que continua como presidente e que Dilma apenas guarda seu lugar até sua volta em 2018. Mas a popularidade de Dilma despenca para menos de 10%. O país estava quebrado!
Atualmente, cresce, em todo Brasil, o clamor pelo impedimento ("impeachment") da Presidenta Dilma. A crise econômica e os recentes rombos nos cofres públicos, principalmente do escândalo Lava-Jato assustam o país. O mito Lula se desvanece.
O petismo, em seu delírio, forjou Lula como um sábio, capaz de maravilhosas mágicas. Eles mesmos já não percebem que Lula é apenas um ignorante, sem qualquer competência para a administração, especialmente para a administração pública. O próprio Lula se imagina como um semideus, um monarca absolutista esclarecido vivendo no país das maravilhas, dono do orçamento brasileiro, de dois trilhões de Reais, por ano! Sem saber administrar, sempre deixou a administração do governo nas mãos de outros petistas, a maioria composta por incapazes. Atualmente tanto Lula como Dilma cuidam apenas da manutenção de suas fantasias.
Voltemos ao Lula. A manutenção da fantasia é caríssima, mas os petistas já não sabem diferenciar o faz-de-conta da realidade. Esta postura isolou Lula numa realidade virtual. Ali, o ex-presidente respira a exorbitância, sua substância vital. Faz isso como se fosse o único criador do Brasil. No seu desvario, nada existiu antes dele.
Coisas bizarras, inexplicáveis, acontecem no reino do ex-presidente Lula. Imóveis caríssimos lhe caem no colo, como um sítio do tamanho de 24 campos de futebol e um triplex à beira mar. Empreiteiras se oferecem para reformar as suas propriedades. Fabulosas dádivas caem também no colo de seus filhos, familiares e amigos. Mas a investigação da força-tarefa da Lava-Jato avança. Consta em seu documento oficial: “A suspeita é que os valores com que o ex-presidente foi agraciado constituem propinas pagas a título de contraprestação pelos favores ilícitos obtidos no esquema Petrobras. A vantagem não precisa ser dinheiro, não precisa estar diretamente ligada ao ato. Nós podemos verificar que mesmo após o exercício da Presidência podem estar sendo pagas ainda vantagens ao ex-presidente”. Lula é chamado a depor coercitivamente na Polícia Federal. As instituições da república que ainda funcionam começam a iluminar seus mal disfarçados bens, surgidos do nada, justificados agora como presentes de diletos amigos: o sítio fantasma, o triplex fictício, as palestras inventadas, o instituto de fachada, a biografia forjada…
Depois de interrogado, o ex-presidente petista foi liberado para retornar à sua bolha de quimeras. Lá disse que, por algumas horas, se sentiu como um “prisioneiro”. Horas depois, declarou ter sido “sequestrado” pela Polícia Federal. O soberano estava de volta ao seu ambiente natural. O ex-presidente notoriamente está despreparado para lidar com a sua realidade.
Em tom choroso, Lula acenou com a hipótese de voltar a ser candidato à presidência em 2018, "se o doutor Moro deixar" e, bipolarmente, brandiu: “Cutucaram o cão com vara curta. Eu quero oferecer a vocês esse jovem de 70 anos de idade, com tesão de 30, corpo de atleta de 20 anos. Não tenho preguiça de acordar às 6h e dormir às 22h. A partir de hoje a única resposta à insolência e ofensa que fizeram a mim é ir pra rua e dizer: ‘Eu tô vivo e sô mais honesto que vocês’ ” Mais adiante acrescentou: “Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva''.
Pura ilusão, a cajadada acertou a cabeça da jararaca.
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Nota: algumas obras: "Para além do Bem e Mal", "Genealogia da Moral" ou "Assim falou Zaratustra".
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